Reinações Múltiplas: Aquelas palavras que ninguém diz
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Aquelas palavras que ninguém diz

E se eu resolvi confessar tudo o que sinto, qual é o problema?
Pois bem, vamos lá.... é o momento de criar coragem e vomitar, finalmente, tudo o que está em minha mente.
O vômito soa tão nojento, desconcertante, impróprio... mas é tão purificador. Assim como defecar, não? Pois bem, vou cagar ideias e fazê-lo com classe, como a dama, a lady, a senhorita, que minhas amigas (algumas, as mais espertas e confiantes) esperam que eu seja. Cagar as ideias com classe e eliminar o odor. Afinal, uma dama tem certos deveres, como cheirar bem.

Pois eu fedo. Fedo arte, fedo orgulho, fedo vontade, ideias, ideais, fedo mito.
Sou um mito, uma lenda. Conte para mim a história de minha vida. Você escolhe a que preferir.
Posso ser o que quiser que eu seja, sem deixar de ser quem eu sou.

Estou aberta. Como um livro.
Mas nem todos os livros são lidos.
E nem toda leitura agrada.
E nem todos sabem, querem ou gostam de ler.
Sou para os amantes da fantasia e do realismo. Sou drama, novelas de cavalaria, sou comédia romântica, sou uma serial killer.


Vou assassinar o seu pensamento. Não quero que pense, não sobre mim. Apenas respire, sinta, absorva.
Sou o sangue escorrendo da vagina e você o absorvente. Vamos, me absorva... ou demonstre que é incapaz e me deixe vazar, transbordar, manchar a sua honra. Arruinar o seu vestido.

O vestido dela.
Ela.
Aquela.
Que rouba o que eu quero e não entende quem eu sou.


Ele.
Aquele.
Que a deseja por despeito e se envergonha de mim.

Mas não sou, em hipótese alguma, digna de pena.
Pena. Galinha. Maldita galinha. Uma piranha qualquer.
E eu? Eu, moça puritana, com princípios e bases católicas, abandonada no altar.
Me deixe, não sou mais que um copo de coca-cola pela metade.
Fraca. Sem gás.


Não, eu tenho vigor.
Tenho?
Não importa, agora estou morta. Aqui. Esperando.

E ele não me vê.

Nenhum comentário: