Reinações Múltiplas: 12º Latin Grammy
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

12º Latin Grammy

Ontem assisti ao vivo pela Univision (canal de latinos nos Estados Unidos), pela net. Um HD que me deixou pasma... enfim, foi o que eu esperava, fora as premiações: que praticamente não existiram.


Calle 13 abriu a festa com Latinoamérica e, como eu previa, levaram mais da metade das indicações (10 indicações, até onde eu vi, levaram 9). O René Pérez estava com uma camisa (eu tinha visto que ele usaria, pelo twitter) no tapete verde, com o escrito "Educación Pública Gratuita", dando o que falar, pois o tapete é conhecido pelo desfile dos modelos mais bonitos de roupa e penteados dos famosos.
Na apresentação ele trocou a camisa para "Una solo estrella libre" com a bandeira de Puerto Rico. Foi lindo. A irmã dele cantou divinamente, inclusive a parte em português da canção.

Fiquei mega feliz.



A Shakira foi a homenageada da noite e eu adorei as apresentações dela (as apresentações com artistas cantando para ela não foram ao ar, mas tem no youtube. Poderiam ser melhores.). Usou duas músicas Lado B e a do meio foi Loca. Estava divina, é claro. Mostraram o trabalho social que ela faz com crianças e educação, pelo mundo. Bem bacana.








A Paula Fernandes, quando desceu da limousine branca, nem parecia ela mesma. Estava muito mais ousada. Na apresentação - que foi tripla: ela e Romeo, do Grupo Aventura; Pablo Alborán e Demi Lovato; Sie7e e Taboo (do Black Eyed Peas, latino lol) - ela cagou no pau e fez feio. Cantou "Meu eu em você", que é lenta, cantada devagar e aquela coisa "voz e violão", pois bem: a bendita acelerou a música, não cantou com emoção, ficou se esfregando no Romeo, dando sorrisinhos e em uma parte, nitidamente, errou o que ia cantar.





Ficou nervosa? Sim, estava entre pessoas e estilos que, evidentemente, não conhecia. Mas, o seu grande erro não foi esse e, sim, querer que mostrar. O Romeu é acostumado a fazer apresentações sensuais e conseguiu cantar a música, na versão em espanhol, melhor do que ela - que se embananou e esqueceu que cantar música romântica é mais sentimento do que sorrisos, aliás, senti falta da Paula Fernandes, lá estava mais uma brasileira que queria aparecer e não sabia como.



As apresentações em dueto foram o grande destaque da noite. A Univision exibiu com fervor o trecho que dizia "Marc Anthony y Pitbull", o tempo todo. Além deles, Usher y Romeo, os outros três que já comentei (detalhe que a Demi Lovato estragou a música do espanhol... eu sou a favor de Paula Fernandes e do Pablo Alboran cantando sozinhos); tiveram outros também, com grande destaque por lá, mas poucos conhecidos aqui.




Wisin y Yandel se apresentaram com um playback (e com o Sean Kigston), e cantavam por cima das sua vozes. O René Pérez (vou chamá-lo de Residente, que é o apelido) postou no twitter, tempos antes da abertura da premiação, o seguinte "Listo para esta noche, abriendo los Grammys junto a la Orquesta Sinfonica Simon Bolivar y Gustavo Dudamel! Dile No Playback!". Logo, nem preciso comentar porque...

Eis que, quando os caras do Calle 13 ganharam como melhor música do ano, o Yandel e o Wisin, que estavam do lado nos bancos, levantaram e abraçaram o Residente.
Ele subiu, pegou o prêmio e zaz, tudo certo.
Depois, ganharam mais um premio, o de Música Urbana, que disputavam com Don Omar, Wisin y Yandel, Daddy Yankee e caras assim. Pois bem, levantaram, pegaram o prêmio e citaram todos os indicados, com exceção de Wisin y Yandel, como merecedores daquele prêmio.
Foi um micro babado que só nerds perceberam. ~~ beijos ~~




Destaque para as apresentações de Franco de Vita (que fez duo com Alejandra Gusmán), Cristian Castro (melhor voz da noite) e Marco Antonio Solis (que tem duas filhas patricinhas que parecem as irmãs da Cinderella com os vestidos armados Oo rosa e azul, mas canta muito lindo).


Lucero e Cristian de La Fuente apresentaram a premiação. Ela chegou de casaquinho e calça, mas entrou na apresentação com um vestido marrom, muito linda. Mudou de roupa mais umas duas vezes (e de penteado).

Paulina Rubio, pra mim, não canta nada. Ela fez um regional mexicano, com Los Tigres del Norte, muito ruim. Prince Royce poderia ser melhor, também. E o Daddy Yankee fez uma apresentação a 500 metros de altura, no terraço (não é esse o nome, eu acho...) do edifício, com mulheres dançando loucamente, enquanto um helicóptero filmava os ângulos mais loucos, pra te fazer sentir medo de altura (ok, isso foi pessoal).

Bem, o Maná estava lá com sua música que tem Mariposas no meio, e eu não aguento mais ouvir! Foi no Rock in Rio, no Pan, no La Voz e agora, mais uma vez. Mas, enfim, ponto pra eles que estavam perfeitos, como sempre.


Na apresentação da Shak, até nevou no palco. Já a do Pitbull, mais uma vez, começou com ele vindo do "céu", dessa vez dentro de um globo (ele se autonomeia Mister Worldwide e seu CD se chama Planet Pit). Muitas mulheres dançando loucamente, claro... assim como na apresentação do Usher, que teve uma morena sedução total se esfregando nele e no Romeo Santos.


No mais, atrizes com vestido insinuantes e penteados diversos desfilavam pelo tapete verde, apresentavam premiações e faziam (tentativas) de piadas (sem graça). Foi muito bonito de ver e o destaque foi Calle 13.

Pelas letras deles e pelo som, pelas iniciativas e pela moral: foi merecido. Como o Residente diz: não importa vender CDs, importa fazer arte. O dinheiro não compra o amor pela arte.



Que venham as próximas indicações!


PS:

Mejor Canción Regional Mexicana- Marco Antonio Solís "A Dónde vamos a parar"

Mejor Artista Nuevo - Sie7e

Mejor Álbum de Música Urbana- Calle 13 , Entren los que quieran

Mejor Álbum Tropical Contemporáneo: Tito El Bambino, Invencible

Mejor Álbum Pop Vocal Dúo o Grupo: Alex, Jorge y Lena

Persona del Año: Shakira

Mejor Canción Urbana: Calle 13, "El baile de los pobres" Autores: Rafa Arcaute y Calle 13

Mejor Álbum Rock: Maná, Drama y luz

Grabación del año: "Latinoamérica", Calle 13

Mejor Álbum Vocal Pop Masculino: Franco De Vita, 1era Fila

Canción del año: "Latinoamérica", Calle 13

Mejor Álbum Vocal Pop Femenino: Shakira, Sale el sol

Mejor Álbum del Año: Calle 13, Entren los que quieran



Veja também: People em espanhol fala do Latin Grammy

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