Reinações Múltiplas: setembro 2011
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Moves Like Jagger - parte 4

por Franci Freire


Era mais do que óbvio que alguém ali estava sonhando e, a julgar pelas possibilidades, só poderia ser eu. A notícia veio tão rápido, aliás, tão rápido quanto o beijo, os carinhos, os olhares e o telefonema. Era realmente possível Lenah Muller estar pegando James Valentine?

Provavelmente não, mas, como nem sempre os sonhos tem um sabor tão interessante e um cheirinho tão gostoso quanto o dele, aproveitei.

- Pra onde a gente vai James?

- Pra casa do Adam, princesa. - ele beijou meu pescoço, brincando com o perigo. Minha mente estava completamente aérea naquele instante, viajando nas possibilidades.

Pensa só: eu e Adam Levine, na casa dele. A brasileira poderosa é a convidada. Ele sorri e diz "eu te conheço de algum lugar?", eu respondo com um sorriso lânguido e jogo o broto na parede.

Ou ainda, eu e Adam Levine. Ele está sem camisa, em casa, descontraído. Se aproxima dos amigos para oferecer um drink. Eu sorrio languidamente, bebo um gole de qualquer coisa, e espio ele pela borda da taça em minha mão. Os corpos se esquentam, sugiro um cantinho com o olhar. Ele me segue e... pimba!

Ou quem sabe... Eu e Adam Levine, meu pescoço sendo mordido e a barba loira dele se esfregando... opa, espera um segundinho, Adam Levine com barba loira?

Droga! Divaguei e esqueci do James Sedução Total, me pegando aqui no barzinho cult.

- Ja... James. - e ele continuava me amassando. - James... - e eu tentando afastar, mas gostando do carinho. - James, meu bem. - e o bendito com a mão na minha perna, me deixando louca pra grudar nele. - James!

Respirei fundo e busquei o equilíbrio natural, para deixar de desejar - loucamente - estar em um quarto.

- Humm - e me deu mais um beijo - você é tão saborosa, Leninha. - Gamei no "saborosa", é menos promíscuo que "gostosa", não tão "Juliana Paes" quanto "boa" e me faz lembrar de sorvetes... ou torradas com pasta de amendoim.

Ai meu santo, alguém apaga esse homem e afasta essa tentação, que eu tô carente, prestes a conhecer a casa do Adam Levine? Grata.

Resolvi sorrir e tentar, mais uma vez, a concentração espirituosa transcendental, que me é falha. Olhei para a selva, que eram os olhos dele, e acariciei seu rosto, dando um selinho longo, em seguida.

- Meu bem, eu estou realmente grata pelo convite, mas não posso sair com você, assim. - Olhei para baixo, a fim de mostrar a roupa, mas, provavelmente, com a pressão muscular alterada, ele nem deve ter visto roupa no meu corpo.

- Que besteira, Lenah. Você está perfeita. - E grudou a barba no meu cangote, outra vez. Afastei devagar.

- Com biquini e roupa de patinar, James? - Sorri e tentei buscar a parte racional dele, levando em conta que o cara estava com a cabeça em algum canto escuro da casa de Levine, onde pudesse me arrastar pra fazer... pra fazer.

Com algum esforço, desenhos e mímicas, consegui convencê-lo de me levar em casa para que eu trocasse de roupa rapidinho. Confesso que um pequeno receio de chegar lá e não tomar banho sozinha me alastrou, mas fui forte e, com sorte, ao chegarmos tínhamos companhia.

- Maria Guadalupe! - eu praticamente reverenciei minha amiga, fazendo questão de usar o nome santo dela, pra agradecer por estar em casa. A pobre levou um susto ao ser abraçada por um raio e respondeu com o carinho que só os latinos sentem:

- Estás loca mujer? Dejame! - e me empurrou.

Sorri, um sorriso verde, com tom de "disfarça!" e, sabiamente, ela deu uma olhadinha por cima do meu ombro, até a porta, onde havia um homem alto e loiro... e percebeu que eu estava em alguma enrascada. Na verdade, lembro perfeitamente do olhar dela de "caralho, você está em uma enrascada!", no instante em que percebeu quem era o homem alto e loiro.

- James, essa é minha amiga Lupe. Lupe, esse é James...

- Valentine. - ela completou, sorrindo e se empolgando ao ir até a porta. - Eu adoro o seu trabalho. - ela o abraçou com o verdadeiro calor latino... cheirando à cebolas, já que estava cortando algumas na cozinha, antes de eu aparecer - você é demais!

- Obrigado, é um prazer conhecer você... Lupe?

- Maria Guadalupe Montañes, para servirte, señor. - ela arrancou um sorriso dele. Devo dizer que eu e Lupe costumamos conversar muito, divagamos juntas na arte e nos sonhos. Por esse motivo, ela estava vacinada com a opção "e se um dia eu aparecer com um dos melhores amigos do Adam aqui em casa?", "Bem, nesse caso, eu faço o esforço e pego ele, só pra gente fazer contato com o seu sonho de consumo".

Sim, nós divagamos. Acredite se quiser.

Em todo caso, dei uma desculpa e deixei Lupe com Valentine, pra poder tomar um banho rápido e correr até o vestido preto simples noturno, que ficava guardado na sessão "Roupas para impressionar o Adam", do meu guarda-roupa. A sensação de, finalmente, usar um modelito pra impressionar o broto me deixou inspirada; então, resolvi, depois de me banhar com o Body Wash Pure Seduction, passar uma manteiga corporal Ultra-Softening Body Butter - Secret Crush, dar um toque nos lábios com meu Lip Gloss Dandy Cane e amaciar minhas mãos com o Hand e Body Berry Kiss.

Pausa para comercial.

Nada melhor do que se armar de Victoria's Secret contra uma angel Victoria's Secret, afinal, Anne-V estaria lá... com ele.

Depois da lingerie e do vestido, fiz uma chapinha, coloquei o salto agulha e preparei uma maquiagem bem simples. Quando cheguei na sala, passada uma hora e meia, minha amabilíssima amiga estava toda prosa com o James. Eles até soltavam algumas risadas - o que me fazia pensar que Lupe realmente estava gostando da companhia.

- Finalmente, rainha da Inglaterra. Seu "banho rápido" incluía tosa e sessão de relaxamento? - eu sorri, jogando meu charme, e dei uma voltinha.

- Gostou? - perguntei para Lupe, ignorando que estava em frente a um cara que babava por mim desde o segundo em que nos vimos. Fazer o que... Lógico que eu estava pensando em Adam, mas não tinha como evitar que outros caras me olhassem e, bem, eu não sou uma santa recatada pra dispensar essa belezinha.

- Está maravilhosa. - ele esqueceu da existência de Lupe, tal qual eu revivi a dele, assim que se levantou, segurou minha mão e beijou a palma virada.

- Que gentil, cavalheiro. - o céu já tinha escurecido, o sofá colorido de Lupe estava com um pote de nachos e dois copos com Pepsi recostados... cheirando cebolas.

- A espera não poderia ter valido mais a pena... eu... eu... não sei nem o que dizer. - Valentine segurou minha mão e me fez girar em torno de mim, para que ele pudesse apreciar melhor meu modelo, exclusivamente pensado para o amigo dele. - Linda. - e sorriu, me dando um beijo inesperado.

Ok, inesperado pra quem? O cara era minha companhia naquela noite. Certo, repassemos. Eu estava bem confusa naquele momento e imagino que a Lupe não estivesse das mais sóbrias, a julgar pelo queixo caído de minha amiga.

Abracei James e disse, em espanhol, movendo os lábios sem som: "te explico tudo quando voltar". Maria Guadalupe Montañes estava pálida e pegou o copo de refrigerante, que supostamente lhe pertencia, e virou em um gole só.

- Preciso de tequila. - foi tudo o que a sósia da Thalia conseguiu dizer.


James separou o abraço e virou para Lupe.

- Foi um prazer te conhecer Lupe, tem certeza que não quer ir com a gente?

- É, eu... bem... Não, está tudo certo. Na verdade, eu preciso ir pra biblioteca da faculdade. Tem uma amiga me esperando lá. - e sorriu amarelo.

- Se é assim, podemos te dar uma carona. - Pausa. Comentei sobre o carro do loirão que me deu carona até em casa? Digamos que de "pôneis malditos" ele não tenha nada!

- Acho que a Lupe vai se encontrar com alguém e está nos chutando, James - eu sugeri, livrando Lupe de ter que sair com a gente naquele estado "cebolas que eu estava picando antes da Lenah chegar". Levaria mais uma hora, no mínimo, pra minha latino americana favorita (depois da Shakira, da Lucero, da Anahí, da Dulce Maria, da Maite Perroni, da Gaby Spanic...) se arrumar e eu estava com muita ansiedade pra esperar.

Passado algum blá blá blá, lá estava eu: a caminho da casa de Adam Levine, com - nada menos que - James Valentine.

Preciso dizer que meu coração saltou pela boca e eu, definitivamente, não acreditava naquele momento? Não preciso né? Pois bem, se aquele momentinho já parecia coisa de história adolescente, a visão do paraíso devia ser coisa de contos de fada, porque quase enfartei quando coloquei os olhos na mansão de Adam Levine.



Parte 5

Novelas mexicanas, mexicanos e Latin Grammy

Vou jogar conversa fora. Usei um título ala PC Siqueira.

Estou aqui no job, há alguns dias de nunca mais precisar voltar.
Mais uma página virada. E que venha a Argentina (e os argentinos), ou ainda, o México e meus amores latinos.

Bem, terminei de assistir "Soy tu Dueña" com minha irmã. A novela é super legal, dou a dica (pra quem for noveleiro e gostar de ver vídeos em español) de dar uma olhadinha nos capítulos da novela.
O elenco é de celebridades mexicanas, aliás, pessoas lindas e intrigantemente perfeitas. O mais feio do elenco deve ser Mister Hidalgo (exagerar faz bem para o meu ego). Clique aqui pra ver onde eu baixei. A novela é de 2010 (ano em que eu comecei a assistir, mas me enrolei tanto - porque só via com a minha irmã aos domingos - que acabei terminando só nesses dias. Quando eu comecei a assistir estava no finalzinho, lá no México. O legal é que tem umas chamadas da Copa do Mundo no meio dos eps, super lembrei das minhas conversas com o Raff Duran naquela época... falando de futebol).
Pra citar nomes, temos no elenco: Lucero (uma cantora mexicana hiper gata e famosa, atualmente sendo coach do "La Voz México", programa "cover" do The Voice - que tem nada menos que Aguilera e Levine como dois dos quatro coaches), Fernando Colunga (gato que a minha irmã sonha, conhecido popularmente - no Brasil - como "Carlos Daniel Bracho"), Gabriela Spanic (a mulher mais poderosa do México, conhecida popularmente - no Brasil - como Paola Bracho) e David Zepeda (um ator mexicano que tem TUDO pra ser o meu futuro esposo. Com um corpo malhado que me seduz loucamente, uma manchinha embaixo do mamilo esquerdo, que o caracteriza como meu - me deixem sonhar - e que finalizou uma novela 'La Fuerza del Destino', há pouco tempo; novela que eu estou assistindo atualmente).

Você pode ler a sinopse no link que eu já passei, dos endereços pra baixar a novela - se entender espanhol. Se não entender e não clicar, sinto muito, não quero resumir a novela.


Eu queria chegar ao bendito David Zepeda, meu atual "Troféu me coma" e sonho de consumo.
O cara realmente seduz; só que ainda não comprovei se é inteligente, mas até nisso podemos dar um jeito. Bem, pelo menos ele sabe decorar falas... Oo


Mudando de assunto...
Estou ansiosa para o Latin Grammy lol Motivo: eu conheço os concorrentes e você, com certeza, não!
É tão bom ser brasileira e não esquecer que sou latina. O Brasil é tão metido a estadunidense-europeu, mas no fim das contas é a América Latina que nos cerca... nós somos a América Latina também! Faço questão de não esquecer isso e, de quebra, amo demais esse povo todo.

Ano passado eu morri mil vezes em perceber que as pessoas que apareciam no show eram "conhecidas" minhas. Tipo, só não conhecia Prince Royce, dos destaques da noite - e me envergonho em ter que assumir isso, porque não conhecer Prince Royce é uma gafe! (pra quem ama os latinos).
Esse ano, não só conheço, como já tinha alguns diversos CD's baixados, clipes vistos, músicas conhecidas e posso até fazer torcida e opinar. #FelizFeliz

Pra começar, vamos ao destaque da premiação. Os caras do Calle 13
Em geral, eu conhecia duas músicas deles: Muerte en Hawaii (com um clipe que é muito trash e super "caralho que recado tesão", uma música gostosa de ouvir) e Baile de los pobres (que me fez curtir eles "de segunda"). Pra completar, minha música favorita do CD da Shak é com eles: Gordita, e eu nem sabia.

Dei uma olhada e parece que a bam-bam-bam do grupo é Latinoamerica. Os caras são muito conscientizados e, diferente do Tercer Cielo, não esqueceu do Brasil quando o assunto foi América Latina (mas senti falta da Guiana Francesa...) - embora eu goste mais da música do Tercer Cielo, que acho menos "quero ganhar prêmios" e mais "sou pop sim, mas isso não me impede de dizer que amo a América Latina e defendê-la com simplicidade". Ou seja, é minha cara (e eu ouço desde que comecei a curtir espanhol).


Detalhe que eu sou a Senhorita Parenteses, não? Vivo fazendo observações... é que eu penso rápido demais quando escrevo... bom se fosse assim pra falar. Em geral, me embanano falando ¬¬

Continuando: Calle 13 vai ganhar, pelo menos, três prêmios. Vai ser o "Camila" dessa edição do prêmio. - Camila é uma banda argentina, os caras levaram quatro (achoque são quatro) prêmios ano passado.


Eu estive pensando e cheguei a conclusão de que o grande nome esse ano, na real, foi Pitbull.
O cara estava eml to-das, com to-dos.
Shakira está indicada: Pitbul gravou com ela (duas faixas, acho) em Sale el Sol.
Enrique Iglesias, grande nome, está indicado: Pitbul gravou com ele e com o Usher, que gravou com o Enrique... 'Quadrilha' é o melhor poema de Drummond quando me pego fazendo isso.
Wisin y Yandel, estão devidamente indicados: Pitbull gravou com eles.
Jenifer Lopes, está lá também: preciso comentar?

Cara, eu vou parar por aqui. Se ele não merecer uma fatia do bolo por, pelo menos, encontrar as pessoas certas com quem fazer música, será uma puta falta de respeito!


Quanto ao Enrique Iglesias... Sério que ele só tocava nos meus fones; agora, em compensação, o cara está com a bola toda, sendo trend e tudo. Gravando em espanhol e inglês no CD indicado, Euphoria, que é de fato eufórico, o cara chamou grandes nomes, ao passo que deu o seu toque romântico e elétrico - sem ser mão de vaca em gravar clipes das músicas lançadas e trabalhando diversas faixas. Dá só uma olhada, por ordem, as músicas que conheci do CD, e que ganharam clipe:


No me Digas que no - com Wisin y Yandel; conheci quando foi apresentada ao vivo no Latin Grammy do ano passado:



I like it - com Pitbull; eu conheci na mesma apresentação do LG do ano passado:





Cuando me enamore - con Juan Luis Guerra; que eu conheci vendo lista de letras mais clicadas, no site Lyrics versão latina e depois vi no LG do ano passado - música viciante, clipe lindo:





Tonight (I'm Lovin' You) - finalmente sozinho! eu vi esse nos destaques Vevo e, nessa altura, já estava baixando o maior número de músicas possíveis:






Dirty Dancer - com Usher e Lil Wayne, que eu conheci no embalo de Tonight, mas não gostei e ignorei:





Heartbeat - com a Nicole Scherzinger, porque o homem não é fraco! Foi a última que conheci, porque baixei o CD, porque não foi bombada...






Pra finalizar, conheci na semana de lançamento, Ayer, que vale a pena por ser ele cantando uma música romântica e linda (SOZINHO), como antigamente. =)




Ou seja, se for por falta de divulgação, produção, trabalho, parceria, ecletísmo e gostosura, esse cara não fica sem um troféu.
Ele merece, fala sério! Olha a quantidade de clipe! O CD tem 14 faixas, sendo que duas são versões de músicas presentes, o que contabiliza 12 inéditas. A última faixa é uma versão "estendida" e com cortes (porque não tem Wisin y Yandel) de No me digas que no - MUITO boa e legal. Eu indico e espero que o nosso espanhol leve um prêmio =D



O próximo nome, que comprova a minha teoria (recém levantada) de que quem faz mais parceria está com grandes chances de ter indicações, é a diva de todos os latinos: Shakira.
Atire a primeira pedra quem nunca ouviu/dançou/cantou/cantarolou ou não conseguiu tirar da cabeça a música Loca, seja em qual versão preferir.

Sale el Sol é um CD muito legal. Quando eu baixei quase gritei loucamente em todas as faixas. Achei ele curto e as repetições de música (com versões diferentes) me deixaram um pouco "puts, que merda", mas fora isso, é um concorrente pra bater de frente com Calle 13.


Ainda temos alguns nomes que, wow, fizeram a minha cabeça. Pra começar, a música que finaliza o filme Velozes e Furiosos 5 - por favor, me diga que você também rio do início ao fim naquela comédia. Os carros da polícia do Rio de Janeiro, os "brasileiros" com cara de mexicanos... só o morro era natural do Brasil - Danza Kuduro! Do meu hermoso Don Omar.
Preciso dizer que eu conhecia antes de passar no filme e dei um surto no cinema? Preciso dizer que fiquei muito puta, porque a parte em português da música é de origem africana e não brasileira? Preciso dizer que se a inclusão da música, supostamente, está no fato de ser latina e nós também é hipócrita porque ninguém, além de mim e meia dúzia, conhece reggaeton portorriquenho?

Bom, a música arrasa e eu adoro dançar ela, merece um prêmio. Agora tem até versão brasileira, Herbert Richers, dela - com Daddy Kall e Latino, com direito a concurso de dança no Domingo Legal.


Pra finalizar a parte hispânica, que me interessa e eu lembro, temos Wisin y Yandel.
Esses merecem ganhar, MESMO. Estão indicados em duas categorias: melhor da categoria Música Urbana e melhor composição, dentro de Música Urbana também (não lembro o nome da categoria especificamente; se tiver interesse, procura no site oficial do prêmio).
O motivo dos caras merecerem ganhar, por mais que Calle 13 esteja por lá e Shakira também, é
por terem construído La Revolución e El Regreso de Los Vaqueros com muito foco e determinação, terem a composição da indicada Estoy Enamorado com o nome deles, e por fazerem a diferença no cenário do reggaeton, com empreendimento de primeira linha!
Te desafio a baixar El Regreso de Los Vaqueros e ouvir a Intro do CD sem sentir um "caralho, mano!". Também pode passear pelas faixas e ver o trabalho digital dos caras, é primeira linha, muito visionário e... ok, eu sou fão. SUERTE DOBLE U Y YANDEL!


E, caindo na categoria Brasil - sim, seria o cúmulo do 4ever alone, se não fosse a categoria Regional Mexicana. Será que não temos muito prestígio ou somos excluídos? Bem na verdade, nos excluímos... mas deixe pra lá - temos Paula Fernandes como o maior destaque, porque concorre a artista revelação. Eu espero que ganhe, MAS está competindo com Calle 13 - desculpa Paula, já era. E, pra piorar o negócio, os brasileiros (sem conhecer NADA de música latina) vão acabar falando que foi injustiça Calle 13 ganhar, quando, na verdade, os caras estão dominando e a "intrusa", em um prêmio que tem ORGULHO de ser latino, recebe o povo brasileiro - vulgo, preferimos a Europa e a América.

A música classica brasileira está representando em peso! E entre os indicados nacionais, Pitty e Fresno disputam com Caetano Velozo e arnaldo Antunes (entre outros), demonstrando que mesmo que você nunca ouça Caetano na rádio, ele está no LG, assim como Os Paralamas do Sucesso.

Ok, desabafos à parte, o show do ano passado - que é tradicionalmente feito em Los Angeles, local, de acordo com o meu sarcasmo, que abriga mais imigrantes ilegais do universo - teve apresentação de Lucero e um humorista latino que não sei quem é. Isso porque Soy tu Dueña - novela que eu assisti e comentei aqui - fez muito sucesso e finalizou ano passado próxima ao prêmio. Logo, estou ansiosa pra saber quem vai apresentar esse ano.

Eu estou achando que a bola da vez será a Thalia, e eu bem que queria ver ela - linda de morrer - apresentando o prêmio! É esperar e ver. Eu tenho lá minha curiosidade, mas quero ver meus amores por lá, assistir os shows e esperar ansiosa.
Outros nomes que estou lembrando que estarão lá são Daddy Yankee, Prince Royce, Sie7e, Zoé, Maná, Carlinhos Brown, Aline Barros, Pato Fu, Espinoza Paz (está no La Voz Mx).

Acabei não comentando com afinco do Rick Martin e do Alejandro Sanz (está no La Vox Mx), mas assim que rolar o LG vou dar uma olhada nos resultados e comento sobre outros artistas com vocês, incluindo um que vai ganhar alguma categoria, com certeza, Franco de Vita.


E é isso aí. Não tenho tempo de mais nada. Vou pra casa assistir novela e ser feliz (ou ver a Ellen na PUC e tomar sorvete - na chuva).
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PS: Não revisei o post e a escrita. Foda-se, o blog é meu =D

Moves Like Jagger - parte 3

por Franci Freire



Eu ficava horas trancada em meu quarto, com a cabeça embaixo das cobertas, me perguntando se Adam, de fato, poderia ser tão mesquinho com alguém a ponto de ignorá-lo completamente. Alguma faísquinha de esperança minha dizia que não, mas a parte que assistia Britney Spears possessa atacando um fotógrafo, bem como a parte que pensava em Adrian Pasdar dirigindo bêbado para chamar atenção, depois do cancelamento de Heroes, me fazia pensar que o ego inflado daquele homem de olhos claros e corpo escultural era defeito da fama.

Como excelente fã, voltei a assistir o dvd do início de carreira da banda, ouvindo Levine desafinar e sentindo prazer em pensar que ele tinha algo de humano. Aliás, uma pessoa que compunha letras como Won't Go Home Without You não podia ser completamente tapada e arrogante. Ao contrário, Adam Noah Levine sempre me pareceu interessante, boa gente e até humilde. Certo, eu peguei pesado com essa personalidade boazinha e querida, mas é necessário levar em conta que, desde o dia em que segurou a minha correntinha até hoje só trocamos mais cinco palavras e olha que eu tenho me esforçado em ser simpática, adorável e prestativa.

O problema não é com ele ou comigo, só pode ser com a minha profissão. Aposto que sou melhor de cama do que a russa sem sal, mas ele não me come porque sirvo sorvete. Além disso, ela pode ser mais instruída, mas eu sei cozinhar. Seria uma delícia cozinhar, dormir e acordar ao lado dele...

Resolvi levantar e tomar um banho demorado. Dia de folga, igual a patinar no parque.

E lá fui eu, depois de deixar o coro quente, com um banho de 35°C, pra me despertar. Água fria me irrita, prefiro as altas temperaturas. Vesti uma baby look da Betty Boop, um short jeans e um Nike azul. Peguei o squezee, um saco de costas com dinheiro e documentos dentro, e caminhei até o quarto organizado de minha amiga mexicana para emprestar o antitranspirante Rexona.

Eu pretendia sair de lá e tomar um banho de mar, então usava um biquíni embaixo da roupa de patinar. Aproveitei e coloquei um bronzeador no saco, caso eu resolvesse deixar minha pele mais latina, já que andava branca demais. Minha felicidade era ficar dourada e não vermelha, o que me diferenciava, definitivamente, da Anne Hathaway que existia em mim.

Enviei uma mensagem para Lupe, com um coração, dizendo que estava saindo e deixando a chave na planta ao lado do canil vazio. Ela respondeu logo em seguida, agradecendo e pedindo desculpas por esquecer as chaves em casa. Logo recebi mais uma, dizendo que não teríamos aula naquele dia e que bastava entrar no site da facul e baixar uma dúzia de textos sobre Picasso, Juan Miró e Henri Matisse. Fiquei feliz e fiz uma dancinha comemorando, teria um dia inteirinho meu e só para mim.

Cheguei ao parque, o sol estava pecaminoso. Uma área daquela região estava isolada para gravação de um videoclipe, achei bacana, ao mesmo passo que achava uma merda perder espaço para alguma cantora pop superfamosa que nem patinava por ali de verdade. Depois desse pensamento, bati na boca e me puni com uma mordida mental na língua, lembrando de um clipe da Shakira, minha diva #3.

Sentei-me no banco de pedra e troquei o Nike pelos patins, eu gosto mais de patinar do que de andar de bicicleta, embora goste da ergométrica e precise dar uma malhada nos glúteos. Estava bem tranquila, olhava para um afrodecendente com cerca de 1,90 m, braços tatuados e dando condição, quando meus olhos foram sugados para um loiro, alto de cabelos longos e olhos loucamente verdes. Eu sempre esperei vê-lo em companhia de Adam, mas o único que apareceu no Trifólio foi Jesse.

Ali, do meu lado, andando ao lado de uma morena desconhecida, estava nada menos que James Valentine, a prova viva de que todo, todo, evidentemente to-do pokemon evolui.

Tive três tipos de fisgadas baixas antes de pensar em todas as coisas que eu poderia fazer com um dos melhores amigos de Levine, só pra atingir o alvo.

Um golpe baixo e certeiro. Coisa de cachorra, confesso, mas era isso o que eu queria, não era? Ser vista. Tendo um dos caras da banda para mim, com certeza chamaria atenção de Adam. E quem seria melhor que o Kurt Cobain cover? Tudo bem que o Jesse era pegável e me parecia o mais inteligente do grupo, mas eu não queria um nerd pra assistir todas as temporadas de Arquivo X comigo, queria o corpinho malhado na minha cama - ou outro lugar que o bendito escolhesse, isso era o de menos.

Certo, eu só tinha um problema e ele tinha cerca de 1,65 m, 45 Kg, cabelos compridos e pouca bunda. Quem seria a garota? Não importava, eu precisava chamar a atenção do casal e me aproximar do gato. Minha santa deusa, o que eu faria perto daquele cara? Ele tinha a essência de "amigo do outro" que faz toda mulher pensar duas vezes antes de se aproximar e que, definitivamente, dá um gostinho a mais. Fora dizer que, quando o amigo do outro era daquele porte, minha amiga, era um bom motivo pra se jogar geral.


Com muita astúcia, comecei a patinar, coloquei os fones de ouvido - que peguei de última hora, quase esquecendo ao sair de casa - e dei play em Wake up call, que é o ápice do devaneio com aquela melodia que te faz arrancar a roupa cantando "He won't come around here anymore. Come around here? I don't feel so bad", uma loucura!

Corri, dei umas piruetas, e percebi que ele estava entretido com sorvete de morango ou de frutas vermelhas, precisaria ver mais de perto para confirmar. Sorvetes me perseguiam, ironicamente e eu estava começando a me sentir desesperada em não ser vista por integrantes daquela banda em questão. Medida drástica parte 3, lá fui eu patinando até me jogar em cima dos dois.

Exatamente, fingi uma queda, que não fingiu ser dolorida, porque doeu mesmo. James, em alguns segundos, estava ajudando a namoradinha a levantar e me ajudando a ficar em pé, também. Como percebi que a rival estava bem, comecei a fazer barulho de dor que deixam homens como cachorrinhos, mortos de pena.

- Você se machucou? - ele segurava minha mão, atencioso.

- Minha perna está doendo. - choraminguei.

- Precisa ter mais cuidado moça. - a acompanhante falou.

- Me desculpem, eu estava, entre... uau. - eu disse, fingindo só prestar atenção nele naquele momento. - James Valentine?

Notei que ele ficou sem graça e sorriu de lado.

- Sou eu mesmo e você é a...

- Muller, Lenah Muller. - levei a mão ao pescoço, inconscientemente, para ver se não tinha esquecido a corrente Levine por ali, dando sopa e me entregando. Não tinha. - Estava ouvindo Maroon 5, a culpa é sua por me derrubar. - eu sorri e ele retribuiu.

- Acha que já pode andar?

- Preciso de mais uma ajudinha pra tirar o patins e calçar o tênis, se não for incomodo.

- Imagina. Tudo bem pra você Becca? - Becca? Rebecca... Rebecca? Senhor me manda a corda, eu amarro no pescoço e você puxa, pode ser? O cara tá saindo com a Rebecca Black? E quem fez uma plástica nela? Meu caneco colorido, a guria fez uma lipo ou tirou as costelas? Estou em estado de choque. Tentei respirar, mas acho que fiquei chocada demais, demais mesmo, porque James olhou pra mim e começou a rir. Rebecca parecia enfurecida.

- Eu... é... perdi alguma coisa? - um outro loiro chegou e eu percebi que tinha a quase a mesma idade de Becca. Aquilo explicaria o meu engano e me daria um passe livre? Era o que minha mente maníaca e psicopata esperava.

- Essa moça acabou caindo por aqui e vou ajudá-la a se recuperar, se quiser levar a Becca, ligo pra encontrar vocês.

- Tudo bem. - O cara novinho deu um beijinho na garota conversou alguma coisa em voz baixa e eles saíram.

Fiquei olhando e esqueci de fingir que doía alguma coisa, mas era choque demais ver um cara do Maroon 5 com aquela menina que tinha idade pra ser neta de qualquer integrante da banda.

James olhou para onde meus olhos seguiam e quando voltei a olhar para ele, acabamos nos encarando e trocando um fodido olhar.

Como o cara era lindo. Fiquei estática, mas tinha um plano uma meta, não desistiria assim tão fácil.

- Desculpa, é que eu pensei que...

- Ela é namorada do meu primo, nada demais. - deu de ombros.

- É que vocês dois estavam... - puta merda, dei mancada. Tinha dado a impressão de não ter visto ele quando me joguei em cima de seu corpão.

- O quê?

- Nada. - disfarcei.

- Tudo bem. Vai querer ajuda com o tênis, ainda?

Droga. Ele era muito Kurt Cobain, não dava pra ficar normal ou fingindo. Desisti de manter a máscara e tentei concertar as coisas. Era importante para a minha moral latina-sulista pegar aquele cara. Se eu não conseguisse, e apostava comigo mesma naquele momento, ficaria cinco meses sem fazer sexo com estranhos.

- Posso tirar sozinha, obrigada. Você é gentil e eu quase me aproveitei de sua boa vontade.

Como eu estava ancorada nele, perto da mureta ao lado do carro de sorvete, só me virei e já estava sentada. Comecei a tirar a bota do patins, quando a mão dele se precipitou e começou a tirar os nós do cadarço.

Olhei para James e encontrei olhos de predador e um sorriso malicioso. A música do clipe do artísta desconhecido (ou seria Bruno Mars?) estava ressoando e a agitação ao redor era grande, mas nós estávamos sozinhos ali durante aquele curto olhar de cumplicidade.

- Vou te ajudar e depois a gente podia tomar um sorvete. - Droga! Sorvete não, cara!

- Eu vou adorar. - sorri para ele entreolhares, enquanto o via massagear meu pé e tornozelo, perguntando se doía, enquanto esfregava para cima e para baixo. Eu estava prestes a dizer que doía sim, mas doía mais em cima, entre as pernas, só de sentir aquelas mãos gigantes com pequenos calos me massageando toda. Ok, era só o pé, mas me permiti divagar.

Acordei do transe, fui sutil e agradeci, colocando o tênis em seguida.

Valentine segurou minhas mãos para que eu ficasse de pé, tudo muito devagar e com paciência, me seduzindo, evidentemente. Estava dando certo. O cara tinha 32 anos de puro deleite e estava ali, no papo. Como podia ser amigo e da mesma banda que o outro? Fiquei sem ação quando, certeiro, rápido e objetivo, James tocou meus lábios e depois passou a mão por minha nuca, me puxando.

Foi rápido demais para que eu pudesse fingir que não gostei ou que gostei meio termo. Lá estava eu, com a boca mergulhada na dele. Fácil como tirar doce de criança, durante o sono. Já que eu estava ali mesmo e, como não sabia se o Adam um dia olharia para minha cara pra dizer algo além de "quero de creme com cobertura de chocolate", resolvi aprofundar o beijo.

Cara, que delícia. O homem beijava tão bem que me violava com a boca. Os lábios passeavam devagar pelos meus. Primeiro explorando os lábios inferiores e depois mordiscando-os até sugar todo o meu ar, ao passo que ia delirando em minha ação atirada de colocar as mãos agarrando seus cabelos loiros, suspirando com o beijo. No meio da "rua", com um sol de matar na cabeça e o corpo derretendo tanto quanto eu com aquele beijo.

Separamos os lábios e tentei recuperar o fôlego. Não combinamos, mas o 'uau' saiu em sintonia. Rimos sem-graça e voltamos a nos encarar.

- Qual é o seu nome mesmo?

- Lenah Muller.

- E qual música você estava ouvindo quando caiu do céu bem no meu colo, Lenah Muller?


Conversamos um pouco e passamos a tarde juntos. Zuamos com a tal Rebecca Black e o primo de James; falamos de música, teatro, cinema, Maroon 5, bandas favoritas, vida de artista e o assunto Levine não chegava. Eu não queria ser a primeira a falar, mesmo porque seria idiota da minha parte esconder que conhecia o cara. Foi nesse momento crucial que o telefone dele tocou.

Era o Adam. Jesus, era o Adam Levine! Eu tinha certeza. Absoluta certeza, pra ser sincera... e não se tratava de premonição, porque era uma video-chamada e eu vi ele. Me esquivei para ficar longe do ângulo da câmera. Nós estávamos em um barzinho cult perto da pracinha onde eu patinava e já eram quase 6 pm.

Os dois conversaram e eu fiz de tudo para não ouvir, queria isolar a voz que gritava "cachorra" na minha mente. Eu ia usar o cara pra chegar no outro? Muita sacanagem... Pensando bem, se fosse um homem com duas mulheres amigas, não pensaria duas vezes. Ok, isso não era bem verdade, mas me reconfortava, então acabei ouvindo o finalzinho da conversa com atenção.


- Vou acompanhado, a Anne vai estar aí?

- Of course, com quem vai vir? A namorada do seu primo? - os dois desataram a rir.

- Não, vou com a garota que me livrou daquela chata. Isto é, se ela aceitar o convite.

- Garota?

James ignorou Adam se dirigindo a mim. Estávamos lado a lado, em um banco redondo de canto, e ele colocou a mão em minha perna, em uma parte sensível, já que eu estava de short, e deu uma leve apertadinha, aproximando o rosto do meu e sussurrando em um beijo.

- Aceita, princesa?

Como, me diga, como, em sã consciência, uma mulher recusa sabe-deus-o-que com um homem loiro, alto, solteiro e gostoso tocando as coxas dela e sussurrando em um beijo?

- Sim.

Adam deve ter visto o beijo e ouvido os sussurros.

- Hey, alô. Está aí James? - o loiro se recompôs.

- Ela vai.

- Beleza, então esteja aqui às 9 pm.

- Combinado, passo aí às nove.

A ligação foi encerrada e eu fui beijada com uma delirante calma. Devo dizer que a ficha não tinha caído? Não tinha. Eu mais loirão, igual a casa do Levine às nove? Balela.