Reinações Múltiplas: Comentário sobre a crítica de Bolognesi ao Estado
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Comentário sobre a crítica de Bolognesi ao Estado




É interessantíssima a crítica de Bolognesi, realmente não havia lido nada ainda e o que eu ouvi da crítica não tiha um parecer ancorado nesses termos.
É realmente provável que as premiações tenham sido maquiadas, agora que comecei a pensar melhor. A intenção era mostrar uma Academia mais neutra, pensando no futuro do cinema, desmistificando as grandes produções e atribuindo vida a filmes, como Guerra ao Terror, que não crescem pelas superpotências econômicas dos EUA, mas sim pela crítica. Algo que o crítico não comentou, é que, embora o filme tenha sido negado, em uma primeira instância, teve apoio dos festivais ao decorrer das mostras e que, por toda a crítica positiva, chegou a premiação do Oscar. Contudo, em uma perspectiva política, que é a abordada por Bolognesi, acabei entendendo, por exemplo, porque o curta-metragem ganhador do Oscar foi o de caça ilegal de golfinhos no Japão. As cenas, se bem me recordo, realmente foram expressas na mídia, tinham o cenário japonês, a grande potência japonesa, uma cultura oriental, enfim, era longe, bem longe dos EUA. O prêmio a esse filme realmente me decepcionou, por motivos muito óbvios, eu sou completamente humanitária e o percentual dedicado aos animais, confesso, é muito menor do que ao ser humano, que a meu ver necessita mais de ajuda do que os pobres bichos, sem que ajudemo-nos uns aos outros é natural que ajudemos menos ainda aos animais. Não apenas uma ajuda de acolhimento corporal, mas de reparação mental. Então, fiquei indignada, porque haviam outros curtas indicados que mostravam uma realidade gritantemente apavoradora. Pois bem, minha calma veio ao pensar que a defesa dos animais é menor, que eles não tem "inguém" por eles, que a natureza e o planeta precisam de ajuda, que devemos cuidar e blablabla, mas agora, após a leitura dessa crítica, imagino, que na verdade, o discurso escondido por trás de toda essa parafernalha é: "Vamos centralizar a 'culpa' dos japoneses e abafar a maneira como tratamos, por exemplo, as crianças latinas que vivem ilegalmente em nosso país. É mais vantajoso jog-alos contra a parede, haja vista o crescimento político-ideolágico dos japoneses, com relação ao mundo, do que recebermos críticas pela nossa postura desumana". Um fiasco discursivo que deu certo, prova disso é que meio mundo viu os golfinhos mortos, mas ninguém cohece a história dos ófãos latinos dos EUA.
Em contra-ponto, Guerra ao Terror não teve apoio financeiro dos EUA e foi financiado por franceses, o que reforça a minha opinião de incentivo as vozes caladas. São muitas questões a serem tabuladas. Vejam Preciosa, por exemplo, é um filme francês, o cinema francês não é o maior colborador e amigo dos americanos, logo, há uma valorização dos filmes que crescem por fora, em festivais e chegam a Academia com orçamentos pobres, nenhum record de nada, apenas com valores da crítica 9que tem mostrado a que veio). Sendo assim, fico bem confusa com isso. Politicagem ou insentivo a cultura? Enfim, se for política, é podre, é tosca, é manipuladora discursiva, é makeup total.
Prefiro pensar que é cultura. (E, sim, eu me contradigo a todo instante nesse texto, porque estou pensando alto. Sendo assim vem muitas imagens).

Não posso concordar com o crítico, porque não vi aos filmes, mas minha cabeça está fritando agora, preciso assistí-los. O fato é que meu tico e teco começaram a funcionar, no que abrange a ideologia por trás do Oscar.

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