Reinações Múltiplas: Sou América Latina
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Sou América Latina

Trechos de alguns hinos latino-americanos:

Nem teme quem te adora a própria morte.
En sangrientos combates los viste. - México
Se baña en sangre de héroes la tierra de Colón. - Colombia
¡Muera la opresión! - Venezuela
O Juremos con Gloria Morir - Argentina
A vencer o a morir llamará - Guatemala
Y muriendo, también libertad! - Uruguay
La humillada, la humillada, la humillada cerviz levantó - Peru
Paraguayos, ¡república o muerte! - Paraguay
¡Morir antes que esclavos vivir! - Bolivia


Quando eu falo da relação latina com a paixão pelo que faz e por quem é, geralmente pensam que sou uma guria a mais com síndrome de Che.
Não importa.
Somos diferentes. Vivemos a diferença. Necessitamos de união, mas já temos no sangue a sede de justiça. E a justiça sempre veio pela guerra, pelo sangue... em comparação ao passado, hoje estamos em paz. Não somos mais escravos, não lutamos mais por democracia.
Ao contrário, hoje a democracia nos escraviza em uma luta continua do rico, do pobre, do pião e do patrão.

Irônico e real.
Nesse sentido, sou a favor da energia de batalha, da energia de guerreiros, do espírito de revolução e da vontade de mudar. De vencer, sim, mas de lutar, principalmente.

Não somos pequenos. Somos a América Latina e merecemos respeito. O mesmo respeito que tivemos ao sermos mão de obra para evolução de muito país desenvolvido mundo a fora. Somos boa parte do mundo e boa parte do mundo somos nós.

Não sou apenas curitibana, paranaense ou brasileira. Existe em mim um orgulho maior. O orgulho de países oprimidos pela ignorância de políticos corruptos que, da noite para o dia, esqueceram seus antepassados sofrendo como escravos, lutando pela liberdade.
A América Latina está em paz, mas de que vale a paz, sem saúde? De que vale a paz, sem educação? De que vale a paz camuflada quando nós convivemos dia a dia com a violência?
Não, não estamos em paz. Nem estamos em guerra. Estamos passivos e pendentes de homens de má índole.

Sou brasileira. Sou América Latina. Sem fronteiras. Sem barreiras.