Voando alto com o pensamento
saindo das mãos e dos pés
a cabeça em um fluxo de energias
vitais, refrescadas pela água das cascatas
doces, em dias de verão pouco nordestinos.
Não minto, nem finjo que penso,
não penso e não finjo que vivo,
aqui há ar e terra, nos pés e na respiração
que inicia devagar, meio sufocada de
medo, quase unânime de estratégia, quase
devota em sua vontade de explodir
num sorriso, num abecedário indeciso,
em uma criança qualquer.
Você não me acompanha, mas guardo fotos do
trajeto, para dividir os passos que não andamos
juntos.