O sonho americano voltou a tomar conta de mim.
Estou decidida. É o que eu quero e é pelo que eu pretendo lutar, ainda que demore.
Lembro-me bem das vezes em que eu senti esse ar chegando em mim e me fazendo sentir tão louca e dinâmica, procurando meu lugar no mundo. Naqueles momentos as lágrimas tomavam meus olhos para, meses depois, inundarem meu coração de felicidade.
Sempre pensamos que tudo virá fácil e rápido, no fundo esperamos que seja assim: fácil e rápido. Sem cortes, sem dor.
É difícil imaginar que essa tentativa de evitar a dor é inútil, não há hipótese alguma em conseguir algo assim, em sair definitivamente do momento caótico do ser sem sofrer nenhum dano, nenhum corte.
O que eu estou disposta a perder para receber algo melhor, é a pergunta certa a ser feita?
Acredito que não. Na hipótese de que temos aquilo que merecemos, é nosso tudo aquilo que passa por nós. É nosso e de nossa amada vida. Mesmo assim, as coisas vem e vão com uma rapidez incalculável. Uma rapidez de outro mundo, uma rapidez inacreditavelmente louca. A rapidez do "não aproveitei".
A explosão de sentimentos vem acompanhada de expectativas, cansei de me ver em situações - eu vivo e respiro elas, minha mente fabrica tudo aquilo que eu quero viver, ela tem muitas e muitas certezas, mas as convicções são sonhos. Não chegam a ser planos, mas se fundem com eles.
O que eu vou fazer lá e como eu vou chegar? Eu posso planejar, colocar no papel, no lápis, na caneta, mas será que de fato é algo pra mim? Será que é algo meu?
Quando disso tudo é uma aspiração humana, por assim dizer, que se multiplica nas jovens adolescentes e fica enraizada na mente das jovens moças e velhas senhoras?
De quantas gerações eu preciso para fazer um sonho se tornar real?
Sigo sola aqui en este parque
Falta todo si faltas tu
Imagino tu cuerpo aqui
Con la luna a contra luz
Me quedare, bebiendo esta copa a tu salud