Reinações Múltiplas: Querer
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Querer

Voltar a ser criança e ter todos os sonhos em um saco bem fundo, dentro do baú de ilusões. Ter as ideias em mente, o coração cheio de esperança e nenhuma oportunidade. Pensar e repensar o quanto queremos, o quanto sentimos, o quanto tudo parece absolutamente possível, e converter-se em um mar de esperança.
Esperança. Esperar. Dor.
Quanta dor e quanto absolutismo na esperança. E os momentos são todos um poço de tristezas convertidas em pensamentos negativos. Nenhuma mão poderia me salvar daquilo a que estou destinada. Nenhuma mão, além da minha.
E eu tento, esperneio, faço as honras as letras, tentando não me dar por vencida e, de repente, o mundo me dá a nova oportunidade de esperar. De ter esperança.
E não passa disso.
De espera, de anseio, de sonhos, de frustração.

De cálculos ante cálculos, de mais sonhos, de mais planos, de planilhas, números, tinta de caneta gasta em planos, planos, planos. Desilusão.

Parece que tudo acaba quando você tem um recomeço entre os dedos. Tudo acabou.

Os pensamentos se transformam em constatações de que você, na verdade, teve tudo e não teve nada. Que aproveitou o momento como uma criança, mas que o momento passou e você não soube, não pode, não conseguiu perdurar.

E parece que nada, nunca, é suficiente. Parece que os sonhos e as ilusões andam de mãos dadas.
Parece que o coração é culpado por sonhar demais, amar demais, esperar demais. Parece que, na verdade, estou fraca outra vez, com anseios e incertezas, repleta de angústias e fazendo de cada dia uma outra oportunidade de chorar, lamentar, tentar e não ir a lugar algum.

Perdi e perco. Ganhei e ganho.
Tenho aquilo que não quero, anseio aquilo que não tenho.