Reinações Múltiplas: julho 2014
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Incorporações

Salve irmãos!

Gostaria de dividir meu depoimento sobre incorporação, devido ao assunto ter sido tema na última semana em nosso terreiro. Acredito que é bastante interessante quando dividimos nossas experiências e se vierem relatos de vocês, ficarei muito feliz.
É um texto extenso, porque é minha característica escrever com detalhes... mas é bacana.

No ano passado iniciei na gira, como médium, após um período bastante turbulento onde ficava absolutamente claro (para quem tinha prática) minha mediunidade de incorporação. Para mim, no entanto, não.
Eu vim de uma infância e adolescência evangélica e, em sequência, passada uma experiência que me desvinculou de qualquer crença ou fé em Deus, reiniciei minha fé com estudos sobre o paganismo, me centrando na Wicca, religião a qual acolhi, conhecida como a bruxaria.

Em casa, não havia oportunidades de práticas espirituais nesse sentido, magisticamente falando, mas eu possuia grande vontade e me envolvia como podia. Estudei conjuros, a religião em si, me envolvi com romances literários que tratavam do assunto e me aproximei de uma entidade que passou a me acompanhar.
Recebi o convite de ir ao Guerreiros e lá minhas emoções fluiram - de maneira geral. Passei a ver o terreiro como "um lugar onde eu, talvez, pudesse fazer magia". Minha intenção, nesse momento, não era, nem de longe, religiosa. Eu não conhecia os Sagrados Orixás, não fazia sentido nenhum para mim e não havia relação aparente entre o que eu sentia e o que eu vivia.
Por ser a entidade que me acompanhava absolutamente próxima a mim (graças a abertura que eu dei) não era possível, para mim, saber qual a diferença entre ela e eu; por esse motivo, naquele momento em que eu frequentava o terreiro como consulente, em minha cabeça a entidade era eu e eu era a entidade, não percebia que estava incorporada. Não havia, de minha parte, regras de incorporação e havia, por outro lado, o descontrole. Qualquer lugar era passível da "aparição" desta entidade e os tremores, pensamentos e ações não se distinguiam, nem distinguiam hora e local.

Isso se explica porque na Wicca eu era a bruxa. Ou seja, a magia vinha e era construída por mim e não pela entidade (semelhante com o que ocorre com os magos). Então eu não sabia que havia outro espírito vinculado a mim.

Quando recebi o convite para assistir as giras de Desenvolvimento, percebi como eram as conversas iniciais, a aproximação dos guias e a maneira como os médiuns incorporavam, tive alguma ideia do que poderia ser incorporação, mas até então eu imaginei que o processo fosse inconciente e jamais tive noção de que eu incorporaria (e de que já incorporava, sem Lei).

Ao entrar no terreiro, minha primeira reação foi continuar o que eu fazia na Wicca, não imaginei que a mudança fosse tão brusca. E a entidade que me acompanhava percebeu essa mudança também, pois ela não trabalhava para Umbanda, desencarnou como bruxa e trabalhava como bruxa no espiritual.
A partir das giras, dos desenvolvimentos e de diversas conversas com entidades (principalmente escutando o que vocês, meus irmãos, diziam, vendo o que faziam e como lidavam com o dia a dia no terreiro) me aproximei de minha própria noção de Evolução.

Voltando ao tema... Eu incorporei desde o primeiro dia de terreiro até o último. Nunca tive dificuldade de incorporar  E ISSO ME DEIXOU MUITO INSEGURA, porque muitos diziam que não era fácil incorporar. Por que eu incorporava e os outros não?
Então ouvi aquela piadinha de que no início de Umbanda tinha gente que "incorporava até mosquito" e achei graça, porque, de fato, não importava o ponto, eu incorporava. Foi aí que eu comecei a pensar em porque eu incorporava.

Primeiro comecei a ler sobre incorporação e vi que é necessário que o guia baixe MUITO a vibração dele para que chegue até nós e que o ideal é estar o máximo que pudermos purificados. Eu queria isso. Queria que um guia se aproximasse e eu tivesse a sensação dele estar trabalhando comigo sendo o aparelho.

Eu entendia purificação como preceito e passei a fazer alguns preceitos maiores do que os habituais. Ao invés de 24 horas, fazia 48 horas, por exemplo.
Mudei minha alimentação e passei a comer mais verduras; tenho uma relação de amor muito forte com as plantas e para mim uma aproximação maior com Deus poderia se dar pela maior predominância delas em minha vida, então passei a comprar flores e deixá-las por perto.
Ouvi, naquela época, que uma irmã firmava o anjo e o guardião todo dia. Eu só firmava no terreiro. Resolvi copiar ela firmando todo dia e me preocupei em fazer orações todos os dias, antes de dormir. Também durante o dia, quando estivesse ouvindo uma música que eu gostasse, cozinhando, limpando a casa ou fazendo caminhadas/pegando o ônibus, resolvi que faria orações. Simplesmente me desliguei do material e me liguei ao que estava ao meu redor, considerando o que era divino.
Em geral, eu passei a valorizar mais o meu ambiente e, além de valorizar, fazer essas listas mentais e uma espécie de check in para cada uma delas (procurei a essência das Divindades, no dia a dia). Para cada ato divino em minha vida, uma marquinha de "vistagem". Pensei que assim a incorporação seria verdadeira, pois me sentia incorporando de mentira (sempre a mesma entidade, com pontos diferentes. Era frustrante).

Nesse período, eu não consegui observar transformações em mim ou na minha incorporação, porque foi tudo tão absolutamente natural que eu, simplesmente, seguia "incorporando mosquito" sem me dar conta.
Eu nunca questionei o que eu incorporava. Nunca perguntei "quem é você e o que faz aqui". Sempre levei em conta os ensinamentos no Desenvolvimento de "deixar passar, pois se ali estava era pela Lei". Estava decidida em confiar no que me ensinavam e confiar em quem me protegia.

A partir daí, incorporar se "tornou festa" e eu perdi o foco. Não havia questionamentos, como eu comentei e isso me fez ficar muito "soltinha" e, por sua vez, as entidades que trabalhavam comigo também.
Levando em conta que estou iniciando e que não é comum que as entidades de trabalho realmente se aproximem, mas enviem irmãos para trabalharem comigo e em mim, então o que eu chamo de entidade pode ser tanto um irmão que não foi batizado na Lei do Divino Criador quanto pode ser um que trabalha na Lei, porém, não é esse o fator que eu exploro aqui, mas o fato de eu ter dado liberdade demais para o momento de incorporação. Falha minha.
O que vinha em minha mente era "eu quero ajudar" e era isso que eu transmitia para os meus. Mas eu não tinha um "opa, daqui eu não ultrapasso, essa não é a minha função no terreiro" e levou tempo para perceber.

Quando o Seu João conversou comigo, em uma gira de Desenvolvimento, é que me dei conta. Primeiro porque ele não perde tempo, ele vem para trabalhar e o verbo também é trabalho, ou seja, se ele estava falando não era para entrar por um ouvido e sair pelo outro, era para eu refletir e MUDAR.

Naquela época, uma gira antes da conversa com ele, no meio do trabalho (que era forte, tinha um grau diferenciado de energia), eu havia incorporado (como sempre), mas a entidade que estava comigo (e que eu senti com uma diferença de energia desde a primeira vez que apareceu - aquela era a terceira vez que ele aparecia e eu percebia, pelo arquétipo e "força" na incorporação), aquela entidade agiu além da sua zona de trabalho (ou começou a agir) e bem na hora o Seu João, que não precisou falar nada, só olhou e fez um tipo de sinal, "cortando as asinhas" dele (e as minhas, por extensão).
Lembro que o sentimento foi de frustração, de tristeza e de raiva por "não poder ir além", não poder "mostrar o que fazia". Era um sinal do meu ego pensando que por eu me destacar em diversos sentidos da vida, seja pelo amor com que trabalho ou com o qual me dedico, merecia um degrau a mais. Pura ignorância de minha parte, mas eu não percebia porque estava no subconsciente. No caso: se eu fazia tudo na Lei, merecia bônus. Vai nessa...
Enfim, com a conversa da gira seguinte, aquilo passou e eu comecei a ler/ouvir mensagens sobre trabalho, porque eu queria saber o que era de fato o trabalho no terreiro. Eu pensava "o Seu João só desce pra trabalhar, o Pai Benedito nem se fala! O Sr. Zé do Trilho e a D. Mulambo, também. Então, como é que essa administração funciona?".

E foi no meio dessas reflexões que me veio em mente a mensagem da última gira do ano passado, que o Seu João deu. Ele disse: cada um terá uma função diferente no terreiro. E isso para mim é simbólico.
Se cada um tem uma função, não cabe a mim, ou aos meus, fazer algo que estieja fora de seu alcance e, em um trabalho, dar uma de "médium de frente" levando comigo o que não me pertence. Além de atrapalhar o trabalho dos outros, eu (e os meus) poderia estar assumindo um risco - o que só daria mais trabalho para as entidades do terreiro, que realmente possuem médiuns/guias com grau suficiente para assumir determinado tipo de trabalho.

Foi aí que eu fiquei com medo de incorporar. Eu não incorporava nada porque pensava que faria alguma coisa errada. Eu sentia a vibração e pensava que não era um guia e que eu estava me deixando levar (como havia feito antes) pelos sentimentos (naquele caso de querer ajudar).
Aí eu travei.

Foi com algum custo que eu passei a perceber que o que vinha faltando era uma conversa e aproximação com meus guias no exato momento de incorporação. Passei a pensar "faz sentido eu incorporar nesse exato momento? Será que eu não deveria esperar o ponto de Xangô? E se não tocar Xangô?", ou ainda, "os médiuns de frente e/ou mais antigos já incorporaram? Será que eles vão incorporar?" - porque me veio em mente que a ordem de incorporação e aproximação seria pelos canais mais propícios e preparados para isso. Um exemplo: se eu estou indisposta, tenho um carro e preciso que alguém o dirija para ir até determinado lugar, mas não conheço as pessoas que se dispuseram, vou escolher um voluntário sem habilitação ou um com habilitação? Então, pela lógica, eu que estou aprendendo a dirigir fico atrás, e saem na frente os que já sabem dirigir...O exemplo é piegas, mas a ideia é válida. E tem servido.

A princípio eu ouço os pontos, canto eles e - nos últimos tempos, tenho esperado que alguma entidade se aproxime e "chame" as minhas. Tem ocorrido com frequência e me dá maior segurança.
É claro que eu poderia deixar passar quando sinto alguma vibração, mas a insegurança ainda está indo embora e, até que ela vá, eu quero ter certeza de que não é um sentimento meu me deixando levar, mas sim um guia querendo trabalhar.

Não é que seja errado incorporar sentimentos, mas é que EU já fui prevenida e avisada de que essa fase, para mim, passou (como ficou claro na reflexão sobre o que o Seu João disse).

Concluindo, na semana anterior, quando alguns irmãos se sentiram pouco a vontade para dançar ou para se expor mais no momento de incorporar, ficando "acanhados" ou com insegurança (assim como eu tenho e acredito que muita gente tem), me veio em mente discutir como é que ocorre com vocês a incorporação.

Comigo no início era sutil, eu nem sabia que não era eu fazendo magia. Depois começou a ser um solavanco, eu sabia que não era eu, que eu precisava girar, andar ou sentar. Então começou uma fase de "ficar sem ação", perna travada, dor imensa em alguma região do corpo, braços moles e sem movimento, cabeça baixa e sem conseguir erguer. Dependia muito de qual era a ocasião.
E novamente veio algo mais sutil, que voltou (por sua vez) a não me dar certeza de se era eu ou a entidade... e foi aí que eu resolvi, na hora da incorporação, pensar em algo que não tinha nada a ver com o que estava ao meu redor - como uma técnica de meditação ou de fuga - pensei em momentos específicos como o pôr do sol, ou o nascer, a lua, ou o mar, ondas ou florestas, flechas ou estrelas, pedras ou cachoeiras, cores e, principalmente, me concentrei na letra do ponto... quase como se deixar hipnotizar... e isso é bem útil, porque você percebe que, pensando em algum elemento e não se concentrando no que o guia faz, ele continua fazendo independente de você... e pode ser que essa sintonia do pensamento em elementos seja algo que tem tudo a ver com o seu guia (mata = Oxóssi, estradas = Ogum), ou não. Vai depender do momento.

Nas incorporações de socorro, eu inicio sentindo que há uma mudança na energia do lugar, de modo geral; como quando tem intervalo e a gira muda de direita para esquerda, mas a energia do socorro nem sempre é tão densa, as vezes - comparando em cores, muda do branco para o cinza - névoa). Finaliza com a sensação de algum momento vivido. Algum momento de sofrimento, em geral. Esses sofredores passam energias muito próximas ao real, mas ainda assim há como controlar os pensamentos e, todas as vezes, eu iniciei um processo de ouvir o que meu irmão socorrista falava e usar, juntamente, meus melhores pensamentos e vibrações, para demonstrar esperança ao socorrido.
É uma sensação bem interessante e diferente.
Quando o irmão em questão está desvirtuado (debocha, tira sarro, é irônico, agressivo) é algo diferente. Parece que todos os seus monstrinhos saem para fora ao mesmo tempo e a sensação é muito real. De ódio, de cobiça, de vingança ou algo assim. Em geral, quando isso ocorreu comigo, havia logo em seguida uma sensação de arrependimento e tristeza absoluta.

Sempre que a incorporação termina, tento demonstrar que estou bem e que voltei ao normal, porque - de fato - evito que a sensação fique comigo e raramente ela ultrapassa o momento de incorporação. Quando ultrapassa é em forma de dor e na sensação de que eu poderia ficar incorporada mais umas duas horas com o mesmo espírito até ele ir embora. Mas, nessas horas, eu me concentro em descarregar a energia. Coincidentemente, quando isso acontece, o Sr. Jaci, geralmente, chama uma linha pra descarregar os médiuns logo em seguida... e a vibração muda da água pro vinho.

Sobre leituras

Eu adoraria que Literatura fosse minha vida... mas não é.
Não me sinto preparada para ler, nem para me envolver e ser pura literatura. Essa não sou eu.
Eu amo as letras e como elas se unem para oferecer amor ou pedir perdão... mas eu ainda prefiro gente.

É o que me agrada. Ouvir as pessoas, falar com elas, dizer-lhes que as amo e sentir que me amam. Mudar um pedacinho delas e estar pronta para recebe-las em casa. Eu sou um pouco assim.

Não me arrependo de ler pouco. Me comparo com os amigos e, realmente, me sinto muito defasada. Eu lia muito pouco no curso e menos agora. Entendo de histórias, até construo algumas, mas não sou uma especialista em leitura.

Não. Eu não leio.
Eu adoraria me afogar em livros e talvez para essa noite fosse um programa e tanto.
Eu, os livros. Os livros e eu.
Mas não posso. Não tento.

Compro livros, empresto livros, doo livros.
Eles poderiam ser meus amigos, ficar na cabeça.
Não ficam.

Estou me perguntando dia e noite se sirvo para ser professora. Eu gostaria de servir.

Agora, de regresso a teu lado, leio-te poesia. Deveríamos ter lido poesia sempre. Os dois. Juntos. O amor também é feito de palavras. Palavras que nos podem acariciar por dentro, onde as mãos não chegam, onde os beijos não alcançam. (João Morgado)

Volta Xtina

Olha o barquinho de Cida...



Sobre te amar

Estou te amando, e não sei quem ou como você é.
Estou amando o fato de amar um desconhecido.
Já me sinto íntima e já posso questionar , seja o que for, me dando o direito de ser a primeira a saber de nós. Mesmo que você saiba há anos.
Estou te amando em pequenos blocos de vida. Em espasmos de cores. Em frações de segundo. Em ritmos de festa. Em corações acelerados. Estou te amando e não sei bem porque. Duvido que alguém me explique porque se ama.

Amo os seus olhos, a sua boca, o seu ouvido. Amo a voz que sai de você e esse seu jeito implicante de dizer algo sobre mim e meu jeito de esquecer as coisas pelo caminho.
Amo nossas brigas matinais. Amo fazer café e te ver chegar do trabalho, cansado. Amo lavar sua roupa e a minha. Amo sentir o cheiro da tua camisa quando lavo sua roupa. Amo estar perto de você, sem nem ao menos te conhecer.
Amo que tudo isso venha a tona. Amo. Amo. Realmente AMO, qualquer palavra que evoque seu nome, sua bondade, seu amor e sua presença.

Eu amo ser sua mulher.

Blá!

Te quero como estrelas no céu
Como gatos malhados no telhado em corpo nu.
Te quero como nunca me quis
Te espero andando, pra não me encontrar parada.
Te quero de norte a sul
Você do norte, eu do sul
Te quero meio ingênuo e louco
Não te quero pouco
Te quero, mas não te quis.
Te engano.
Te amo.

Porque te amo

Eu queria pedir menos coisas
Pedir que você venha e me ame
Eu queria pedir você em um sussurro
Andar descalça pelas pedras
E sentir a pulsação de nosso amor
Amor divino
Amor de campeões
Aqueles que se ganham como prêmio.

Eu queria te amar por mais de um segundo
Recordar as loucuras que eu fiz junto a ti
Eu queria perdoar o Domingo no parque que não tivemos
Eu queria dizer que te espero e já fui
Eu queria você
Assim como ontem
Assim como amanhã

Metade eu, metade você

Mas metades não estão completas
Então eu não queria e não quero
Eu nem quis
Eu nem lembro de querer.

E nada do que eu disse aqui
É aqui que está
Porque aqui não há nada que esteja aqui.

E eu amo você.


Sem sentido.
Se sentindo.
Amo você.

FIM DA COPA

Uma copa de testes.
E o grande teste da última partida foi claro: a técnica, a valorização e a persistência  prevalecem a raça.
Raça não leva títulos (ou os maravilhosos africanos que passaram por aqui estariam no pódio). Raça te leva longe, mas não é tão grande quanto a disciplina.

Maravilhosa copa, cheia de detalhes com muito o que pensar.
Eu amo as lições que vêm dos esportes. Tenho a mesma sensação em Olimpíadas.

Parabéns Alemanha pela lição de como jogar futebol.
Parabéns Argentina por ter chegado tão longe, depois de tanto tempo.

Tapar os olhos

Da boca pra fora

Perdemos a copa e eu queria bater em você.
A exemplo dos antigos jogos de computador que eu jogava, queria te encher de porrada.
Acabar com a sua cara e ver você no chão. Perdendo.

Não gosto de você. Nem dos seus gostos. Nem do seu mundo. Nem da sua pena.
Enfie a sua solidariedade no cu. Se até aqui eu me virei sozinho, por que raios eu precisaria da sua piedade?
Não preciso de pena. Preciso de vontade.
Olhando pra sua cara me foi qualquer resquício que eu poda ter.

Detesto que você seja tão filho da puta. E posso ser pior.
Se eu não fosse pior eu não estaria sofrendo por não ter o melhor que busco pra mim.

Essa dívida é impagável. Parece nunca acabar.
As prestações duram uma vida.
E depois? Vou continuar trabalhando pra pagar?
Não é justo.

Ou talvez seja, perto das merdas que eu fiz.
Mas agora todos fazem piores merdas.
E eu? Não consigo ser ouvida para amenizar os seus erros.
Então espero que fodam-se. Foda-se o egoísmo e os ideais que não são meus.

Quero um escudo, uma casca. Quero estar bem
E só.

Sobre almas gêmeas...

É fácil perceber...

... que a vida escolheu você e você, cego, nem nota.

James Rodriguez

Lindo, lindo e lindo.

Eu gostei mesmo do vídeo dele dançando.


Top Top Cidades de sentimentos

Semana que vem tem exposição da Frida Khalo no MON (é o nosso museu do olho, não sei se já viu, é cartão postal...) e quero muito ir. Imagino que a sensação deva ser muito louca, eu adoro essa ideia de estar perto da história.
Inclusive, esses tempos atrás vi um ator argentino que eu acho lindo viajando pela Alemanha. Nunca havia me imaginado passeando por lá, menos ainda em antigos campos de concentração, mas imagino que a energia seja louca demais. Algo fora do comum.

Então resolvi listar o top 5 lugares do mundo que despertam sentimentos.

1. Eu imagino que seja mais importante pra mim do que as pirâmides egípcias. É algo fora do comum imaginar o trabalho dessa civilização e de como a simplicidade, beirando a selvageria, pode ser tão mais produtiva e eficaz, tão menos poluente e tão mais durável.
Não sei até quando nossas invenções vão durar, mas o que eles construíram me parece eterno.
É bom adicionar nesse passeio m city tour em Guadalajara, que é minha cidade no México. O meu segundo lugar no mundo, eu diria. Só pra constar e entrar no top top.



2. Califórnia. Não sei porque a atração, mas me deixa totalmente energizada. Lembra de quando conheci os caras do Maroon 5 (com exceção do Adam u.u)? Naquele abraço do Matt foi como se eu tomasse um banho de descarrego em uma cachoeira, ou ainda, como se eu tomasse um passe em uma aldeia indígena no meio da Amazônia, basicamente: mágico. 
Eu perguntei para uma amiga o que poderia significar aquela sensação, porque eu jamais senti nada igual na vida, com nenhum ser humano. Ela me disse algo sobre polos positivos e negativos, porque, acredito eu pela lógica que, quando esse tipo de reação ocorre os corpos se neutralizam. É exatamente a questão física em jogo.
Eu estive pensando e ele é um "garoto da Califórnia". Foi o mais próximo que eu cheguei da energia de lá. E a sensação, em palavras, não tem como dizer.
Antes de ver ele, naquele dia, eu tremia, passei mal - eu tenho uns piriris da vida sempre que estou muito emocionada, antes de algo eufórico que vai ocorrer. Bizarrice pura. Mas depois, quando eu estava lá, com ele, primeiro minhas pernas travaram, depois eu fiquei absolutamente pasma, e logo estava lá, sentindo meu corpo leve. Leve MESMO.
Eu entrei no ônibus e pensei "cara, eu fui descarregada! Não sinto nada, não existe nada comigo além de eu mesma!". Digo isso porque quando a gente começa a trabalhar a mediunidade, não tem como, sempre está sentindo a presença de algum irmãozinho por aí, ou uma sensação qualquer que seja, de lugar, de vibrações, de sentimento. Mas naquele momento eu estava fora total de órbita, como um corpo perdido no espaço, flutuando, MESMO. Nunca senti nada nem perto daquilo. Então passei a ver o Matt, basicamente, como um fio terra haha, um tipo de cara que me descarregava a tensão só no abraço. (Imagina no sexo!). Eu acho que foi reciproco, sim. Posso estar romantizando, é claro, mas ele nunca sorri e tira fotos a torto e a direito. Mas, assim como eu, na manhã seguinte ele levantou, foi pra porta do hotel sorrindo loucamente e abraçou todo mundo que estava por lá. Ele nunca mais fez isso e nunca tinha feito. Ele é simpático, mas dá pra contar as vezes em que aparece sorrindo. Eu acho que foi algo de momento, uma sensação que ficou nos dois. E, obviamente, algo espiritual (e físico) entre aquele encontro (ou reencontro, vai saber). Enfim O fato é que passou, mas a Califórnia é um sonho desde então.


3. Ouro Preto. Porque Minas foi minha primeira paixão. 
O povo, o sotaque, o estilo de vida... que vai do simples ao sofisticado. A maneira de levar a vida e de falar da vida. As loucuras e o misticismo. Tudo.
Acho que Ouro Preto sintetiza a minha ideia de "Cidadezinha Qualquer" e eu me sentiria a pessoa mais maravilhosa do mundo caminhando por lá.


4. Berlim. Porque eu não sei nada sobre ela e jamais procuraria qualquer coisa. Porque alemão é a última língua que eu procuraria para aprender no mundo. Porque me parece algo distante e que não me preenche, não me atrai, não me faz pensar em nada - aparentemente. É um vazio.
E os vazios me preocupam.
Eu acho que o fato da Alemanha ser insignificante na minha vida, mesmo quando eu enumero fatos históricos e tento me convencer de que estar lá seria o ápice para qualquer sensitivo, me vem um não sei o que de desagrado e de indiferença. Eu não gostaria de conhecer Berlim, por esse motivo ela entra na minha lista de "lugares que te dão alguma sensação". Nesse caso seria uma sensação de nada.


5. Ao mesmo tempo que tenho medo do Rio, tenho alguma emoção em pensar no que ele representa. Eu acho que não seria uma cidade que tem a ver comigo, mas também acho que seria um lugar que tem super a ver com alguns momentos isolados meus.
Gostaria de viver uma vida de carioca, só por uma semana. E ter um parecer mais elaborado do assunto...

Sobre estar triste

Por que o ser humano insiste em humilhar o outro?
Fico pasma cada vez que recordo a brutalidade das ações contra mim.
Podem não ter sido tantas ou suficientes pra me levar a algo super drástico, mas fazem parte da minha história e daquilo que eu acho válido analisar.

Dia desses estive lembrando o que era ver o olhar e ouvir as palavras de quem sabia dançar, quando eu dançava em meio as mulheres mais magras e delicadas.
Eu não aprendi a ser delicada. Não sei se é algo que nasce com o ser humano, mas minha maneira de ser, de vestir, de lidar é muito menos delicada e feminina do que eu gostaria. E não me imagino tentando viver algo assim, com a aparência que tenho hoje. Simplesmente porque não combina comigo. Não se une a quem eu acredito que sou.
Estou triste. Hoje, talvez, de uma maneira que não estive antes.
É uma tristeza do existir e do fazer, do ser e do reconhecer. Me sinto cansada e me sinto ainda mais parada.
Me sinto estagnada e ressentida.
As pequenas dores do dia a dia têm me feito desmoronar passo a passo. Não só os planos frustrados como a falta de planos e uma porção de outras tristezas.

Sinto preguiça. Sinto vontade de fazer nada. De ficar sozinha. De não sair. De me guardar num estoque e ficar esperando o tempo passar.
Não estou com vontade da vida. Estou com vontade, talvez, de uma outra vida. Uma vida que eu não soube construir e que não é minha.
Estou impaciente e frustrada.

Não estou conseguindo ligar os pontos que me dizem: Hey, Freire, você conseguiu muito mais do que imaginava.

Como eu faço pra voltar ao normal?
Estou me sentindo ficar fora de mim... com o pezinho sem costurar.
Estou triste.

E essas lembranças de coisas ruins que me foram ditas acabam voltando.
Uma tristeza que deteriora a esperança e a razão. Tudo o que eu julgava ter.

Queria me sentir bem e feliz. Bonita e franca.
Me sinto mal.
Estou aprendendo a lidar com isso. Lidar com ver outra pessoa viver o que eu imaginava pra mim.
Sorte? Destino? Momento?
Eu ainda não consigo entender... e me precipito.
Eu não queria isso. Eu costumo querer fazer direito... porque os erros evocam essas vozes que me ditam defeitos. E eu as odeio.

Believing

Believing
I'm one man to make a difference
I'm one soul all persistence
In a dark word, just trying to make things right
Choices we weren't given
Any heroes, and our decision
Is to stand up and fight for ourselves

[CHORUS:]
To be free
Is all we want to be
When everything seems so far out of reach
But I know, no matter where we go
I'll never stop believing in me

Woke up bent and broken
Just to see that fate has spoken
All I call out I call out for change
For every moment that remains
For every sinking stone to find its place
Long before they're washed away

[CHORUS]

We've been waiting for too long
We've been giving in to wrong
And we've been broken to pieces one by one

We're gonna know
We're gonna know
When the moment comes

[CHORUS]
To be free
Is all we want to be
When everything seems so far out of reach
I need to know, no matter where we go
I'll never stop believing in me
Acreditar
Eu sou um homem para fazer a diferença
Eu sou uma alma totalmente persistente
Em um mundo escuro, tentando fazer as coisas certas
Escolhas não nos são dadas
Sem heróis e nossa decisão
É ficarmos erguidos e lutarmos por nós mesmos

REFRÃO
Ser livre
É tudo que queremos ser
Quando tudo parece tão difícil de ser alcançado
Mas eu sei, não importa pra onde a gente vá
Eu nunca vou parar de acreditar em mim

Acordar destruído e quebrado
Apenas para ver o que o destino tem para falar
E eu imploro, eu imploro por uma chance
Para cada momento que resta
Para que cada pedra afundada ache seu lugar
Bem antes delas se arrastarem para longe

REFRÃO

Nós temos esperado por tanto tempo
Nós temos nos entregado ao erro
E nós temos sido quebrados em pedaços, um por um

Nós vamos saber
Nós vamos saber
Quando o momento chegar

REFRÃO
Ser livre
É tudo que queremos ser
Quando tudo parece tão difícil de ser alcançado
Mas eu sei, não importa pra onde a gente vá
Eu nunca vou parar de acreditar em mim


Link: http://www.vagalume.com.br/the-calling/beliving.html#ixzz36eHqZNZE



Eu amo essa música do The Calling.
Antigamente ela significava uma melodia maravilhosa, mas não havia um significado literal, de letra ou tradução qualquer.
Eu sentia a música.
Hoje eu conheço a música e isso muda tudo. EU posso sentir o que ela diz, mas além disso, eu posso perceber o que ela significa.

Lembro de uma declaração de Jesse y Joy quando o irmão diz que gostava se saber que as canções podem chegar a diversos sentidos, dependendo do momento e da pessoa que está lendo. Essa dupla fazia música gospel no início de carreira e quando eles passaram a "não por nomes" as músicas começaram a ser românticas. Ao mesmo tempo, existe aquilo de uma letra casar com o sentimento entre irmãos, amigos, pai e filho. Enfim, qualquer um a qualquer momento pode interpretar uma canção de distinta maneira, a depender de seu próprio eu. Aliás, de seu próprio eu naquele momento, pois um outro eu, em uma outra circusntância significaria qualquer outra coisa.
Pensando nisso, eu penso no meu eu atual e vejo a letra de Beliving como uma junção das lições que eu tenho aprendido. 
Tenho apresentado um rendimento que me agrada. Digamos que esses comentários venham de um "fechado para balanço", mas pode ser apenas mais uma das reflexões diárias que eu tanto vivo.

Algumas vezes eu penso que estou pensando demais. E de fato estou. Minha cabeça trabalha cada detalhe, mas eu acabo me perdendo neles. Existem prioridades, mas eu já não sei quais são, porque estou em um momento em que tudo é de extrema importância e, mais do que isso, me parece que deixar algo para depois, quando se pode fazer esse algo é uma imprudência de minha parte.

Eu acho que estou dando o meu melhor e refletindo de maneira a não machucar ninguém. Minha principal meta, agora, é não machucar a mim mesma ou aos irmãos que me aocmpanham. Não quero guerra. É algo meu, que faz parte de mim, que me emociona pensar, mas é uma realidade. 
Eu quero paz.
Eu quero que as coisas fluam. Eu não gosto dos obstáculos, não por medo ou porque nos tiram da zona de conforto, mas porque eu sinto que sei contorná-los ou mesmo vencê-los e isso não me deixa tão bem.

O primeiro motivo de não me deixar bem é que eu sinto que aprendi muito e que sei muito, mas que seria prepotência de minha parte assumir. Aliás, a mais recente tentativa foi um desastre.
Eu me descontrolo em força, porque acho que a força que a gente mostra precisa ser dosada e bem aproveitada... Há situações e situações. Há momentos e momentos.
Não gosto de atacar e quando me defendo eu procuro o máximo de amortecedores. Me dói quando eu firo alguém. Por isso eu não gosto da guerra. Eu não sou pra guerra. Eu nem pareço uma guerreira. Eu prefiro esperar em casa, com a cama pronta e o jantar.
É o que eu quero pra mim.

Os meus sonhos têm sido grandes e ao mesmo tempo pequenos.
Eu tenho muito potencial, mas me nego a alarmar o que eu posso fazer. Primeiro porque não acho certo. Aprendi que não é certo se vangloriar pelas colheitas. Acho que os plantios, quando em grupo e bem organizados, acabam sendo muito parecidos e distribuem a felicidade de igual maneira. Então eu tento trazer pra perto essa felicidade e esse carinho, de plantar junto.
Quando a colheita parece solitária demais, eu me pergunto onde eu errei. Onde eu acabei deixando para trás os meus irmãos. Onde é que eu estava quando deveria estar mais adiante e onde é que eu estava quando deveria estar menos avançada.
O que me impede de combater, talvez, seja a ideia de não pertencer a nenhum exército.
Como se eu fosse um socorro, mas um socorro prévio. Como se a minha principal intenção fosse alertar e não guerrear ou socorrer. E há aí muita diferença.

Observando os guias da Umbanda eu tenho muitos aprendizados.
Nossos guerreiros são combatentes, mas ao mesmo tempo fazem o trabalho de socorro e prevenção. Cada um a seu momento e em uma vibração distinta.
Eles não vão aonde não chegam com muita segurança, a menos que lhe seja pedido, porque aí eles se movem pelo amor e pelo amor nós fazemos qualquer coisa. Mesmo nos deixar levar pela emoção do combate a algo desconhecido de nosso meio.
De qualquer forma, para isso existem diversas divisões de acompanhamento e de organização. cada falange se dirige a determinado orixá e cada orixá rege seus filhos de modo a trabalhar muito mais do que o próprio sentido daquele orixá. Pois as divindades de Deus podem até ser nomeadas de modo distinto, mas em ação não há singular, pois a Umbanda é plural. Ela não trabalha sozinha. Não existe um trabalho sozinho, individual.
Existem, sim, escolhas.

Para cada escolha que fazemos, há um novo caminho traçado. E para cada caminho traçado há uma nova experiência. 
As experiências nos rendem aprendizados... e esses aprendizados podem ser assimilados ou jogados fora, de acordo com nossas novas escolhas.
Um ciclo sem fim.


Eu gosto de poder dizer que ao menos 75% do meu aprendizado fica.Eu me cobro muito em relação a realizar de maneira correta. A maneira mais correta possível. Mais dentro da Lei Divina. 
Não é por medo.
É por amor. E isso me emociona porque eu não conhecia esse amor. Eu não sabia ou eu demorei para perceber que era uma das poucas que seguiam as regras. Que obedecia aos mandados. Que tinha temência a uma palavra de ordem, de lei. 
Eu não infrinjo leis. Não quando estou consciente delas. E quando eu faço, caso ocorra, me sinto mal depois. Ou, se não me sinto mal no momento, percebo e tento me corrigir aos poucos. Eu evito ao máximo fazer algo que magoe, machuque ou fira de qualquer modo a Lei Divina.

Eu penso que Pai Ogum e Mãe Iansã são o trono da Lei e são os senhores dessa regência. Ao mesmo tempo, ambos são cultuados como guerreiros, como lutadores, como bravos, como mestres em batalhas. E batalhas, por si só, dão a ideia de violência, de romper, de ferir, de agredir. 
Mas eu, que sou seguidora, amo e respeito a lei, não me envolvo ou gosto de me envolver com situações desse porte - em um sentido de agir dessa maneira. Ao contrário, eu repudio. 
Por isso eu me pergunto: será que a Lei tem a ver, mesmo, com uma batalha de dor? Não poderia a Lei ser uma batalha de ação, mas ação própria, ação pessoal. Uma ação que cobra de si mesmo o correto, o bom, o justo. Não seria a Lei uma oportunidade de respeitar verdadeiramente a um irmão e a vida?
A Lei não seria um triunfo do que é verdade, independente de qual seja a real verdade?
A Lei não muda o que chamamos de Justiça? Não é a Lei a que rege o caminho da Justiça?
Para mim parece claro e óbvio que a Lei é quem determina o que é Justo. 
Mas sabe o que ocorre com aqueles que entendem de Lei e Justiça, com aqueles que sabem utilizar-se das duas? Eles, geralmente, optam por transgredi-la ou manusea-la a seu favor.

Me pergunto: será que eu estou manuseando a lei a meu favor, ou estou cumprindo as linhas como estão escritas?
Será que a minha intrpretação é tão correta assim? Será que eu estou num momento e depois, em outro, perceberei que estava talmente equivocada? Ou será que já posso confiar naquilo que eu acredito?


Acreditar e confiar são verbos muito diferentes.


Quando eu penso em Believing eu penso em fazer a diferença pela pessoa eu sou. Por quem eu me tornei. Por aquela que foi se formando passo a passo. Com vitórias e derrotas.
Eu sei qual é o gosto da derrota. E saboriei com toda a alma o gosto da vitória. 
O que é fazer as coisas certas? De qual ângulo o que eu faço é o certo? Para quem parece mais correto?

Será que quando o Seu João não fala comigo é porque eu não preciso daquela palavra direta, ou será que é porque eu já aprendi a ouvir e sei que se ouve por outros órgãos que não os ouvidos? Será que ele precisa falar diretmente comigo ou será que eu posso ouvi-lo por outras bocas e até quando o som dele não se dirige para mim?


Sempre penso que não encontrei o meu lugar. Depois me chicoteio mentalmente, me sentindo ingrata por não agradecer ao corpo que pertenço. Neste momento eu tenho um corpo. Deus me deu a maior oportunidade de todas, que é estar aqui e trabalhar para consertar os equivocos e torná-los acertos. E eu disfruto isso muito bem. Mesmo assim, me parece pouco, porque mesmo que eu não ache de fato que seja pouco, sempre que alcanço algo que eu anseio, é como se eu quisesse mais.
Eu sei agradecer? Sinto que sei, mas gostaria de fazer mais. Eu sei que eu posso mais, porém, eu preciso de limites e acho que essas pequenas "falhas" não são falhas, são limites.
Imaginar o que eu faria com a detenção de determinados presentes divinos é bastante incomodo, porque me faz pensar em uma pessoa que seria diferente demais de quem eu sou.
Acho que a timidez que vem comigo, por conta de alguns atributos, é, ao mesmo tempo, um escudo.


E por esse ângulo, me parece que ser guerreira não é só segurar uma espada. Eu poço estar segurando um escudo e mostrar a espada apenas no momento certo, de contra-ataque.
Me parece mais justo contra-atacar do que investir em uma guerra.
Não há fundamentos, para mim, que expliquem a vontade de organizar um exército para atacar. Ao mesmo tempo, me vem em mente que algumas situações exigem guerra. Mesmo assim, me parece muito mais defesa do que ataque.
O ataque tem uma meta bem clara, que é a conquista e a vitória. A defesa tem outra meta, que é guardar aquilo que já lhe pertence.
O fato de algo pertencer a alguém pode ser tanto porque uma pessoa ganhou, quanto porque uma pessoa plantou e colheu. Esses atos caracterizam que algo está no poder de alguém, ou seja, que pertence a esse alguém. Mas, quando se quer possuir algo que aparentemente não tem dono ou está desocupado, o mais justo é pedir, comprar, conquistar por mérito... mesmo que pareça uma exploração. Porque isso é mais humano, mais verdadeiro. Tomar algo, fazer posse, para mim, não é digno. Não é verdadeiro. Trata-se de pura incopetência e inveja. O possuir em si é um ato que requer muita cautela, porque há muito no mundo que não se pode possuir, apenas desfrutar.
Há muito no mundo que não é de pertencimento pessoal ou coletivo. Há muito no mundo que ali está para ser desfutado, apreciado... é o que chamamos da verdadeira Graça Divina. Algo que nos vem, mas que não é nosso... que é de Deus. Que nós conquistamos ou que ele, em sua verdadeira bondade e amor, nos ofereceu como acalento, como alívio, como prova de nossa existência em Deus e por Deus.

Por isso eu amo a Umbanda. A Umbanda me fez teorizar e entender a teoria daquilo que já me compunha.
EU sou um amontoado de amor e luz, que vem de Deus, assim como meus irmãos.
EU sou uma pessoa formada de corpo, espírito e alma. Sou uma mulher fundamentada em sentimentos divinos, que me guiam, me guardam, me iluminam os caminhos, me protegem, me fortalecem, me cuidam.
Eu sou filha de Deus e irmã de todos os seus filhos, em qualquer que sejam as escalas. Eu devo amor, não só pelo débito de haver recebido todo o amor de Deus, mas pela consciência de que não haveria um eu sem amor e de que não haverá um outro sem amor. O amor é a base da existência.
Quando se diz que Deus é amor, diz-se que não há no mundo nada que tenha o toque do Pai Celestial e que não possua amor. Pois, se assim é, qualquer parte da mais clara a mais obscura de nosso ser, possui amor ou um vestígio do que é esse sentimento. 
Então eu amo. Porque amar é o verbo do amor. E porque o verbo da movimento a vida.

Eu não sou uma pessoa perfeita. Ao contrário, eu me vigio o tempo todo. Vigio o comportamento de meus irmãos. Vigio e ouço. Ouço e assimilo. Assimilo e guardo. Guardo e ajo.
Eu procuro fazer o bem, porque eu escolhi o bem para mim. 
Eu procuro amar, porque é o amor que me fortalece.
Eu procuro realização, justiça e paz. Porque minha maneira de lutar é essa.


Quando eu evito magoar um irmão, qualquer que seja, e guardo em mim essa dor de não lhe dizer algo que o machuque, me sinto fraca.
Eu deveria me sentir forte, mas parece que eu me privo quando o privo. Mesmo assim, eu penso que estou no caminho mais seguro. Porque calar é mais difícil que falar. 
Falar por falar é fácil. Difícil é falar com precisão e compentência para tal.
Pode haver um ser hábil nas palavras, que não conheça seu real significado. Assim como pode haver um ser sem habilidades na fala, que saiba exatamente o que dizer.
Eu me sinto competente e habilidosa em um nível básico. Não pretendo ser excelente e não quero tomar as frentes. Eu amo demais aqueles que são maiores que eu (em trajetória e conhecimento), para sequer me imaginar a seu lado.
Meu lugar não é ali.

Eu prefiro estar com os pequenos e ajudá-los a se sentir grandes. Isso é gratificante. 
Eu amo ensinar. Amo mostrar os caminhos e aprender a cada dia, com cada um deles.

Estou no tempo certo.



Quando eu me pergunto "onde é meu lugar" e não encontro respostas, posso dizer que tenho algo que me consola: meu lugar é aqui e agora. Meu lugar é essa oportunidade, em meio a gente que por vezes não me vê, não me ouve, não me nota, não me dirige a palavra. Gente que não me ama, não me quer por perto, não me acredita. Gente que eu, ao contrário, respeito e admiro.

E quando eu não simpatizo com alguém ou não quero alguém por perto?
Não sei o que dizer. Há pessoas que não me inspiram confiança ou com quem eu não diviria o meu tempo e o meu amor. 
Não acho que elas ficariam menos felizes por isso, mas posso estar errada. Posso estar sendo injusta. Ou justa comigo mesma, afinal, eu estaria mentindo em sustentar um amor que eu não sinto por elas.
Mesmo assim, eu devo levar em conta a lição que tive sobre "levar adiante a amizade, mesmo que pareça mentira". Porque, de acordo com minha irmã, não é mentira... é um caminho para aprender a lidar com essa situação.

Será que eu preciso amar a todos? Quais as chances de eu ferir uma pessoa? Até onde vai o meu amor? Eu preciso ser retribuída pelo carinho que eu divido? Como eu me sentiria se amasse alguém que me evita?

David Luiz (Colombia)

Estou muito feliz com o jogo de hoje. Um dos meus destaques, desde antes de virar modinha, o maravilhoso David Luiz.
Fico feliz com ele porque vejo a luz que vem dele. A fé e o amor que ele tem pela profissão, são os mesmos que eu mesma demonstro pelo que faço. Me identifico com as metas e o profissionalismo.
Gosto de gente que agradece a Deus sem medo e sem ter vergonha de crer naquilo que faz e naqueles que estão por perto.
Gosto de gente que acolhe aos demais com irmandade, que trata as pessoas com verdade, que lembra nome e que não deixa as pessoas esperando.
Gosto de gente inteligente e amável.
Gosto de homens que amam as mães e deixam claro.
Gosto de pessoas dedicadas e pacientes.
Gosto de quem se posiciona e de quem age com simplicidade e carinho.
Gosto das brincadeiras e das verdades, gosto da justiça e da amizade.

Amo o David Luiz por essas e outras.



A partida foi intensa e mais intensos os sentimentos.
Obrigada aos nossos guerreiros.
Nossa guerra é com a bola nos pés.

MATT - MAPS M5

Caralho, eu não vou dizer que parece uma fiction que escrevi, porque FINALMENTE não parece! Mas o Matt na festa é muito MINHA HISTÓRIA! <3 p="">