Reinações Múltiplas: Heroes fanfic: The change
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Heroes fanfic: The change



Antes de salvar o mundo um herói precisa conhecer a si mesmo. Não há nada que um homem perdido possa encontrar.




Todos os dias de manhã Katharine vestia sua roupa de malhação, ligava seu mp3, arrumava seu cabelo, prendendo-o bem, pegava a coleira de Spock e saia para caminhar. Na quinta-feira da semana anterior não foi diferente.


A bela loira de cabelos lisos e compridos, saiu em direção ao Linkan Park com seu pastor alemão. O dia estava lindo, o sol nascera mais cedo e o clima estava agradável. Tudo em seu devido lugar, a não ser pela leve impressão de ter visto aquele homem duas ou três vezes em seu percurso. Kath observou um pouco melhor, pensando se tratar de um conhecido. O indivíduo a encarou também. Ele com um sorriso acompanhado de uma leve elevação da sobrancelha esquerda, ela com um sorriso inexpressivo. O homem ensaiou um aceno, mas notou que não seria retribuído.



Spock parecia um pouco estressado naquele dia. Quando voltaram da caminhada Kath lhe ofereceu o habitual pote de ração, que costumava ser devorado em poucos segundos, mas dessa vez o cachorro resolveu dar três voltas em torno de si e deitar em seu tapetinho ao lado da lavanderia.



-Tudo bem com você garoto? – o cachorro não fez nem menção de resposta – Ei Spock, o que há amigão? – dessa vez o cão rangeu levemente os dentes – Ok, ok... não precisa se irritar, eu te deixo sozinho.



Quando voltava da caminhada, o cão faziam a sua refeição matinal, geralmente muito bem distribuída nutricionalmente, enquanto ela tomava seu banho. Depois era sua vez de se alimentar e o melhor amigo da mulher assistia seus seriados favoritos. Naquele dia o ritual havia sido quebrado, não só pela falta de apetite de Spock, como pela campainha que tocava:



- Com licença, eu sou seu novo vizinho, aqui no B49. Acho que ainda não fomos apresentados, eu...



-O que deseja?



-É...Bem. Preciso de 400ml de leite para fazer um bolo de...



-Você é o cara da caminhada.



-Cara da caminhada? É, sou. Quer dizer, eu vi você algumas vezes nessa semana e...



-Me seguiu.



-Sim... quer dizer, não, bem...



-Desculpe, eu não bebo leite, detesto cozinhar e tenho alergia a bolo. Passar bem.



Os olhos de Gabriel permaneceram fixos. A porta se fechava, mas ele estava imobilizado.



-Vai ficar aí plantado em frente a minha porta?



-Eu só pretendi ser uma pessoa agradável e receber um copo de leite em troca.



- Acho que fui clara. Não bebo leite.



-Eu vi você subir as escadas com uma lata de leite ontem a tarde.



-Então está me espionando, além de me perseguir? Que absurdo, vou chamar a polícia!



-Não, não. Espere um segundo, me ouça...



Kath fechou a porta, olhou em direção ao telefone que estava no canto do sofá, perto da mesinha. Não sabia o que fazer, pois odiava a polícia, mas aquele sujeito estranho lhe dava certa insegurança. Resolveu que não iria trabalhar, por precaução. Ligou para a portaria e exigiu que comunicassem ao sindico os infortúnios pelos quais passara. Não achou que seria o suficiente, mas, por hora, era o que bastava.



Gabriel Gray havia se instalado naquele apartamento a menos de um mês, embora permanecesse ausente para tratar de assuntos especiais no Texas. O apartamento seguia o padrão do edifício, nada de tão luxuoso, mas com muiyto bom gosto e sutileza. Uma sala arejada, composta por uma mesa, uma tv e um sofá. Um dos quartos era um scritório, com diversos relógios pendurados na parede. A cozinha era minuscula, havia um batedor e uma caixinha de bolo pronto sobre o balcão, o sabor era chocolate. Quanto a s,eu interesse em Katharine ia além de seu nome fazer parte da antiga lista de contatos no celular. Assim que Gabriel instituiu controle sobre a cede se Sylar resolveu que ajudaria pessoas como ele e descobriu que Kath era, de fato, uma heroína especial.



A história de Khatarine era desconhecida da Companhia, ou teriam a perseguido há muito tempo. Por proteção a filha, os pais de Kath haviam deixado a menina com sua avó materna, em uma pequena cidade da California. Lá ela estudou em um colégio interno, que possibilitava visitas de quinze em quinze dias, mas essas visitas não vinham, pois sua avó era ocupada demais com os negócios e seus pais preferiam comunicar-se por cartas. Quando ingressou na faculdade, eles já haviam morrido, lembrava com o coração partido da última vez que vira os dois, talvez uma das primeiras vezes. Kath retinha suas lágrimas, em sinal do orgulho que herdara dos anos no reformatório, mas conservava um antigo amor, pelos animais. Quando se formou em veterinária resolveu tomar posse de sua herança e comprou um apartamento em NY. Fez parceria com sua antiga companheira de quarto, Anne Houss, e montou um consultório veterinário.



Kath havia se tornado um ser arrogante, pretensioso e ignorante, isso era visível. Seus únicos gestos de amor eram com seu cachorro e seus pacientes, que por sinal eram bichos. Tinha vontade de possuir diversos animais e morar em uma casa gigantesca no campo, mas não podia. O problema não era dinheiro, nunca foi. O problema era esse seu poder, ou sabe-se lá como chamavam. Desde criança seus animais de estimação morriam inexplicavelmente. Primeiro a tartaruga, então o cachorro, o sapo e o peixinho, também. Era tão interessante que pudesse tratar os animais alheios, mas que fosse impossível ter os seus próprios. Por isso Kath se preparava. Era inevitável a morte inesperada. De repente, em uma noite, ela procurava o bicho e lá estava ele, desfalecido. Com Spock, no entanto, Kath achou que seria diferente: “Nunca nenhum deles sobreviveu mais de 8 meses e o meu bebê já tem 2 anos”, era seu consolo permanente, a grande virada em sua vida.



Gabriel não sabia exatamente do que Katharine era capaz, afinal seus poderes poderiam ter evoluído. Sua lista estava desatualizada, eram os antigos dados do professor Suresh, o que contabilizava mais de 4 anos. No entanto, olhava aqueles olhos verdes e via, de alguma maneira, seu futuro bem ali. Essa sua nova versão o deixava confuso. Ora se pegava pensando em coisas simples, como constituir uma família, abrir uma relojoaria. Ora imaginava todo o poder que havia adquirido ao longo dos anos, as experiências, os desafios. Peter o encorajara a ser forte, esquecer o que havia de ruim e recomeçar. Mas para Peter era fácil, ele era o herói, não o vilão. A intenção de Gabriel em observar Kath era a aproximação, ele não sabia como agir com mulheres. Não entendia sua mãe, nem Elle, nem Claire, nem nenhuma delas. Ele havia se atrapalhado no primeiro contato e isso poderia render desafios inesperados com a veterinária.



Na sexta-feira, Kath transferiu sua caminhada matinal para algo como “prefiro caminhar ao crepúsculo”. Resolveu que iria a academia pela manhã, mesmo porque, isso despistaria o novo vizinho. Ela passou a noite lembrando das sobrancelhas grossas, da armação singela dos óculos, do cabelo atrapalhado. Não sabia se era um nerd ou um psicopata, mas via tudo com olhos estranhos. Há muito tempo não sentia nada por um homem, nenhuma aproximação e ele lembrava tanto seu pai. Principalmente quando a boca mexia, suavizada por um sotaque engraçado, além daquela fala atrapalhada, com tom de desconcertado, alguém com dificuldade em expressar o que sentia, o que pretendia. Ela deliraria em uma conversa mais extensa, se um dia houvesse uma. Isso tudo deveria ser algum charme manipulador, não é possível. Ela estava louca ou o quê? Pensando daquela maneira em um psicopata qualquer que bateu em sua porta pedindo uma xícara de leite, aliás, uma história ridícula e infantil. Talvez ela fosse tão louca quanto o idiota ao lado.



Spock não se levantou de manhã, geralmente dava uma lambida carinhosa em sua dona para que essa acordasse. Pulava um pouco em cima da cama, deixando o lençol ainda mais bagunçado, mas hoje permaneceu em seu cantinho do sono, com as patas sobre o focinho, piscando os cílios gigantescos em seus olhos redondos e escuros, bem devagar. Quando viu a dona se aproximar da porta, observando-o com os olhos lacrimejosos, ensaiou um latido que não saiu, pois estava fraco demais. Kath se aproximou do animal, abaixou-se lentamente e acariciou seu pelo. Ela sabia que estava próximo. Não queria admitir, mas sabia, pois era exatamente assim, sempre.



-Eu sei o que está acontecendo meu companheiro. Não quis lhe dizer antes porque pensei que seria diferente. Sinto muito.



A veterinária se sentou, a fim de que o cachorro repousasse a cabeça em seu colo. Era uma despedida, ela tinha certeza. Poderia ser naquela noite ou na seguinte. Uma questão de tempo. Por anos ela tentou descobrir se era algum tipo de doença, mas não obteve êxito. O que acontecia com seus animais era, simplesmente, inexplicável.



Gabriel não tinha ouvido nenhum movimento desde o dia anterior, parecia que não havia ninguém morando no apartamento vizinho. As vezes queria simplesmente entrar naquele lugar e tirar daquela mulher o que precisava, mas essas reações não eram suas, eram de Sylar. Ele não sabia se o monstro estava morto ou apenas repousava em sono profundo.



A campainha de Katharine tocou:



-Você denovo? Olhe eu vou lhe avisnado que...



-Espere um pouco moça, eu não pretendo mentir mais, nem lhe forçar a nada. Se me ouvir por 2 minutos garanto que não voltarei mais a lhe importunar, a não ser que deseje.



Forçar? Kath ficou imobilizada com aquelas palavras. O cara tinha surtado ou o quê? Bater em sua porta as 10:00 am para discursar durante dois minutos uma proposta de... Não, não poderia ser sexo. E se fosse, ela estava ocupada demais esperando a triste partida de Spock, seu amado cão. Se bem que se eles combinassem para.... Não, melhor esquecer. Fazia tanto tempo que... Spock era mais importante. E nem mesmo aquela jaqueta preta, sob a camisa branca, a calça bem alinhada, o tentador estilo de bom moço, a aparência fragilizada e a boca que mexia daquele jeito tão... Não, nada tiraria seu foco nesse dia. Pensando bem, a chance de falar com ele poderia ser a última.



-Entre, você tem dois minutos a partir desse milésimo de segundo.



-Obrigado, não vai se...



-No seu lugar eu iria direto ao assunto.



Ele deveria dizer tudo de uma vez, mas com aquela loira insinuante em sua frente. Por que sempre as loiras?



-Assim como você eu tenho um dom. Bem, hoje é um dom, mas já foi uma maldição. Talvez esteja complicado lidar com isso, mas eu vim para te ajudar, não precisa ter medo.



-Vá embora, seu tempo acabou.



-Mas usei apenas alguns segundos e não terminei.



-O apartamento é meu, eu determino o tempo aqui, saia agora.



-Me recuso a sair antes que ouça tudo o que tenho a dizer. Se não for por bem – disse tirando os óculos e levantando a sobrancelha– terei de te prender e obrigar a me ouvir.



- Experimenta tentar algo contra mim e eu faço um escândalo nesse lugar.



-Eu poderia deixá-la calada sem nenhum esforço.



Gabriel, ou seria Sylar? O homem naquela sala apontou seus dedos para a boca de Kath e fez um gesto que fechou a fechou instantaneamente, impossibilitando a fala da veterinária. Os olhos dela ficaram arregalados de espanto, nunca havia sido manipulada por alguém.



-Eu deixarei você livre se colaborar comigo e me deixar falar até o final, aceita?


Ela fez um sinal positivo.



-Quem é você seu psicopata imbecil?



-Acho que ainda sou Gabriel Gray e estou a seu dispor. Confesso que me deixou um pouco irritado por não querer me ouvir, mas agradeço que tenha colaborado. Bem, você não precisa se apresentar, se não quiser. Me deixe ver suas mãos, deixe-me toca-las.



-Não se aproxime de mim!



-Ora, vamos. Deixe disso. Apenas segure minha mão, você vai ver que nada de ruim acontecerá, é apenas um gesto inofensivo de confiança.



Ela não acreditava no que ele dizia, principalmente porque agora seus lábios não tinham a mesma sintonia de outrora. Era como se aquele homem estivesse se transformando em sua frente. Ela não sabia o que fazer, como agir. Mas ele parecia tão incrivelmente sexy. Ela não resistiu, tocou em suas mãos e fechou os olhos.



-Você tem um grande poder!



-Do que está falando?



-Eu posso sentir, posso ver.



-Solte minhas mãos, do que está falando?!



-Calma, calma. Só mais um segundo... isso, agora eu solto. Hum, você parece muito mais jovem Katharine.



-O quê? Ora, saia daqui seu idiota. Nunca mais se aproxime de mim, ouviu. Eu vou chamar a polícia.



-A polícia? Achei que odiasse policiais.



-Como você sabe, quem é você?



-Você sabe quem eu sou, sabia que eu estaria aqui. Não fazia ideia quando, não é?



Mas a hora chegou.



-Vá embora!



-Silêncio.



Sylar fez o mesmo gesto de antes, sem o menor esforço, e calou a boca de Katharine.



-Você não aparenta nem 40 anos, o que aconteceu? Não, não precisa forçar sua memória. Eu mesmo posso relembrar por você. Vou te ajudar e te livrar de todo esse peso. Parece mesmo muito difícil carregar essa dor sozinha, por todos esses anos. Vejamos. Você colocou sua filha em um internato para que ela fosse protegida, não é? Lembra-se como se fosse hoje. A menina cresceu longe dos pais, uma lástima. Ah! Seu marido. Edward Muller, nossa ele se parecia mesmo comigo, ou deveria dizer, com Gabriel? Não importa. Telepatia. Ele era um telepata. Incrível, como era sedutor não é mesmo? Não que fizesse meu tipo. A pequena Katharine. O mesmo nome da mãe. Pobrezinha, não fazia ideia de quem você era, literalmente. Você tem um poder não é Katharine? Um grande poder que ainda não aprendeu a controlar. Tantos anos e continua na fase beta. Se bem que, esse visual da sua filha está caindo bem, como foi que controlou o poder daquele homem? Enfim, nem você sabe...



Sylar andava de um lado para outro, ora se aproximando, ora se distanciando de Katharine. Ela tentava se desvencilhar daquele poder, mas era muito mais forte do que ela. Do local em que estava sentada, podia ver Spock agonizando em seu tapete de dormir, do outro lado a janela semi aberta, com uma fresta que mostrava o parque. Seu corpo estava rígido, totalmente controládo. O rosto dela estava completamente pálido, com lágrimas que escorriam em meio ao desespero.



-Eu não quero que sofra minha querida Katharine. Não quero. Vamos sentar próximos, me de sua mão. Aqui está, muito bem. Quer relembrar algumas coisas do passado? Eu posso te ajudar. Você nasceu em 1964, não é? Gostava da vida no campo, mas não tinha contato com muitas pessoas além de seus familiares. Descobriu seus poderes com seu marido, Edward. Ele te ajudou a superar as primeiras crises. Não se sinta só, é absolutamente natural, todos passamos por algo parecido. A primeira pessoa que você transformou foi sua avó. Não consegue lembrar? Eu te ajudo. Na cozinha, enquanto ela fazia bolinhos, lembra? Pobre vovozinha! Era um ser humano normal, mas depois do eclipse, depois de tocar em você, ela recebeu um poder, não é Katharine? Você deu um poder a ela e esse poder a matou! Bem, a pobre estava velha, já era hora. Mas e sua filha, a pequena Katharine, aquela que levava seu nome? O que houve com ela? Não, não chore, você fica tão pálida chorando. Ouça, eu estou aqui para te ajudar.



As mãos de Katharine tremiam, ela quase poderia se livrar daquele poder, mas não tinha força suficiente. Sylar não fazia nenhum esforço, era como se estivesse completamente relaxado, contando uma história.



-Se não quer lembrar disso agora, eu respeito. Vamos lembrar dos amigos de seu marido na festa de 15 anos de sua cunhada, que tal? Bela festa não é? Ela estava linda e você estava lá, recepcionando os convidados da pequena Susi, era uma calamidade a mãe de seu marido ter morrido um ano antes, não que você tenha alguma relação. Dessa morte você não participou. Mas e as pessoas daquela festa? Aqueles que te cumprimentavam, olhando em seus olhos verdes? Eles sentiram o prazer de ter um poder, assim como você sentia? Como edward sentia? Acho que não.



Sylar parecia conhecer todos os pensamentos que já haviam passado pela mente de Katharine. Absolutamente tudo o que ela sabia, fazia parte dele também. Informações preciosas que iam se ligando em sua mente e que, de alguma maneira, deixavam-no furioso a cada palavra proferida. Ele estava se transformando lentamente, parecia ter encontrado o que procurava.



-É tão grande assim sua paixão por animais, ou também é coisa da sua filha? (houve uma pausa) Ok, eu entendi. As duas eram obcecados, não é? Primeiro você, depois ela. Uma pena que a primeira visita a pequena Kath tenha sido tão triste. O dia de enterrar o pequeno poodle de estimação do internato. As meninas da casa adoravam o cachorro, quase posso chorar de emoção pelos rostinhos tristes. Sua filha era uma delas, não era? A mais abalada. Você cometeu o erro de abraçá-la naquela tarde, dando-lhe um poder inesperado. O poder da morte.



Naquele momento as forças de Katharine ressurgiram, não poderia ouvir aquele monstro falar mais nada. As cenas em sua mente eram muito doloridas. Com um poder admirável, Katharine conseguiu segurar o pescoço de Sylar, chegou perto de sua boca e falou com a voz baixa e rouca:



-Você veio até aqui para me torturar Sylar. Eu sabia que viria um dia. Sabia que vingaria a sua origem, a origem de seu pai. Eu criei ele. Criei um assassino. Sim, Sylar. Me culpe, vamo, fui eu! Você quer que eu continue a história? Seria um prazer ao seu lado.



Os lábios de Katharine se aproximavam aos de Sylar e ele mal podia conter a emoção de ouvir aquilo tudo da boca dela. Era uma profunda excitassão que os ligava, mais ligada ao ódio que ao prazer, mas qualquer um poderia ver faiscas saindo dali.



-Eu posso dar poderes as pessoas normais, posso fazê-las extremamente fortes, mas nunca sei a proporção, por isso minha vida foi um caos. A cada poder que eu atribuía, também o recebia para mim, embora ele não durasse mais de uma ou duas semanas. Era o suficiente para eu sofrer por toda a vida. O poder atribuído sempre esteve relacionado a um contexto de atribuição. Interessante não? É a genética Sylar. A mesma genética que fez o a aberração do seu pai ter um filho como você.



Sylar deixou o corpo de Katharine em baixo do seu, inverteu a cituação, colocando a mão suavemente em sua garganta e espremendoa com gestos ora suaves, ora indelicados.



-Eu tenho uma curiosidade. Quem matou o seu marido? Lembro de um rosto identico ao seu.



Katharine se irritou profundamente e arranhou o rosto do adversário. Sylar a jogou contra a parede e ela caiu enfraquecida.



-Você vai acabar comigo hoje, mas essa história continua Sylar.



-É mesmo? Como?



-Não vai se livrar de sua natureza, seu monstro. Katharine era como eu e você é como seu pai.



Terça-feira, o corpo da jovem Katharine Muller repousa em um cemitério de NY. Sua melhor e única amiga, Anne Houss, deposita flores em sua sepultura. Não havia ninguém no enterro, Anne estava em uma conferência e era o contato mais próximo. Chegou o mais rápido possível, mas não viu a amiga. Algo estava errado por ali. Ninguém além de Anne tinha contato direto com Katharine, então quem a teria sepultado, cuidado de seu velório, telefonado a seu escritório? Quem teria encontrado seu corpo ? Quem teria a assassinado? Talvez uma ligação gravada em sua secretária eletrônica pudesse explicar:



Anne, eu preciso de ajuda. Sei que nunca me ouviu dizer isso, mas é sério, muito sério. Alguém está me seguindo há uma semana. Não posso sair de casa, não vou sair. Spock está morrendo, ele é o último, lembra? Querida, você é a única amiga com quem contei em toda minha vida. Haja o que houver, não venha antes de sábado à noite. Mas quando vier, na última gaveta do menor armário da casa, há um diário. Agora ele é seu Anne.




TO BE CONTINUE...








PS: The change não é continuação de O bem e o mal, mas ambas são fics de Heroes.

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