Pensando alto...
Ter uma fé não anula seus desconfortos consigo mesmo.
Por vezes nos oferecemos viver uma missão belíssima com nossos irmãos e não nos damos conta de como essas ações adicionam muito mais ao outro do que a nós mesmos.
Nessa semana conversava com uma boa amiga sobre como as mães, por exemplo, se doam a seus filhos de uma maneira a anular nelas mesmas seu papel de mulher. Foi um exemplo e vejo outros em situações diversas...
O profissional que se dedica completamente ao emprego e não vive o lazer.
O estudante que não respira nenhum minuto, com medo de não ser bom o suficiente.
A mulher que se dedica a casa e ao marido, como se sua vida fossem as quatro paredes de seu lar.
Uma noção de egoísmo diferente... um egoísmo consigo mesmo.
E é claro que, sendo humana, detecto essas lacunas, mas não as preencho em mim mesma. Natural que isso ocorra, visto que detectei a falha, mas não o modo de solucionar esse aspecto em minha vida.
Gosto disso. Me faz pensar que sempre estamos suscetíveis à aprendizagem... mesmo que ela venha a partir de uma suposta falha de conduta.
Que amemos Cristo, não significa que sejamos ele.
É bom seguir com muito pela frente, tanto quanto é bom evoluir.
Porém, observar o outro e deixar de ver a si mesmo é de certa forma agressivo aos olhos. Não gosto de quando me anulo para pensar em outros seres. Me faz mal.