A limusine estava parada na porta, assim que saíram. Richard recebeu o bip de Carol e se apressou.
-Por aqui madame. – abriu a porta, falando em um sotaque carregado de inglês americano. Os olhos de Cabal estavam completamente estalados, não conseguia acreditar que aquilo era real. Uma gostosa, perfeita, poderosa, linda, rica, não, não, não: milionária, bem ali, na sua frente, praticamente obrigando-o a fazer sexo com ela. Não podia ser verdade. Caralho, ele era um cara muito sortudo, ou filhadaputamente perfeito. Ela vai ficar de quatro pro C4 caralho, me dei bem. Seus olhos incrédulos agora inspecionavam Richard, que estava impecável, esticando o braço ao indicar a porta aberta, para que C4 entrasse.
-Senhor, por gentileza. – Cabal hesitou um segundo, mas logo entrou, agradecendo.
O carro era perfeito, já estava com a divisória fechada, impossibilitando contato entre os passageiros e o motorista. Carol se apressava em abrir uma garrafa de Johnnie Walker Black Label com energético, precisava amenizar a sede de seu carburador. My engine’s ready to explode.
-A noite está só começando. – serviu aos dois. Cabal não tirava os olhos dos dela agora. Uma música envolvente começou a tocar e Carol aproximou seu corpo do dele, deixando a bebida de lado e beijando o pescoço com aroma de desejo, que só ele possuía. Got a ride that’s smoother than a limousine. If you can baby boy, the we can go all might.
Os olhos dele viravam com sutileza, enquanto ela provocava, mordendo delicadamente cada centímetro do corpo másculo e excitante. Cabal não deixava por menos, desbravava o corpo daquela mulher delirante, pedacinho por pedacinho, dando-lhe pequenos choques de calafrios que percorriam o corpo todo e concentravam-se na espinha.
-I need you. – sussurradas, as palavras da garota vieram como uma injeção de adrenalina em sua veia. Cabal ouviu a pronuncia tão peculiar, cheia de sensualidade, com a voz pausada e roca, que se aproximava de um gemido sussurrado em seu ouvido, quase gutural. Não evitou em erguer aquele corpo escultural, tomando o domínio da situação e se deliciando no sabor do corpo macio e rígido, forte e delicado. Tinha uma espécie de yin & yang em seus braços, era uma mulher extraordinária.
De repente Carol fez uma manobra com as pernas que deixaram o corpo de C4 estirado no banco do carro. Ela aproximava o rosto suavemente sob o dele, enquanto suas mãos pendiam em cima do banco, apoiando o corpo e deixando os cabelos negros caírem no rosto branquinho de bochechas rosadas. – o que você está pensando agora? – os olhos de felina o miravam como se ele fosse o jantar para uma manada de leões. Rendido aos desejos de comando da mulher, Cabal respondeu com o sex-appeal que os deuses do Olímpio lhe deram desde o nascimento. Carol mordia os lábios revelando a fome, adorava usar sua boca.
- Estou pensando que você é muito linda garota – ele aproximou os lábios dos de Carol tocando em todo o corpo, ainda colado no vestido - quero te dar um beijo de língua na boca. Tô imaginando você ficando louca e me imaginando – ele pausou a voz e fixou os olhos nos dela, passando a mão, com os dedos abertos, para a nuca dela e deixando que eles matassem a vontade de puxar aqueles cabelos negros, enquanto dizia com uma força típica do tesão – tirando sua roupa.
Não teve como segurar. A explosão de sexualidade era evidente. Carol arrancou do corpo dele a camisa xadrez, enquanto C4 lhe beijava incessantemente, segurando as mexas negras em uma das mãos e abrindo o faicheclere com a outra. O tempo corria, e logo ele via as mãos dela subindo pelo corpo sedutor, tirando sem cuidado o vestido vermelho, enquanto o carro passeava pelas ruas de São Paulo, com cortinas fechadas. Mal Carol mostrou seu corpo colado em uma lingerie, dessa vez de cor preta, Cabal recomeçou a beijar todo aquele mapa do tesouro, que maravilha era o corpo feminino.
Carol inclinou seu corpo, pegou um das camisinhas, estrategicamente guardadas e tirou o sutiã, deixando que os lábios dele tocassem sua pele, com fome e sede daquele corpo. Os gemidos sucedidos de toques e carícias, até Carol levar suas mãos ao membro rígido e acariciá-lo, com pouco carinho, vestindo nele a única roupa que restava entre os dois.
A ação sucedida é digna de narrações camonianas, mas o bravo poeta não teria inspiração suficiente das ninfas para descrever o espetáculo. Onze minutos? Não. Talvez outro número, provavelmente múltiplo de quatro. O fato é que se as obras de arte falassem estariam maldizendo invejosamente aquela cena tão chocante.
O carro havia parado há alguns minutos, Cabal percebeu que o movimento havia cessado e chamou atenção de Carol, afinal ele não tinha a menor ideia de onde estavam. O banco de couro estava tão suado quanto os vidros e os corpos. Ela o abraçou e deixou que o corpo descansasse no dele, ambos permaneciam deitados.
-Aonde a gente tá?
-Na minha casa – ela estava com um braço envolvendo-o e o outro passeando pelo corpo sedutoramente, acariciando-o.
-E posso saber na casa de quem eu estou? – C4 perguntou em um tom bem descontraído, esperando que ela se desse conta de que até agora não havia dito seu nome a ele.
-Na minha casa, já disse – ela riu.
-Engraçadinha – deu um beijo demorado e passou a mão pelos cabelos, parando alguns segundos para sentir o perfume tão gostoso. Era muito bom ter uma mulher como ela ali, tão frágil e tão forte. – não vai me dizer o seu nome?
-Eu costumo me chamar de Sua, mas no seu caso, pode me chamar de Minha. – os dois riram e ele levantou o corpo, deixando o dela estirado no banco. A mão deslizava suavemente pelo corpo esguio da mulher.
-Quero saber quem você é, ma. - What’s your name, linda garota?, pensou.
-Você já sabe. No fundo sempre soube. – ela estava jogando de novo, ele sabia, mas não queria brincar, queria ela e a teria por completo naquela noite.
-Sem jogos ma, me diz, o que está por traz dessa letra “c”? – ele acariciou o pingente que caia no colo dela e em seguida os seios, que estavam duros e acesos.
-Assim como você, tem um quatro por traz da letra C, embora minha vida seja regida pelo três. – eles se acariciavam, ela jogou as palavras ao vento, não como uma resposta, mas como um pensamento. Um pensamento que estava regendo aquela ocasião, em seu subconsciente.
-O quê? – ele balançou a cabeça confuso - Vai me deixar maluco desse jeito – falava das palavras e dos toques, então aproximou as bocas e insistiu. – um nome.
-Me chame de “ma”, eu adoro quando me chama assim. Sempre quis ouvir isso de você. Essa noite é um sonho louco. – ela falava francamente. Ele percebeu nos olhos e no tom de voz, que pareciam descompassados, naturais, cheios de sentimento.
-Tudo bem, eu vou esperar que você me diga quando estiver pronta. – ele a beijou e trouxe o corpo dela para cima, colando no seu. Os seios roçavam seu peito e a boca dele descia, deliciando-se na pele morena. A energia dela retornava e os gemidos leves também.
-Vamos descer – falava do carro, em um sussurro provocativo. – tenho muito mais pra você.
Carol colocou a camisa xadrez em seu corpo, ficava extremamente sexy e descompassada na roupa. Deixou os abraços e as carícias dele, descendo do carro.
-Vem – chamou-o com a mesma expressão sedutora que ele tanto queria desde semanas atrás e continuava querendo, talvez, ainda mais nesse momento. Ele não poderia resistir, nem que quisesse e não queria. – me beija toda.
-Seu chofer está aí... eu preciso me vestir. – disse olhando para fora do carro, prestes a pegar a calça no banco em frente.
-Deixa de ser bobo, Richard não está aqui, não tem ninguém aqui, estamos sozinhos – ela puxou a mão dele e o corpo veio meio trôpego, esbarrando no seu. Ela riu, ele estava hipnotizado e nu, ela apenas com a camisa que ficava grande no corpo esbelto.
O carro estava na garagem, que dava para a porta da cozinha. Carol entrou, as luzes da casa estavam acesas. Tudo era claro e límpido. Os móveis da cozinha em inox, brilhavam, assim como as panelas penduradas nos ganchinhos, acima do fogão. Eram vermelhas, com o fundo preto de pintinhas brancas, deixando um ar clássico que combinava com ela. Havia uma linda cesta de flores em cada canto do espaço, eram flores do campo, suas favoritas.
Caminharam lentamente até a sala, atravessando a cozinha a passos lentos. Ela continuava com o sorriso, agora de satisfação, chamava ele com o dedo indicador, a sobrancelha arqueada. Suas pernas torneadas e com bronze, quase natural, estavam de um jeito muito tentador, ele mal via a hora de mordê-las novamente, queria deixar sua marca naquele corpo, como quando um cão marca o território. Ela era toda dele.
-Vem. – Cabal se apressou, como que com um salto para aquele corpo enlouquecedor e segurou firmemente voltando a beijá-lo com intensidade. Carol aumentava a respiração e mal conseguia se conter nos braços dele, que percorriam com suas grandes mãos, todo o espaço ocupado pela camisa xadrez, desejando aquela desconhecida loucamente.
Havia na sala uma mesa de telefone e sob ela, ao invés do aparelho, uma cesta de frutas, ao lado de uma garrafa de vinho com duas taças a postos. Carol levou os corpos para perto da mesa encheu os copos e pegou um morango com a mão direita levando a boca, uma mordida pausada e sexy na fruta, sexy como tudo nessa mulher, pensou ele. Cabal deu uma gostosa mordida também, mas não no morango e sim no pescoço dela, fazendo com que o arrepio se prolongasse e o grito da ninfa saísse agudo.
Os braços de Carol já estavam ao redor do pescoço de C4, bastou que ela impulsionasse o corpo para que logo as pernas estivessem suspensas, entrelaçadas à cintura dele. Estava excitada em seu colo, falando com a voz rasgada em seu ouvido que subisse as escadas depressa.
Os beijos eram ardentes e o que estava por vir seria ainda melhor. Lá fora a noite passava tão rápido, mas o tempo deles era pausado, experimentando cada uma das novas sensações que invadia-lhes o corpo e a mente.
Era o primeiro quarto a esquerda, ela sussurrou e ele entrou intuitivamente, batendo a porta com pressa, atirando o corpo dela na cama e por pouco não rasga a própria camisa. Sua boca sentia o sabor daquele corpo, enquanto ela delirava de olhos fechados, passeando as mãos, com dedos finos e velozes, por seu próprio corpo, dando ainda mais prazer aos olhos dele, em um processo que ajudava-o a amá-la.
Cabal estava cada vez mais excitado e ofegante, adorava olhar aquela mulher entregue a ele. Era diferente de todas as outras sensações que já havia sentido. Mais do que puro prazer, sentia a luxúria daquele pecado em forma de mulher passear pelo corpo dele e ele, a retribuir, era recompensado com muito fervor. Carol não cansava, não esgotava, não negava. Ao contrário, o incentivava pacientemente, acelerando e diminuindo o ritmo do prazer, fazendo aquele sabor molhado ser doce. Ele queria mais.
No quarto havia uma porta do lado esquerdo inferior, era o closet, do lado direito outra porta, era o banheiro. A cama parecia uma tenda, havia camadas e mais camadas de véu caindo do teto, uma estante com diversos perfumes e incensos, outra com ursos de pelúcia e um tapete em forma de espiral, próximo a janela da sacada. Do lado direito da cama, uma penteadeira com espelho rústico, assim como a cama, de imbuia. Não era o quarto de Carol, ela preferiu levá-lo ao de hóspedes ou poderia ver algo que a identificasse mais do que ela desejava.
Cabal não havia reparado na decoração e em nada a seu redor, apenas uma coisa era prioridade ali e ele não se importava com mais nada naquele instante. Apenas o cheiro suave e forte que exalavam dela, apenas a vibração de seu corpo frágil nas mãos dele. A sensibilidade dela em acariciar-lhe e a dureza em fazer coisas vis. Era uma deusa do sexo, alguém que nem ele imaginaria conhecer.
Carol arranhou as costas de C4 lentamente, aumentando a dor em ser rasgado pelas garras da felina faminta. Mordia o topo da pirâmide, imaginando quando seria ela a sua única Cleópatra. Deixou que as pernas, flexionadas, se abrissem lentamente, cada vez mais e mais, até que ela estivesse pronta para ser absolutamente possuída. Não haveria pudor, nem medo, nem vergonha. Era um instante de prazer absoluto.
Cabal não a deixou esperando, penetrou-a com intensidade e delicadeza, se é possível assim fazer. O suspiro e o gemido eram alternados e compassados. Os dele, e os dela. Os dele, e os dela. Uma sublime melodia, “dignada de um Grammy”, pensava C4, talvez ela pensasse ser um roteiro perfeito e aí a dignidade seria de um Oscar.
Ela adorou aqueles minutos e ficou completamente entregue durante o vai e vem, Tio Cabal era o seu papai naquela noite, ela pensava em mil coisas ao mesmo tempo e sorria enquanto os lances aconteciam. Simplesmente delirando. Estavam quase lá, faltava menos que pouco para alcançarem Narnia, em suas viagens mágicas. E então o momento sublime chegou para os dois. O ápice era pouco para oferecer àquele homem, mas era tudo o que ele desejava.
Se tivessem de classificar, não haveria absolutamente nada melhor do que a palavra: surreal.
As falas eram poucas e previsíveis até aquele momento, pedidos de mais, de menos, de muito, de tudo, de chega e tantos outros, absolutamente habituais, que ali pareciam súplicas sagradas. Até que o silêncio foi quebrado, após o beijo que sucedeu o momento sublime de ultrapassar o ponto.
-Você é maravilhoso príncipe.
-Arrasou má – ele queria dizer que tinha sido a melhor, se não a mais-mais, ao menos uma das top 4, mas era difícil fazer qualquer pensamento se tornar palavra.
-Nunca foi tão gostoso, caralho! – ela havia perdido completamente o domínio sobre a situação, era Carol, a pequena e frágil. Não saberia fingir ser absolutamente forte, precisava reconhecer seu sentimento. – eu adoro você.
Um beijo doce que substituiu uma fala dele que sairia descompassada com a atitude da garota.
-Precisamos comer alguma coisa.
-Estou bem alimentado – os dois riram, ela mordeu a barriga dele e levantou, seguindo até a bandeja de frutas que havia em seu quarto, em cima do frigobar. Carol havia pensado em tudo, é claro. Comeu algumas uvas e perguntou se ele queria algo dali. Cabal não respondeu, estava olhando para o teto, pensamentos longínquos, ideias loucas. Aquilo era mágica? Quem era aquela mulher.
-Hey, perguntei se quer alguma coisa meu bem. – ela estava de novo na cama. Ele deitado com a cabeça voltada aos pés da cama, ela debruçada sobre a sua boca, dividia agora um morango com ele, ainda mastigando ele respondeu. Seu rosto estava corado, o que o deixava ainda mais lindo e fofo, na humilde opinião de Carol, que queria mordê-lo inteirinho, mais uma vez.
-Impressionantemente, não quero comer nada. Queria fumar alguma coisa. – se arrependeu de não ir ao camarim de Thaíde antes de sair da boate, não havia nada em seus bolsos além de dinheiro e documentos. Ficaria na vontade.
-Acho que eu posso ajudar, espere um segundo.
Carol correu em disparada até seu quarto, deixando a porta aberta. Cabal parou naquele momento para olhar ao redor, ainda não havia reparado. Onde era aquela casa? E qual lugar aquela decoração lilás o lembrava? Carol voltou nesse momento com uma caixa verde, que tinha em cima um leão desenhado. Era um leão dourado, parecia ser banhado a ouro. Abriu a caixa, que era maior que a de um sapato, embora com espessura mais fina, e mostrou o seu tesouro.
A caixa guardava alguns presentes que ganhara de 50 e outros amigos. Em uma viagem a Espanha, por exemplo, comprou uma erva interessante que vinha em um tubinho engraçado, fornecia até a seda. Em outra viagem, com Já Rule, foi para a Colombia e lhe presentearam com a melhor e mais cara plantinha da região, era de primeira linha. Em outras ocasiões, ganhou o restante das “guloseimas” guardadas em sua caixa de recordações, sabia que cairiam bem naquele momento. Havia até charutos ingleses que ganhara no último filme, presente de Kate Winslet, sua amiga e colega de trabalho em Maktub.
Cabal olhou todos aqueles estilos de cigarro e a erva, em especial, além dos objetos engraçados e das sedas de primeira, provavelmente caríssimas, por certo importadas da Holanda e seus olhos brilharam.
-Pode escolher o que quiser. – ela disse empolgada, como uma criança que mostra um feito espetacular ou a mão cheia de doces. Sem saber o que dizer, a reação dele foi beijá-la.
-Isso deve ter custado uma nota. – nesse momento lembrou da joia que havia ganhado dela e estava no carro. Essa garota devia ser milionária.
-Pare de ser bobo, vamos eu te acompanho.
-Mas você fuma?
-As vezes sim, geralmente cigarros, mas em ocasiões especiais...
-Não quero que faça nada por minha causa. Você parece nem tocar nisso aqui.
-Quer parar de ser bobo C4 – ela se levantou e foi até a porta, em direção ao outro quarto, mais uma vez. – fazemos assim, eu fumo narguile pra te acompanhar, ok?
Mal deu tempo dele pensar em responder, já estava no quarto com uma narguile, que pendia uma cabeça de serpente. Era a forma de uma gigantesca naja, com detalhes em ouro e as cores ao redor da cabeça em azul Royal, brilhando, sob os olhos que pareciam ser duas rubis. Cabal teve um sentimento forte naquele momento, como de um dejavu. Não sabia bem o que pensar, mas aceitou fumar.
Horas depois, os corpos ainda abraçados, ela dormia em seus braços. Devia ser madrugada, o frio começava a se instalar, mas a cama só tinha lençóis e sobre-lençóis. Precisavam de uma coberta, será que valia a pena acordá-la? Parecia um anjinho dormindo. Resolveu não mexer em seu corpo, apenas admirá-lo, com as mãos suavemente deslizando sobre ela.
Foi em vão tomar o cuidado minutos antes, pois logo Carol despertou, já que seu sono era leve, não queria perder nenhum momento daquela noite. Cabal estava de pé agora, pegava uma das frutas sob o frigobar, enquanto ela o observava: nu, em sua casa, apenas para ela. Aquilo só podia ser mais um sonho e não queria acordar de jeito nenhum.
Levantou e surpreendeu-o pelas costas, acariciando seu membro e fazendo seu corpo voltar a tremer de excitação. Ela não tinha vontade de parar, queria que fossem mais de 24 horas a fio, embora soubesse que tinha compromissos no dia seguinte. Ele não levou um simples susto, ficou paralisado com o gesto inesperado. O corpo como uma pedra.
-Volta pra cama. – era a voz sexy dela, mais uma vez em seu ouvido, atiçando-o.
-Quanto fôlego ma.
Ela o arrastou até a cama. O frio estava aumentando, mas os corpos voltaram a produzir calor. O sono causado pelo embalo harmonioso já estava passando, era uma faísca que acendia tão rápido e se tornava um vulcão, principalmente quando os corpos estavam próximos.
Carol queria surpreendê-lo, era sua vez de detê-lo e dominá-lo, ele lembraria daquele momento para sempre. Deixou que suas mãos a ajudassem, fechou os olhos e usou a boca como instrumento de tortura para a máquina dele. Era mais uma melodia que deveria ganhar um prêmio. Ninguém faria melhor. Ele se deixava render pela insistência de possuí-lo que ela demonstrava. Não queria ser fraco, mas sentia vontade absoluta de ser usado por ela, e foi o que deixou que acontecesse. Não vacilaram nenhum minuto. As mãos dela trabalhavam tão bem quanto as dele e as bocas pareciam estar em casa a cada investida de prazer. Agora eram um número, maior de 60, mas que não chegava a 70.
O prazer continuou por aquela madrugada, mais e mais carícias... até que ambos adormeceram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário