Não sei porque insisto em olhar para as bolas marrons
de brilho inconstante e de massiva tristeza
Eram dois cristais de barro que costumavam brilhar
meio atrocidades, com um sinal de fumaça
E de esperança
Mas agora são pouco menos que poeira
São tristes
Não os gosto assim
tenho birra
Eles me olham e eu os olho
E são parte de mim
Meus olhos.
O meu reflexo.
E la está a inimiga número um, dentro de mim
Me fazendo ir para baixo e me puxar
Subjugar
Afastar
Os outros e a mim, de mim
E quando eu me encontro, eles se perdem
E quando eles me encontram, eu me perco
Um vai e vem de sentimentos
De desafetos
De histórias mal contadas
De gente que não se aproxima
e que eu afasto.
São eles. Os culpados.
Os donos da verdade.
Mas ninguém liga
Ninguém vê