A fórmula que ela usa e dá super certo não é um ponto negativo, é a identidade da autora.
Querer que a Nora escreva 300 romances sem ter um estilo é pedir para que Machado de Assis escreva sem o tom irônico e as mensagens subliminares.
Trata-se de estilo literário.
A pegada da Nora é tão gostosa de ser percebida, que daria um estudo muito interessante.
Noto que as personagens dela tem sempre um dono de hotel, uma escritora (ou escritor), um fotógrafo(a), um policial, uma contadora, além de algumas profissões que são bem diferentes. Acho que esse quesito: profissão, é a grande trilha que ela segue.
Ter um personagem que tenha um ofício e, apartir dele, rolar uma magnifica cena de amor (com muito comflito e preocupações externas).
Amo as cenas de sexo, que geralmente são duas, uma forte e uma repleta de amor, sempre mostrando a capacidade da mulher em ser selvagem e simplesmente amada.
A mulher é a grande face, ela é a principal peça da obra. Isso é lindo. Os conflitos de traição, violência familiar, filhos, emprego, contas para pagar, homens que abandonam, tudo isso, faz a mulher se aproximar mais da obra.
Eu gosto de como os temas são desenrolados, porque a fórmula é a mesma e a trama nunca é a mesma.
Vidas diferentes, regidas pela mesma mente, dão nisso.
O interessante na visão que ela tem dos homens é que não são todos iguais, há uma diferença gigantesca entre um homem de bom caráter e um cafageste. Está explícito (ou não, no caso da trama Secrets, por exemplo). Ter vontade de confiar em um bom homem, que te guarde e proteja e ser forte para lutar ao lado desse homem, são atributos das personagens femininas.
Eu amo a Nora e ela é minha autora favorita.
Estou lendo As Calhoun 1 e A Dama Negra, em paralelo.
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