Reinações Múltiplas: junho 2018
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Sobre desamores

Com quem eu vou me dividir agora que me dei conta de que nunca houve alguém aqui?
Essas partes minhas que precisam de um pouco de acalento e de poesia, aonde eu vou achar? Se me turbino de mim e não acho uma válvula de escape.

Bando de idiotas!
Quem eles pensam que são?
Reprimem as investidas e fazem a gente se sentir mal.
Detesto que me tratem como seu eu fosse nada. Sou muito pra mim. Demais pra eles.
Jamais me entenderiam, porque são secos.
Eu não.
Eu floresço.


E aí quando a gente encontra um jardineiro e um jardim, ele simplesmente se fecha. Se recusa.
Mente. Manipula. Engana.

Vai ver é karma. Vai ver é um sinal de outros tempos.


Desgraçado.
Me dizia que éramos almas irmãs. Que vinhamos e pertencíamos ao mesmo clã.
Ousou me dizer mil coisas bonitas, pra de repente dizer que está "muito bem, obrigado" ao lado de outra mulher.
E quando foi que ela entrou nessa história?
Óbvio. Ele mentiu. Me enganou. Me escondeu.
Igualzinho ao primeiro.
Igualzinho a todos.


Um depois do outro. Sempre.
Os malditos queijos da minha vida.
Todos me fazendo morrer na ratoeira.
Todos me matando como se a vida não valesse nada.
Jogando a minha história no chão. Acabando comigo aos poucos.


Um não. Dois. Três.
Uma vida de nãos.
De fugas.
Fugir é o que eu tenho feito.
Me dá medo me fechar outra vez. Me perder de mim mesma e ficar enlouquecida por aí.
Não é algo fácil a mente da gente trabalhando em auto-defesa. Em aceitar que é como é.
Que recebeu o trigésimo não.
Que as portas se fecharam outra vez.


Vontade de jogar tudo pro alto.
Mas preciso viver com conforto. Quero viver.
Vou viver.

Talvez o dinheiro não me cure. Nem me salve.
Mas pode ser que ele me ajude, incessantemente, a poder seguir fugindo.
De cidade em cidade.
De viagem em viagem.
De fotografia a fotografia.

Longe de tudo o que possa recordar todos os homens que me disseram não.
Todos os amores que eu, sem haver ganhado, perdi.