Hoje vim para Mandi pensando em como se dão os relacionamentos e cheguei a teoria dos polos.
Ela já deve existir, mas não me importo.
Quando a gente sente algo por alguém, não é necessário que a outra pessoa retribua. É perfeitamente normal e saudável sustentar um sentimento "porque sim", algo que está relacionado com si mesmo e com o seu íntimo.
Porém, sempre e quando o sentimento é retribuído, é bem fácil perceber que ele se multiplica em si mesmo.
Quando amamos de um lado só, o amor "para ali", não há um retorno, não há um espelho e não há um balanço. Apenas um dos lados está energizando a relação (quando e se existe relação, inclusive de amizade. Afinal, amor de fã é algo que existe de um lado só. Porque aquele que é amado não sabe efetivamente que você, quanto pessoa única, existe. Ele tem noção de que existem pessoas que lhe enviam boas vibrações, mas não sabe de onde. Não só amor de fã, mas amores espirituais ou vínculos passados. Você pode ter esquecido ou estar vivendo um tempo de esquecimento daquele amor ou sentimento maravilhoso que viveu, nessa ou outras vidas, mas não vive especificamente a reciprocidade daquele amor.).
Espíritos assim, que amam sem precedentes e independente de serem correspondidos em seu amor tendem a ser muito felizes ou sofrerem muito. Não tem meio termo.
Ou você acaba se sentindo deixado de lado, ou acaba se sentindo uma pessoa afortunada, que pode dividir e expandir seus sentimentos positivos.
Mas quando existe o espelho, quando aquele amor reflete e volta, quando a pessoa também te sente e também te quer bem, aí existe a teoria dos polos.
Do equilíbrio. Do doar e receber. Do não se esgotar em amor, por estar sempre renovando aquilo que oferece.
É maravilhoso. Ou deve ser.
Em âmbito de amizade, confirmo que não há algo mais belo do que sentir o amor de um amigo.
Não sou a mais fiel experiente com relacionamentos conjugais para ter certeza, mas tenho uma breve noção de vida que me diz que essa reciprocidade é equilibradora e maravilhosa.
Acho que passei mais tempo de vida no platônico e hoje em dia, quando me sinto confiante para demonstrar se gosto ou não de um homem, adoro o fato de não guardar o que sinto.
Se gosto, a pessoa saberá. Por mim. Com minhas palavras.
E acho maravilhoso poder me expandir, me dividir, me multiplicar em carinho. Porque a reciprocidade é abundante, mas a não reciprocidade exige que você mesmo explore, cultive e respeite o seu sentimento. Ainda que o outro não o faça.
E não há uma pessoa certa. Nem uma pessoa errada.
Há escolhas, de ambas. Há oportunizar-se ou deixar passar a oportunidade.