Reinações Múltiplas: outubro 2016
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

What about the blond guy?

De repente apaixonar-se é algo que não tem a ver com estar junto.
Um misto de momentos que a gente vive e de boas razões para acreditar que possa viver outra vez.
De repente um monte de aparências podem surgir e quebrar os contatos.
De repente você é absolutamente amável e seu coração um rio de esperanças.
De repente ele vai embora com outra moça e você passa a vida esperando que ele volta.

Morram com a boca cheia de sapos...

Pra cada invejosa e pra cada mentira que inventarem sobre mim e sobre minha vida, ouço uma música latina lindíssima e me inspiro em derramar amor e fé aonde eu vou.
O que me diferencia é o tesão no que eu faço e no que eu vivo.
Pode tentar imitar, porque meu brilho é único.
Morra com dor de cotovelo.

Desde tu amor


"Menino de sorriso de lado, sorriso rosado, sorriso do sul.
Tua doçura ultrapassa os amores, os sabores, os temporais do meu peito machucado e cheio de obstáculos.
Seria você mais um?
Não.
Te vejo facilitador de tudo. Do mundo. Da sua essência divina que transcende na voz e no modo quase divino de tocar a minha essência com a sua.
Você cheira amor. Tem cheiro de beijo molhado numa manhã de primaveira, embaixo da laranjeira, com vestido florido.
Você é poesia pronta, poesia fácil. Você é expressão de amor e conhecimento, escala de graus indefinidos. Pote de ouro no fim do arco-íris.
Eu e você somos um. Filhos da mesma mãe. E nos reconhecemos."

Tú y Yo

"En todo estás y tú eres todo,
para mí y en mí misma moras,
no me abandonarás nunca,
sombra que siempre me asombras."

Um suspiro, um murmuro, um olá... um adeus.
Quanto dura um adeus?
Mais tempo do que a eternidade de encontrar a sua sombra (antes gris, no negra... como un atardecer mojado y lleno de nubes... eres una gota de lluvia. Gris. Bello e impetuoso gris de mi alma. Te saqué, saliste, y ahora casi veo tu color). Momento distante de contemplação. Teu espaço, meu espaço, dos teus lábios as palavras que nada têm de tolas ou vãs. Razão suprema de toda a ciência. Capacidade massiva de expandir meus conceitos, meus respeitos, minhas dúvidas, sofrimentos... por dizer "adiós".
E como me despedir do seu encanto? Antes te buscar em cada esquina, em cada sala, em cada café.
Antes te dizer sorrindo sobre algum tema bobo, alguma resposta sem muita importância, alguma busca que meus pés foram incapazes de fazer.
Doce inspiração! Meu vocabulário, ameríndio e sortido, não tem paixão suficiente para encostar no seu. Vontade, prazer, loucura. Erotismo? Não. É apenas poesia concreta. Mistura de sal e de pesares. Do sol andaluz e da aurora boreal daquela canção que ainda espero dedicar.
Você: palavras bonitas sem nexo que viram a minha cabeça.
Você: definição da palavra doce que esconde o teu nome e preserva a verdade versada em poucas linhas dessa nova paixão.

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Emma

No sé si me quedo toda la noche escuchándote recitar poesías o si, de hecho, me mato con esa angustia que es reconocerte en mí.
Esa idea loca de reconocimiento no es que la llamaban cuentos?
Pero me parece que tiene algo muy especial ahí, y que de verdad me hacia mucha falta. Ese reconocimiento, que me puso la piel de galina y me hizo buscar emociones peligrosas, momentos de intensidad y hasta las bendiciones de mis dioses.
Otro tú. Otra vez tú. Pero ahora, por fin, TÚ!
Me gustaria decir que eres bello, bueno, sensible, pero me parece poco delante de las emociones que se me hace capaz de reconocer en ti.
Enseñame!
De echo, me encanta la idea de aprender todo contigo. Me gusta la magia que puedes y quieres traerme, compartirme, desarrollarme... Dame la oportunidad de reconocerme en ti otra vez... y, pues, si me lo permites: encuentra en mi esa huella tan linda que te pertenece.

Gorda

Acho que uma das vezes em que fiquei mais ofendida foi quando ouvi um grupo de mulheres (brancas e magras) se referindo a outra mulher (branca e magra) como alguém que era engraçada por ter coragem de aparecer em um ambiente praiano vestindo biquini, porque a barriga dela tinha pneuzinhos.
Fiquei estática ouvindo e pensando o quanto eu e meu corpo parecemos uma aberração perto daquele. E de como eu seria tratada caso fosse o assunto.
Me senti um lixo. Como em outros momentos com comentários similares sobre "ser gorda", não direcionados a mim, mas ao "mundo das gordas".
Ouvi que "gorda" é o pior xingamento. Que se relacionar com gorda é a última opção. Que se não está bom "basta fechar a boca".
Comentários que são conhecidos na atualidade como gordofóbicos. Mas que são tratados como piada, porque ser gordo "é engraçado".
O corpo para essas pessoas é vitrine. Vale mais do que outros aspectos. Manter o corpo atrativo é um vício. Vender a imagem de "status sexual" e boa forma, indiferente a outros fatores.
Ser magro nâo é ruim. Ser gordo também não deveria ser. Por que impor um modelo de beleza? Mas é claro que isso existe. Oportunidades excelentes com pessoas por vezes jogadas no lixo graças a essa fobia.
Tudo bem fazer o que quer do corpo. Tudo bem ver beleza aonde tiver vontade. Mas não está bem apontar o outro como pior por ele não ser parte do comum.

Eu mesmo sou muito mais do que um corpo de mulher negra e gorda. E ofereço de mim para a vida muito mais. Por que EU precisaria provar por meio de um corpo magro minha dignidade quanto mulher? Eu sou a errada em ser gorda? Eu sou a anormal? Eu sou a menos? Essa é a minha natureza. Um cacto, uma azaleia, um girasol... cada um tem a sua natureza e serve para algo no mundo. Pra que ferir a existência alheia? Pra que querer converter o mundo em pessoas brancas, magras, de cabelo liso?

Eu sou uma mulher linda. Gorda. E linda.
Estrábica. E linda. Negra. E linda. Alta. E linda. Com cabelo crespo. E lindo. Sou bem diferente das mulheres que namoram os caras que eu namoraria, e sei que mais da metade deles não assumem mulheres como eu por vergonha da sociedade. Porque vontade eles têm!

Toda vez que você se encontra e busca legitimidade, alguém quer acabar com aquilo que te fortalece.
Que o escudo de ouro que me guarda mostre a essa gente amor próprio. E me livre das línguas afiadas da inveja.
Tarefa do ano: aprenda qual é o SEU tamanho, sem usar o irmãozinho como medida. Use o espelho de oxum.

Sinceramente? Me interna!

Se tem uma coisa que fiz nos últimos tempos foi evitar pessoas. Meu temperamento vai da água para o vinho. Já sei aceitar as diferenças mas isso não quer dizer que qualquer um está convidado para entrar na minha casa.
Quero mudanças comigo e em mim. Acho realmente que elas vão chegar. Meio a essa doideira toda de "mudanças que independem denmim". Me vejo forte demais para me oportunizarem começar do nada. E fraca (despreparada, sem história) demais para ocupar os postos que anseio.
O bom é ter pessoas confiáveis, gente louca e sã. Ser amada, ou meio amada também. Adoro essas coisas.
Só detesto viver em função de trabalho. Quero vida REAL. E sinto falta de algo.
Queria que fosse de um amor de outras vidas. Pra ser dramática. No fim, deve ser um engano bobo pra me fazer sentir mais forte.

Perdidas

Coração apertado de saudade. Não sei o que fazer.
Olhos tapados e momentos sem rumo. Andar sem direção.
Caminhar tranquila na loucura da vida.
Ganhar ou perder.

2432 motivos para desabar

Cada centavo, cada escolha, cada certeza, cada momento, cada instante, cada verso mal feito, cada mal estar. Tim tim por tim tim. Momento por momento. Dia a dia.
Qual minha falha? Qual meu momento? Quem eu? Qual tudo?

Senhor Deus dos desgraçados... o que me falta? O que me resta? Pra onde ando?

Curitiba eleições

Todos os candidatos estão na periferia, fazendo corpo a corpo... É daqui o voto que elegerá um deles! A maior parte da "cidade sorriso", "cidade da gente", "cidade modelo" é O POVÃO e está na zona sul (no CIC, no Tatuquara, no Pinheirinho, no Sítio Cercado...). Gente que não costuma ir a parques ver o pôr do sol, nem usar a ciclovia para ir trabalhar (porque mora bem longe do centro e demora umas duas horas para cruzar a cidade usando transporte público lotado). Esse povo é o povo desvalorizado, taxado de bandido, de sujo, de mal elemento. O povo que é visto como barraqueiro, como baderneiro. É o povo apontado como o que tem mal comportamento, que não sabe falar, que se veste mal, que faz casa na favela, que usa programas dos baixa renda... Esse povão é o que não desfruta da cultura da cidade, que não frequenta os pontos turísticos, o que não se informa dos acontecimentos, o que não ouve música erudita e é o tal ignorante que só sabe fazer churrasco, descer pra praia no final de ano e ter como hobby ouvir música sertaneja, assistir futebol e novela, e beber cerveja no final de semana. Esse povo é o que precisa de cultura, saúde, lazer, EDUCAÇÃO, emprego. Não querem mais o MÍNIMO, não aceitam mais o BÁSICO. Não são menos humanos do que os ELITISTAS do centro e da zona norte. Esse POVÃO é o que MANDA na hora H. E os políticos sabem disso. Sabem que no corpo a corpo é essa gente que interessa... Porque a falta de estudo e de cultura (proveniente de uma política porca e arrastada) faz deles alvos fáceis para serem enganados por falsas promessas e sorrisos "de simpatia". Eu sou esse povo. Eu sou desse povo. Essa é a minha verdade. E seria diferente se eu não houvesse me instruído e feito da minha vida um portal para oportunidades. Eu seria uma dessas moradoras do Tatuquara, que faz churrasco com os amigos no final de semana, vai pra praia no fim de ano e fica feliz com cervejinha gelada e cinquenta reais sobrando no pagamento. Não se trata de não aceitar o que temos e agradecer (coisa que muitos podres religiosos fazem-nos acreditar para que eles sigam lucrando enquanto o povo continua na merda e entregando dízimo para ladrão), trata-se de SABER que existe algo melhor a disposição e que é um direito do povo acessar essas maravilhas da vida. A instrução, o conhecimento, o lazer, a vida com qualidade e SEM SOFRIMENTO. Nessas eleições o que eu espero é respeito por essa massa e trabalho infindável para fazer da verdadeira Curitiba (e não do centro!) uma cidade que respira saúde, cultura, segurança e educação. Tem gente que sonha com o nome na calçada da fama em Hollywood. Eu sonho com o povo valorizando a vida e desfrutando dela sem ser um fantoche.