PUCPR "catando" estudante para as licenciaturas na rua...
Um vestibular só para elas: as indesejadas.
Imagino que a falta de vontade dessa geração em se formarem professores seja um misto entre salários desagradáveis feat péssimo tratamento a esta classe.
Existem outros fatores que fazem a busca ser absolutamente lamentável, como a quantidade gigantesca de faculdades mal conceituadas, com preço absolutamente baixo e com ensino à distância. Pra que pagar uma PUCPR se sai "o mesmo diploma" por um preço de banana? Pra que valorar a Educação?
Aprendi nessa mesma PUC, em meus anos de estudo, que o cheiro fétido da Educação começa na má formação de profissionais. Aprendi ali que para educar é necessário mais do que ter ou não dom. É necessário RESPEITO com a Educação, com o educador, com o educando, com a disciplina.
Prostituir diplomas de licenciatura é o mal do século.
De um professor mais ou menos, saem aulas menos. Alunos menos. Educação menos. Nível de ensino ruim.
A grande questão é: as escolas estão preocupadíssimas em salvar o mínimo de dignidade social e despreocupadíssimos em salvar o máximo de dignidade intelectual.
Sejamos francos: um hospital é um local em que buscam sanar, curar, tratar, cuidar da vida e da saúde. Um supermercado é um lugar que busca vender produtos diversificados para o maior número de consumidores. E assim, cada uma das instituições, grupos, organizações e afins do universo possuem uma intenção específica. A faculdade espera formar profissionais, por exemplo.
Então, o que busca um ambiente escolar? Ao meu ver, em um lugar de estudos dirigidos para básica e média educação, busca-se o conhecimento atrelado a esses dois níveis.
Se o papel da escola não é mais o mesmo (atrelado ao conhecimento), o papel de todos os envolvidos muda, também. Canso de falar em sala "pessoal, vocês não estão no shopping, estão na escola"... E percebo o quanto fica difícil dar a Cezar o que é de Cezar, afinal, não é apenas a falta de alunos com alunos interessados em estudar, senão a falta de profissionais interessados em se capacitar para essas mudanças e conflitos. Ter o mínimo de abertura em, de fato, preservar um ambiente de estudos.
O professor, antes de ser professor, é um estudante. E não se estuda por um período, quando se trabalha em qualquer área, principalmente a educacional. Estuda-se por toda a vida. Busca-se eternamente a evolução do conhecimento... NINGUÉM está pronto, finalizado, suficientemente preparado.
Sendo assim, um curso mais ou um curso menos não muda o curso dos problemas enfrentados na educação.
Queremos mais médicos, advogados e engenheiros? Então precisamos de excelentes professores, para que os mesmos realizem um estudo evolutivo, que os leve a excelência profissional.