Ele é brasileiro demais. Tem um tom de verde e amarelo que eu perdi aos poucos. Parece que desbotei e ele avivou. Como é bom descobrir que ele vai me fazer amar outra vez, de todas as formas, com todas as formas, por todas as formas.
Me encanta mais ainda o senso de humor que leva uma pitada ardente de desafio. Ele me irrita, não por ser quem é, mas por conseguir invadir um pedacinho meu que é tão privado.
Safado. Ele sabe que é brasileiro demais e que o Brasil que vive nele é o mesmo que apagou em mim.
Tento reviver, reacender a chama e consigo umas boas faíscas, porque está em mim, assim como está nele.
Amo esse dom de amar que ele tem, com a cabeça voltada à natureza e a fé tão próxima de todos os riscos.
Dormir numa caverna, correr sobre um trem em movimento... Meu Deus, ele é um super herói.
E eu quem sou e o que posso oferecer além das aventuras que escrevi? Além dos romances que sonhei?
Como posso me dividir com alguém que VIVE, e realmente vive, com o poder dessa palavra. Viver.
Eu não aprendi ainda e ele, tão cheio de vida, poderia me ensinar?