A professora Fernanda Bérgamo esteve reclamando do tema "Movimento imigratório para o Brasil no século 21" por parte dos nordestinos, em entrevista ao G1.
Um dos argumentos foi: sulistas convivem com imigrantes. De acordo com ela as discussões por lá (nordeste) giraram em torno do "os nordestinos estão com a economia em alta e o povo que saiu está voltando"; ainda de acordo com a professora, foi esse retorno o tema trabalhado nas escolas e não a vinda e residência de estrangeiros.
Comento sobre a emergência brasileira desde que iniciei os estudos de língua estrangeira, com meus colegas na UTFPR. Por estar vinculada a língua espanhola (principalmente) estamos sempre falando de um ou outro país que, fatalmente, possui forte representação em residência nacional, sem contar o assunto Mercosul e "possibilidades nacionais".
Os debates giram em torno da posição do país com relação aos demais na América Latina e, mais recentemente, na relação de nosso continente com a Europa.
Não isolo de minha fala os Estados Unidos, mas ele não serve de parâmetro para comentário imigratórios, senão para o oposto, emigração nacional (ou ainda, latino-americana), em nossas conversas. O mesmo ocorre com o Canadá.
Mas, voltando a professora Fernanda, se o problema é criar argumentos, pensando na residência de tais imigrantes especificamente no sul, é bastante simples ignorar o regionalismo e pensar no Brasil como um país, em um território comum, ou seria um assunto esgotado e de pouca serventia a preservação da Amazônia, por exemplo, por parte dos sulistas - o que não ocorre (ao menos da parte que me toca).
Para desenvolvimento da redação, bastaria realizar uma comparação do chamariz nacional em seu posto de emergente. Com um toque de citação rápida da relação da economia nacional com a do Paraguai, da Argentina, do Chile, etc.
Um mínimo de atenção no noticiário ou acesso contínuo aos portais de notícia nacionais serviriam (e serviram) como base aos estudantes brasileiros, sulistas ou não.
Para mim, o ideal a ser tratado na redação, lembrando que o tema foi "Movimento imigratório para o Brasil no século 21", seria a centralização de motivadores para tal fenômeno, ou seja, geografia política. A parte histórica (comentada na matéria pelo professor Nelson Dutra) pode ser citada no início da redação como parte da progressão textual (fatores históricos soltos não são os ideias nesse tipo de tema).
Não esquecendo que era necessário argumentar; logo, posicionar-se com relação ao movimento migratório é comentar o aspecto positivo ou negativo de tal fator para, por exemplo, a economia nacional e relações exteriores.
Resumindo, se deu bem quem estudou geografia.