Reinações Múltiplas: julho 2018
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Mentiras


De repente pode ser que tenha chego um amor. Mesmo que passageiro, que vem com a Lua e que com ela possivelmente se vá. Uma pessoa que em muitos níveis é capaz de mudar a minha vida.
Fazer parte dela em companhia. Em ações, em pensamentos.
Há um homem que pensa em mim. Não só em mim, mas em como eu sou e em como eu estou.
Um cara que me diz que sou uma mulher bela. E quem sabe eu acredite pouco a pouco neste homem.
Gosto da ideia de que ele busque sobre mim. Que me procure e esteja interessado.
Porque eu quero ele. Quero mais do que eu acho que quero.
Tem aquela ideia de que ele não é ele. De que quem ele é pode não me agradar.
Mas e daí?
Vou tomar cuidados para não doer mais tanto como doeu.
E vou cuidar pra ele ser, também, meu amigo. Um cara com quem eu possa compartilhar sem medo. Quem sabe ele se aproxima.
Espero de coração que sejamos parte um do outro. Porque cansei de estar só e vejo nele disponibilidade de ser dono dos braços aonde vou e posso repousar.

Sobre lágrimas

Ontem aprendi que se as coisas dão errado sempre, é porque não estamos fazendo diferente.

Florestas do norte, cidades do sul

Eu espero textos gigantescos e repletos de amor e sentimento
Um minuto de contemplação de quem eu sou e do que eu faço. Um carinho sincero e genuíno. Sem esforço em ser, apenas sendo.
Límpido, tranquilo. Que me busque. Que me acalme... Que me faça dormir em um berço de luz. Um amor para recordar. Por horas. Por dias. Por uma vida inteira, a cada despertar ao meu lado.

Canela, 13 de julho de 2018 - 16h33

Era uma vez uma garota que se sentava na cama e digitava uma história.
Sua história.
Uma mulher, na verdade. Morena, de cabelos crespos e com pouco mais de trinta anos. Mentais, é claro.
O corpo da mulher lembrava o de uma criança brincando de contos de fada. Ela toda brilhava em si mesma, porque dentro de seu coração pairava uma luzrosada e forte. Segura de si mesma e de seus gostos. Seus motivos.
Era uma vez uma mulher que havia se apaixonado na Terra de Neruda. Perdido a cabeça, a noção do tempo e do espaço. Enchergado de perto a loucura. Era uma vez, a mesma mulher. A menina. Que, de repente, se via em uma cama de quarto compartilhado, onde habitava apenas ela mesma. E, o grande espaço de criação e poesia.
Era uma vez a Terra de Veríssimo. O lugar das batalhas e das redenções. Um espaço de tempo recortado, onde cada pessoa, cada carro, cada palavra, cada casa, cada caso, cada sorriso e lágrima lhe rendia uma nova história.
Render-se, por fim, era a sua expressão.
Não se sentia, nem por um segundo, só. Não se sentia presa. Nem se sentia com rumo a alguma coisa.
Essa mulher, em seu íntimo, buscava a própria companhia.
Quem sabe um guardião que estivesse dentro de seu próprio coração. Uma parte dela mesma, envolvida em um laço de amor.
Um pouco do pozinho de pirilimpimpim. Magia. Música. Sons. Canções. Vida.
Era uma vez aquela moça de vinte e sete anos completos. Vinte e oito em crise. Vinte e nove, por chegar.
A moça que se dizia mais e que se pensava mais. Mas que, em sua pequenez, não alcançava todos os efeitos que determinava a si mesma.
Era uma vez uma escritora. Uma atriz. Uma poeta. Um mundo encantado, de vidro lascado e fumê. Era uma vez eu.
Era uma vez, você.