Não sei se leu minhas letras
Ou se leu apenas minha mente
Não sei de onde vêm os pensamentos
Nem se são breves ou presentes
De mim e de ti
Muitas coisas não sei
E tentarei ser breve
Para expressar isso bem
Meu forte com as palavras
Não me propicia rimar
Ainda saem versos bobos
Sem muito a acrescentar
A noite quando te vi
Não pensei em chegar perto
Antes, trágica expectativa
Depois, tudo foi incerto
Gosto de estar contigo
E a ti levo no coração
Tenho um misto de vergonha
De respeito e emoção
Imaginei um bom papo
Riso solto e um café
Recebi palavras duras
De verdade e de fé
Talvez seja minha fragilidade
A qual não costumo mostrar
Mas com você acabo expressando
E meu muro vejo desabar
Deve ser o seu dom
De tocar o íntimo de uma mulher
Que se mistura com o meu
De sucumbir a carinho qualquer
Quase não reviso as letras
Deixo as palavras saírem
Para refletir sentimentos
Para que saiam e se atirem
De sentir e pensar entendemos
Cada qual como lhe gosta
Eu insegura e incerta
Você com toda resposta
Me pergunto se nos veremos
Se tomaremos café
Se te verei baforando fumaça
Se passearemos a pé
Amizades como essa
Faço questão de ter
Com tempo bom ou chuvoso
O importante é viver
Aprendo tanto contigo
Sem nem mesmo ensinar
Imagino como seria
Ter ciência em mim e falar
Deixar a timidez de lado
Dar um grito, destravar
Mostrar que não sou tão ingênua
E que posso também te ajudar
Porque sempre temos fantasmas
Por mais fortes que sejamos
Porque entendo almas masculinas
Porque as contemplo e as amo
Assim encerro meu pranto
Meu suspiro e meu pesar
Esperando de ti um sorriso
Que nos permita conversar