Reinações Múltiplas: abril 2011
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Pensando alto



Eu ODEIO dar a maior força pras pessoas e receber uma porra de uma ignorância em troca.
Eu sou sentimental, precisa escrever na testa que tenho sensibilidade aguçada? Só pra lembrar EU SOU UMA ARTISTA, tem como tratar as pessoas sensíveis com maior delicadeza, só pra variar?
Aliás, essa porra de comportamento me faz ser EXTREMAMENTE sutil com as pessoas... mas o que eu recebo?
Ok, ok, ok, ok, senhor Mundo. Não quero parar, desebarca você, que é falso, egoísta e só procura quando precisa de alguma coisa!
As pessoas simplesmente não se importam se alguma coisa te faz rir ou chorar, desde que elas estejam felizes.
O que me conforta é saber que durmo leve, com a alma tranquila por ter feito o que eu amo, com amor.
Me dei conta de que ao invés de dar murro em ponta de faca, tenho usado a ponta para fazer pequenos cortes nos pulsos.
Chega de ser idiota.



Vou me dedicar as besteiras que me deixam feliz







Discussão



- O que? Vai dizer que a culpa é minha Ian?

- É claro que sim! Você está com ciúmes!

- Ciúmes? Ciúmes? Você está querendo dizer... espera, você quer dizer que eu... eu.. – Beth soltou um grito cheio de ódio, encarando Ian. – Eu não estou com ciúmes Somerhalder!

O homem se limitou a abrir o sorriso de canto, encarando a mulher que bufava em sua frente.

- Essa é a prova de que está... – ele aproximou mais seu corpo do de Beth – morrendo de ciúmes.

Ficaram ali, se encarando. Ela com os olhos cerrados, com muita raiva, ele com o sorriso de vitória e a sobrancelha arqueada. Beth pensava em quantas palavras torpes poderia dizer para aquele moreno de olhos azuis, baixando o topetinho de “sou foda” que ele insistia em exibir.

-Você não é nada Somerhalder. Na-da. – Ian fechou o sorriso e continuou encarando-a sério, Beth falava. – Tem muita sorte em malhar o seu corpinho e cuidar do sorrisinho falso, porque são as únicas coisas que te fazem ter algum destaque.

O ator estava se irritando mais do que gostaria com a produtora.

- Está dizendo isso por despeito.

- Eu tenho coisa muito melhor de onde vim para simplesmente me deixar seduzir por seu fake de olhar avassalador.

Ian aproximou a boca do rosto de Beth.

- Não consegue resistir, não é Beth?

Com raiva de todos os pensamentos que invadiam sua mente ao sentir o perfume de Ian e a sua respiração tão próxima, Bethany virou o rosto de maneira a deixar sua boca a centímetros de distância da boca de Ian; fazendo com que os olhos estivessem ainda mais fixos uns nos outros.

- Realmente. Não resisto zombar de você cada vez que vejo uma das fotos de sorrisos forçados, seu lixo.

Bethany virou o rosto e o corpo, a fim de sair extremamente vitoriosa, quando Ian puxou-a em uma velocidade impressionante e colou os dois em um movimento certeiro; falando ao ouvido de Beth.

- Você vai se arrepender.

Tremula e com os pelos do corpo eriçados, Beth respirou fundo e fincou as unhas na cintura de Ian. O ator soltou a mulher depressa, fazendo um som de quem havia sentido dor e massageando a área em que havia sido arranhado. Mesmo por cima da camisa, ele sentiu que ficaria com marcas.

- Louca! - Ian gritou.

- Nunca mais se atreva a me tocar. – Beth falou, ainda furiosa, começando a chorar; deu as costas a Ian e correu para seu estúdio.

Érase una vez... (Parte 2)

Yandel é 12 anos mais velho do que eu. Gostei dele desde a primeira vez que o vi, em um videoclipe. Tinha o detalhe de eu ser louca pelo produtor dos clipes da dupla e ser fã de reggaeton, como Dul havia dito aos meninos. Bem, de qualquer maneira, duvidei muito que o cara daria a mínima pra mim, mas (pra minha sorte) me enganei.
Acordei bem cedo, como sempre, pois precisava decorar uns textos e malhar, não nessa ordem. Tomava um delicioso café da manhã quando minha empregada apareceu com o rosto iluminado trazendo em seus braços um maravilhoso buque de margaridas, minhas flores favoritas. Fiquei maravilhada com as flores, vinham com um cartão.

Espero que tenha sonhado comigo,
como eu sonhei com você.
Besos
Y 555-989878

Era ele! Mal pude acreditar que estava recebendo, aquela hora, um presente daqueles! Achei que ele jamais lembraria de mim e que me colocaria na listinha de mulheres que ele pegou e nunca mais. Dá pra ver que eu divago em pensamentos e acabo me enganando sempre.
Como Yandel foi SUPER fofo, me enviando um buquê com minhas flores favoritas e (melhor) com o número dele, resolvi ligar para agradecer. Nossa, ele devia ter ligado para a floricultura de madrugada. Ai que lindo!

-Alô.
-Hola?
-Yandel, sou eu, Lenah.
-Princesa! Como estás mi amor?
-Estou muito agradecida pelo presente. As flores são lindas e me iluminaram o dia. Obrigada!
-Não precisava agradecer, realmente acordei pensando em você. Senti tanto em ter que viajar.
-Eu fico feliz que tenha lembrado de mim querido. Não sei como agradecer. Na verdade, que tal vir jantar comigo nessa semana?
-Oh minha princesa - ele é lindo me chamando assim! Para tudo! Ah sim, a voz dele ficou meio chateada ao dizer que não. - eu gostaria muito de ir, mas essa semana toda tenho compromissos agendados. Que tal, quando eu voltar ao México, em 15 dias, posso ligar para você?
-Está bem. Não sei se estarei aqui, mas ainda assim, pode me ligar.
-Lenah.
-Oi?
-Você é linda.

Ok, ele me fez morrer mil vezes, então eu, toda boba, fiquei com olhos brilhantes e cara de emoticon, até que a bigorna caiu na minha cabeça e eu acordei, finalizando a ligação.
Estava tão radiante que coloquei meu melhor vestido e maquiei meu rosto como o de uma deusa. Aprovei tudo, olhando para o espelho, e fui fazer algumas comprinhas com a May, já que estava no México mesmo.

Quando nos encontramos, assim que passei com Richard (meu motorista) na casa dela, fiz um escândalo, que eu estava guardando desde a ligação. Ela percebeu, olhando para meu rosto animado, que se tratava de Yandel.
Conversamos muito e ela me deu milhões de conselhos, já tinha namorado um porto-riquenho. Eu ria litros falando disso com minhas amigas, enfim, nós éramos "las ardidas" e amávamos falar mal "deles", em rodinhas regadas a objetos engraçados, chocolate e música pop.

May e eu desfilávamos pelo shopping, felizes da vida, fazendo compras, quando o celular dela tocou. Ela parou, pasma, olhando o número e a fotinho no visor. Eu vi a palidez da minha amiga, OMGloss! Era o ex, perfeito, lindo, tudo de bom, cubano, do coração dela.
-Calma amiga, faz o seguinte, atende e relaxa.

-Não consigo.
-Atende May,
-Não consigo!
Peguei o celular.
-Alô?
-May?
-Não, é a Lenah.
-Oi Lenah! - ele pareceu empolgado. - quato tempo querida, tudo bem? Aqui é o Will.
-Will? Ah! Oi Will! - era bom dar uma de: esqueci de você, minha amiga nem toca no assunto. - Estou ótima meu bem, e você? Senti sua falta na última reuniãozinha.
-É, não pude ir, estou em Cuba.
-Que delícia! Mas e aí, que falar com a May?
-Seria ótimo, ela está por aí? - eu fazia sinais pra minha amiga parar de ter um ataque na minha frente.
-Ela está no provador, mas logo, logo vai sair, se importa de conversar comigo enquanto isso? - eu fazia gestos pra ela se acalmar. May fez aquela famosa carinha de quem olha pra cima e conta até dez, respirou fundo e sorriu, dizendo, entre lábios "estou pronta".


Nem preciso dizer que perdi a amiga na mesma hora né? Ela ficou muito tempo conversando com ele e andava sorrindo a toa no shopping. Deixei ela um tempinho sentada (com ele no tel) na praça de alimentação e fui buscar dois lanches.
Como a virgenzinha me ama e é linda, fui agraciada em encontrar um deus grego na fila para comprar os lanches. O cara puxou um papo comigo e depois me convidou para ir com ele até a livraria, onde (ninguém mais, ninguém menos do que) Enrique Iglesias (*grita, puxa o cabelo, dança feliz, se joga na lama*) estaria autografando seus livros autobiográficos. Fiquei paralisada em pensar que veria o todo-poderoso cara a cara, um dia depois de eu conhecer meu sonho de consumo portorriquenho, conheceria o argentino. Era demais pra mim, o dia estava mágico.
Aceitei o convite e convidei o menino para se sentar comigo e com May. Ele me acompanhou e, quando cheguei com ele, May ficou boqueaberta, com cara de "como você consegue?", eu sorri triunfante para ela e contei logo o que interessava.
May teve um sobressalto, certamente imaginando que eu era a pessoa mais sortuda do mundo (e eu era), porque, afinal de contas, sabia que eu era alucinada por aquele argentino. Ok, abafa, mas se o cara é gato e fala espanhol, ou seja, tem 500 pontos grátis. No caso de artistas, isso dobra, se for talentoso, triplica e sendo quem era, ganhava bônus só por ter nascido.

Comemos, conversei com o gatinho e logo fomos até a livraria. May enganchou em mim e disse baixinho que eu não prestava, eu ri e dei uma piscadinha pra ela.

Quando chegamos à livraria, quase tive um ataque. Ele estava em um pocktshow (lindo, lindo, lindo, gato, ahhh) e cantando "Lloro por ti". Ok, eu tentei não enfartar, mas estava difícil demais considerar a opção "mantenha a calma", no meu cérebro.
Sorte minha amiga ser a melhor do mundo e conseguir despistar o deus grego, assim pude ir antes até o Enrique, assim que as filas se formaram. Esperei paciente até que minha vez chegasse.

Ele sorria, tão lindo, eu retribuí o sorriso e estiquei as mãos, entregando-lhe o livro para ser assinado.
-É para você? - ele falava da assinatura, eu estava hipnotizada e nem entendi o que falou, só olhando a boca dele falar daquele jeito tão, tão, tão... argentino.
-Como dije? - eu demonstrei que estava babando e ele levantou os olhos do livro para mim, com a cabeça meio erguida e meio abaixada, o que fez os olhos (PERFEITOS) se fixarem nos meus. Sorri, tímida (acreditem, eu faço as coisas sem pensar e me envergonho fácil).
-Perguntei se o livro é para você. - ele sorria, mas soltou uma risada quando viu que eu estava vermelha, com a cabeça em Marte.
-Sim, sim. - eu balancei a cabeça como uma adolescente idiota - Lenah Muller, por favor.
Ele quase escreveu, mas parou antes de autografar.
-Lenah Muller? - perguntou com curiosidade. - Eu mal pude lhe reconhecer - ele me fitou de frente, se levantou e me cumprimentou com um aperto de mão. - Não posso acreditar que está na minha tarde de autógrafos, é uma honra. - Para tudo. Estou flutuando? Quem cortou minhas pernas? ENRIQUE IGLESIAS É MEU FÃ! Ok, respira. Respira. Beleza, vamos tentar continuar.
-Eu.. bem, nem sei o que dizer... Obrigada! - estava sorrindo como um guarda-chuva armado.
-Posso tirar uma foto com você? - Mãe, socorro! O argentino mais gato do planeta quer uma foto comigo.
-Nem pensar. - ele me olhou com a expressão de quem entregou flores e ganhou uma pedrada na cara, completamente surpreso. - eu é que quero uma foto com você, faço questão. - sorri e ele perdeu o embaraço, relaxando e rindo.
-Obrigado.
-Não tem o que agradecer,- hesitei antes de continuar - tenho certeza que já ouviu isso muitas vezes... mas... você é um artista excepcional. - eu o olhava tentando mentalizar cada micro pedaço de seu rosto, perfeito e ele me encarou e abrindo um meio sorriso, com jeito de quem estava ficando encabulado. Aquele homem não existe, para tudo, é fruto da minha imaginação mais pervertida. Ok, para Lenah.
-É gentileza sua. Aliás, já devem ter dito muitas vezes também, - ele me deu um sorriso saliente - mas, pessoalmente você é incrivelmente mais linda. O que pode parecer um absurdo, porque nunca havia visto alguém que combina tão bem com o cinema. - eu fiquei vermelho-pimentão, molhadinha, mas agradeci.
Tiramos a foto e, é óbvio, eu tirei uma casquinha quando me aproximei dele, abraçando um pouquinho mais colada que o normal, o que o fez se sentir incomodado com os braços e acabou colocando um ao redor da minha cintura, apertando um pouquinho além do normal, também.
Enrique disse que, se não fosse incomodo (da onde que um homem daquele incomodaria em alguma coisa, gente???) ele gostaria de conversar comigo, depois dos autógrafos. Me entregou um papel, em que havia anotado o telefone DELE e pediu que eu ligasse.
Posso ser uma moça correta, mas burra eu não sou. Tirei o cartão da bolsa e entreguei para ele, dizendo que estaria com a tarde livre, caso ele quisesse tomar um chá. saí da livraria com May, que estava se pegando com o deus grego (minhas amigas entendem as indiretas sempre. Eu sempre faço isso pra elas e vice-versa. A regrinha é: eu quero o outro, pega o amigo. E a gente segue, quando o cara é interessante).

Assim que ficamos sozinhas, eu contei tudo pra ela, que ficou sobressaltada, adorando a ideia de eu estar me divertindo tanto. Fazia um bom tempo que não deixava as coisas rolarem naturalmente, única e simplesmente por estar trabalhando. Mas, fala sério, valeu a pena né? Agora eu era reconhecida por uma coisinha argentina pitchula daquelas, graças a meu trabalho. Mas vou confessar que minha cabeça, cabeçuda estava pensando na beleza do Iglesias e no puta calor que o Yandel emanava. Fora as flores e o sabor daquele homem, gente, que sabor!
Ok, eu estava bem, não podia reclamar, mas: quando a esmola é demais, o santo desconfia.





Érase una vez...




Eu estava deitada nos colchões esparramados na sala com meu pijama cor de rosa de bolinhas, Any e Dulce estavam olhando o album de fotos da última premiação, também com seus pijamas, enquando May preparava uma jarra de suco na cozinha.

-Meninas, vocês não vão acreditar se eu disser - May deu uma palsa para beber o suco e continuou falando - quem me ligou.
Any gritou um "conta!" e Dulce parou de olhar o álbum para dar atenção a ela. Eu estava meio que slow motion, mas quando ela falou acordei na hora.
-Não?! - eu perguntei com um sorriso no rosto que fez ela se entregar, rindo e confirmando com a cabeça. Todas nós gritamos um "ahhh" e levantamos para abraçar May, que quase derramou o suco.
-Vem aqui menina, me conta isso direito, como assim? O que aconteceu?

Bem, ela tinha recebido uma ligação do ex-namorado por quem ela era completamente gamada e nós ouvimos super atentas, comentando sobre todos os pontos prós e contras, como sempre fazíamos em nossos clubes da Luluzinha. Organizados por mim, é claro.
Já fazia três anos que eu morava no México. Na verdade, eu sentia que morava lá a toda vida, mas tinha meu passado sombrio no Brasil. A verdade é que eu trabalhava muito mais na Califórnia, mas minha casa oficial estava em Guadalajara, Jalisco.
Conheci as meninas em lugares e de maneira bem diferente. A Any eu encontrei em um show, dela mesmo, e pedi autógrafo, me apresentei e disse que era super master fã. Ela se apaixonou por mim na hora e trocamos telefone. A May foi minha companheira de equipe, gravamos um seriado juntas, e desde então não nos desgrudamos. E a Dulce é minha fã e me procurou quando soube que eu estava no show dela.
Assim que eu fiz contato com as três, acabei criando o nosso clube, que reúne todas em determinadas datas, na minha casa. É um período de mulheres, pra elas se reencontrarem, para eu me familiarizar e para todas nós fofocarmos à vontade, comendo brigadeiro e vendo comédias românticas. Dessa brincadeira, já saíram músicas e ideias ótimas, além de parcerias, como eu e a Dul que fizemos um vídeo muito legal pra rede, além do site que eu desenvolvi com elas.
Elas me apresentaram os meninos em uma noite de reencontro da banda, em que eu fui convidada especial. Obviamente, tirei uma casquinha do Poncho e uns meses depois saí com o Christopher, mas não foi nada demais, apenas amizade.

Essa noite de garotas era especial, porque depois dela, raramente teríamos tempo para todas estarem juntas, por isso resolvemos aproveitar muito. Fizemos twitcam e nossos fãs foram a loucura. As perguntas e o carinho era gigante e, no Brasil, basicamente era esse o público que me conhecia: os fãs das minhas amigas.
Bem, eu sou atriz fazem alguns anos, além de diretora e produtora cinematográfica. Trabalho em Hollywood há quase três anos e meio. Desde então, já produzi muitas coisas, como atriz e diretora. Mas, no Brasil, que é meu país, a repercussão nunca foi tão grande quanto nos países latinos. Só agora que meu nome chegava ao meu país, porque estava saindo das rodinhas e desbravando o mundo. Em alguns meses eu gravaria na Europa, mais precisamente Londres e Paris.

As meninas estavam muito felizes com minhas novidades, me prometeram uma surpresa antes de eu ir, porque entre todas, era eu quem sempre fugia para visitar cada uma delas. Por isso me respeitavam e me amavam, assim como eu, é claro.


xxxXxxx


Era uma festa muito chique e requintada, jamais imaginei estar em um lugar como aquele com pessoas tão interessantes. Tratava-se de uma espécie de festa de premiação musical e minhas princesas estavam lá, com seus álbuns solos. Vi Christopher também, e fui cumprimentá-lo. Eu usava um vestido creme, com bordado no colo, longo e tomara que caia. Parecia uma noiva, na verdade e minha intenção era essa, estávamos em um ambiente que poderia abusar e a cor estava na moda, tanto quanto o modelo, embora ninguém tivesse ousado misturar.
Chris ficou maluco quando me viu, faltou pular no meu pescoço e me encher de mordidas (como ele sabe que eu adoro).
-Oi meu amor. - ele disse e segurou minha cintura, me dando um selinho, isso era normal entre nós. - está deslumbrante.
-Você também meu anjo. - dei uma boa olhada para ele, que usava uma calça jeans, um paletó preto, e tênis all star, abusando do visual, com sua barba grande e o cabelo mal penteado.
-Estava morrendo de saudades, agora não me dá mais atenção, só pra Any. - Any se aproximava e ele falou para provocar a amiga, que fez um escândalo quando percebeu nós dois juntos, agarrando o Chris e enchendo seu rosto de beijinhos.
-Que saudade eu senti de você! - ela estava abraçada a ele, de lado, pressionando os rostos e apertando-o como se fosse um ursinho (e ele era mesmo).
-Any, você cuida desse mocinho enquanto vou ao wb?
-Ahh, nem pensar! - ela soltou Chris e pegou minha mão me puxando e mandando beijinhos para Chris, dizendo que já voltava. - Vem, vem!
-Any! Tá maluca - eu ri - O Chris ficou sozinho, tadinho?
-Não, não, ele não ficou, eu vou voltar lá. - ela parou e me virou para o lado oposto ao que eu estava, apontando o dedo para frente, com o braço passando atrás dos meus ombros. - -Veja, ele está ali!
Any sorriu e eu olhei para onde ela apontava, sem saber exatamente o que queria me mostrar e avistando um dos caras que eu mais admirava e caia dura só de imaginar: Yandel. Um cantor porto-riquenho, dono da voz mais excitantemente aguda e do sotaque mais lindo do planeta. Meus olhos se abriram, quase saltando e vi uma morena e uma ruiva se aproximando, eram May e Dul. Elas olharam para mim e disseram, em coro: Surpresa!
Quase morri dura olhando para Yandel, ali, quase do lado e eu sem saber o que fazer. Any voltou para dar atenção ao Chris e Dul ficou comigo, enquanto May conversava com um produtor.
-E aí, vai lá?
-Você está louca? Nem pensar, esquece, eu...
- Claro que vai Lenah! Tá maluca? Esperou o maior tempão e faz uma dessas? - ela puxou minha mão e eu fui com ela, tentando impedir que me puxasse, sem chamar atenção. - Vem e se arruma linda, vou te apresentar. - chegamos perto e o rosto dela se transformou em um sorriso gigante, ela olhou para os homens na rodinha e disse um olá, bem grande. Começou cumprimentando o Nacho, que estava por lá.
-Olá - eu disse meio sem jeito, percebendo que Yandel e Kenn-y me olhavam de cima a baixo.
-Ah, desculpem, essa é Lenah Muller. Vocês devem ter ouvido falar dela. - Dulce Maria me pagaria depois por isso, engraçadinha! - Esse é Nacho, Kenn-y, Yandel y Wisin.
-Prazer - eu sorri e repeti a mesma palavra, dando um beijo no rosto de cada um deles.
Quando encostei no rosto de Yandel, que foi o último, pois estava na ponta, senti um formigamento no corpo, assim que ele colocou a mão em minha cintura para me trazer mais perto de seu corpo.
-Eu já ouvi falar muito de você Lenah, adoro o Brasil. - o sorriso do Nacho era simplesmente perfeito e eu me obriguei a deixar de olhar Yandel, com aquela cara de "eu vou aonde você me levar" que eu fazia, para me concentrar na conversa. É claro que Dulce sorria, quase rindo, ela sabia bem que eu me derreteria ao lado do portorriquenho, na verdade, se um era demais, imagine três portoriquenhos e um venezuelano? Quase morri!
-Mesmo? Que bom! Eu sou fã de sua dupla, na verdade - me voltei aos demais - de todos vocês. - Dulce é conhecida como a pimentinha da turma, e ela precisava dar um gostinho.
-Sim, é verdade. A Leninha adora reggaeton, principalmente Wisin y Yandel, não é amiga? - se eu estivesse perto daria um beliscão nela, mas estava meio longe, me restou corar, ao olhar Yandel com aquela carinha de "estou adorando saber disso".
-Gracias, nós adoramos saber disso, não é Yandel? - Wisin que não era bobo e conhecia o amigo, deu uma cutucadinha nele, que estava babando.
-Com certeza. - ele tentou respirar, me deu mais uma olhada de cima a baixo - Já ouvimos falar muito de você, eu inclusive conversava com meus amigos sobre a próxima batida que vamos fazer.
-Sim, estamos planejando algo completamente novo. - Kenn-y queria aparecer para mim, eu vi na hora em que ele, percebendo que o Yandel estava com vantagem, resolveu cortar.
-Pensamos em um vídeo, igualmente revolucionário e, não sei vocês, mas acredito que estamos diante da mulher perfeita para o trabalho.
Minhas pernas sofreram pra ficar no salto, principalmente depois daquele "mulher perfeita para o trabalho", eu pensava pervertidamente na frase. A Dul, não conseguiu segurar o queixo, que caiu na horinha. Vendo que um gatinho sairia prejudicado, olhei pra Yandel, sorri agradecendo e olhei para Dul, fazendo o sinal que a gente conhecia entre nós como "você pega o amigo", que no caso, significava que ela devia cuidar do Kenn-y. Ela piscou, eu sabia que ele não era de se jogar fora na listinha dela.
-Uau, amiga. Chegou ganhando um convite desses.
-Eu acho uma ideia ótima! - disse Nacho.
-Eu estou de pleno acordo. - Disse Wisin, com um olhar de "hoje à noite nossa trilha sonora vai tocar completa!". Eu não sabia onde enfiar a cara.
-Nossa, é realmente uma honra, fico muito feliz em ouvir isso de você. - ele sentiu que o meu "de você", foi proposital. Sorri como se o chamasse e me virei aos demais, provocando ele. - se estão todos de acordo, participo com muito prazer. - Dul queria bater palmas, mas ao invés disso ela tratou de cuidar do gatinho sobrando.
-Nossa eu adoro essa música! - ela estava do lado do Kenn-y e do Nacho, um deles iria responder e ela conhecia o Nacho melhor, mas é pra isso que os amigos dos gatinhos existem.
-O que acha de dançar com a moça Kenn. - ele entendeu que não adiantava insistir porque eu já estava na do Yandel. Na verdade, eu fiquei roxa de vergonha, porque todo mundo entendeu. Eles sairam pra dançar, nós conversamos um pouco mais e logo Nacho saiu da rodinha. Dulce enrolava Kenn-y e Wisin falou que iria procurar não sei quem, ou ver um telefonema, nem prestei atenção. Afinal, eu estava finalmente "sozinha" com o gato mais gato top 10 de Porto Rico e ele me olhava como se eu não tivesse nem um tecidinho transparente no corpo, me deixando muito sem graça.
Passei a mão pela nuca e suspirei, arqueando o corpo e vendo que Yandel se movimentava no sofá. Estávamos sentados agora.
-Você está morando no México? - ele falou baixo, o som estava alto, não entendi e ele TEVE que se aproximar de mim, pra falar melhor, sabe. Ele repetiu a pergunta, já inundado em meu perfume, que eu sabia, estava um arraso. Mas eu não fiquei na desvantagem, porque o dele estava pedindo pra ser sentido bem de perto. Meio embreagada por aquele homem, eu respondi.
-Estou morando aqui há 3 anos.
-E por que eu nunca te vi antes. - ele olhava no fundo dos meus olhos e eu sentia que alguém havia cortado minhas pernas. Era demais!
-Bem... é... eu. - ele percebeu meu nervosismo.
-Quer uma bebida? - eu adoraria, mas naquele caso, beber me faria soltar a Shakira loca loca loca de dentro de mim. Recusei.
-Obrigada meu querido - essa parte saiu sem querer - eu não quero abusar. - essa palavra, ula-lá! Vi os olhos dele dizendo que ele sim adoraria abusar ou me ter como A abusadora. A tensão só aumentava.
-Está nervosa.
-Um pouco. - eu parecia uma criança!
-Por quê? - ele tocou uma de suas mãos em meu cabelo e aproximou o rosto, beijando o cantinho entre minha boca e minha buxexa. Eu estava entrando em erupção, fato.
-Porque... - eu vacilei de novo, sentindo algo esquentar e a mão dele acariciar meu rosto. - porque... eu sou sua... fã.
Mal terminei a frase, os lábios dele, gostosos e perfeitos, grudaram nos meus, arrancando um suspiro que eu estava guardando. As pessoas ao redor não notaram, mas os paparazi sim, é claro. Ele acabava de sair de um casamento e eu era bem mais nova. Enfim.
Eu não me contive em apenas sentir, depois que o estrago estava feito. Levei minhas mãos a sua cabeça, puxando-o para um beijo mais forte e ajudando-o na luta que nossas bocas travavam.
Quando nossos rostos se separaram eu o olhei, bem no fundo dos lindos olhos castanho esverdeados, ele sorria, com aquele jeito de menino, todo feliz.
-Você é encantadora.
-Você também. - trouxe a mão dele para meus lábios e beijei.
Ele ficou ali, parado, me olhando e olhando, sem sair do transe, enquanto eu parecia estar recebendo um choque de milhões de wolts com o rosto tão sério e impactante, que me derretia. De repente, não me contive, e o puxei para mais e mais perto, beijando-o loucamente.
Foi extenso, profundo e eu quase sentia o coração saindo na boca. O gosto era único e o sabor não era o melhor, o jeito como sabia conduzir e me deixar manipular sua língua e a maneira de me segurar sim eram os melhores. Tudo nele era perfeito.
Com os olhos fechados, separei nossas bocas e ele me deu um selinho, seguido de muitos outros daqueles em meu rosto todo.
-Linda.
Eu mordi o lábio inferior.
-Adoro você. - eu disse, enlouquecida.
Ele afundou a cabeça em meu pescoço e sentiu o cheiro do meu perfume, me arrepiando completamente e fazendo arquear levemente o corpo, depois se distanciou.
-Tenho um show amanhã, preciso sair daqui em meia hora. Aonde te encontro de novo? - eu mal podia acreditar que ele me procuraria, na verdade, nem pensei que isso aconteceria. Dei meu cartão, demos mais alguns beijos, ele me levou para casa e se despediu, dizendo que nos veríamos.