Reinações Múltiplas: Sobre a saúde

Nos últimos tempos tenho cuidado um pouco mais do meu corpo. Finalmente! Depois de anos ensaiando, saí do "será?" e fiz.

Era um plano para todos os anos e de repente se tornou uma realidade.

A zumba me ajudou muito nesse processo, porque amo dançar e porque, de alguma maneira, também fico absolutamente feliz conhecendo novos ritmos que movem o corpitcho.

No Chile tive a grande fortuna de conhecer o espaço da Herbalife chamado VicuñaFit. Um lugar com gente bonita, animada e pessoas buscando emagrecer.

Não se engane, eu não tomei Herbalife, nem fiz o desafio dos 21 dias. Apenas dancei. Porém, sim, ao entrar e pagar cerca de 10 reais por aula, eu recebia na entrada um chá e na saída um shake. E esses produtos 2 vezes por semana ajudaram na minha digestão e no eliminar uma refeição.

Isso somado com ir e voltar caminhando para o treino. Eram cera de uma hora de caminhada, ou uma hora e meia, dependendo do meu humor. Quanto pior o humor, mais eu caminhava para poder ficar calminha.

Comecei a perceber que eu precisava renovar meu guarda roupa para poder dançar. Foi ótimo, até as roupas ficaram mais leves e mais bonitinhas no corpo. Meu corpo mudou com zumba e caminhadas.

Fiquei alegre e comecei a escutar o que as pessoas do espaço falavam sobre saúde. Eles latejavam de tanto repetir, nas duas ou três vezes por semana que eu aparecia, que aquela atividade física era 20% e que 70% era o que eu comia.

E me preocupei.

Andava comendo uma pizza sozinha, sou louca por batata frita com frango e na esquina de onde eu morava havia um Telepollo (Tele frango), sem comentar que a senhorita Freire, basicamente, AMA comer doce de leite, pãozinho, chocolate e por aí vai. Comia tudo isso, mesmo.

Mas um bom dia levantei e fui na feira. Disse para mim mesma, comerei mais vegetais do que carboidratos. E para completar, o meu coach lá, que nunca conseguiu me segurar para me pesar e falar nada, finalmente teve a oportunidade de me colocar na máquina que faz o tal do raio-x na vida da gente. E, no caso, eu estou com 51 anos corporais, 97 kilos, menos massa muscular do que necessário e mais gordura do que vida no corpo. Me preocupei.

Me dei conta que era a minha saúde em jogo. Sou uma mulher obesa.

Fiquei realmente de cara com o que eu ouvia e as coisas passaram a ser ouvidas não mais com a ideia de "estou tendo lavagem cerebral da Herbalife" para "esses caras querem o meu bem, mesmo". E escutei as dicas do coach que foram, basicamente, coma muita proteína, nas 5 refeições, coma de 3 em 3 horas e faça atividades musculares. E coloquei na cabeça que deveria evitar carboidratos.

Algum tempo antes de voltar do Chile, encontrei com meu Fran para irmos correr juntos.

Eu nunca tinha corrido na vida e ele me chamou para um desafio já no primeiro dia. Foi genial e louco. Eu fui, toda gata e ele não tinha me visto mais magra e de cabelão ao vivo. Ele ficou maravilhosamente maluco haha, mas o melhor de tudo e o que importa é que me envenenou com a vontade de correr. Porque eu consegui subir o morro São Cristovão com ele, em menos de 50 minutos. Ele ficou tão orgulhoso que durante todo o trajeto me dizia "você me surpreende Fran, muito bem, excelente, continue nesse ritmo, vamos minha Fran, vamos!". Foi o meu personal trainner e eu lá, pensando no mico de ir como um cachorro sem fôlego do lado dele. Mas foi bem linda a tarde e a noite. Ficamos felizes naquele dia e foi quando me dei conta de que ele me amava.

Outra história, foquemos na atividade física.

Voltei para o Brasil e comecei a correr. Já fiz isso algumas vezes por aqui. Primeiro na vila da mãe, onde estou. E depois lá em Mandirituba. Foi mágico começar a correr, escutar música enquanto isso acontece e ver duas batidas policiais seguidas da corrida, no mesmo lugar. Que louco!

A questão é que eu incluí na corridinha uma passada na academia ao ar livre. Ando sem grana e essa foi a maneira de fazer as atividades musculares que o coach tinha comentado comigo.

Show!