A cada dia a vida me dá um motivo maior pra sorrir e perceber que meu caminho não é em vão.
Hoje reencontrei um laço antigo e fininho.
Um amor que foi embora quando eu acreditava que era amor.
Eu sofri muito, pensei que o mundo tinha acabado. Desisti de mim e de Deus.
Eu disse "acabou, não tem mais jeito" e, de repente, voltei a respirar.
Li muitos livros, sonhei com finais felizes, chorei sozinha em salas de cinema - vendo na tela o final feliz que para mim não chegaria.
Eu não conseguia perceber que aquele era um passo a mais, uma nova jornada dentro da velha jornada.
E então eu caí. Caí dura e fria, imaginando que jamais voltaria a sentir calor e cor em minhas faces. Eu desejei o amor, mas em dobro eu desejei a dor e a morte. Eu sonhava com a morte, porque sentia que dentro do meu eu, no meu âmago, havia tristeza e dor tamanhas que jamais seriam preenchidas.
O vazio que eu sentia em mim era o vazio que eu atribuía a todos os homens desse planeta.
Eu sonhava em ter para mim um momento de felicidade, mas acreditava que ele viria apenas com um grande amor.
Eu não via o meu futuro sozinho. Eu via além de mim um futuro e continha nesse futuro além de mim uma expectativa que não era minha.
Eu pensava "posso engravidar a qualquer momento" e me privava de sentir os prazeres que uma relação sexual pode dar.
Eu me culpava por sentir prazer e culpava mais ainda qualquer pessoa que fosse o foco do meu descontrole.
Quando eu cheguei na Umbanda, vinda de uma vida de evangelhos, estava quebrada. Estava no chão, estava negra, estava com todos os meus sentimentos embaralhados e eu podia sentir o cheiro ruim que saia de mim, dos meus pensamentos.
Eu estava podre. Por dentro e por fora.
E, de repente, eu me senti em casa e me liberei aos poucos. Eu busquei amor em outras línguas, em outros sons e tonalidades do meu ser.
Eu encontrei algo além de mim e fui o mais longe que eu pude, pra buscar o meu coração.
Eu encontrei a mim mesma, sozinha, infinita e plena. Louca por uma vida. Louca por viver um sonho.
Hoje eu revi aquilo que, naquele momento, pensei que havia perdido.
Hoje eu revi, com esses olhos castanhos e estrábicos, o caminho da minha evolução.
Uma evolução pessoal, mas que foi e é regida pelas maiores forças do meu ser. As forças da Fé e do Amor.
Hoje eu senti como é grande o amor de Jesus que conforta nossas almas, que dá para nossos corações a alegria e a paz que buscamos.
Hoje eu percebi que as crianças que vieram para dar amor e paz na vida daqueles que se foram sem mim são uma mostra do carinho de Deus em suprir nossas necessidades.
Eu amei e amo cada um dos que passaram por meu caminho.
O que me ensinaram e até aquilo que levaram de mim.
Se eu perdi a paz, eu também recuperei a fé. E isso inibe qualquer repulsa e qualquer sentimento dúbio ou ruim.
Eu busquei suas vidas para perceber e descobrir que EU AMADURECI. ME TORNEI MULHER, independente de uma criança ou de um homem.
EU AMADURECI a ponto de desejar ter várias crianças e um homem, mas não qualquer criança e qualquer homem. O meu homem e as minhas crianças, frutos do amor que eu posso plantar ao lado de outro ser que me ame.
Eu busco o amor. Não o amor exposto em um perfil, mas O AMOR, aquele que está no coração do ser. Aquele que as moças que eu vi demonstraram por seus filhos, mas também aquele que foi calado no silêncio desses homens que passaram por minhas vidas.
Esses amores eu faço questão de ter... e de nutrir.
Um amor como o meu, e não como o deles. Meu amor. E não o deles.
Hoje eu sou e sei quem sou.
Hoje eu conheço meus defeitos, minhas debilidades, mas priorizo o que há de melhor em mim.
Hoje eu mudo vidas.
Só por um momento eu busquei encontrar suas histórias. E ao me ver sorrindo por NÃO ESTAR COM VOCÊS eu senti que Deus me deu a maior oportunidade de todas. A do aprendizado.
A do livramento. A da escolha em fazer cada passo ter sentido. E cada sentido ser uma escolha.
Saravá Umbanda querida, Umbanda Sagrada, Umbanda da Minha Vida.
Graças a Deus e muito amor para essas meninas LINDAS, para essas mães SORTUDAS e para esses homens, incríveis... que não estarão ao meu lado e não serão os pais dos meus filhos.