Reinações Múltiplas: novembro 2014
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

O Que Você Quer Saber De Verdade

Faz tempo que eu não escrevo. Quero colocar sentido nos versos que saírem de mim, sem mais "da boca pra fora". Quero aproveitar cada palavra e cada gesto. Estou planejando e executando, do tipo que não perde tempo; ao invés disso, uso o tempo. Mesmo que seja pra ficar sem fazer nada. 
Gosto da vida assim: fácil e simples. Descomplicada e sem embaraços.
Quanto mais ritmo lento e mais melodia, melhor; Mas se vier um ritmo acelerado e uma adrenalina fatal, também não nego. Estou para MPB tal qual para o ROCK, estou vestindo o SAMBA e suave, na nave, ouvindo a BOSSA NOVA passar.
Me identifico a cada palavra que penso, ouço ou leio. Seja para paz ou para guerra... ainda que minha preferência seja, evidentemente, a paz. 
Sou fã do silêncio porque ele conversa. Diz palavras que apenas o tempo consegue traduzir. 
Sou fã de dizer o que penso e escutar o que dizem, sem deixar de ser fã do não falar e não ouvir.
Tenho vivido momentos incríveis, que não poderiam postados em uma página social, nem fotografados ou enviados por áudio a um grupo qualquer de aplicativos. Tenho respirado ar puro e ar poluído. Tenho andado por caminhos desbravados e por matas fechadas. E isso é o máximo da vida! Caminhar. Seguir caminhando.


Sempre fui de escrever. Muito. Frequentemente. Coisa boa ou coisa nenhuma.
Sempre fui de falar, ainda que sem palavras, por gestos e caras feias. 
E continuo escrevendo, falando ou calando, ao compasso do meu próprio eu.

Agradeço a Deus pelo ano maravilhoso que tive. Que estou tendo. Que terei.
E agradeço mais pela vida, na mesma proporção. 
Agradeço por poder andar pela areia da praia, por mergulhar com meus sonhos e planos, por ver tantas luas e sentir tantas vezes o vento batendo no rosto. Agradeço pelos cabelos despenteados nas tardes antes de ir trabalhar, tanto quanto pelas estradas escuras, no meio do mato, na hora de volta para casa. Agradeço pelas noites de muitos cobertores e pelas noites em que lençóis eram peso demais. Agradeço tanto e tão sinceramente pelo que chegou e pelo que se foi. Pelos ciclos. Pela existência e os tantos sinônimos de vida.

Agradeço pelos beijos e abraços. Pelas palavras ditas perto e gravadas bem longe. Agradeço tanto. E ainda falta agradecer.

Sobre descobrimentos

Estou cheia de dúvidas.
Araucária?
Mandirituba?
Casa?
Viagem?
Pra onde?

Minha vida mudou completamente. Bom é pouco.
Estou feliz. Vivo feliz. Deus me abençoa com gente maravilhosa... e eu fico assim, toda cheia de vida.
Estou bem, Vivo bem.

Minha ansiedade me pega pelo pé. Mas isso é passageiro, porque logo me acostumo com seja lá o que estiver por vir.

Barcelona me espera. Ou seria o Chile.
Devo comprar antes ou na hora?
Me programo ou saio por aí na louca?
Muita ou pouca grana?
Pra sempre ou por 3 dias?

Estou assim.

Morrendo de saudade *-*

Late nights/Early mornings.

Saudades do Pit


Arrumando as malas...

Sobre o que eu NÃO fiz:

1. Elevar os pensamentos;
2. Limpar o corpo (principalmente de carnes e gorduras);
Estou gorda, o que demonstra que não me limpei, parece que estou mais pesada (e estou) e estou maior, também. Não consegui focar nisso, nem me exercitar.

3. Dar excelentes aulas no estado;
4. Viajar mais;
Fui a menos lugares, esse ano Rio de Janeiro, Aparecida e Caverna do Diabo. Acho que fui pra Ponta Grossa no início do ano, também, Bem menos que ano passado =/ Mas se contar eu ter me mudado de cidade, foi uma viagem e tanto, sem contar as viagens semanais, entre cities.

5. Ir a shows;
Não fui. O meu show do ano será Vanessa da Mata, esse mês. Morar longe tem dessas.

6. Ler mais livros do que em 2013;
Li uns três livros de Umbanda (ou dois), mas ouvi muito programas com podcast e aprendi ouvindo.

7. Morar sozinha;
8. Manter-me sozinha (sem desmerecer o apoio dos meus pais, dos meus amigos e dos meus guias);
9. Estudar MUITO mais;
Não consegui parar pra estudar, apenas se contar as giras de desenvolvimento, as pequisas pra dar aula e os podcasts. Nada além, mesmo eu querendo fazer aulas de filosofia.

10. Fazer minha carteira de motorista.


As demais eu cumpri.

2014: eu, por mim















E a fase é...

De reconhecimento.
Eu estou me reconhecendo e vendo o reconhecimento surgir.
Entre atritos e tranquilidades, estou bem.

Finalmente habilitada e, como sempre, cheia de planos.
Quero desbravar a Europa. Quero conhecer algo além do que eu esperava.
E não sei bem como dizer o que eu sinto, mas sinto.

Orquestra da vida.

Muitas vezes me peguei pensando naquilo que poderia ter sido e não foi, nas escolhas da vida.
Me vem em mente que cada uma delas é pré-estabelecida, como em um acordo que fazemos com os nossos e com Deus. Um acordo de coração e de muitos sentimentos; de esperança e de muita luta. Escrevemos, antes mesmo de cruzar nossos olhares pela primeira vez, uma "cartilha de sobrevivência", como uma espécie de trilha a ser percorrida.
Primeiro pensamos naquilo que temos, então naquilo que desejamos e logo naquilo que é necessário para alcançarmos o que almejamos. Esse é o nosso planejamento, nosso plano, nossa opção ao caminhar.
Me vem em mente, também, que em nenhum momento somos instruídos a limitação. Que não somos obrigados a percorrer os trajetos que traçamos e que, como em qualquer plano, é possível seguir um novo caminho, sem necessariamente abandonar a ideia inicial, mas agir pelo impulso, pelo momento, pela necessidade, pelo pensamento que nos norteará naquele exato instante de aprendizado - justamente porque a escolha se renova de acordo com os movimentos e sentimentos que nos permitimos desfrutar durante o reencarne.
No dia a dia nos são dadas diversas opções, com inúmeras possibilidades. De religiões, dogmas e ideologias políticas, até a posição que escolheremos para dormir ou mesmo o pé com o qual iremos acordar. Tudo é nosso. Tudo recebe o nosso DNA, a nossa escolha, o nosso ser. O movimento de nossas vidas possui um Maestro Maior, que possibilita caminhos e ações, porém, os músicos, aqueles que executam as notas e realmente realizam o trabalho sonoro, fazendo dos acordes mais do que meros símbolos, somos nós, seres humanos, orquestra da vida.
Ouvimos melodias distintas, apreciamos um ou outro som, nos apaixonamos ou detestamos uma ou outra sinfonia para, no fim, produzirmos nosso próprio "barulho". Somos instruídos a viver e dessa forma mantermos a vida, graças a misericórdia divina e a nossa própria ação.
Na possibilidade da vida, reproduzimos inúmeros atos - dignos dos mais brilhantes musicistas; compomos diversas melodias - variando notas e tonicidade; nos tornamos, pouco a pouco, regentes de nossos caminhos e regidos por nossas escolhas.
Quando nos equivocamos pedimos desculpas ao público ou seguimos de cabeça erguida, sem se importar com a afinação. Vemos beleza em outras composições e aplaudimos de pé, nos tornando plateia de inúmeras orquestras. As vezes nos atrevemos a reproduzir os sons favoritos e outras, por uma espécie de medo, ouvimos a melodia sem envolver nossas vidas, como passivos espectadores de composições alheias.
Entre as escolhas de caminhos, nos atrasamos para os concertos ou chegamos adiantados demais. Nos cansamos de esperar ou simplesmente deixamos o bilhete de entrada em um canto, sem se preocupar com o tempo que gastamos para adquiri-lo.
Por vezes, no entanto, acertamos na escolha. Olhamos no espelho e, na hora certa, ajeitamos o cravo vermelho na roupa, polimos nosso instrumento musical e, com um sorriso nos lábios, nos damos de presente os acordes de um solo inesquecível, repleto de realizações pessoais.
Fazemos parte de orquestras, escolhemos sons clássicos ou contemporâneos, assistimos os exemplos da primeira fila, do camarote, de alguma distante fileira barata ou até mesmo da rua, com um binóculos improvisado de papelão. Nos esforçamos para aprender e pertencer a um grupo. Queremos a nossa banda.
Temos inúmeros exemplos e inúmeras condições de escolha, por esse motivo o planejamento individual e o planejamento coletivo do "pré-encarne" mudam. Mudam porque nos deparamos com instrumentos que não conhecíamos e com oportunidades de tocá-los em diversos estilos musicais. Mudam porque pode-se gravar apenas o instrumental ou adicionar voz à melodia. Mudam porque aqueles que planejaram conosco poderão não comparecer ao concerto ou chegar um pouco mais tarde. Mudam porque viver é movimento e quando mudamos movimentamos o viver.
Muitas vezes me peguei pensando naquilo que poderia ter sido e não foi, nas escolhas da vida.
Me vem em mente que cada uma delas é pré-estabelecida, como em um acordo que fazemos com os nossos e com Deus. Mas a vida... A vida é uma rapsódia, com todos os estilos dentro de um só; por isso ouvimos tantas melodias e nos deparamos com notas que jamais imaginamos reproduzir.