Reinações Múltiplas: Sobre a Victoria's Secret Perfetc Body
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Sobre a Victoria's Secret Perfetc Body

Não precisamos jantar em um restaurante classe A no Batel e receber um lindo colar da Vivara no dia dos namorados, podemos ficar em casa, comer pão seco e beber água trocando juras de amor. Não morreríamos de fome, nem de sede, nem de amor. Necessidades básicas sendo supridas.

Mas o que nós preferimos? O que nós queremos? Quais são as opções que nos agradam?

O que quero dizer: Se não há consumidor, não há produto.
Se há produto e consumidor, há: concorrência, marketing e até propaganda apelativa (seja em aspectos "pseudo-humanitarios" ou em aspectos "ultra-inibidores"). Ces't la vie, mon chéri!

Meu falecido tio tinha uma banca muito legal. Não vendia bebida alcoólica, nem cigarros. O nome era: Vem-Quem-Ké. E é nisso que eu acredito!

Quando uma propaganda diz "você tem que ser assim, tem que viver com isso" está, simplesmente, fazendo o papel dela. Cada marca explora o que está relacionado a seu público alvo.

O nosso papel, quanto consumidoras, é o poder de escolha. E é bastante saudável saber que você não se torna uma angel por usar uma calcinha igual a da Adriana Lima...

Eu compro Victoria's Secret. Amo as angels da VS! Amo os desfiles mega exibicionistas que a marca produz. Amo lembrar do meu primeiro hidratante corporal Vanilla Lace!!

E o fato de eu NÃO SER UMA ANGEL, não quer dizer que eu não me orgulhe muito das top models brasileiras que representam e representaram a marca. São divas, sim. E isso NÃO me dimiui, nem as coloca em um pedestal de perfeição. Só que não sou eu que vou procurar defeitos na Alessandra Ambrosio!
Nem nela, nem em mulher nenhuma.

Cada mulher tem o seu brilho. Nenhuma estrela ocupa a lugar de outra no espaço, e todas elas dão um espetáculo no céu estrelado!

Quando eu li "Every day women are bombarded with advertisements aimed at making them feel insecure about their bodies..."  em um trecho da petição para mudança de nome da campanha, pensei: quem precisa se alto-afirmar é a mulher que não tem dentro de si a segurança com o seu corpo e se sente menosprezada.
Nesse caso: terapia resolve.

Eu sou radical nesse aspecto: Se você não se ama, não é a Victoria's Secret  quem vai te amar.
Além disso, a insegurança feminina está por trás do que, afinal? Sexo? O corpo ideal para que? Para quem? O que você faz com o seu corpo não era pra ser problema seu?
Uma mulher que não tem paranoia com "corpos", no mínimo, olhou a campanha e disse "ok, mais uma campanha da VS". Não muda a vida!
Mas algumas mulheres provavelmente pensaram que era um absurdo, que a apologia ao corpo ideal destruiria os avanços sociais de mulheres que [adicione aqui uma descrição cabível para alguém que se sente pior com seu corpo porque outra pessoa está sendo fotografada de calcinha e ela não].

A mulher que sabe o valor do seu corpo para si mesma e que ama o seu corpo tal como ele é, também respeita o corpo da outra, seja ela quem e como for.
Uma mulher astuta/inteligente/bem informada/razoavelmente instruída sabe o que e como funciona a publicidade e a propaganda. Esse é o público alvo da marca.

Aliás, as modelos tem o esteriótipo que tem por serem modelos.
A cultura popular não privilegia magras e altas. Quem privilegia magras e altas são as agências de modelos. Isso é negócio, não é nada "pessoal".
As pessoas esquecem que marcas são pagas para vender e não para agir como ONGs ou movimentos em prol de minorias. Quando e se fazem é marketing!
Ação solidária não faz campanha para vender algo. Empresas querem gerar lucro, publicidade é para isso. Novamente: nada pessoal.

Eu não vi problemas na campanha.