Reinações Múltiplas: 2014
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

METAS 2015


Eu amo fazer listas com metas e dar aquela olhada, uma ano depois. Minha cara.
A desse ano é especial. Uma lista que eu quero colocar em prática e estou totalmente na vibe.
Elas sempre mudam. Ora se parecem com algo e logo com outra coisa. Eu sou inconstante e o legal é que as metas vão se cumprindo, ano a ano, na sequência que elas estão afim de fazer.
Amo. Mesmo.


1 - Estudar no Solar do Rosário.
2 - Fazer curso de jardinagem e conhecer mais sobre plantas.
3 - Ir para São Paulo fazer um curso com o Cumino.
4 - Conhecer novos templos de Umbanda.
5 - Ir a vários shows diferentes no ano.
6 - Ler mais livros do que em 2014.
7 - Voltar a dançar salsa e tango.
8 - Caber e ficar confortável na menor calça jeans do meu guarda-roupa.
9 - Trabalhar menos, me divertir mais.
10 - Fazer uma viagem por férias.


Palavra de 2015: FLEXIBILIDADE

Falando de...

É tão difícil ouvir alguém falando, naturalmente, de amor que, quando a gente fala, as pessoas pensam que é mentira.
Até a palavra, para ser pronunciada, parece que "dói"... como se a pronúncia não fosse fácil ou simples. Mania que a gente tem de complicar as coisas. Amor e amar é tão leve. Se pesa, se arde, se dói, não é amor. Sofrimento tem outro nome. Amor, por amor, não precisa definir. Basta viver.
Acho que é por isso que ninguém consegue falar de amor...

Ele chegou!


Não sei se ele volta, mas penso que sim. Quero que sim.

Ele CHEGOU! Esteve aqui o tempo todo, mas agora é parte minha. Como sou grata a Deus por ele.
Meu amado malandro!
Obrigada Deus por esse irmão que se aproximou de mim. Obrigada por nos permitir tudo o que vivemos para chegar até aqui. Ele como um dos meus guias, eu como uma moça que precisa de juízo e auxílio.

Ele veio no dia de Oxum! Veio quando a linda mãe das águas doces celebrava a na cachoeira. Deus seja louvado por tanto amor!
Tive o prazer de contemplar a presença de meu amado malandro quem, por sinal, trabalhou lindamente. Como quero que ele trabalhe outra vez comigo! Seria divinal e lindo demais.
Eu lhe amo MUITO muito muito.
Já lhe dei um nome. Nome lindo. Tudo é lindo em sua banda.
Estou mais que feliz.

Queria ser mais poética, não consigo. Queria ser menos enérgica e criadora de expectativas. Nem tento!


Te amo Miguel, meu malandro.

Salve os malandros!

Aleatoriedades do fim de tarde

Conheci gente linda e continuo apaixonada pela vida.
Deus tem sido Deus. E eu tenho sido eu. Está tudo certo e no lugar onde deveria estar.

Quero pensar em algo que faça sentido, mas o sentido se atribui de diferentes maneiras.
Estar aqui. agora, já é por si só um sentido. Faz sentido em si mesmo.

Há algo maravilhoso em ser quem eu sou, em fazer o que eu faço e sentir o que sinto.
É Deus essa magia toda. Eu sei que sim.  Embora não consigo totalizar a Deus racionalmente. Acho que Ele nos pega no irracional, no sentimento, no calor e no fogo.
Preciso me esquentar para encontrar Deus.

Estou farta e cansada, mas volto a ter um rumo. Isso é mais do que perfeito, é ideal.
Estou bem.
Sinto o amor, sinto o que eu plantei começando a florescer.
Mas quero de volta o meu vigor. Preciso dele.

O Que Você Quer Saber De Verdade

Faz tempo que eu não escrevo. Quero colocar sentido nos versos que saírem de mim, sem mais "da boca pra fora". Quero aproveitar cada palavra e cada gesto. Estou planejando e executando, do tipo que não perde tempo; ao invés disso, uso o tempo. Mesmo que seja pra ficar sem fazer nada. 
Gosto da vida assim: fácil e simples. Descomplicada e sem embaraços.
Quanto mais ritmo lento e mais melodia, melhor; Mas se vier um ritmo acelerado e uma adrenalina fatal, também não nego. Estou para MPB tal qual para o ROCK, estou vestindo o SAMBA e suave, na nave, ouvindo a BOSSA NOVA passar.
Me identifico a cada palavra que penso, ouço ou leio. Seja para paz ou para guerra... ainda que minha preferência seja, evidentemente, a paz. 
Sou fã do silêncio porque ele conversa. Diz palavras que apenas o tempo consegue traduzir. 
Sou fã de dizer o que penso e escutar o que dizem, sem deixar de ser fã do não falar e não ouvir.
Tenho vivido momentos incríveis, que não poderiam postados em uma página social, nem fotografados ou enviados por áudio a um grupo qualquer de aplicativos. Tenho respirado ar puro e ar poluído. Tenho andado por caminhos desbravados e por matas fechadas. E isso é o máximo da vida! Caminhar. Seguir caminhando.


Sempre fui de escrever. Muito. Frequentemente. Coisa boa ou coisa nenhuma.
Sempre fui de falar, ainda que sem palavras, por gestos e caras feias. 
E continuo escrevendo, falando ou calando, ao compasso do meu próprio eu.

Agradeço a Deus pelo ano maravilhoso que tive. Que estou tendo. Que terei.
E agradeço mais pela vida, na mesma proporção. 
Agradeço por poder andar pela areia da praia, por mergulhar com meus sonhos e planos, por ver tantas luas e sentir tantas vezes o vento batendo no rosto. Agradeço pelos cabelos despenteados nas tardes antes de ir trabalhar, tanto quanto pelas estradas escuras, no meio do mato, na hora de volta para casa. Agradeço pelas noites de muitos cobertores e pelas noites em que lençóis eram peso demais. Agradeço tanto e tão sinceramente pelo que chegou e pelo que se foi. Pelos ciclos. Pela existência e os tantos sinônimos de vida.

Agradeço pelos beijos e abraços. Pelas palavras ditas perto e gravadas bem longe. Agradeço tanto. E ainda falta agradecer.

Sobre descobrimentos

Estou cheia de dúvidas.
Araucária?
Mandirituba?
Casa?
Viagem?
Pra onde?

Minha vida mudou completamente. Bom é pouco.
Estou feliz. Vivo feliz. Deus me abençoa com gente maravilhosa... e eu fico assim, toda cheia de vida.
Estou bem, Vivo bem.

Minha ansiedade me pega pelo pé. Mas isso é passageiro, porque logo me acostumo com seja lá o que estiver por vir.

Barcelona me espera. Ou seria o Chile.
Devo comprar antes ou na hora?
Me programo ou saio por aí na louca?
Muita ou pouca grana?
Pra sempre ou por 3 dias?

Estou assim.

Morrendo de saudade *-*

Late nights/Early mornings.

Saudades do Pit


Arrumando as malas...

Sobre o que eu NÃO fiz:

1. Elevar os pensamentos;
2. Limpar o corpo (principalmente de carnes e gorduras);
Estou gorda, o que demonstra que não me limpei, parece que estou mais pesada (e estou) e estou maior, também. Não consegui focar nisso, nem me exercitar.

3. Dar excelentes aulas no estado;
4. Viajar mais;
Fui a menos lugares, esse ano Rio de Janeiro, Aparecida e Caverna do Diabo. Acho que fui pra Ponta Grossa no início do ano, também, Bem menos que ano passado =/ Mas se contar eu ter me mudado de cidade, foi uma viagem e tanto, sem contar as viagens semanais, entre cities.

5. Ir a shows;
Não fui. O meu show do ano será Vanessa da Mata, esse mês. Morar longe tem dessas.

6. Ler mais livros do que em 2013;
Li uns três livros de Umbanda (ou dois), mas ouvi muito programas com podcast e aprendi ouvindo.

7. Morar sozinha;
8. Manter-me sozinha (sem desmerecer o apoio dos meus pais, dos meus amigos e dos meus guias);
9. Estudar MUITO mais;
Não consegui parar pra estudar, apenas se contar as giras de desenvolvimento, as pequisas pra dar aula e os podcasts. Nada além, mesmo eu querendo fazer aulas de filosofia.

10. Fazer minha carteira de motorista.


As demais eu cumpri.

2014: eu, por mim















E a fase é...

De reconhecimento.
Eu estou me reconhecendo e vendo o reconhecimento surgir.
Entre atritos e tranquilidades, estou bem.

Finalmente habilitada e, como sempre, cheia de planos.
Quero desbravar a Europa. Quero conhecer algo além do que eu esperava.
E não sei bem como dizer o que eu sinto, mas sinto.

Orquestra da vida.

Muitas vezes me peguei pensando naquilo que poderia ter sido e não foi, nas escolhas da vida.
Me vem em mente que cada uma delas é pré-estabelecida, como em um acordo que fazemos com os nossos e com Deus. Um acordo de coração e de muitos sentimentos; de esperança e de muita luta. Escrevemos, antes mesmo de cruzar nossos olhares pela primeira vez, uma "cartilha de sobrevivência", como uma espécie de trilha a ser percorrida.
Primeiro pensamos naquilo que temos, então naquilo que desejamos e logo naquilo que é necessário para alcançarmos o que almejamos. Esse é o nosso planejamento, nosso plano, nossa opção ao caminhar.
Me vem em mente, também, que em nenhum momento somos instruídos a limitação. Que não somos obrigados a percorrer os trajetos que traçamos e que, como em qualquer plano, é possível seguir um novo caminho, sem necessariamente abandonar a ideia inicial, mas agir pelo impulso, pelo momento, pela necessidade, pelo pensamento que nos norteará naquele exato instante de aprendizado - justamente porque a escolha se renova de acordo com os movimentos e sentimentos que nos permitimos desfrutar durante o reencarne.
No dia a dia nos são dadas diversas opções, com inúmeras possibilidades. De religiões, dogmas e ideologias políticas, até a posição que escolheremos para dormir ou mesmo o pé com o qual iremos acordar. Tudo é nosso. Tudo recebe o nosso DNA, a nossa escolha, o nosso ser. O movimento de nossas vidas possui um Maestro Maior, que possibilita caminhos e ações, porém, os músicos, aqueles que executam as notas e realmente realizam o trabalho sonoro, fazendo dos acordes mais do que meros símbolos, somos nós, seres humanos, orquestra da vida.
Ouvimos melodias distintas, apreciamos um ou outro som, nos apaixonamos ou detestamos uma ou outra sinfonia para, no fim, produzirmos nosso próprio "barulho". Somos instruídos a viver e dessa forma mantermos a vida, graças a misericórdia divina e a nossa própria ação.
Na possibilidade da vida, reproduzimos inúmeros atos - dignos dos mais brilhantes musicistas; compomos diversas melodias - variando notas e tonicidade; nos tornamos, pouco a pouco, regentes de nossos caminhos e regidos por nossas escolhas.
Quando nos equivocamos pedimos desculpas ao público ou seguimos de cabeça erguida, sem se importar com a afinação. Vemos beleza em outras composições e aplaudimos de pé, nos tornando plateia de inúmeras orquestras. As vezes nos atrevemos a reproduzir os sons favoritos e outras, por uma espécie de medo, ouvimos a melodia sem envolver nossas vidas, como passivos espectadores de composições alheias.
Entre as escolhas de caminhos, nos atrasamos para os concertos ou chegamos adiantados demais. Nos cansamos de esperar ou simplesmente deixamos o bilhete de entrada em um canto, sem se preocupar com o tempo que gastamos para adquiri-lo.
Por vezes, no entanto, acertamos na escolha. Olhamos no espelho e, na hora certa, ajeitamos o cravo vermelho na roupa, polimos nosso instrumento musical e, com um sorriso nos lábios, nos damos de presente os acordes de um solo inesquecível, repleto de realizações pessoais.
Fazemos parte de orquestras, escolhemos sons clássicos ou contemporâneos, assistimos os exemplos da primeira fila, do camarote, de alguma distante fileira barata ou até mesmo da rua, com um binóculos improvisado de papelão. Nos esforçamos para aprender e pertencer a um grupo. Queremos a nossa banda.
Temos inúmeros exemplos e inúmeras condições de escolha, por esse motivo o planejamento individual e o planejamento coletivo do "pré-encarne" mudam. Mudam porque nos deparamos com instrumentos que não conhecíamos e com oportunidades de tocá-los em diversos estilos musicais. Mudam porque pode-se gravar apenas o instrumental ou adicionar voz à melodia. Mudam porque aqueles que planejaram conosco poderão não comparecer ao concerto ou chegar um pouco mais tarde. Mudam porque viver é movimento e quando mudamos movimentamos o viver.
Muitas vezes me peguei pensando naquilo que poderia ter sido e não foi, nas escolhas da vida.
Me vem em mente que cada uma delas é pré-estabelecida, como em um acordo que fazemos com os nossos e com Deus. Mas a vida... A vida é uma rapsódia, com todos os estilos dentro de um só; por isso ouvimos tantas melodias e nos deparamos com notas que jamais imaginamos reproduzir.

Pesando alto

Descobri que existe alguma coisa entre eu e a verdade que me afasta da mentira. 
Não consigo fingir que estou feliz quando estou farta. E os pequenos momentos fartos me fazem odiar os momentos entre não estar farta e estar. Uma loucura minha...

Estou tão bem quando estou só.
Não desaprendi a gostar de gente, mas aprendi a gostar de mim.
Quero minha companhia. Minha e só.
Quero me acompanhar. Pra sempre ao meu lado.
E que os outros venham e vão, passando de passagem. Pra não acumular sentimentos desordenados, que insistem em não serem positivos e felizes, e que, por ultraje do destino, não partem de mim.
Desaprendi a reagir as gentes. Desaprendi a sorrir no teatro mudo.
Se não falo, não gosto. Se não falo, não quero. Deixei os bicos de lado e agora me limito a balançar a cabeça em desaprovação. Não sei se espero o momento de agir, talvez a resposta seja meio covarde.

Mas sou eu, hoje.


Untitled

Meus eus não meus

Outro desafio.
Me pergunto se estou preparada para enfrentar o novo, quando o velho ainda existe e segue estagnado em mim.
Minha vida é uma vida de EUS. Eu sigo sendo muitas. Muitas Lenahs, Helenas e Francieles. Sou o que sou e o que os outros pensam de mim também é.
Não entendo muito bem de mim, nem de quem eu gostaria de ser.
Acho que os poemas vãos, que as poesias vagas e que os anúncios de tristeza são uma patifaria em mim.
Não posso mudar as pessoas, nem posso interferir nelas. Mas as pessoas são eu. Elas são parte de mim. Parte integrante da minha vida e das emoções geradas no meu peito.
Acho injusto. Injusto o modo como eu, diante de mim, diante do meu ser e de quem eu sou, seguir vivendo outras vidas. Mas elas são parte de mim.

Mais que perfeito: tempo presente, verbo intransitivo

Estou frustrada.
Preciso arranjar um meio de repensar minhas ações.
Não sei se estou fugindo ou se estou simplesmente dando um passo para o que estive sonhando ao decorrer do ano letivo.
Eu amo o lugar em que estou. Amo acordar com o barulho dos pássaros. Amo estar sozinha e feliz, porque não estou sozinha e não estou feliz. Eu estou acompanhada e sou, do verbo ser, feliz.
Meu mundo era utópico. Eu sonhava com a felicidade, mas não a vivia. Tudo em mim era sonho. Tudo era fantasia.
Quando despertei para o mundo real, trouxe comigo a boa vontade, de levar aos que estão dormindo o mesmo despertar. Respeitando seu tempo de aprendizado, respeitando as opções que os entregarei. Respeitando-os como seres humanos.

Eu estou longe da perfeição. Mas estou no caminho de querê-la um dia. Passe a eternidade que passar, quero e vou estar mais perto de Deus. Não depende de ninguém além de mim. Então plantarei essa vontade em minha essência, e chegarei aonde quero.

Hoje estou distante de estar realizada plenamente, porque ser plena exige muito mais do que os olhos são capazes de ver. De capitar. De perceber.
Existe algo em mim que quer ir adiante. Que quer chegar longe. E o simples querer, hoje, é suficiente para que eu plante o meio do caminho.

Caminhar é a palavra. É o que eu devo fazer.
Mesmo que me julguem. Mesmo que me apontem. Mesmo que doa em meu coração ouvir que meus irmãos não me compreendem.
Mesmo que eu pareça errada. Mesmo que eu me julgue errada, ou me julgue certa. Mesmo que eu não encontre o que procuro, mas sim outra coisa - melhor ou de menor expectativa - ainda assim, lá estará a minha vontade e o desafio de ser, a cada dia, mais digna.

Eu não sei se devo criar expectativas. Sonhar, planejar, criar uma meta, são pontos fundamentais para o ser humano viver. Eu preciso saber aonde quero chegar, mesmo que eu jamais chegue. Mesmo que eu desista no meio do caminho e, ali, trace outro plano. Preciso ter um ponto. Ao menos um.

Minha intenção é chegar longe. Ir até onde os meus pés aguentarem.
Minha intenção é fazer o bem, sem olhar a quem.
Minha intenção, juro pela minha fé, é ser uma pessoa melhor. Uma pessoa boa. Uma pessoa compreensiva.
Quero compreender a vida!
Quero sentar numa tarde primaveril, ver a vida passando e pará-la para um conversa. Quero ouvir a vida: suas queixas, seus amores, suas virtudes e desvirtudes. Quero que ela sorria para mim. Quero enxugar suas lágrimas. Quero senti-la beijando os meus lábios e dizendo que me ama, tanto ou mais do que eu posso expressar.

Eu quero viver.

Ouvir as pessoas e entender o que elas pensam. Perceber, ponderar, dizem sim ou não a cada situação, com base no melhor de mim.
Porém, é possível que eu - na ânsia de entregar o mais belo do meu ser - doe demais. Ou, doe o que não é necessário.
Como aquele médium que desenhava os pontos lindamente, de modo a fazer arte nos tablados. Esse moço não tinha uma má intenção. Não tinha uma desvirtude. Havia nele o que há de mais sincero: a vontade de doar-se e entregar o seu tudo. E o tudo, naquele momento, não significou nada.
Eram pontos riscados ao relento. Era arte vazia e jogada no lixo. Não havia magia. Não havia ação mágica. Não havia o segredo e as bençãos dos orixás. Havia apenas o sentimento de entregar o máximo. O mais bem feito possível.
E, portanto, havia o excesso.

Exceder-se é ainda mais traumatizante do que limitar-se. Ambos, em extremos, são prejudiciais, ou minimamente vergonhosos. O ideal é o meio. No meio está a perfeição. O equilíbrio. A verdade.

Será que dei demais e cheguei ao extremo?
Será que dei de menos e não fui suficiente?
Será que estou no meio, e que sou incompreendida?

Estou tentada a dizer que estou certa, mas no meu coração ainda resta a dúvida: sou o melhor de mim? Estou extrema demais? Posso relaxar ou devo me empenhar o dobro? Devo sair ou continuar? Devo me deixar levar pelo golpe de interesse? Devo deixar tudo como está? Devo mudar a vibração do meu dia a dia? Devo aceitar essa nova fase, com desafios maiores e mais complexos? Devo esperar a ação natural? Devo me empenhar para que a ação ocorra?

Não saberia dizer.
Depende de mim. Da minha escolha.
Meu coração, provavelmente, já escolheu.
E não importa se é uma escolha que rumará para um lugar além, importa que eu caminhe.
Por outro lado, como em A Lenda do Sabre de Ouro, pode ser que eu me precipite. E isso seria algo que eu me arrependeria.

Espero ou avanço?

Reflexo

Não posso esquecer de tapar os ouvidos para àquilo que me faz sentir mal.
Não acrescenta? Então é importante sorrir e acenar.
Não me sentir magoada ou exposta. Apenas eu mesma, merecedora de seja o que for.
Que venham as próximas aventuras. Vou me esforçar para ser melhor e me redimir a mim mesma.

Espero aplausos mentais. Se outros juntam as mãos e reproduzem o som de aprovação, é bônus.


Que minhas palavras façam diferença para mim, na conversa entre eu e Deus.
Que eu seja o centro da minha evolução, mesmo que os demais estejam diretamente ligados a ela.
Que minha moral, ética e amor estejam acima de qualquer tolice do meu ser.
Que a vergonha de ser eu mesma passe, para que a liberdade que eu prego faça sentido.

Que a filosofia de vida se torne prática, ação... que o pensamento se torne vida.
Que viver ensine mais do que um livro.

Que a vida seja um livro. E que eu não seja a leitora, mas escritora de todas as linhas pelas quais for passar.

Que os trilhos de Ogum sejam meu caminho.
Que a verdade de Obá esteja em cada um dos poros do meu ser.
Que o mundo faça sentido em mim e para mim.
Que cada vez mais me torne uma pessoa especial. Especial para mim, agora que me sinto especial para Deus.

Creio que todos somos especiais e recebemos as mesmas oportunidades iniciais... mas rumamos marés diferentes.
Que o meu resgate faça sentido. E que aquele "poder" atribuído a mim seja bem utilizado pelo meu ser.
Que todos os presentes de Deus, meus irmãos em minha companhia, façam sentido em meu coração. E eu trabalhe da melhor maneira para cuidá-los.


Que minha vida seja uma eterna oração.
Assim seja.

Sobre teus olhos

"Este seu olhar
Quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar
Doce é sonhar
É pensar que você
Gosta de mim
Como eu de você
Mas a ilusão
Quando se desfaz
Dói no coração
De quem sonhou
Sonhou demais
Ah se eu pudesse entender
O que dizem os teus olhos"

Crônica do sétimo dia

Sábado à noite. Eu poderia sair e ir pra algum lugar bacana, mas não sinto que seja o momento. 
Plaquinha mental: período pra me retirar e me curtir. 
Tive uma tarde de Amélia e Gabriela hoje. Metade limpando e curtindo a casa (e a playlist), outra metade cuidando do meu corpo e do meu cheiro. 
Se eu tivesse um parceiro sexual estaria com ele no quarto, na sala e na cozinha. Simultaneamente. Mas acho que antes adotaria um gato, só pra transformar o momento em um conto e poder descrever o "olhar do gato" enquanto nos enroscávamos como animais.
Hoje, tudo por aqui cheira limpeza e mulher. Presumo que não seria difícil trazer alguém pra dentro de casa sendo um sábado, estando solteira e me sentindo promiscua, mas não quero assim. Não seria meu eu maior se fosse assim.
Meu momento me pede carinho, compreensão, bom papo, atitude e sintonia espiritual. ~~ a lástima maior é que o parceiro sexual que eu queria pra essa noite não está disponível no mercado.
Me resta esperar que a mulher dele aproveite a cama, seja tão caprichosa, cheirosa, limpinha, prendada, Amélia e Gabriela quanto eu... e esteja tão disposta quanto "meu cravo e minha canela". ~~ mesmo porque ele deu a entender que andava "comendo mal" ultimamente, então fico na torcida pra que tenha um daqueles orgasmos de início de namoro. Ser casado por mais de cinco anos deve ser de um tédio sexual absoluto (a menos que a mulher seja como eu e a maioria das minhas amigas mais próximas, que adoram a ideia de pensar, viver, falar e fazer sexo).
Se eu fosse 100% bíblica o "não cobiçar o homem da próxima" garantiria meu lugar no purgatório esta noite... porque hoje estou desejosa e com muita saudade dele sentadinho do meu lado, com o cinto abotoado, o óculos de sol, o sorriso nos lábios... ou simplesmente com aquela boca gostosa, a barba por fazer e aqueles olhinhos castanhos reparando no meu "batom vermelho" às nove horas da manhã. Sinto falta de entrar no carro, ouvir ele dizer estaciona - em uma estrada rural no meio do nada - e pensar que naquele momento, finalmente, vai deixar de ser "o Doutor Instrutor" e insinuar algo erótico e louco. Passei algumas vezes por essa cena. O problema é que eu estacionava, o carro parava, a tensão contornava meu rosto e nada dele me olhar nos olhos e atacar minha boca. 
Que frustrante escrever fanfictions e não vivê-las ao pé da letra. Qualquer boa história teria rumado para "a mocinha e o protagonista rolando na relva, em meio a aula da tarde, com cavalos e vacas na paisagem rural", uma bela história bem humorada.

Lembro dele comentando sobre passar por meu bairro quando vem trabalhar e perguntando onde eu moro. Imagino que toda vez que ele passe em frente ao ponto de referência que eu dei acabe lembrando de mim. Será que um dia ele encontra minha porta? Torço pra eu estar na memória recente dele... entre os livrinhos da filha e o cartão de agradecimento, entre o imã de geladeira de Nossa Senhora e a trilha sonora que curtíamos juntos. 
Receio que não seja bem assim... mas ainda torço.
Torço pra que ele tenha me desejado um pouquinho quando viajávamos sozinhos entre os lindos bosques, campos e igrejinhas retiradas, no meio de lugar nenhum. Pra que ele tenha pensado em mim antes de me conhecer e pra que tenha esperado por mim quando já sabia quem eu era. Torço pra que ele fale de mim, como comentava de outras alunas, aleatoriamente. Torço pra que ele tenha receio de falar o meu nome, como se estivesse me evocando, porque quero que ele sinta medo de me querer por perto. Torço que para que assim, talvez, ele realmente me queira por perto. Torço pra tocar O Rappa, Armandinho ou Lorde cada vez que ele ligar o rádio. Torço pra que as piadas que ele faz no dia a dia sejam uma das que criamos juntos, sem querer, e que ficaram ótimas. Torço pra ele se frustre com alguma tarefa doméstica masculina e saia batendo portas, só pra aliviar um pouco da minha própria frustração em estar pensando nele.
 E, acima de tudo, torço para voltar pra aula e revê-lo o mais breve possível: natural, de rosto lavado, cansado do trabalho, depois de uma segunda-feira do cão, com alguma atitude diferente, daquelas que demonstram logo de cara que ele - em uma noite de sábado - também andou "torcendo por mim".

5 letras são seu nome

Espero ter chorado antecipadamente
Que de hoje em diante sejam apenas sorrisos
Mesmo ao saber que você não fará parte de mim
Mais um que se vai
Outro que passa
Que não me acompanha.

Mas a marcha é assim, tem seus altos e baixos.
Suas direitas, suas esquerdas,
Rampas que nos levam a sonhos distantes,
Um pouco de insegurança e muita adrenalina.
Quem disse que sambar seria fácil?
Nem a valsa é tão complexa, meu caro!

Meus pés tentam se acostumar com o ritmo do meu coração.
Maestria da avenida, entra e sai de passistas...
E você é mais um porta-bandeira com quem tive o prazer de dividir o mastro.

Maestro em tudo.
Me ensina, me dá lições de esperança... e até tua melancolia são sorrisos.
Espero que seja completamente amado.
Já que eu me dividi pela metade.
Espero que doa pouco em mim.
E nada, em você.

Sobre um amor antigo

"Era uma vez uma garota que havia se apaixonado por um professor de Literatura. Embora ele não lhe desse aulas, era membro de uma banda e tinha cabelos loiros, requisitos básicos para qualquer paixão.
Com o passar do tempo e da aproximação entre ambos, a garota percebeu que não teria chances de se relacionar com o professor (que não era dela) e viu, ainda, uma amizade nascendo entre os dois. Com o tempo a amizade se converteu em admiração e logo em obsessão: para aquela moça a ideia fixa era de se converter em alguém tão especial como aquele rapaz.
O menino vivia sua vida, entre poesias, Quintanas, Andrades e Pessoas, enquanto a garota se empenhava para encontrar caminhos de chagar até a Pasárgada daquele poeta boêmio e louco.
Os dois se encontravam, saiam, bebiam taças de vinho em meio a arquitetura curitibana do Centro Histórico. Ele do mato, ela da cidade. Ouviam a mesma banda, gostavam das mesmas músicas, declamavam poemas sem querer e criavam crônicas enquanto andavam pelas ruas de ladrilhos que formavam os desenhos de araucárias e pinhões.
Certo dia a moça se deu conta de que havia escolhido seu caminho - de ser professora - guiada pelos passos do poeta louco. Ele lhe ligava nas madrugadas, enviava-lhe mensagens com poesias criadas em meio a solidão do interior e o luar da praia, entre os uivos de lobisomens e os cantos de sereia. Ela sempre esteve disposta a ouvir e ali se prendia, imaginando que um dia, não muito distante, seria tão boa quanto ele.
O tempo passou. A moça crescia, se convertia em mulher, e o homem - não muito mais que menino - vivia uma vida tranquila e nada monótona ao lado de sua esposa. Havia tempo que aquele professor não lhe escrevia, nem lhe procurava. A moça entendia-o, mesmo com a sensação de que não havia sentido em deixar-se afastar por outros romances... Mas o coração de Quixote era de Dulcineia e não do bravo Rocinante.
Aos trotes, a moça seguia seus estudos, sua vida e, em uma noite sem maiores descrições, recebeu um recado que retomava o contato com o cavalheiro andante. Como boa amiga, acolheu-o em sua poesia... e se deu conta que naquele momento os dois escreviam prosa.
E entre prosas e versos, rumando notícias de jornal, os dois distantes voltaram a estar próximos. Como era de se esperar, não se encontraram em suas palavras e romperam o silêncio a gritos: ele com suas verdades, ela com as suas convicções.
E como ambos estavam perdidos, em busca de rumos e caminhos, a vida lhes deu estradas distintas a percorrer.
Hoje caminham lado a lado. Na mesma extensão territorial, sob o mesmo teto divino, com amparos celestiais de grande porte, mas totalmente aquém um do outro.
"Ele lá. Eu aqui.", ela pensa.
Por isso, como alegoria para a vida, a moça escolheu imaginar que sua relação divina de amizade,carinho, afeto e amor por aquele irmão se converteu em flor. Uma flor em um bosque distante, esperando as pétalas caírem para, quem sabe em outra primavera divina, renascer."

Foto: Sobre um amor antigo

"Era uma vez uma garota que havia se apaixonado por um professor de Literatura. Embora ele não lhe desse aulas, era membro de uma banda e tinha cabelos loiros, requisitos básicos para qualquer paixão.
Com o passar do tempo e da aproximação entre ambos, a garota percebeu que não teria chances de se relacionar com o professor (que não era dela) e viu, ainda, uma amizade nascendo entre os dois. Com o tempo a amizade se converteu em admiração e logo em obsessão: para aquela moça a ideia fixa era de se converter em alguém tão especial como aquele rapaz.
O menino vivia sua vida, entre poesias, Quintanas, Andrades e Pessoas, enquanto a garota se empenhava para encontrar caminhos de chagar até a Pasárgada daquele poeta boêmio e louco.
Os dois se encontravam, saiam, bebiam taças de vinho em meio a arquitetura curitibana do Centro Histórico. Ele do mato, ela da cidade. Ouviam a mesma banda, gostavam das mesmas músicas, declamavam poemas sem querer e criavam crônicas enquanto andavam pelas ruas de ladrilhos que formavam os desenhos de araucárias e pinhões.
Certo dia a moça se deu conta de que havia escolhido seu caminho - de ser professora - guiada pelos passos do poeta louco. Ele lhe ligava nas madrugadas, enviava-lhe mensagens com poesias criadas em meio a solidão do interior e o luar da praia, entre os uivos de lobisomens e os cantos de sereia. Ela sempre esteve disposta a ouvir e ali se prendia, imaginando que um dia, não muito distante, seria tão boa quanto ele.
O tempo passou. A moça crescia, se convertia em mulher, e o homem - não muito mais que menino - vivia uma vida tranquila e nada monótona ao lado de sua esposa. Havia tempo que aquele professor não lhe escrevia, nem lhe procurava. A moça entendia-o, mesmo com a sensação de que não havia sentido em deixar-se afastar por outros romances... Mas o coração de Quixote era de Dulcineia e não do bravo Rocinante.
Aos trotes, a moça seguia seus estudos, sua vida e, em uma noite sem maiores descrições, recebeu um recado que retomava o contato com o cavalheiro andante. Como boa amiga, acolheu-o em sua poesia... e se deu conta que naquele momento os dois escreviam prosa.
E entre prosas e versos, rumando notícias de jornal, os dois distantes voltaram a estar próximos. Como era de se esperar, não se encontraram em suas palavras e romperam o silêncio a gritos: ele com suas verdades, ela com as suas convicções. 
E como ambos estavam perdidos, em busca de rumos e caminhos, a vida lhes deu estradas distintas a percorrer.
Hoje caminham lado a lado. Na mesma extensão territorial, sob o mesmo teto divino, com amparos celestiais de grande porte, mas totalmente aquém um do outro. 
"Ele lá. Eu aqui.", ela pensa.
Por isso, como alegoria para a vida, a moça escolheu imaginar que sua relação divina de amizade,carinho, afeto e amor por aquele irmão se converteu em flor. Uma flor em um bosque distante, esperando as pétalas caírem para, quem sabe em outra primavera divina, renascer."

Sobre relacionamento

Discordo. As relações nunca foram fáceis, e quem disse que seriam? Relacionar-se, em meu entendimento, é somar aprendizados, compartilhar, dividir, multiplicar-se em diversos sentidos. Quando torna-se um sentimento puramente individual, egoísta e egocêntrico, aí sim, perde-se muito do real sentido do relacionamento... e ele acaba.


Wantit

Preciso de academia
dança de salão
estudos em grupo
uma nova faculdade?
preciso de uma carteira de motorista
preciso de meu carro por perto

Preciso daquela massagem exotérica

Sobre deixar ou não deixar

Quando deixamos algo quer dizer que o abandonamos?
A ideia de ir, de seguir, de partir... por que é tão atrelada ao abandono?
Será que de fato abandonamos alguém quando partimos ou seria apenas o ciclo de trabalho completo?

Eu sinto que falhei. Falhei com uma turma que não pode ir mais adiante do que eu planejava. Eu me esforcei com eles e tentei motivá-los por diversas vezes, mas não obtive êxito. Talvez algumas leituras e escritas tenham valido a pena, mas não depositei neles a confiança que gostaria. Eles também não confiaram em mim.
Talvez eu apenas não seja o perfil daquela turma e eles precisem de um novo profissional.
Talvez eu esteja aprendendo que nem sempre se pode lograr aquilo que se espera e planeja, e eles sejam um aprendizado.
O fato é que me vem a pergunta: devo deixá-los com outro profissional ou seguir até o fim, com esse fracasso?
Dizer que eu tentarei novas opções seria pura verdade, porque me vem em mente, mas olhar pra trás e ver quantas já foram oferecidas, me dói aos poucos.
Talvez eu sair seja uma oportunidade que dou a eles.
Talvez outro profissional haja melhor do que eu.
Mas o que me dá insegurança é o fato de eu parecer abandonar essa causa.

Acho que no fim das contas, não é a minha causa. Que o que eu faço não é o processo em si, mas a motivação para que cada um encontre o seu próprio processo. Como falhei, ainda tenho tempo de remediar com outro profissional. E, ao mesmo tempo, assumir um novo desafio, que em nada perde o pânico do "o que será?" atrelado a uma nova turma, no meio do ano. E, por fim, ainda ajudo a uma professora que está se sentindo mal a ter um pouco de descanso... além de ganhar um pouco mais.

Escolhi sair. E não quero me arrepender por não ficar.


Já houveram outros momentos assim e, sabe do que mais, não sou insubstituível, a vida continua.
O único medo é de estar fugindo de uma missão. Consciente, eu jamais faria isso, Inconsciente, é o que eu faço.
Por que é mais fácil? Para doer menos?
Ou será um agrado divino?

Nunca sei o que é um presente ou um teste. Mas tenho aceitado os presentes, mesmo que eu tenha deixado os testes de lado.

Primeiras impressões sobre Diálogo com um Executor:

1. Tudo está ligado.
2. Não faça justiça com as próprias mãos.
3. Se não sabe, pergunte.
4. Não tem o que dizer, observe em silêncio.
5. Sua família espiritual tem dívida contigo ou você tem com ela.
6. A Lei não falha.
7. É tudo um teste, você provavelmente vai se sair mal.
8. Idiotas nem sempre são canalhas e canalhas nem sempre são idiotas.
9. Se você acha que tá ruim, experimente ficar sem seus guardiões.
Ânsia de vômito de "profissionais" que são hipócritas e não tem nem amor próprio, quem dirá "amor ao próximo". Pura falta de caráter.
Vergonha alheia define.
E olha que eu não costumo falar mal dos outros, mas pessoas que ficam se fazendo é-o-fim.


Não tem como amar todo mundo da mesma forma. Esses eu sinto pena e quero distância. Mas não tem como evitar. Aloha karma!

Sobre respeitar a religião


Os sacrifícios humanos tinham fundamentação religiosa... Óbvio que os tempos mudaram, mas o sangue continua sendo um elemento de oferenda em algumas religiões, só não se usam mais seres humanos, o elemento em si é utilizado (tudo evolui). Porém, sobre sua outra colocação, ainda há perseguição religiosa e tortura religiosa, sim! Só não é um tema que faz parte da realidade ocidental (ao menos com repercussão midiática). No entanto, quando a imagem postada diz que religião não se discute, acredito que a intenção seja dizer que o ser humano possui liberdade em escolher sua religião (ou não ter uma religião). Sobre a influência religiosa, existe no campo político um valor a ser discutido, porque o Estado é laico e não deve priorizar a nenhuma religião. Um exemplo: não vejo evangélicos reclamando de feriados santos, ao contrário, as pessoas aproveitam bem as folgas no calendário... que por sinal é cristão!. E os budistas? E os judeus? E os pagãos? No dia a dia se submetem a esse calendário, sem maiores problemas e, no máximo, adicionam suas datas ao período . Portanto, dizer que uma religião deva ser avaliada é muita prepotência, afinal, os valores religiosos dizem respeito aos seguidores e a quem se submete a determinada doutrina, não aos demais. Aos demais cabe (politicamente falando, de acordo com a Lei do Estado em que vivemos) respeitar e acolher na comunidade de maneira igualitária.


Sobre não gostar de alguém

Assuntos ruins são bons pra gente aprender a lidar com as pessoas.

O pensamentos sempre dão um nó na cabeça. Muito pensar e nada fazer seria errado... ao meu ver, é claro. O ideal, em minha vida, é o pensamento chamado de reflexão. Aquele que te faz ver o que houve e o que poderá ocorrer. É desse pensar que eu gosto, o pensar que faz alguma ou toda, total, diferença.

Firmar a cabeça

Sobre os ensinamentos da gira de quinta...

Elevar o pensamento, firmar a cabeça, entregar-se ao Sagrado, confiar em nossos guias...
Eu, particularmente, procuro imaginar que a vida não é uma guerra, basicamente porque prefiro que não seja... e porque aprendi que se eu firmar o meu pensamento em não viver uma guerra (mesmo que no dia a dia, inevitavelmente, todos estejamos travando alguma batalha) o meu mental acreditará que estou em paz. E é assim que eu pretendo permanecer, no Equilíbrio entre o Amor e a Lei de nosso Divino Criador.

 

Ao meu querido.

Eu sempre imagino que será você.
Nos domingos à noite, quando o céu já está coberto de estrelas, em um lençol negro de pequenos vaga-lumes, é como se escrevesse seu nome na mente e no peito, tecendo e bordando o amanhecer de uma nova semana, finalmente, ao seu lado.

Poetizo de forma irreverente e irrelevante, pois ninguém além de mim divide o desejo de esperar por um sinal que venha de ti.
Sonho e me iludo, pouco a pouco, reconhecendo no peito o apertar de um músculo bruto e pouco selvagem, domado anonimamente pelo seu amor.

Querido de minha alma, aprendi a viver sem você. Aprendi a viver sem te esperar. Mas não aprendi a deixar de ansiar sua chegada. 
Apenas me sinto ardentemente conduzida pelo tempo e pelos ventos que sopram te afastando ou aproximando de mim.
Me confundo e vejo seus lindos olhos em outros olhos. Como se minhas mãos fossem um anzol atirado a um cardume, colhendo em si a primeira vida que morder a isca.
Não é assim que pretendo viver.

Me despeço de ti, meu querido. Dos recados sem nome e das formas indiretas de chegar a seu coração.
Me despeço não por mim, mas por você. Para que possa, em fim, seguir o rastro e a trilha que criei para o nosso amor.

Vem a mim.
Encontra-me.
Conduz os teus passos até os meus.
Busca por mim em teus sonhos e me ache.
Venta pro lado certo. Acompanha a maré que teu barco vai chegar em meu porto. E a embarcação de seus sentimentos será descarregada em mim.
Deixa que eu te conforte, que eu te console, que eu te abrigue. Dorme em mim.
Abrasa-me e pede para que eu seja o teu lar, enquanto estiver por aqui.

E depois, quando ambos cansarmos da calmaria, volta pro teu mar e rema... Vai para o desassossego das ondas de Iemanjá. Vai para o teu mar, meu pirata, meu poeta. Meu grilo falante. Meu amuleto de sorte. Meu cigano, meu malandro, minha bússola ao norte.
Vai e deságua nas tuas águas, sem sentir remorso de não olhar pra trás.

Mas antes de ir... Eu te imploro...
Chega!

Pra mim

Pra um amigo

Freedom


Eu amo a ideia de liberdade e levo MUITO isso comigo.
Eu gosto, eu vou, eu faço. Eu estive presa por tanto tempo e hoje me sinto livre, do tipo absolutamente. Minhas convicções e minha própria religião são escolhas minhas, então eu não sinto que essas "moralidades" me prendam... porque ser livre é ter o direito e o poder de escolha.
Me sinto foda cada vez que pego um ônibus na rodoviária e saio pra uma aventura, sozinha. Parece que nada vale mais a pena do que essa "adoração pelo caminho desconhecido", é como se eu estivesse pronta para qualquer coisa. Se for preciso nadar e salvar crianças numa enxente, estamos aí! Entende? O mais extraordinário ou tolo pode acontecer e ali estarei eu, preparada, com um bote salva-vidas na bolsa.
E mesmo desprovida de qualquer utensílio, eu me sinto forte.

Embora, por vezes, eu quisesse dividir essas emoções, acredito que a liberdade faz você pagar esse preço: de se dar conta de que a liberdade é sua, só sua e extremamente SUA. Não há como dividir a liberdade, porque estar livre é aceitar que outros estão livres, também. E que as escolhas dos outros possivelmente não serão como as suas. E, mesmo assim, a liberdade te permite ficar em casa, assistir TV ou sair pela estrada de madrugada, com uma garrafa de pinga embaixo do braço.
É o típico: a vida é sua. E eu me sinto, mesmo, dona dela. Ela é minha e eu faço as escolhas.

Quando a gente é adolescente depende de escolhas dos pais, do que eles nos doutrinam, da base que nos dão. 60% do que somos está entre a infância e a adolescência e é muito provável que as escolhas desses períodos não tenham sido nossas. 
Eu ouvi Christina Aguilera por que eu quis ou por que não estava na escola, em período integral, ouvindo músicas folclóricas? Eu assistia Castelo Rá-Tim-Bum porque eu queria, ou por que não tinha assinatura do Disney Chanel?
O que eu quero é algo que escolho, mas para escolher é necessário ter opções. E é aí que entra a Educação... que, claro, começa em casa.

Por isso é importante medir a liberdade e ter certeza de que o próximo passo é, por mais que em terras desconhecidas, dentro do meu quintal, porque um ato de liberdade pode ser confundido com libertinagem e deixar outras vidas com resquícios de más escolhas individuais.
Tudo o que respinga no coletivo me deixa com a pulga atrás da orelha.
Por exemplo, ter liberdade para trabalhar pode acarretar em desprezo pelo que é feito. Faz-se de qualquer jeito e, consequentemente, alguém terá um mal serviço prestado. O interessante é que você pode ser o alguém que recebeu um serviço "porco".
Isto é, acho que mesmo a liberdade possui um campo de atuação na vida que é seguro. Como se houvesse uma estrada e um campo. Vocêcaminha pela estrada. sai pra colher flores no campo... mas quando se afasta demais da estrada, acaba saindo do campo, entrando na selva, mata fechada e se perde sem chance de sobrevivência. Por não estar preparado, talvez.
Mas quando a gente segue o caminho da liberdade, cedo ou tarde chega na entradinha para a trilha na selva. Percebe que o caminho oferece suporte pra você se arriscar lá na frente e tem opção de comprar ou não os materiais que te suportam. Quando chega na selva está bem equipado, seguro e confiante. Pode desfrutar sozinho ou com mais pessoas, e tem o bônus de levar uma máquina fotográfica, pra registrar os momentos.

Quer dizer, pra mim, liberdade é um caminho que me dá a segurança de viver uma infinidade de acontecimentos, sem anular oportunidades, levando em conta o que há de melhor e menos interessante e escolhendo entre essas opções.
Estar preso, no entanto, é não poder fazer escolhas. É seguir linhas fechadinhas e estruturadas de modo que a sua voz interior se cala.
Um casamento pode ser assim. Um emprego. A convivência familiar. Uma sala de aula. E é inevitável, em algum momento, em algum lugar, as pessoas vão vetar o seu direito de escolher qual caminho seguir. Hoje eu sei que se isso acontece é para meu aprendizado, para depois poder escolher algo melhor e que não me faça sofrer como sofri na primeira escolha, mas ontem não era assim. E isso é genial, porque demonstra amadurecimento de ideias e relações.
Hoje eu me sinto confiante pra dizer: adeus emprego, eu não te quero mais! Porque ontem eu não fiz isso e me doeu. Porém, a liberdade tem um preço. Pedir demissão é estar sem renda e voltar para a fila de procura. Pode ser melhor ou não, e é esse jogo de "não sei o que vai acontecer" que deixa a gente excitado com a liberdade.
A liberdade é o "E se..?" da vida. Você pergunta e não tem resposta concreta até que aconteça, mas o foda MESMO é tomar a atitude e poder escolher.

O que eu sempre quis dizer

"Hoje houve reunião para definir se haverá ou não greve de professores da rede municipal. O que "queremos"? Implementação do plano de carreira até o dia 11 de agosto (o plano novo está na câmara, esperando o "sim" dos vereadores), pagamento retroativo de crescimentos (devido a implementação do plano novo) e incorporação do difícil provimento na aposentadoria. Resumindo: queremos dinheiro. 
Não participarei da greve, não creio que salários melhores (APENAS ISSO) fará com que a educação melhore. Não acredito que aquele professor desmotivado e que empurra suas aulas com a barriga se transformará em um super professor só porque seu salário aumentou. Pedir melhores salários NÃO é lutar por uma educação de qualidade, isso é lutar por mais dinheiro na conta. Eu quero salas de aula com número reduzido de crianças, quero uma reforma na política educacional, quero cursos que capacitem o profissional - transformando-o em um profissional qualificado...."

Por Gabriela Brasil

Cobras...

Qualquer semelhança é mera coincidência! hahahahaha ~~ Amo homens "verdes", filhos da mata então AWWWWW... little fat or not little fat, it's not important.

Incorporações

Salve irmãos!

Gostaria de dividir meu depoimento sobre incorporação, devido ao assunto ter sido tema na última semana em nosso terreiro. Acredito que é bastante interessante quando dividimos nossas experiências e se vierem relatos de vocês, ficarei muito feliz.
É um texto extenso, porque é minha característica escrever com detalhes... mas é bacana.

No ano passado iniciei na gira, como médium, após um período bastante turbulento onde ficava absolutamente claro (para quem tinha prática) minha mediunidade de incorporação. Para mim, no entanto, não.
Eu vim de uma infância e adolescência evangélica e, em sequência, passada uma experiência que me desvinculou de qualquer crença ou fé em Deus, reiniciei minha fé com estudos sobre o paganismo, me centrando na Wicca, religião a qual acolhi, conhecida como a bruxaria.

Em casa, não havia oportunidades de práticas espirituais nesse sentido, magisticamente falando, mas eu possuia grande vontade e me envolvia como podia. Estudei conjuros, a religião em si, me envolvi com romances literários que tratavam do assunto e me aproximei de uma entidade que passou a me acompanhar.
Recebi o convite de ir ao Guerreiros e lá minhas emoções fluiram - de maneira geral. Passei a ver o terreiro como "um lugar onde eu, talvez, pudesse fazer magia". Minha intenção, nesse momento, não era, nem de longe, religiosa. Eu não conhecia os Sagrados Orixás, não fazia sentido nenhum para mim e não havia relação aparente entre o que eu sentia e o que eu vivia.
Por ser a entidade que me acompanhava absolutamente próxima a mim (graças a abertura que eu dei) não era possível, para mim, saber qual a diferença entre ela e eu; por esse motivo, naquele momento em que eu frequentava o terreiro como consulente, em minha cabeça a entidade era eu e eu era a entidade, não percebia que estava incorporada. Não havia, de minha parte, regras de incorporação e havia, por outro lado, o descontrole. Qualquer lugar era passível da "aparição" desta entidade e os tremores, pensamentos e ações não se distinguiam, nem distinguiam hora e local.

Isso se explica porque na Wicca eu era a bruxa. Ou seja, a magia vinha e era construída por mim e não pela entidade (semelhante com o que ocorre com os magos). Então eu não sabia que havia outro espírito vinculado a mim.

Quando recebi o convite para assistir as giras de Desenvolvimento, percebi como eram as conversas iniciais, a aproximação dos guias e a maneira como os médiuns incorporavam, tive alguma ideia do que poderia ser incorporação, mas até então eu imaginei que o processo fosse inconciente e jamais tive noção de que eu incorporaria (e de que já incorporava, sem Lei).

Ao entrar no terreiro, minha primeira reação foi continuar o que eu fazia na Wicca, não imaginei que a mudança fosse tão brusca. E a entidade que me acompanhava percebeu essa mudança também, pois ela não trabalhava para Umbanda, desencarnou como bruxa e trabalhava como bruxa no espiritual.
A partir das giras, dos desenvolvimentos e de diversas conversas com entidades (principalmente escutando o que vocês, meus irmãos, diziam, vendo o que faziam e como lidavam com o dia a dia no terreiro) me aproximei de minha própria noção de Evolução.

Voltando ao tema... Eu incorporei desde o primeiro dia de terreiro até o último. Nunca tive dificuldade de incorporar  E ISSO ME DEIXOU MUITO INSEGURA, porque muitos diziam que não era fácil incorporar. Por que eu incorporava e os outros não?
Então ouvi aquela piadinha de que no início de Umbanda tinha gente que "incorporava até mosquito" e achei graça, porque, de fato, não importava o ponto, eu incorporava. Foi aí que eu comecei a pensar em porque eu incorporava.

Primeiro comecei a ler sobre incorporação e vi que é necessário que o guia baixe MUITO a vibração dele para que chegue até nós e que o ideal é estar o máximo que pudermos purificados. Eu queria isso. Queria que um guia se aproximasse e eu tivesse a sensação dele estar trabalhando comigo sendo o aparelho.

Eu entendia purificação como preceito e passei a fazer alguns preceitos maiores do que os habituais. Ao invés de 24 horas, fazia 48 horas, por exemplo.
Mudei minha alimentação e passei a comer mais verduras; tenho uma relação de amor muito forte com as plantas e para mim uma aproximação maior com Deus poderia se dar pela maior predominância delas em minha vida, então passei a comprar flores e deixá-las por perto.
Ouvi, naquela época, que uma irmã firmava o anjo e o guardião todo dia. Eu só firmava no terreiro. Resolvi copiar ela firmando todo dia e me preocupei em fazer orações todos os dias, antes de dormir. Também durante o dia, quando estivesse ouvindo uma música que eu gostasse, cozinhando, limpando a casa ou fazendo caminhadas/pegando o ônibus, resolvi que faria orações. Simplesmente me desliguei do material e me liguei ao que estava ao meu redor, considerando o que era divino.
Em geral, eu passei a valorizar mais o meu ambiente e, além de valorizar, fazer essas listas mentais e uma espécie de check in para cada uma delas (procurei a essência das Divindades, no dia a dia). Para cada ato divino em minha vida, uma marquinha de "vistagem". Pensei que assim a incorporação seria verdadeira, pois me sentia incorporando de mentira (sempre a mesma entidade, com pontos diferentes. Era frustrante).

Nesse período, eu não consegui observar transformações em mim ou na minha incorporação, porque foi tudo tão absolutamente natural que eu, simplesmente, seguia "incorporando mosquito" sem me dar conta.
Eu nunca questionei o que eu incorporava. Nunca perguntei "quem é você e o que faz aqui". Sempre levei em conta os ensinamentos no Desenvolvimento de "deixar passar, pois se ali estava era pela Lei". Estava decidida em confiar no que me ensinavam e confiar em quem me protegia.

A partir daí, incorporar se "tornou festa" e eu perdi o foco. Não havia questionamentos, como eu comentei e isso me fez ficar muito "soltinha" e, por sua vez, as entidades que trabalhavam comigo também.
Levando em conta que estou iniciando e que não é comum que as entidades de trabalho realmente se aproximem, mas enviem irmãos para trabalharem comigo e em mim, então o que eu chamo de entidade pode ser tanto um irmão que não foi batizado na Lei do Divino Criador quanto pode ser um que trabalha na Lei, porém, não é esse o fator que eu exploro aqui, mas o fato de eu ter dado liberdade demais para o momento de incorporação. Falha minha.
O que vinha em minha mente era "eu quero ajudar" e era isso que eu transmitia para os meus. Mas eu não tinha um "opa, daqui eu não ultrapasso, essa não é a minha função no terreiro" e levou tempo para perceber.

Quando o Seu João conversou comigo, em uma gira de Desenvolvimento, é que me dei conta. Primeiro porque ele não perde tempo, ele vem para trabalhar e o verbo também é trabalho, ou seja, se ele estava falando não era para entrar por um ouvido e sair pelo outro, era para eu refletir e MUDAR.

Naquela época, uma gira antes da conversa com ele, no meio do trabalho (que era forte, tinha um grau diferenciado de energia), eu havia incorporado (como sempre), mas a entidade que estava comigo (e que eu senti com uma diferença de energia desde a primeira vez que apareceu - aquela era a terceira vez que ele aparecia e eu percebia, pelo arquétipo e "força" na incorporação), aquela entidade agiu além da sua zona de trabalho (ou começou a agir) e bem na hora o Seu João, que não precisou falar nada, só olhou e fez um tipo de sinal, "cortando as asinhas" dele (e as minhas, por extensão).
Lembro que o sentimento foi de frustração, de tristeza e de raiva por "não poder ir além", não poder "mostrar o que fazia". Era um sinal do meu ego pensando que por eu me destacar em diversos sentidos da vida, seja pelo amor com que trabalho ou com o qual me dedico, merecia um degrau a mais. Pura ignorância de minha parte, mas eu não percebia porque estava no subconsciente. No caso: se eu fazia tudo na Lei, merecia bônus. Vai nessa...
Enfim, com a conversa da gira seguinte, aquilo passou e eu comecei a ler/ouvir mensagens sobre trabalho, porque eu queria saber o que era de fato o trabalho no terreiro. Eu pensava "o Seu João só desce pra trabalhar, o Pai Benedito nem se fala! O Sr. Zé do Trilho e a D. Mulambo, também. Então, como é que essa administração funciona?".

E foi no meio dessas reflexões que me veio em mente a mensagem da última gira do ano passado, que o Seu João deu. Ele disse: cada um terá uma função diferente no terreiro. E isso para mim é simbólico.
Se cada um tem uma função, não cabe a mim, ou aos meus, fazer algo que estieja fora de seu alcance e, em um trabalho, dar uma de "médium de frente" levando comigo o que não me pertence. Além de atrapalhar o trabalho dos outros, eu (e os meus) poderia estar assumindo um risco - o que só daria mais trabalho para as entidades do terreiro, que realmente possuem médiuns/guias com grau suficiente para assumir determinado tipo de trabalho.

Foi aí que eu fiquei com medo de incorporar. Eu não incorporava nada porque pensava que faria alguma coisa errada. Eu sentia a vibração e pensava que não era um guia e que eu estava me deixando levar (como havia feito antes) pelos sentimentos (naquele caso de querer ajudar).
Aí eu travei.

Foi com algum custo que eu passei a perceber que o que vinha faltando era uma conversa e aproximação com meus guias no exato momento de incorporação. Passei a pensar "faz sentido eu incorporar nesse exato momento? Será que eu não deveria esperar o ponto de Xangô? E se não tocar Xangô?", ou ainda, "os médiuns de frente e/ou mais antigos já incorporaram? Será que eles vão incorporar?" - porque me veio em mente que a ordem de incorporação e aproximação seria pelos canais mais propícios e preparados para isso. Um exemplo: se eu estou indisposta, tenho um carro e preciso que alguém o dirija para ir até determinado lugar, mas não conheço as pessoas que se dispuseram, vou escolher um voluntário sem habilitação ou um com habilitação? Então, pela lógica, eu que estou aprendendo a dirigir fico atrás, e saem na frente os que já sabem dirigir...O exemplo é piegas, mas a ideia é válida. E tem servido.

A princípio eu ouço os pontos, canto eles e - nos últimos tempos, tenho esperado que alguma entidade se aproxime e "chame" as minhas. Tem ocorrido com frequência e me dá maior segurança.
É claro que eu poderia deixar passar quando sinto alguma vibração, mas a insegurança ainda está indo embora e, até que ela vá, eu quero ter certeza de que não é um sentimento meu me deixando levar, mas sim um guia querendo trabalhar.

Não é que seja errado incorporar sentimentos, mas é que EU já fui prevenida e avisada de que essa fase, para mim, passou (como ficou claro na reflexão sobre o que o Seu João disse).

Concluindo, na semana anterior, quando alguns irmãos se sentiram pouco a vontade para dançar ou para se expor mais no momento de incorporar, ficando "acanhados" ou com insegurança (assim como eu tenho e acredito que muita gente tem), me veio em mente discutir como é que ocorre com vocês a incorporação.

Comigo no início era sutil, eu nem sabia que não era eu fazendo magia. Depois começou a ser um solavanco, eu sabia que não era eu, que eu precisava girar, andar ou sentar. Então começou uma fase de "ficar sem ação", perna travada, dor imensa em alguma região do corpo, braços moles e sem movimento, cabeça baixa e sem conseguir erguer. Dependia muito de qual era a ocasião.
E novamente veio algo mais sutil, que voltou (por sua vez) a não me dar certeza de se era eu ou a entidade... e foi aí que eu resolvi, na hora da incorporação, pensar em algo que não tinha nada a ver com o que estava ao meu redor - como uma técnica de meditação ou de fuga - pensei em momentos específicos como o pôr do sol, ou o nascer, a lua, ou o mar, ondas ou florestas, flechas ou estrelas, pedras ou cachoeiras, cores e, principalmente, me concentrei na letra do ponto... quase como se deixar hipnotizar... e isso é bem útil, porque você percebe que, pensando em algum elemento e não se concentrando no que o guia faz, ele continua fazendo independente de você... e pode ser que essa sintonia do pensamento em elementos seja algo que tem tudo a ver com o seu guia (mata = Oxóssi, estradas = Ogum), ou não. Vai depender do momento.

Nas incorporações de socorro, eu inicio sentindo que há uma mudança na energia do lugar, de modo geral; como quando tem intervalo e a gira muda de direita para esquerda, mas a energia do socorro nem sempre é tão densa, as vezes - comparando em cores, muda do branco para o cinza - névoa). Finaliza com a sensação de algum momento vivido. Algum momento de sofrimento, em geral. Esses sofredores passam energias muito próximas ao real, mas ainda assim há como controlar os pensamentos e, todas as vezes, eu iniciei um processo de ouvir o que meu irmão socorrista falava e usar, juntamente, meus melhores pensamentos e vibrações, para demonstrar esperança ao socorrido.
É uma sensação bem interessante e diferente.
Quando o irmão em questão está desvirtuado (debocha, tira sarro, é irônico, agressivo) é algo diferente. Parece que todos os seus monstrinhos saem para fora ao mesmo tempo e a sensação é muito real. De ódio, de cobiça, de vingança ou algo assim. Em geral, quando isso ocorreu comigo, havia logo em seguida uma sensação de arrependimento e tristeza absoluta.

Sempre que a incorporação termina, tento demonstrar que estou bem e que voltei ao normal, porque - de fato - evito que a sensação fique comigo e raramente ela ultrapassa o momento de incorporação. Quando ultrapassa é em forma de dor e na sensação de que eu poderia ficar incorporada mais umas duas horas com o mesmo espírito até ele ir embora. Mas, nessas horas, eu me concentro em descarregar a energia. Coincidentemente, quando isso acontece, o Sr. Jaci, geralmente, chama uma linha pra descarregar os médiuns logo em seguida... e a vibração muda da água pro vinho.

Sobre leituras

Eu adoraria que Literatura fosse minha vida... mas não é.
Não me sinto preparada para ler, nem para me envolver e ser pura literatura. Essa não sou eu.
Eu amo as letras e como elas se unem para oferecer amor ou pedir perdão... mas eu ainda prefiro gente.

É o que me agrada. Ouvir as pessoas, falar com elas, dizer-lhes que as amo e sentir que me amam. Mudar um pedacinho delas e estar pronta para recebe-las em casa. Eu sou um pouco assim.

Não me arrependo de ler pouco. Me comparo com os amigos e, realmente, me sinto muito defasada. Eu lia muito pouco no curso e menos agora. Entendo de histórias, até construo algumas, mas não sou uma especialista em leitura.

Não. Eu não leio.
Eu adoraria me afogar em livros e talvez para essa noite fosse um programa e tanto.
Eu, os livros. Os livros e eu.
Mas não posso. Não tento.

Compro livros, empresto livros, doo livros.
Eles poderiam ser meus amigos, ficar na cabeça.
Não ficam.

Estou me perguntando dia e noite se sirvo para ser professora. Eu gostaria de servir.

Agora, de regresso a teu lado, leio-te poesia. Deveríamos ter lido poesia sempre. Os dois. Juntos. O amor também é feito de palavras. Palavras que nos podem acariciar por dentro, onde as mãos não chegam, onde os beijos não alcançam. (João Morgado)

Volta Xtina

Olha o barquinho de Cida...



Sobre te amar

Estou te amando, e não sei quem ou como você é.
Estou amando o fato de amar um desconhecido.
Já me sinto íntima e já posso questionar , seja o que for, me dando o direito de ser a primeira a saber de nós. Mesmo que você saiba há anos.
Estou te amando em pequenos blocos de vida. Em espasmos de cores. Em frações de segundo. Em ritmos de festa. Em corações acelerados. Estou te amando e não sei bem porque. Duvido que alguém me explique porque se ama.

Amo os seus olhos, a sua boca, o seu ouvido. Amo a voz que sai de você e esse seu jeito implicante de dizer algo sobre mim e meu jeito de esquecer as coisas pelo caminho.
Amo nossas brigas matinais. Amo fazer café e te ver chegar do trabalho, cansado. Amo lavar sua roupa e a minha. Amo sentir o cheiro da tua camisa quando lavo sua roupa. Amo estar perto de você, sem nem ao menos te conhecer.
Amo que tudo isso venha a tona. Amo. Amo. Realmente AMO, qualquer palavra que evoque seu nome, sua bondade, seu amor e sua presença.

Eu amo ser sua mulher.

Blá!

Te quero como estrelas no céu
Como gatos malhados no telhado em corpo nu.
Te quero como nunca me quis
Te espero andando, pra não me encontrar parada.
Te quero de norte a sul
Você do norte, eu do sul
Te quero meio ingênuo e louco
Não te quero pouco
Te quero, mas não te quis.
Te engano.
Te amo.

Porque te amo

Eu queria pedir menos coisas
Pedir que você venha e me ame
Eu queria pedir você em um sussurro
Andar descalça pelas pedras
E sentir a pulsação de nosso amor
Amor divino
Amor de campeões
Aqueles que se ganham como prêmio.

Eu queria te amar por mais de um segundo
Recordar as loucuras que eu fiz junto a ti
Eu queria perdoar o Domingo no parque que não tivemos
Eu queria dizer que te espero e já fui
Eu queria você
Assim como ontem
Assim como amanhã

Metade eu, metade você

Mas metades não estão completas
Então eu não queria e não quero
Eu nem quis
Eu nem lembro de querer.

E nada do que eu disse aqui
É aqui que está
Porque aqui não há nada que esteja aqui.

E eu amo você.


Sem sentido.
Se sentindo.
Amo você.

FIM DA COPA

Uma copa de testes.
E o grande teste da última partida foi claro: a técnica, a valorização e a persistência  prevalecem a raça.
Raça não leva títulos (ou os maravilhosos africanos que passaram por aqui estariam no pódio). Raça te leva longe, mas não é tão grande quanto a disciplina.

Maravilhosa copa, cheia de detalhes com muito o que pensar.
Eu amo as lições que vêm dos esportes. Tenho a mesma sensação em Olimpíadas.

Parabéns Alemanha pela lição de como jogar futebol.
Parabéns Argentina por ter chegado tão longe, depois de tanto tempo.

Tapar os olhos

Da boca pra fora

Perdemos a copa e eu queria bater em você.
A exemplo dos antigos jogos de computador que eu jogava, queria te encher de porrada.
Acabar com a sua cara e ver você no chão. Perdendo.

Não gosto de você. Nem dos seus gostos. Nem do seu mundo. Nem da sua pena.
Enfie a sua solidariedade no cu. Se até aqui eu me virei sozinho, por que raios eu precisaria da sua piedade?
Não preciso de pena. Preciso de vontade.
Olhando pra sua cara me foi qualquer resquício que eu poda ter.

Detesto que você seja tão filho da puta. E posso ser pior.
Se eu não fosse pior eu não estaria sofrendo por não ter o melhor que busco pra mim.

Essa dívida é impagável. Parece nunca acabar.
As prestações duram uma vida.
E depois? Vou continuar trabalhando pra pagar?
Não é justo.

Ou talvez seja, perto das merdas que eu fiz.
Mas agora todos fazem piores merdas.
E eu? Não consigo ser ouvida para amenizar os seus erros.
Então espero que fodam-se. Foda-se o egoísmo e os ideais que não são meus.

Quero um escudo, uma casca. Quero estar bem
E só.

Sobre almas gêmeas...

É fácil perceber...

... que a vida escolheu você e você, cego, nem nota.

James Rodriguez

Lindo, lindo e lindo.

Eu gostei mesmo do vídeo dele dançando.


Top Top Cidades de sentimentos

Semana que vem tem exposição da Frida Khalo no MON (é o nosso museu do olho, não sei se já viu, é cartão postal...) e quero muito ir. Imagino que a sensação deva ser muito louca, eu adoro essa ideia de estar perto da história.
Inclusive, esses tempos atrás vi um ator argentino que eu acho lindo viajando pela Alemanha. Nunca havia me imaginado passeando por lá, menos ainda em antigos campos de concentração, mas imagino que a energia seja louca demais. Algo fora do comum.

Então resolvi listar o top 5 lugares do mundo que despertam sentimentos.

1. Eu imagino que seja mais importante pra mim do que as pirâmides egípcias. É algo fora do comum imaginar o trabalho dessa civilização e de como a simplicidade, beirando a selvageria, pode ser tão mais produtiva e eficaz, tão menos poluente e tão mais durável.
Não sei até quando nossas invenções vão durar, mas o que eles construíram me parece eterno.
É bom adicionar nesse passeio m city tour em Guadalajara, que é minha cidade no México. O meu segundo lugar no mundo, eu diria. Só pra constar e entrar no top top.



2. Califórnia. Não sei porque a atração, mas me deixa totalmente energizada. Lembra de quando conheci os caras do Maroon 5 (com exceção do Adam u.u)? Naquele abraço do Matt foi como se eu tomasse um banho de descarrego em uma cachoeira, ou ainda, como se eu tomasse um passe em uma aldeia indígena no meio da Amazônia, basicamente: mágico. 
Eu perguntei para uma amiga o que poderia significar aquela sensação, porque eu jamais senti nada igual na vida, com nenhum ser humano. Ela me disse algo sobre polos positivos e negativos, porque, acredito eu pela lógica que, quando esse tipo de reação ocorre os corpos se neutralizam. É exatamente a questão física em jogo.
Eu estive pensando e ele é um "garoto da Califórnia". Foi o mais próximo que eu cheguei da energia de lá. E a sensação, em palavras, não tem como dizer.
Antes de ver ele, naquele dia, eu tremia, passei mal - eu tenho uns piriris da vida sempre que estou muito emocionada, antes de algo eufórico que vai ocorrer. Bizarrice pura. Mas depois, quando eu estava lá, com ele, primeiro minhas pernas travaram, depois eu fiquei absolutamente pasma, e logo estava lá, sentindo meu corpo leve. Leve MESMO.
Eu entrei no ônibus e pensei "cara, eu fui descarregada! Não sinto nada, não existe nada comigo além de eu mesma!". Digo isso porque quando a gente começa a trabalhar a mediunidade, não tem como, sempre está sentindo a presença de algum irmãozinho por aí, ou uma sensação qualquer que seja, de lugar, de vibrações, de sentimento. Mas naquele momento eu estava fora total de órbita, como um corpo perdido no espaço, flutuando, MESMO. Nunca senti nada nem perto daquilo. Então passei a ver o Matt, basicamente, como um fio terra haha, um tipo de cara que me descarregava a tensão só no abraço. (Imagina no sexo!). Eu acho que foi reciproco, sim. Posso estar romantizando, é claro, mas ele nunca sorri e tira fotos a torto e a direito. Mas, assim como eu, na manhã seguinte ele levantou, foi pra porta do hotel sorrindo loucamente e abraçou todo mundo que estava por lá. Ele nunca mais fez isso e nunca tinha feito. Ele é simpático, mas dá pra contar as vezes em que aparece sorrindo. Eu acho que foi algo de momento, uma sensação que ficou nos dois. E, obviamente, algo espiritual (e físico) entre aquele encontro (ou reencontro, vai saber). Enfim O fato é que passou, mas a Califórnia é um sonho desde então.


3. Ouro Preto. Porque Minas foi minha primeira paixão. 
O povo, o sotaque, o estilo de vida... que vai do simples ao sofisticado. A maneira de levar a vida e de falar da vida. As loucuras e o misticismo. Tudo.
Acho que Ouro Preto sintetiza a minha ideia de "Cidadezinha Qualquer" e eu me sentiria a pessoa mais maravilhosa do mundo caminhando por lá.


4. Berlim. Porque eu não sei nada sobre ela e jamais procuraria qualquer coisa. Porque alemão é a última língua que eu procuraria para aprender no mundo. Porque me parece algo distante e que não me preenche, não me atrai, não me faz pensar em nada - aparentemente. É um vazio.
E os vazios me preocupam.
Eu acho que o fato da Alemanha ser insignificante na minha vida, mesmo quando eu enumero fatos históricos e tento me convencer de que estar lá seria o ápice para qualquer sensitivo, me vem um não sei o que de desagrado e de indiferença. Eu não gostaria de conhecer Berlim, por esse motivo ela entra na minha lista de "lugares que te dão alguma sensação". Nesse caso seria uma sensação de nada.


5. Ao mesmo tempo que tenho medo do Rio, tenho alguma emoção em pensar no que ele representa. Eu acho que não seria uma cidade que tem a ver comigo, mas também acho que seria um lugar que tem super a ver com alguns momentos isolados meus.
Gostaria de viver uma vida de carioca, só por uma semana. E ter um parecer mais elaborado do assunto...