Reinações Múltiplas: agosto 2018
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Confissões de um espírito que quis me matar

Na minha loucura noturna os mortos saem e dão espaço para foder com tudo o que eu tenho cultivado de lindo e bom. Por que eles me odeiam? O que fiz pra esse bando de gente sem cabeça? Não tem porque me seguir assim, sem ter pena e dó dessa alma irmã. Eu só buscava o abraço de um cavaleiro de armadura dourada, e quase não faz sentido algum que uma armadura dessas reluza em meu caminho. Sabe como é, todo mundo pensa que eu não mereço. Nem amores, nem desgraças. Nada pra mim está de bom tamanho. Mais uma dose na mesa 13! Manda descer a saideira que estou de passagem pro outro lado da vida. Lá, quado a gente se ver, vou mover o inferno atrás de você. Pra que sinta na pele (pele?) aquilo de dor que me causou. Dor e fracasso. O filho Gregório que eu não tive. A filha Mariah que nunca veio. O beijo de amor que não me foi roubado. O sexo com tesão, por prazer, que aquele homem alto de farda militar não me fez antes de morrer na guerra. Sabe, eu te amei como uma filha ama a sua mãe: com ingratidão, berrinche e mágoa! Te amei como a irmã que nunca tivestes, sua cachorra fria e sangrenta! Assassina de animais indefesos. De corações sombrios. De sonhos. Você, aí, bela e divina. Pensou que teria o que mais? Pode ser que tenha o corpo, o sonho, o castigo... pode ser que chova dinheiro nos seus belos dedos, na sua preta mão. Mas jamais terá perto de ti outra vez aquele imenso amor. Te tirei tudo. O brilho dos olhos, a cor da voz e a possibilidade de ter um filho. De ser mãe. De dar frutos. De criar laços. Não há em você, mesmo com todo o dinheiro, nenhuma fortuna. Te odeio. Detesto os teus dentes, porque me falam coisas que apodrecem mais e mais o meu lado desumano. Da tua boca saem flores e isso me corta, me desajeita, me mata... Te odeio, porque no fundo, lá no fundo... Merda! Eu te amo.

Pazes

Gostaria de registrar a minha alegria em conseguir perdoar e viver em paz. Estou muito bem com esse passo e com essa cura do meu coração que pouco a pouco se enche de paz.
Viver o Chile NÃO FOI FÁCIL! E acho que será uma das experiências mais loucas para contar, quando eu completar 80 anos.
Lá conheci tanta gente MARAVILHOSA e outras que não eram legais hahaha Mas é assim sempre. Nosso jeito de ser é como é, e cabe aproximar ou afastar, nada mais.
Uma das pessoas mais especiais da minha vida mora lá. No Chile. É o Fran. Ele é muito maravilhoso para mim, porque somos almas irmãs. Acho que me pesava muito a falta dele. E, ainda que distante, quando estamos bem, posso sentir que é uma real alegria.

Estou feliz.

Adeus ao Rei

Detesto que os caras me tratem assim.
Sempre a mesma merda.
Evasivos e sem alma. E o PIOR é que eu EU reconheço COM CARINHO as delicadezas de cada pessoa e as demonstro. Então me sinto uma palhaça, justamente porque não tenho um pouquinho de atenção.
Mas NORMAL, mais uma pessoa que foge de mim e da minha intensidade. Ou, menos um.
Vou me ajustando e me regulando pra ver se em algum momento consigo o mínimo de respeito e dedicação que mereço.
Quero uma pessoa com quem trocar carinho, atenção e sexo. Tá difícil. Só recebo esse tipo de reação fugindo de mim.
E nem posso dizer que é coisa de brasileiro, hahaha
Não tenho problema nenhum, só não me ajusto na lista de imperfeições dos homens desse planeta.
Estou quase pensando em lesbianismo. Ou quem sabe um convento.
Detesto os homens dessa cidade e RARAS vezes me interessa algum. E quando interessa, estou situada logo abaixo da ração, na lista de prioridades. Nunca sou mal tratada como aqui. Fora do estado, em geral, me dou super bem.
Uma grande merda.
Lá vou eu, mais uns três meses sem sexo, procurando alguém que valha a pena trocar energia.
Se não bastasse, sendo macumbeira, não é qualquer um que me cai bem energeticamente. E sendo cheia de manias, não é qualquer um que atura minha chatice.
Os prós e contras de ser dona de mim e do meu transtorno de ansiedade. Quero pra ontem. Pra já.
E o tempo ao tempo é coisa de quem não sabe o que quer da vida.
Ação e reação.
Atitude.
Loucuras sãs.
Carinho.
É demais? Sim.
Mas sou eu.
Tal qual.
E com uma pitada de ají mexicano.

Valeu as migalhas de atenção e os sorrizinhos em emoticon, até aqui.
Valeu, especialmente, a excelente companhia e as risadas. E me fazer sentir boba contigo. Costumo ser sempre a que guia e a que sabe, a que chega e a que faz. Me dividiu algo bem lindo. Uma meninice que eu tenho e adoro em mim.
Desculpe por não ter sido melhor. Eu realmente gostaria de ter dado mais. Em todos os sentidos.
Teu cheiro é de sexo. Não tem perfume. É pele pura. Algo novo pra mim. Um homem sem aroma. Muito original, em tudo.
Te achei absolutamente controlado em si mesmo e, em vários pontos, surpreendido com quem eu sou. M agarrei nesse detalhe, imaginando que seria diferente. Não foi. Não tem sido.
Ficar distante um dia ou outro é normal. Mas se é constante... Tem algo errado. Não sinto que te chamo atenção. E sou vaidosa. Quero chamar atenção, ser vista.
Então, não funciona. Não tem como eu sair por aí exigindo ou querendo de alguém algo que a pessoa não está disposta a dar.
Por maior que seja uma timidez, preciso de sinais maiores. De algum apoio que me permita seguir, minimamente, sentindo vontade de tirar a roupa e trepar igual cachorra. Um tesão. Algo. Como posso alimentar sozinha as coisas? Não posso. Seria e É cruel comigo.
Esse tipo de reação me irrita profundamente. Porque, simplesmente, não há reação.
E falar com o nada é dolorido. Eu sou sencível, mesmo sendo uma mulher lazarentamente forte.

Quero um homem pra me dar prazer e carinho. Pouco me importa qualquer compromisso, até porque sou descrente de que eu saiba conviver com alguém, mas quero sim um sexo fixo, um carinho gostoso para a minha semana, um dengo de amigo colorido. Quero poder conversar de boa e curtir a pessoa.
Isso.
Quero ser clara. Transparente. Direta.
Sou assim.
Quero poder mandar a merda sem me arrepender. Quero poder ter certezas. Não quero essa incógnita toda.
E quero atenção. Sem a pessoa precisar de uma faca no pescoço.

Outra vez, não tive isso.
Por agora, estou desistindo de ter essa companhia.
Vou me aposentar.
Você era minha última tentativa.
Já não tenho mais aplicativos de relacionamento, nem nada do gênero. E nem tenho saído na noite pra festinhas com segundas intenções.
Vou me recolher de novo.
Cansei.