Primeiro beijo de amor.
- Gosto de quando você me olha assim.
Ela estava sentada no bar, olhando para Dougie como se ele fosse uma pedra preciosa. Seu olhar era retribuído com um de admiração e desejo.
- Não consegue dizer nada? - ela sorria ao falar, pensando que aquela cena era intensa e perfeita.
- Gosto de você Lenah.
Ela sorriu e acariciouo rosto de Dougie.
- Também gosto de você.
O baixista tocou o rosto da morena, levantando do banco do bar e ficando em pé a frente da mulher, encostando os lábios e fechando os olhos. Lenah ainda passava a mão no rosto dele, sentindo-o se aproximar e tremendo de entusiasmo, por se dar conta do quanto aquele momento seria eternizado.
Dougie inclinou o corpo tocando os lábios em um celo, e Lenah suspirou. Os dois afastaram os olhos e se olharam. Ela sorria, fitando o rosto do músico e admirando seus olhos, quando Dougie encostou violentamente suas bocas e encontrou a de Lenah preparada para o beijo intenso. Suas línguas passeavam aflitas, com beijos longos e inegavelmente excitantes. O rosto de Dougie era acariciado e os cabelos cacheados de Lenah eram levemente puxados. As respirações estavam ofegantes quando pararam o beijo, deixando os lábios encostados. Um som estranho saiu pela garganta de Lenah e Dougie percebeu que havia um desejo reprimido ali. Ele beijou a testa da mulher e depois a abraçou, suspirando.
- Você é linda Lenah.
Ela não conseguia falar, apenas sentir. E sentia o coração acelerar e o corpo se aquecer nos braços tatuados. Era um abraço forte e cheio, completo, encaixado.
- Obrigada Dougie.
Passeio em Curitiba.
Eles estavam em uma cafeteria, como ela sempre desejou.
- Quero um cappuccino.
- Vou te acompanhar.
Estavam de mãos dadas e ela sorria, sem acreditar que era real. Sentaram-se em uma mesa para casal depois de fazer o pedido. Lenah acariciava a mão de Dougie e ele a olhava hipnotizado.
- Você é intrigante.
- Você é incrível.
- E você maravilhosa.
- Lindo.
Receberam o pedido. Dois cappuccinos, um bolo prestígio e uma torta de maçã.
- Parece delícioso.
- Parece sim.
Ela provou a bebida, ele mordeu a torta. Os dois se olhavam e trocavam sorrisos.
- Linda.
Ela acariciou a mão de Dougie.
O primeiro pedido.
- Gosto de quando você fica assim comigo.
- Eu também meu amor.
Dougie estava abraçado com ela na pilha de almofadas, o violão do lado dos corpos deitados. Lenah ganhou um beijo na cabeça, enquanto a mão de Dougie acariciava seu braço.
- Preciso de mais tempo pra você.
Ela sorriu, pois seu namorado era incomparável.
- Eu entendo que tenhamos de esperar meu amor. Você tem seu trabalho, mora em outro país, eu também. Não podemos ficar a disposição um do outro 24 horas por dia.
Ele abraçou ela mais forte e Lenah inclinou a cabeça para um beijo doce e mordiscado.
- Mas eu queria.
- E eu também.
Ela se encolheu ainda mais nos braços dele, sendo apertada e acarinhada.
- Você podia vir comigo.
- Pra onde amor?
Ela estava descontraída, mas sentiu a pontinha de excitação.
- Pra Inglaterra. Ficar comigo, entende?
Ela sentiu o frio percorrer o corpo e olhou para ele, sentando-se e sorrindo.
- Eu adoraria conhecer Londres.
Mas logo o sorriso murchou.
- Mas eu não posso ainda. Estou economizando o máximo, quem sabe em...
Ele impediu que ela continuasse, com um beijo.
- Eu estou te convidando. Você vem comigo, por minha conta.
Ela queria aceitar, mas era orgulhosa.
- Meu amor, talvez não seja uma boa opção.
Ele a beijou de novo e sorriu.
- É um presente. Pra nós dois.
Ela fechou os olhos e o abraçou.
- Você é o homem da minha vida Dougie.
- Eu te amo.
- Eu te amo muito mais.
Ela o apertou nos braços e encheu o rosto dele de beijos, ganhando toques sensíveis e carinhos no pescoço.
Um sonho realizado.
- Starbucks.
Ela olhou com os olhinhos brilhantes e sorriso de emoção.
- É incrível Dougie.
- Você é divina.
Ele se aproximou dela e abraçou por traz, beijando seu pescoço e logo puxando-a para a cafeteria.
- Vem amor.
Ela pressionou os lábios, incrédula.
Desejo.
Os dois estavam sentados frente a frente, com as pernas enlaçadas, nus. Dougie beijava o pescoço de Lenah e arrancava suspiros suaves da mulher, enquanto os dentes de Lenah mordiscavam suavemente sua nuca e, em seguida, beijando seu pescoço até chegar ao lóbulo.
Dougie puxou o corpo dela para o seu e a abraçou, mantendo uma distância passível de ver os olhos castanhos dilatados de prazer e beijando-a com carinho até que ela dormisse em seus braços.
O amor por répteis.
- Nossa é muito nogento.
- É super legal Lenah, para.
- Eles olhavam o réptil e se impressionavam.
- Temos que comprar um desses Lenah.
- Está louco Dougie?
Ela ria.
- Acho que prefiro aquele, ele é fofo e lindo.
Dougie se aproximou, olhando os animais como se fosse uma criança empolgada.
- Gosto dele também. Olá Ronald.
Ele cumprimentou o animal.
- Ronald?
Ela perguntou achando graça.
- É claro, ele vai ser nosso bebê, então tem um nome meio brasileiro e meio inglês.
- Oh meu amor!
Ela o abraçou feliz e Dougie segurou-a, ganhando um selinho.
- Ótimo querida.
E Dougie voltou a se entreter.
Uma canção para ela.
Lenah dormia no sofá, enquanto Dougie compunha uma melodia observando-a.
Uma história para ele.
Lenah escrevia uma história de amor, enquanto Dougie fazia uma turnê pela Europa. Ela chorava, sentindo-se insegura e morta de saudades.
O telefone estava próximo e ela não evitou ligar pela terceira vez no dia, depois de hesitar quinze vezes.
- Olá minha linda!
Ele estava bebado, Lenah sentiu uma pontada de ciúmes.
- Só liguei pra dizer que estou pensando em você.
- É mesmo? Eu também!
Homens tinham o dom de magoá-la. Lenah superaria, tentando ser menos emotiva em desejar um companheiro tão ardentemente.
- Lenah.
Ela esperou algo mais na linha, chorando.
- Hey, Lenah!
Os olhos dela embaçados e a boca tremendo. Como era difícil viver sem ele.
- O que é, meu bem?
- Eu te amo! - gritou Dougie, antes de cair nas almofadas do quarto de um amigo.
Lenah abriu um sorriso. Definitivamente, aquele era o homem de sua vida e sempre a surpreenderia.
O casamento dos nossos melhores amigos.
Giovanna e Tom estavam aflitos.
- Não sei se vou conseguir.
Tom dizia para Dougie, Harry e Danny, que riram pela insegurança do amigo.
- É claro que vai. - Dougie bateu nas costas de Tom e massageou os ombros do amigo.
- Você tem os melhores padrinhos do mundo. Isso não é óbvio?
Tom olhou o reflexo dos amigos no espelho. Era o dia mais caótico de sua vida.
Lenah chorava olhando Giovanna no vestido de noiva. Gio também chorava.
- Se você não parar não vou conseguir arrumar a barra.
Georgia dizia entre pequenos soluços de choro.
- Você é a noiva mais linda do mundo Gio.
Lenah dizia, enquanto segurava o buquê de flores. Fechou os olhos e imaginou que poderia ser o seu dia.
Passeio em Foz.
Dougie segurava a mão de Lenah, enquanto caminhavam pelo carreirinho.
- Olhe lá!
Ele apontou para um animal selvagem.
- Vamos até ele, vamos pegá-lo!
Lenah sabia que o namorado faria uma dessas cenas ao ver os bichinhos do parque.
- Nem pensar, está louco? Olha a placa de aviso.
E ela leu em português, espanhol e inglês.
- Dougie ficou olhando o animal, querendo se aproximar.
- É injusto não podermos chegar perto. - lamentou como um menino de 5 anos.
Ele fazia um bico tão lindo que Lenah sentiu vontade de arrancar a boca de Dougie com uma mordida.
- Podemos fotografar de longe, vamos lá? - e ela o resgatou, como uma professora acompanhando um aluno.
Almoço em família.
- Eu tenho medo da sua mãe.
Ele cochichou para Lenah, que deu uma boa gargalhada e o beijou com vontade.
Estavam a mesa, com a família de Lenah, que não entendia uma frase sequer em inglês. Seu cunhado tentava falar algumas coisas e acabava sendo um bom motivo para piadas entre o casal.
Dougie ficou vermelho com a atitude de Lenah, ele tinha vergonha de sua sogra, que parecia brava demais.
Lenah ficava encantada em vê-lo entre sua família. Sonhava juntar toda a sua gente com a dele e fazer uma grande salada mista, mostrando a todos que eram feitos um para o outro.
A escolha.
- Esse.
A vendedora sorriu e logo uma mocinha veio pedir autógrafo de Dougie, que sorriu e cumprimentou a menina, sendo simpático e dando-lhe ouvidos.
- Quanto custa?
Depois do momento de atenção, Dougie voltou-se para a atendente, novamente e fechou a compra.
Um anel de brilhantes em uma forma diferente e divertida. Muito requintado e elegante.
A espera.
Lenah sorria olhando para o reflexo no espelho. Era bom estar na casa de Tom e Giovanna, pois se sentia a vontade lá, mas era melhor ainda por não estar na casa de seu namorado, só porque ele preparava uma surpresa. Isso queria dizer que quando estivesse junto dele, finalmente saberia o que estava escondendo dela a tanto tempo, a ponto de mandá-la para a casa de Tom.
Lenah desconfiava do que poderia ser, mas a certeza era a única capaz de inundá-la de felicidade e esperança naquele dia.
O casamento.
- Tome, segure.
Disse Giovanna, chorando.
- Eu usei no meu casamento e quero que você tenha sorte no seu também.
Gio estendeu um bracelete.
Lenah chorava copiosamente, enquanto Anne mal se continha nos saltos, tamanha a felicidade que sentia da amiga.
- Ora suas bobas, se ficarem chorando assim eu não vou conseguir me arrumar nunca. Que belas damas de honra eu fui arrumar, em?
Estava em um modelo perolado, com bordados no colo, que subiam em torno do pescoço. O cabelo negro estava preso no alto da cabeça, em um coque repleto de cachos. O perfume que exalava de si era inebriante, devido ao merecido dia de princesa.
Ela sorriu olhando as melhores amigas, imaginando que estava entrando para o grupo das casadas e futuras mamães.
Momentos de casal.
- Hoje eu quero ter cinco.
- Mudou de ideia de novo amor?
Estavam abraçados, nus. Os cabelos de Lenah sob a pele branca de Dougie, que a beijava no ombro e dizia besteiras eróticas que a morena jamais imaginaria ouvir de seu marido e de homem nenhum.
As risadas escandalosas de Lenah davam a Dougie a sensação de que jamais seria feliz sem aquela mulher.
Fábrica de bebês.
As crianças corriam na casa da tia Lenah.
- Sempre quis ver como saíriam seus filhos com o Wag amiga.
- E eu estou esperando para ver seus Poynterzinhos.
Lenah e Anne olhavam a menininha e os dois menininhos correndo. Um era de Tom e dois de Anne.
- Amor?
Dougie beijou o pescoço da mulher, vindo por trás das amigas. Lenah se remexeu toda e aceitou mais do que o beijo na nuca, dando tchau para Anne e se recolhendo a seus aposentos com o marido, entrando no quarto de casal.
O parto.
- Você precisa respirar, assim.
Lenah se contorcia com caras de dor e Dougie, apavorado, segurava sua mão, enquanto ela fazia força.
A imitação da respiração cachorrinho feita por Dougie fez com que Lenah risse em disparada, de felicidade, dor e desespero.
Ela deu um grito e fez muita força, fazendo Dougie chorar sem saber o que fazer, segurando a mão da mulher com muito mais força. Nesse momento o bebê chorou pela primeira vez.
Papai e mamãe.
- Eu sou péssimo. Já tentei fazer isso milhares de vezes, não tentei garotinha? Não tentei? Em pequeninha? Fala assim 'tentou papai'.
Dougie conversava com Marie Poynter, filha do casal, enquanto tentava trocar a frauda da pequena bebê.
- Que paizão mais coruja, gente.
Lenah disse entrando no quarto, acariciando seu marido e a filha.
- Amor, essa mocinha aqui está muito cagona. Muito cagona. Muito cagona.
Ele brincava com a menina, fazendo-a rir e encantando ainda mais sua mulher, que deu um beijo na testa da filha e se agarrou ao pescoço do marido.
- Você me deixa ainda mais louca brincando de papai.
Ela falou ao pé do ouvido de Dougie, eletrizando-o completamente.
- Não brinca assim comigo, que eu esqueço a Marie sozinha aqui, Lenah.
A mulher riu com gosto.
- Vamos brincar de papai e mamãe mais uma vez?
Ela falou com a boca se movendo para os lábios masculinos, que gemiam com vontade.
- É claro que sim.
Família.
Lenah e Dougie passeavam com a filha pelo parque. A barriga de Lenah, com o segundo bebê que estava a caminho, estava redonda e dura.
- Dói mais do que quando eu esperava a pequenina.
- É que dessa vez teremos um garotão pra cuidar da irmãzinha e ele vai ser maior do que eu.
Lenah riu e lambeu o sorvete de chocolate fazendo uma careta.
- Qualquer bebê que sair daqui de dentro vai ser maior que você, nanico.
Dougie sorriu e deu um selinho na mulher, abraçando-a e falando ao pé do ouvido.
- Já estou com saudades de brincar com a mamãe.
Dia a dia.
- Eu estou muito cansada, acho que teremos de conseguir uma babá.
- Precisa que eu passe mais tempo em casa com vocês, amor?
Dougie estava preocupado com a reclamação de Lenah. Ele não queria que sua esposa se sentisse sozinha, sobrecarregada ou algo do tipo. Lenah percebeu a preocupação do marido.
- Nada de muito sério amor, mas esses dois detém todo o meu tempo. Acho que preciso voltar a escrever e ver as meninas com maior frequência.
- Como você quiser princesa.
Ele beijou Lenah e ela o seduziu para curtirem a noite, não queria que a chama dos dois se apagasse.
Final feliz.
- Acho que vamos fazer isso pra sempre. - foi a última declaração para a reporter.
A reportagem acabou e Dougie olhou para os amigos com um sorriso nos olhos.
- Você é o melhor, cara.
Tom disse, levantando-se e saindo do set.
- Sempre foi o melhor, meu herói!
Harry abraçou o amigo, com um jeito gay.
- Eu só quero a bunda dele.
Danny apertou a bunda de Dougie e saiu do estúdio também.
Estavam casados, com seus filhos e famílias. Mantinham a banda e era aquilo o que bastava. Felicidade. Amor. Danny e Georgia. Harry e Izzy. Tom e Giovanna. Dougie e Lenah. McFly. Seria eterno.
OBS: Essa fiction é um esboço do meu sonho de vida.
OBS²: Re-li depois de quase três anos. Mudam os protagonistas, não mudam os sonhos.