Não estou centrada o suficiente? Ou tem coisa demais?
Eu vou viajar outra vez. Vou voltar a Buenos Aires e ver umas amigas novas.
Quero manter os contatos. Quero ir logo pro Nordeste ver o Pedrinho. Ele é meu anjinho de asas negras, gosto dele assim. Um pouco de cada cor, e um homem diferente pra cada situação. Ele é tão dele que chega a ser meu. Irmão lindo. Amado. Quero ele na minha vida pra sempre.
E quero ver o filme do Theo. Quero ver a sequência de vida dele.
Sei e estou certa de que ele vai se apaixonar, muito e várias, diversas vezes.
Vai amar cada mulher brasileira que tocar o corpo branquinho dele. E vai ficar maluco, porque tem que ser assim.
Ele um dia vai cansar e querer deixar o corpo mais relaxado, mais solto. Mais leve. E aí vai procurar um porto seguro.
Não sei se aqui ou em outros lugares.
Mas estou torcendo para que tudo isso ocorra e eu esteja por perto, pra ver tanto amor convertido em ação.
De mim eu não sei. Nada sei dessa vida, vivo sem saber. Nunca soube, nada saberei.
Eu tenho achismos. Acho e ponto.
Do que eu acho sobre mim, nesse momento, tem muito dos outros. Do compor melodias com outras guitarras acústicas.
Eu quero um par. Quero baião de dois. Quero ciranda. Sozinha não tem como fazer passos de dança de salão.
Preciso do cavalheiro. Preciso ser a dama. Quero e preciso.
Amo a ideia.
Então eu acho que vou seguir tentando pequenas investidas e grandes esperas.
Pode ser que eu fique na plateia e não dance. Pode ser que eu compre o disco e fique em casa ouvindo no sofá.
Tanta coisa pode ser que me machuca. Mas eu já aprendi a ser conivente com as lágrimas que banham o meu rosto sempre que a completude não me alcança.
Quero um amor maior que eu.
Quero ficar junto, mas sozinha não possível.
E se desmoronar, se der errado, vou chorar outra vez e ver mais um sonho apagando. Vou me vitimar e pensar que é algo comigo. Vou tentar entender o mundo e começar a mudar em mim, seja lá o que for, pra tentar agradar. Com tal de que eu seja agradada pela vida.
Ridículo. Mas sou eu.
Um poço de "farei se for necessário", "farei porque eu quero".
Um poço de "mudei de ideia".
E assim vai... e vai e vai e vai... até que eu chegue em algum lugar onde existam braços, que não sejam os meus, que me abracem e digam que vão cuidar de mim.
Quero carinho, quero cafuné.
Estou carente, hoje. Amanhã. Sempre.