Que tal matar alguns professores a sangue frio?
A ânsia de despertar, afiar a navalha ou a lâmina da serra elétrica - se é que existe essa ação - pegar o ônibus, ir até aquela faculdade renomada e esquartejar alguns corpos, com rapidez e sem a menor feição de carinho, seria uma maldade evidente?
Eis que nessa manhã sombria, nublada e gélida, cá estou eu, repleta de lamentações com relação a educação nacional - outra vez Freire?
Sabe aquela ideia de "quer melhor, faça"? Pois é, eu me inscrevi na porra do processo simplificado, mas daí ao fodido governo me chamar, é outra história. Sem problemas. Vamos lá, garota, levante a cabeça, vista a camisa de "eu amo esse país e seus energúmenos viventes" e faça uma pós graduação para, quem sabe, conseguir mudar o mundo, depois do fim dele, em dezembro.
Ótimo, já tinha planos para a virada astral e até havia pensado em plantar uma flor e regar uma vez por semana. MAS, como a vida real é repleta de tragédias, dramas, suspense e humor negro, tive que me decepcionar, TAMBÉM, com a educação superior.
Até tu, Brutus?
E eu, indigna, pensei que um doutorado era sinônimo de superioridade intelectual, voltada a boa utilização da inteligência e distribuição sincera de conhecimento. Grande tola sem coração, eu fui.
Pensar que o nome de uma universidade federal seria ideal para o meu currículo e que o currículo dos professores seria interessante para as aulas deles, foi dar um tiro de bazuca, no pé.
Educação mal e porcamente planejada (Opa, planejamento? Onde?). Ter uma porcaria de um diploma vale perder 5 horas do meu dia com uma pessoa que mal tem intenção de que eu esteja lá.
Como fui frágil ao pensar que a UTFPR tinha 1\12 (um doze avos) da qualidade que encontrei na PUCPR.
Os meus colegas são tão excelentes, professores que, de longe, dá para notar que estão preocupados com a sua missão - digo missão porque professores de língua são quase santos na terra. Eu mesma planejaria tantas (TANTAS) atividades relevantes para as aulas de posgrado, mas NÃO tinha que vir uma meia dúzia de gente sem a menor noção do que comeu na semana passada, para ensinar sabe-se-lá-o-que, em um período triste e revolto, pelo qual passa minha amante, a Educação.
Estou decepcionada e, como sempre, a melhor alternativa que vejo é: me formar e fazer MUITO melhor do que eles.
Futuros alunos: vos quero, vos amo, vos desejo, vos suplico que esperem por mim.
PS: Maroon 5 no Rock in Rio Lisboa suuuper afim de vir para o Brasil. Se eu pego o Adam, algum dia na vida, me jogarei mel e me oferecerei oferendas, até a morte.