Hoje tenho uma segurança religiosa que me faz muito bem.
É uma certeza que me leva a fé e a confiança.
Não existe em mim a ilusão da perfeição e tenho certeza das fraquezas e cansaços de quem me cerca.
Compreendo até mesmo minhas limitações e quanta asneira eu faço, vivo e respiro no meu dia a dia.
Sou uma pessoa de essências e isso é super bonitinho, mas também é chato. Sou uma pessoa chata.
Essencialmente chata.
Tenho tantas loucuras e tolices que quase me considero normal e humana.
Mas não sou.
Me sinto sobre-humana. Muito mais do que gente. Me sinto um espírito em um corpo. Muito mais do que corpo. Me sinto mente e espírito, coração e espírito, matéria e espírito. Sou um espírito.
Sinto medo. Tenho medo de um monte de besteria que pessoas mais evoluídas acham besteria.
Acho besteira um monte de medos que outras pessoas sentem.
Sou como os outros e como qualquer um.
Eu me sinto bem com isso e com a maneira como tenho vivido essas armadilhas mentais e sentimentais.
Estou confortável.
Visto a roupa do meu tamanho ou suficientemente larga para mim.
Me sinto bem.
Me sinto exausta também.
Tenho milhões de problemas insolucionáveis. Coisas que ninguém conseguiria decifrar,
Sou esse turbilhão e um pouco mais.
Uma mulher limitada e ilimitada.
Em edição única e sem limites.
Gosto de mim.
Não me amo. Seria mentira dizer que aprendi a me amar.