Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Acabei de baixar alguns CD's dele, que sempre andava no meu MP3, nas épocas de Bandeirantes.
Quero voltar para aquele tempo, na verdade. Não pelo conteúdo ou pelos locais, mas pelo corpo, exclusivamente.
O que me deixei fazer comigo mesmo foi, absolutamente, devastador.
Nem um terço da história postada no SSA desse mês teria acontecido se eu não tivesse relaxado de mim. O pior é que fico culpando o energúmeno por isso, mas a única responsáviel fui eu.
Quer dizer, nenhum cara me obrigou a passar noites e mais noites chorando e comendo chocolate, como uma louca. Culpa minha e do meu salário. Mas já estou dando um jeito em tudo isso.
Os planos estão feitos, só falta concretizar. Ando preguiçosa. Mas é porque não estou com um livro suficientemente envolvente em mãos.
Comecei uma novela nova. Corazón Valiente. Achei legalzinha, não é uma La Reina ou uma Soy tu dueña, mas têm mulheres valentes e, por esse princípio, já me identifico.
Comecei uma conversa, também. Aliás, acho que ela vai longe e que possa contribuir para minha lista de retomadas. Sabe aquilo que você deixou passar ou que te deixou ir, mas que na verdade ainda vive em você, por qualquer motivo? Nesse sentido...
O ideal é que se vá, mas se permanecer eu não vou ligar.
O Heráclio se foi. A última vez que nos vimos serviu para eu me despedir de qualquer sentimento de obrigação que restasse. Prefiro que tenha sido assim, porque nossos assuntos não batem, nem nossa visão de mundo, nem nossos ambientes, nem nossas vontades, nem qualquer coisa que faça parte de nós, nesses nossos novos eus. Por incrível que pareça, uma amizade sem qualquer bem comum, não faz sentido.
Ser amigo só por ser amigo, por conservar uma amizade ou qualquer coisa assim, é burrice.
Não me arrependo de apagar os números e deixar de ter um contato no Face. Nem de ter ido embora sozinho ou passado a maior parte do tempo comigo naquele festival. Preferi assim. Prefiro assim. Não gosto de ter minha moral defasada ou violada. Não preciso disso. Isso me magoa, fere os meus princípios. Nesse momento, estou bem melhor com pessoas que me apoiam do que com pessoas que erroneamente tentem me sacudir.
Além disso, eu não me acho moralista, santa ou perfeita. Só gosto de ser o mais próximo de justa e responsável.
Homens são um assunto que me incomoda, no grau de amizade ou romance. Isso porque, por mais que eu tente, não consigo entender como eles funcionam, se o que dizem é real, se o que fazem é proposital ou se fazem sem pensar. Não consigo saber se eles não entendem ou se fingem que não, se pensam que sim ou se simplesmente ignoram o que as pessoas sentem.
Se nem todos são assim, preciso conhecer mais homens, o máximo que eu puder.
É o que pretendo, na verdade.
E para isso, preciso de alguns atributos que estão sendo planejados.
Afinal não quero só homens amigos, quero amantes, namorados, desconhecidos e muito conhecidos. Aqueles que foram e os que nunca pensaram em chegar. Quanto mais, melhor.
Até que, depois de conhecer a essência masculina, se é que ela existe, eu possa descobrir aonde, quando e como errei com os que me fizeram sofrer.