Reinações Múltiplas: Glee Session 1: Matthew x Chord
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Glee Session 1: Matthew x Chord



Matt Morrison me esperava na porta da sala de gravações, era habitual que permanecesse ali antes de gravarmos.

-Preparado para arrasar? - eu disse sorrindo e dei um beijo em seu rosto, com um humor de sexta-feira à tarde, acompanhado de um forte abraço.

-Você está linda!

-Você é gentil.

Ele riu e entramos na sala. Matt aproveitou para conversar com quem estava por perto e pedir melhores detalhes, nosso diretor estava chegando e logo começaríamos o ensaio. Coloquei meu fone e estava tocando Toxic, fiquei ouvindo e cantando baixinho. Meu baixinho na verdade era bem audível, já que o fone estava alto. Matt estava naquela música e a voz era, definitivamente, sexy. Fiz o mesmo tipo de tom, com um timbre suave.

Matt parou de olhar os papéis que tinha na mão e deu atenção a mim.

Baby can't see... dangerous... scape... I need...

Eu sorria enquanto embalava o corpo conforme a melodia de minha voz. Ele retribuiu o sorriso e cantou também. Fiz um sinal de ok para o programador que soltou o som em volume bacana, Matt ouvia a música e fazia o refrão comigo, enquanto eu o encorajava a dançar para mim.

Quando o diretor chegou estávamos empolgados cantando e assim que a música acabou eu caí na gargalhada, me segurando em Matt. Ele me olhou com aquele sorriso demolidor de neurônios racionais e logo alguém colocou Sway para tocar, eu e Matt rimos e nos abraçamos, ele não evitou me fazer dançar com ele. Achei engraçado e pretendia dizer alguma coisa para ele, rindo, quando vi que os olhos dele estavam em um formato mais... encantado, olhando para mim enquanto ele cantava acompanhando a letra da música. Nossos corpos estavam embalados e o espaço era pequeno.

Nosso diretor nem fazia parte de minha mente e quando percebi havíamos dançado toda a música e alguns olhos especuladores nos aplaudiam ao lado do diretor. Mark e Lea, sorrindo.

Fiquei vermelha e Matt soltou uma boa risada, segurando meu corpo perto do seu e com carinho depositou um beijo em meu rosto.

-Era isso o que eu procurava!

Jack falou e eu não entendi, mas usei o pretexto para me separar de Matt devagar.

-Procurava o que querido? - eu disse e me aproximei de meu chefe, abraçando-o pelos ombros.

-Um novo casal para Glee.

Olhei espantada para Matt que me devolveu o espanto com graça.

-Sério? - ele perguntou.

-Vocês têm química, seria genial!

Lea soltou uma gargalhada e abraçou o namorado.

-Ele disse a mesma coisa pra gente.

Fuzilei-a com os olhos e vi uma carinha de "deixa eu sair daqui antes de morrer".

-Vamos gravar ok? - eu estava bem intranquila com aquela situação.

Óbvio que eu tinha a senhora queda por aquele homem, mas a intenção era guardar isso pra mim e ficar na minha.

-Como você pretende colocar isso na trama, Jack? - Matt preocupado com a parte prática e eu querendo fugir da situação.

-Surpresa.

Matt me encarou e ergueu a sobrancelha sorrindo.

-Vai ser divertido. - Fiquei com as bochechas ardendo imaginando besteiras bem divertidas com ele.

-Vamos? - eu disse me atropelando até o microfone.

Faríamos uma versão de Estoy Enamorado de Wisin y Yandel, um episódio latino.

Ok, se a situação estava tensa, quando aquele cara abriu a boca e começou a cantar no embalo de Estoy Enamorado, eu quase caí dura. Ele fazia o favor de dançar loucamente enquanto cantava, e aquele corpo, meu deus do céu, era um pedaço de mal caminho. Fiquei pasma, abri a boca igual uma idiota, vendo ele. Lea se limitava a rir muito. Ela e Mark fariam o back comigo.

Como a gravação é em camadas e cada um faz sua parte separadamente, chegou minha vez de gravar. Eis que não resisti e provoquei, afinal, se ele tinha o swing, eu era uma típica latina sensual.

Quisera estar siempre a tu lado, fujir de todo el mal

de tu cuerpo me he esclavo

y creo que he te demonstrado que

estoy enamorado

te lo quiero confesar...

Na parte da rumpa, aproveitei pra soltar a parte adormecida em mim desde que havia me mudado para os Estados Unidos.

-Você foi incrível.

-Não tanto quanto você, querido. - eu disse e já ia saindo da sala, quando senti meu braço ser segurado.

-Lenah. - nos olhamos - eu gostei de te conhecer.

Eu é que havia adorado conhecer aquela oitava maravilha do mundo, não tinha o que dizer, Matt estava caidinho e ao mesmo tempo estava super sedutor. Ele tocou meu rosto, acariciou mina bochecha e olhou bem nos meus olhos. Quase tive uma pane total, decretando que eu estava entregue, ferradinha. Quando Chord apareceu na porta do estúdio.

-Leninha, eu... - ele olhou para nós dois e eu me afastei de Matt rapidamente - não queria interromper. - Ele falou impressionado,estava de saída.

-Não, imagina, espera. Você queria... - encorajei ele.

-Estou com suas falas, pensei que a gente poderia estudar, juntos.

-Eu vou com você meu bem. - Olhei para Matt que não desgrudou os olhos de mim nem um instante, percebi que nem mesmo as mãos haviam se afastado na verdade. Quando nossos olhos se encontraram de novo senti o nó na garganta pela primeira vez. - Conversamos depois Matt.

Eu disse despretensiosamente, mas ele não agiu como eu imaginei, me soltando e deixando eu ir com Chord.

-Te pego no hotel às oito? - fiquei engasgada e olhei para Chord, ele olhou para o chão e coçou a cabeça. Eu comentei que estou saindo com ele às escondidas? Pois é.

-É... eu... bem... tudo bem. - eu disse em um tom de amizade e olhei para Matt, que agora olhava Chord.

-A não ser que você tenha algum compromisso. - ele disse com a sobrancelha arqueada. Mas que grande porra de vida, quando não tem, não tem, quando tem, ula-la, tem os melhores e em dobro!

-Por mim tudo bem Leninha. - Chord disse, sem se preocupar em esconder que estava comigo, se bem que nem eu, nem ele tínhamos nenhuma certeza.

Posso dizer que eu saí daquela sala sem saber onde esconder a cabeça?

-Vocês estão juntos? - em pensar que o que eu mais gostava naquele loirinho eram a sinceridade e o jeito direto. Agora eu pagava com meu supremo gosto.

-Não tem nada a ver Chord. Só estamos...

-Estão?

-Nós precisávamos gravar a música, não tem nada demais.

-Lenah, eu não sou idiota.

Parei de mexer nos papéis do texto e me rendi, olhando para ele e respirando bem fundo.

-Eu acho que vamos fazer par a partir de agora e...

-Dentro ou fora da trama? Não me importo com seu trabalho, sei que é profissional.

Eu estava sem chão. Não fazia nem um mês que eu e Chord saiamos todas as quartas e domingos, quando tínhamos folgas conjuntas.

-Não sei o que estou sentindo. - eu precisei ser verdadeira, ele sempre foi. - eu quero muito ficar com você, me sinto bem e me sinto segura.

-Eu também quero você. - aquilo me fez esquentar loucamente, eu não conseguia segurar a pressão diante de uma coisa daquelas se declarando pra mim, mas o pior era pensar que naquele mesmo dia o cara mais lindo da face do planeta Terra estaria bem em frente ao meu prédio, esperando por mim. - e te deixo um tempo pra pensar, se tem alguma dúvida do que eu sinto ou mesmo do que você sente.

Não é pra beijar uma coisinha dessas até ele morrer?

-Chord, eu...

-Não precisa se explicar vamos trabalhar, de boa. - ele sorriu de lado.

-Você é incrível. - dei um belo de um beijo nele, não resisti, tinha que fazer aquilo ao vivo e a cores, ou ficaria com peso na consciência. Mas, como sempre, esqueci do pequenino detalhe de que ele beija muito, muito, muito, bem e gostoso.

Lea estava de queixo caído ao lado de Cory, sem saber o que falar, apenas balbuciava olhando pra gente, que não via nada, nem ninguém. Ela apontou pra nós e falou com cara de confusão:

-Aquilo é um ensaio? - Cory riu e disse:

-Um beijo de amigos, relaxa. - e continuou fazendo o que fazia.

Cheguei em casa com o coração na mão, sem saber se eu não prestava mesmo, ou se era foda demais.

Chord era tão fofo, tão certinho, tão integro, tão, tão... homem pra casar!

Mas o Matt, meu deus. Aquele era o tipo de embrulho que colocam no portão com um laço vermelho, bem chamativo e você não sabe o que tem dentro, mas quer muito abrir a caixa, arrancar a fita e se surpreender. Eu estava em um impasse.

Se bem que sendo fofo eu tinha meu favorito, e sendo sexy também. Cara, o que era o Matt dançando? Ele tinha um Justin Timberlake versão 1000000000..., era o turbo do turbo.

Minha campainha tocou e eu já estava pronta. Um modelo preto, básico do básico, acima do joelho, com um decote nada avantajado, um colarzinho de prata combinando com os demais acessórios, cabelo alto, cachos soltos. Respirei fundo e abri a porta com um sorriso grande demais.

-Oi! - eu disse desajeitada. Matt olhou de cima abaixo e percebi um buque de violetas em sua mão.

-Uau! - foi só o que ele disse.

-Entre, por favor. - ele estendeu as flores.

-São pra você, mas tenho vergonha de não entregar algo a altura.

-Ora Matt, não seja bobo - eu peguei as flores e me aproximei para lhe dar um beijo no rosto. Ele fechou os olhos afundando a cabeça em meu pescoço e me fazendo arrepiar, ao segurar minha cintura.

-Seu perfume é muito mais gostoso que o perfume de qualquer flor.

Afastei o homem dali antes que eu mostrasse pra ele que conseguia muito bem ficar sem cheiro nenhum, loucamente suada em cima dele, e tentando de todas as maneiras não pensar que estávamos sozinhos na minha casa.

-Eu agradeço, você está muito bem e igualmente perfumadíssimo. - ok, dá um desconto, eu não sabia o que dizer.

Matt caiu na gargalhada e segurou meus braços com delicadeza, me dando um celinho (e me fazendo perder o chão).

-Você fica linda quando está tímida. - então ele ficou sério - embora esse seja apenas um pretexto para dizer que você é excepcional em qualquer circunstância.

Ok, como tirar aqueles olhos dos meus? E como tirar os olhos dos dele sem que fosse desmaiando?

Matt é mais rápido do que eu imaginava, segurou minha nuca e me levou ao encontro dos seus lábios. Preciso dizer que meu pequeno corpo teve um colapso nervoso e eu me agarrei ao pescoço dele, puxando os cabelos dele desesperadamente e passeando a língua rapidamente pela dele, mordiscando o lábio inferior e o superior, beijando profundamente, sugando os lábios e soltando leves gemidos que não havia me dado conta até ele passar a mão da minha cintura para minha bunda, com um som gutural - de um homem que quer devorar uma mulher. Tentei me livrar do beijo e recuperar o raciocínio lógico, mas ele afundou em um beijo mais devagar e suculento, que se eu deixasse era por ser uma eterna viada.

Fiz um som de "que delícia" gemendo, e juro que foi sem querer, eu penso alto demais. Matt parou o beijo para respirarmos, e me apertou em seus braços, falando com a boca colada na minha.

-Você me deixa louco.

Minha vontade de dizer "deu pra perceber", mas não tive forças pra dizer qualquer coisa. Eu queria me deitar e dormir, tamanho o cansaço que ele me deu. Vendo que eu estava hipnotizada e que as flores haviam amassado, Matt riu e colocou-as em cima da mesinha.

-Vamos a uma discoteca. - "discoteca"? Gente que brega, detalhe que não era um convite, era uma imposição.

-Uma... discoteca? - pensando pelo ângulo de que nós iríamos a um lugar para dançar, eu quase tive um infarto.

-Se preferir podemos jantar em um lugar mais...

-Quero a discoteca. - eu disse nos braços dele, me sentindo em casa. Matt sorriu e beijou minha boca em um selinho. Usei meu olhar sedutor pela primeira vez com ele.

-Humm. - ele respondeu com um som de quem aprovou.

-O que acha de irmos mais tarde? - arqueei a sobrancelha e o cara quase desmaiou, perdendo as forças nas pernas quando subi minha coxa entre o meio das dele. visivelmente afetado pela insegurança em ser pego de surpresa, Matt arqueou a cabeça para trás, soltando um leve gemido e olhando novamente para mim com o seu olhar mortífero (que me dava medo e prazer ao mesmo tempo).

-Tem certeza?

Limitei-me a encostar minha boca de seu pescoço e mordiscar bem devagar, quando notei os pelos eriçados respondi em um sussurro no ouvido.

-Aham.

Matt enroscou a mão em meus cabelos e puxou pouco a pouco, enquanto saboreava meus lábios, com toda a paciência do mundo.

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