Reinações Múltiplas: março 2016
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Meus dedos

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Ufa!
Na tela: Oi.

Fios Dourados

Eu te escrevi.
Como o raio de sol nos teus cabelos e no teu sorriso, na noite em que dançamos juntos você brilhou um pouco em mim.
Ainda que com algum receio e um interminável medo... eu me permiti viver você.
E fazia tanto tempo que eu não sentia... ou permitia.

Vou seguir te escrevendo.
Mas agora, com cada verso que vivermos e criarmos juntos.

Vontade

Planos. Sonhos. Viagens. Passeios. Baladas. Sozinha. Junto. Aqui. Lá. Com. Sem. Perto. Distante.
E a vida é uma querência só...

Say you...

Pensando alto...

Ter uma fé não anula seus desconfortos consigo mesmo.
Por vezes nos oferecemos viver uma missão belíssima com nossos irmãos e não nos damos conta de como essas ações adicionam muito mais ao outro do que a nós mesmos.
Nessa semana conversava com uma boa amiga sobre como as mães, por exemplo, se doam a seus filhos de uma maneira a anular nelas mesmas seu papel de mulher. Foi um exemplo e vejo outros em situações diversas...
O profissional que se dedica completamente ao emprego e não vive o lazer.
O estudante que não respira nenhum minuto, com medo de não ser bom o suficiente.
A mulher que se dedica a casa e ao marido, como se sua vida fossem as quatro paredes de seu lar.
Uma noção de egoísmo diferente... um egoísmo consigo mesmo.
E é claro que, sendo humana, detecto essas lacunas, mas não as preencho em mim mesma. Natural que isso ocorra, visto que detectei a falha, mas não o modo de solucionar esse aspecto em minha vida.

Gosto disso. Me faz pensar que sempre estamos suscetíveis à aprendizagem... mesmo que ela venha a partir de uma suposta falha de conduta.

Que amemos Cristo, não significa que sejamos ele.
É bom seguir com muito pela frente, tanto quanto é bom evoluir.

Porém, observar o outro e deixar de ver a si mesmo é de certa forma agressivo aos olhos. Não gosto de quando me anulo para pensar em outros seres. Me faz mal.

Pensando bobagens

Hoje tenho uma segurança religiosa que me faz muito bem.
É uma certeza que me leva a fé e a confiança.
Não existe em mim a ilusão da perfeição e tenho certeza das fraquezas e cansaços de quem me cerca.
Compreendo até mesmo minhas limitações e quanta asneira eu faço, vivo e respiro no meu dia a dia.
Sou uma pessoa de essências e isso é super bonitinho, mas também é chato. Sou uma pessoa chata.
Essencialmente chata.
Tenho tantas loucuras e tolices que quase me considero normal e humana.

Mas não sou.
Me sinto sobre-humana. Muito mais do que gente. Me sinto um espírito em um corpo. Muito mais do que corpo. Me sinto mente e espírito, coração e espírito, matéria e espírito. Sou um espírito.

Sinto medo. Tenho medo de um monte de besteria que pessoas mais evoluídas acham besteria.
Acho besteira um monte de medos que outras pessoas sentem.
Sou como os outros e como qualquer um.
Eu me sinto bem com isso e com a maneira como tenho vivido essas armadilhas mentais e sentimentais.

Estou confortável.
Visto a roupa do meu tamanho ou suficientemente larga para mim.
Me sinto bem.
Me sinto exausta também.


Tenho milhões de problemas insolucionáveis. Coisas que ninguém conseguiria decifrar,
Sou esse turbilhão e um pouco mais.

Uma mulher limitada e ilimitada.
Em edição única e sem limites.
Gosto de mim.
Não me amo. Seria mentira dizer que aprendi a me amar.

Refletindo sobre amores...

Se você diz que ama, ama mesmo. Por que não?
E como Vinícius afirma: que seja eterno enquanto dure... Porque (não, Netinho de Paula) não dura pra sempre... "Para sempre" é muito tempo. Tempo demais para durar uma eternidade de amor.

Mas o amor dura muito! Dura uma eternidade... E quando acaba, renasce em outro amor, que, por sua vez, volta a ser eterno.
Isso porque amor não morre.
Muda, troca, volta em outros olhos, outras vestes, outros formatos.
Mas sempre é amor.
E sempre é eterno... enquanto dura.


"Dizem todos, e os poetas juram e tresjuram, que o verdadeiro amor é o primeiro; temos estudado a matéria, e acreditamos hoje que não há que fiar em poetas: chegamos por nossas investigações à conclusão de que o verdadeiro amor, ou são todos ou é um só, e neste caso não é o primeiro, é o último. O último é que é o verdadeiro, porque é o único que não muda."

Capítulo XLIV - Memórias de um Sargento de Milícias por Manuel Antônio de Almeida

Amor verdadeiro é o último. E só é verdadeiro porque foi o último... se não seria um dos outros que vieram antes... Falsos amores eternos.