Reinações Múltiplas: Believing
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Believing

Believing
I'm one man to make a difference
I'm one soul all persistence
In a dark word, just trying to make things right
Choices we weren't given
Any heroes, and our decision
Is to stand up and fight for ourselves

[CHORUS:]
To be free
Is all we want to be
When everything seems so far out of reach
But I know, no matter where we go
I'll never stop believing in me

Woke up bent and broken
Just to see that fate has spoken
All I call out I call out for change
For every moment that remains
For every sinking stone to find its place
Long before they're washed away

[CHORUS]

We've been waiting for too long
We've been giving in to wrong
And we've been broken to pieces one by one

We're gonna know
We're gonna know
When the moment comes

[CHORUS]
To be free
Is all we want to be
When everything seems so far out of reach
I need to know, no matter where we go
I'll never stop believing in me
Acreditar
Eu sou um homem para fazer a diferença
Eu sou uma alma totalmente persistente
Em um mundo escuro, tentando fazer as coisas certas
Escolhas não nos são dadas
Sem heróis e nossa decisão
É ficarmos erguidos e lutarmos por nós mesmos

REFRÃO
Ser livre
É tudo que queremos ser
Quando tudo parece tão difícil de ser alcançado
Mas eu sei, não importa pra onde a gente vá
Eu nunca vou parar de acreditar em mim

Acordar destruído e quebrado
Apenas para ver o que o destino tem para falar
E eu imploro, eu imploro por uma chance
Para cada momento que resta
Para que cada pedra afundada ache seu lugar
Bem antes delas se arrastarem para longe

REFRÃO

Nós temos esperado por tanto tempo
Nós temos nos entregado ao erro
E nós temos sido quebrados em pedaços, um por um

Nós vamos saber
Nós vamos saber
Quando o momento chegar

REFRÃO
Ser livre
É tudo que queremos ser
Quando tudo parece tão difícil de ser alcançado
Mas eu sei, não importa pra onde a gente vá
Eu nunca vou parar de acreditar em mim


Link: http://www.vagalume.com.br/the-calling/beliving.html#ixzz36eHqZNZE



Eu amo essa música do The Calling.
Antigamente ela significava uma melodia maravilhosa, mas não havia um significado literal, de letra ou tradução qualquer.
Eu sentia a música.
Hoje eu conheço a música e isso muda tudo. EU posso sentir o que ela diz, mas além disso, eu posso perceber o que ela significa.

Lembro de uma declaração de Jesse y Joy quando o irmão diz que gostava se saber que as canções podem chegar a diversos sentidos, dependendo do momento e da pessoa que está lendo. Essa dupla fazia música gospel no início de carreira e quando eles passaram a "não por nomes" as músicas começaram a ser românticas. Ao mesmo tempo, existe aquilo de uma letra casar com o sentimento entre irmãos, amigos, pai e filho. Enfim, qualquer um a qualquer momento pode interpretar uma canção de distinta maneira, a depender de seu próprio eu. Aliás, de seu próprio eu naquele momento, pois um outro eu, em uma outra circusntância significaria qualquer outra coisa.
Pensando nisso, eu penso no meu eu atual e vejo a letra de Beliving como uma junção das lições que eu tenho aprendido. 
Tenho apresentado um rendimento que me agrada. Digamos que esses comentários venham de um "fechado para balanço", mas pode ser apenas mais uma das reflexões diárias que eu tanto vivo.

Algumas vezes eu penso que estou pensando demais. E de fato estou. Minha cabeça trabalha cada detalhe, mas eu acabo me perdendo neles. Existem prioridades, mas eu já não sei quais são, porque estou em um momento em que tudo é de extrema importância e, mais do que isso, me parece que deixar algo para depois, quando se pode fazer esse algo é uma imprudência de minha parte.

Eu acho que estou dando o meu melhor e refletindo de maneira a não machucar ninguém. Minha principal meta, agora, é não machucar a mim mesma ou aos irmãos que me aocmpanham. Não quero guerra. É algo meu, que faz parte de mim, que me emociona pensar, mas é uma realidade. 
Eu quero paz.
Eu quero que as coisas fluam. Eu não gosto dos obstáculos, não por medo ou porque nos tiram da zona de conforto, mas porque eu sinto que sei contorná-los ou mesmo vencê-los e isso não me deixa tão bem.

O primeiro motivo de não me deixar bem é que eu sinto que aprendi muito e que sei muito, mas que seria prepotência de minha parte assumir. Aliás, a mais recente tentativa foi um desastre.
Eu me descontrolo em força, porque acho que a força que a gente mostra precisa ser dosada e bem aproveitada... Há situações e situações. Há momentos e momentos.
Não gosto de atacar e quando me defendo eu procuro o máximo de amortecedores. Me dói quando eu firo alguém. Por isso eu não gosto da guerra. Eu não sou pra guerra. Eu nem pareço uma guerreira. Eu prefiro esperar em casa, com a cama pronta e o jantar.
É o que eu quero pra mim.

Os meus sonhos têm sido grandes e ao mesmo tempo pequenos.
Eu tenho muito potencial, mas me nego a alarmar o que eu posso fazer. Primeiro porque não acho certo. Aprendi que não é certo se vangloriar pelas colheitas. Acho que os plantios, quando em grupo e bem organizados, acabam sendo muito parecidos e distribuem a felicidade de igual maneira. Então eu tento trazer pra perto essa felicidade e esse carinho, de plantar junto.
Quando a colheita parece solitária demais, eu me pergunto onde eu errei. Onde eu acabei deixando para trás os meus irmãos. Onde é que eu estava quando deveria estar mais adiante e onde é que eu estava quando deveria estar menos avançada.
O que me impede de combater, talvez, seja a ideia de não pertencer a nenhum exército.
Como se eu fosse um socorro, mas um socorro prévio. Como se a minha principal intenção fosse alertar e não guerrear ou socorrer. E há aí muita diferença.

Observando os guias da Umbanda eu tenho muitos aprendizados.
Nossos guerreiros são combatentes, mas ao mesmo tempo fazem o trabalho de socorro e prevenção. Cada um a seu momento e em uma vibração distinta.
Eles não vão aonde não chegam com muita segurança, a menos que lhe seja pedido, porque aí eles se movem pelo amor e pelo amor nós fazemos qualquer coisa. Mesmo nos deixar levar pela emoção do combate a algo desconhecido de nosso meio.
De qualquer forma, para isso existem diversas divisões de acompanhamento e de organização. cada falange se dirige a determinado orixá e cada orixá rege seus filhos de modo a trabalhar muito mais do que o próprio sentido daquele orixá. Pois as divindades de Deus podem até ser nomeadas de modo distinto, mas em ação não há singular, pois a Umbanda é plural. Ela não trabalha sozinha. Não existe um trabalho sozinho, individual.
Existem, sim, escolhas.

Para cada escolha que fazemos, há um novo caminho traçado. E para cada caminho traçado há uma nova experiência. 
As experiências nos rendem aprendizados... e esses aprendizados podem ser assimilados ou jogados fora, de acordo com nossas novas escolhas.
Um ciclo sem fim.


Eu gosto de poder dizer que ao menos 75% do meu aprendizado fica.Eu me cobro muito em relação a realizar de maneira correta. A maneira mais correta possível. Mais dentro da Lei Divina. 
Não é por medo.
É por amor. E isso me emociona porque eu não conhecia esse amor. Eu não sabia ou eu demorei para perceber que era uma das poucas que seguiam as regras. Que obedecia aos mandados. Que tinha temência a uma palavra de ordem, de lei. 
Eu não infrinjo leis. Não quando estou consciente delas. E quando eu faço, caso ocorra, me sinto mal depois. Ou, se não me sinto mal no momento, percebo e tento me corrigir aos poucos. Eu evito ao máximo fazer algo que magoe, machuque ou fira de qualquer modo a Lei Divina.

Eu penso que Pai Ogum e Mãe Iansã são o trono da Lei e são os senhores dessa regência. Ao mesmo tempo, ambos são cultuados como guerreiros, como lutadores, como bravos, como mestres em batalhas. E batalhas, por si só, dão a ideia de violência, de romper, de ferir, de agredir. 
Mas eu, que sou seguidora, amo e respeito a lei, não me envolvo ou gosto de me envolver com situações desse porte - em um sentido de agir dessa maneira. Ao contrário, eu repudio. 
Por isso eu me pergunto: será que a Lei tem a ver, mesmo, com uma batalha de dor? Não poderia a Lei ser uma batalha de ação, mas ação própria, ação pessoal. Uma ação que cobra de si mesmo o correto, o bom, o justo. Não seria a Lei uma oportunidade de respeitar verdadeiramente a um irmão e a vida?
A Lei não seria um triunfo do que é verdade, independente de qual seja a real verdade?
A Lei não muda o que chamamos de Justiça? Não é a Lei a que rege o caminho da Justiça?
Para mim parece claro e óbvio que a Lei é quem determina o que é Justo. 
Mas sabe o que ocorre com aqueles que entendem de Lei e Justiça, com aqueles que sabem utilizar-se das duas? Eles, geralmente, optam por transgredi-la ou manusea-la a seu favor.

Me pergunto: será que eu estou manuseando a lei a meu favor, ou estou cumprindo as linhas como estão escritas?
Será que a minha intrpretação é tão correta assim? Será que eu estou num momento e depois, em outro, perceberei que estava talmente equivocada? Ou será que já posso confiar naquilo que eu acredito?


Acreditar e confiar são verbos muito diferentes.


Quando eu penso em Believing eu penso em fazer a diferença pela pessoa eu sou. Por quem eu me tornei. Por aquela que foi se formando passo a passo. Com vitórias e derrotas.
Eu sei qual é o gosto da derrota. E saboriei com toda a alma o gosto da vitória. 
O que é fazer as coisas certas? De qual ângulo o que eu faço é o certo? Para quem parece mais correto?

Será que quando o Seu João não fala comigo é porque eu não preciso daquela palavra direta, ou será que é porque eu já aprendi a ouvir e sei que se ouve por outros órgãos que não os ouvidos? Será que ele precisa falar diretmente comigo ou será que eu posso ouvi-lo por outras bocas e até quando o som dele não se dirige para mim?


Sempre penso que não encontrei o meu lugar. Depois me chicoteio mentalmente, me sentindo ingrata por não agradecer ao corpo que pertenço. Neste momento eu tenho um corpo. Deus me deu a maior oportunidade de todas, que é estar aqui e trabalhar para consertar os equivocos e torná-los acertos. E eu disfruto isso muito bem. Mesmo assim, me parece pouco, porque mesmo que eu não ache de fato que seja pouco, sempre que alcanço algo que eu anseio, é como se eu quisesse mais.
Eu sei agradecer? Sinto que sei, mas gostaria de fazer mais. Eu sei que eu posso mais, porém, eu preciso de limites e acho que essas pequenas "falhas" não são falhas, são limites.
Imaginar o que eu faria com a detenção de determinados presentes divinos é bastante incomodo, porque me faz pensar em uma pessoa que seria diferente demais de quem eu sou.
Acho que a timidez que vem comigo, por conta de alguns atributos, é, ao mesmo tempo, um escudo.


E por esse ângulo, me parece que ser guerreira não é só segurar uma espada. Eu poço estar segurando um escudo e mostrar a espada apenas no momento certo, de contra-ataque.
Me parece mais justo contra-atacar do que investir em uma guerra.
Não há fundamentos, para mim, que expliquem a vontade de organizar um exército para atacar. Ao mesmo tempo, me vem em mente que algumas situações exigem guerra. Mesmo assim, me parece muito mais defesa do que ataque.
O ataque tem uma meta bem clara, que é a conquista e a vitória. A defesa tem outra meta, que é guardar aquilo que já lhe pertence.
O fato de algo pertencer a alguém pode ser tanto porque uma pessoa ganhou, quanto porque uma pessoa plantou e colheu. Esses atos caracterizam que algo está no poder de alguém, ou seja, que pertence a esse alguém. Mas, quando se quer possuir algo que aparentemente não tem dono ou está desocupado, o mais justo é pedir, comprar, conquistar por mérito... mesmo que pareça uma exploração. Porque isso é mais humano, mais verdadeiro. Tomar algo, fazer posse, para mim, não é digno. Não é verdadeiro. Trata-se de pura incopetência e inveja. O possuir em si é um ato que requer muita cautela, porque há muito no mundo que não se pode possuir, apenas desfrutar.
Há muito no mundo que não é de pertencimento pessoal ou coletivo. Há muito no mundo que ali está para ser desfutado, apreciado... é o que chamamos da verdadeira Graça Divina. Algo que nos vem, mas que não é nosso... que é de Deus. Que nós conquistamos ou que ele, em sua verdadeira bondade e amor, nos ofereceu como acalento, como alívio, como prova de nossa existência em Deus e por Deus.

Por isso eu amo a Umbanda. A Umbanda me fez teorizar e entender a teoria daquilo que já me compunha.
EU sou um amontoado de amor e luz, que vem de Deus, assim como meus irmãos.
EU sou uma pessoa formada de corpo, espírito e alma. Sou uma mulher fundamentada em sentimentos divinos, que me guiam, me guardam, me iluminam os caminhos, me protegem, me fortalecem, me cuidam.
Eu sou filha de Deus e irmã de todos os seus filhos, em qualquer que sejam as escalas. Eu devo amor, não só pelo débito de haver recebido todo o amor de Deus, mas pela consciência de que não haveria um eu sem amor e de que não haverá um outro sem amor. O amor é a base da existência.
Quando se diz que Deus é amor, diz-se que não há no mundo nada que tenha o toque do Pai Celestial e que não possua amor. Pois, se assim é, qualquer parte da mais clara a mais obscura de nosso ser, possui amor ou um vestígio do que é esse sentimento. 
Então eu amo. Porque amar é o verbo do amor. E porque o verbo da movimento a vida.

Eu não sou uma pessoa perfeita. Ao contrário, eu me vigio o tempo todo. Vigio o comportamento de meus irmãos. Vigio e ouço. Ouço e assimilo. Assimilo e guardo. Guardo e ajo.
Eu procuro fazer o bem, porque eu escolhi o bem para mim. 
Eu procuro amar, porque é o amor que me fortalece.
Eu procuro realização, justiça e paz. Porque minha maneira de lutar é essa.


Quando eu evito magoar um irmão, qualquer que seja, e guardo em mim essa dor de não lhe dizer algo que o machuque, me sinto fraca.
Eu deveria me sentir forte, mas parece que eu me privo quando o privo. Mesmo assim, eu penso que estou no caminho mais seguro. Porque calar é mais difícil que falar. 
Falar por falar é fácil. Difícil é falar com precisão e compentência para tal.
Pode haver um ser hábil nas palavras, que não conheça seu real significado. Assim como pode haver um ser sem habilidades na fala, que saiba exatamente o que dizer.
Eu me sinto competente e habilidosa em um nível básico. Não pretendo ser excelente e não quero tomar as frentes. Eu amo demais aqueles que são maiores que eu (em trajetória e conhecimento), para sequer me imaginar a seu lado.
Meu lugar não é ali.

Eu prefiro estar com os pequenos e ajudá-los a se sentir grandes. Isso é gratificante. 
Eu amo ensinar. Amo mostrar os caminhos e aprender a cada dia, com cada um deles.

Estou no tempo certo.



Quando eu me pergunto "onde é meu lugar" e não encontro respostas, posso dizer que tenho algo que me consola: meu lugar é aqui e agora. Meu lugar é essa oportunidade, em meio a gente que por vezes não me vê, não me ouve, não me nota, não me dirige a palavra. Gente que não me ama, não me quer por perto, não me acredita. Gente que eu, ao contrário, respeito e admiro.

E quando eu não simpatizo com alguém ou não quero alguém por perto?
Não sei o que dizer. Há pessoas que não me inspiram confiança ou com quem eu não diviria o meu tempo e o meu amor. 
Não acho que elas ficariam menos felizes por isso, mas posso estar errada. Posso estar sendo injusta. Ou justa comigo mesma, afinal, eu estaria mentindo em sustentar um amor que eu não sinto por elas.
Mesmo assim, eu devo levar em conta a lição que tive sobre "levar adiante a amizade, mesmo que pareça mentira". Porque, de acordo com minha irmã, não é mentira... é um caminho para aprender a lidar com essa situação.

Será que eu preciso amar a todos? Quais as chances de eu ferir uma pessoa? Até onde vai o meu amor? Eu preciso ser retribuída pelo carinho que eu divido? Como eu me sentiria se amasse alguém que me evita?