Reinações Múltiplas: janeiro 2013
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Momento "divã":


O povo adora reclamar dos meus finais violentos e de eu estragar os sonhos adolescentes.
Não peço desculpas. Para mim, final de ciclo é morte (ou pode ser reinício, mas aí o tema muda e vira um Memórias Póstumas ou um romance de vida após a morte... um Cidade dos Anjos da vida. Coisa linda, mas não é disso que estou falando). Se a vida continua, vem outra história; logo, não é um bom final. Exceções sempre existem, of course.

Eu sou adepta dos dramas.
Detesto quem reclama de morte no final e não tem aquele gostinho de "quero mais" quando termina de ver  um Titanic da vida.
Comentando o exemplo, existe uma magia significativa em terminar o filme e assistir documentários, ver a lista de sobreviventes, as entrevistas feitas ao decorrer dos anos e as versões antigas da obra. Titanic é um conjunto de vidas que se une para formar um drama. Um puta drama. O Senhor Drama. Obra prima do meu divo James >> Francis << Cameron.

Só pra citar, quando um personagem morre - e existem fatos reais envolvidos - é apenas  começo de uma descoberta louca do que há por trás da história. Para ilustrar, Quinze Dias em Setembro. Basicamente o livro que marcou 2012, pra mim. Um romance (gênero literário) brasileiro, que une tudo o que uma boa trama pode unir e ainda te faz ficar ansiosa pra ver a lista de procurados no FBI. Sim, eu faço esse tipo de coisa. É um tesão.

A obra, quando tem vida, te leva além do final feliz. Afinal, o final da obra é o teu começo. Quando acaba o "loading" e inicia o "processing".

Nada como um assassinato bem descrito e com muito suspense, também! Isso é mais gostoso do que churrasco com lasanha e Coca, no domingo em família.

Escrever história feliz é fácil; quero ver escrever um drama romântico, com pitadas de ação e humor, que prenda o leitor. Ou ainda, um suspense com detalhes milimetricamente calculados. Quero ver botar a cuca pra funcionar e fazer o objeto que apareceu na mão do personagem no capítulo inicial, ser a chave de toda a trama no capítulo final.
Conexões, é a palavra.

Conta-se nos dedos as obras que possuem essa pitada diferencial. Esse "q" de "não quero agradar, quero fazer arte", "quero mostrar cultura", "quero que o comentário seja inteligente e cite as referências implícitas".

O drama e o suspense são uma obra de arte.
E é por isso que, na tentativa de dar valor ao meu diploma e a profissão que assina minha carteira de trabalho, eu trabalho o suspense e o drama com tanto afinco.

Tenho romances café com leite, fantasias mitológicas e até trabalho com erotismo, mas o que me difere é, justamente, o drama e o suspense.

Precisava comentar o que me move, porque não consigo entender qual o problema em não escrever um final feliz. Sim, eu mato muitos de meus personagens. Sim, eles sofrem. Não, eu não me arrependo.


Viva Machado de Assis com sua Helena. Viva o Romantismo e o Realismo dramático. Viva Vidas Secas com sua linguagem ainda mais seca. Pobres dos que se frustram quando não entendem a arte! Viva Edgar Alan Poe e todas as histórias que podem encher o leitor de lágrimas, de ansiedade ou de pavor!

Hablando de México


Uma daquelas conversas que você não espera, onde te perguntam o porquê das coisas...

Professora?

No es que enseño la gente efectivamente la gramactica de la lengua, sinó la lengua por medio de la cultura latina, por medio de canciones, peliculas, periodicos y todo eso. Yo apunto caminos para que la gente pueda buscar por si misma.
Brasil no tiene una relacción con Latinoamerica como los países hispanohablantes tienen entre ellos. Me parece que nosotros hicimos del país, por hablar otra lengua, una isla. 
Pero tenemos los mismos problemas sociales, los mismos sonidos, las mismas sonrizas, así que falta dejar de mirar solamente Estados Unidos y mesclar poquito más del sangre latino a nuestra modernidad. Es importante que haya ese conocimiento para que, como Europa estuvo un día, esteamos más unidos, más cercanos, más fuertes. Y que nuestros países no sean solo un puerto de turistas, pero también un puerto de revolución social por medio de la educación.

 La distancia es algo marcada entre ambos paises....

Geograficamente, puede que sí. Historicamente, talvez. Politicamente, quien sepa. Socialmente, poquito. Personalmente, no.
Es una cuestión de sintonia. Como cuando quieres a alguien distante y una canción rompe el alejo. Para mi es algo muy personal, muy poetico, muy importante y por eso estoy conectada todo el tiempo con eso que amo con toda mi alma.

Lalo


¿Cómo es posible que alguien que vive en Brasil escuche una estación de RADIO que está a muchos kilómetros de distancia?
Y sobre todo en un idioma que no es precisamente el portugués?

Papel de parede

Ele é assim:

Um par de lhos verdes que recordam mais do que o mar de ilusões que um dia tive.
Ele me traz o que não veio e me devolve o que foi dado.
Quem, em todo o mundo, poderia imaginar que eu estaria naqueles braços?
E aqueles braços são meus. Tanto quando o sorriso.
Eu lembro da filha, me penso como filha, me vejo assim, filha.
Mas não é. Não dá.
Não existe qualquer paternidade naquele sorriso.
É um sorriso de anseios e amor. Um sorriso de crença. De melhor cidade.
Um sorriso de clima.
Um sorriso - meu sorriso - de amor.

E quando ele veio, de braços abertos, de olhos brilhantes, de boca tão pura...
Lábios. Quão lindos podem ser os lábios do homem que amamos?
Quão saborosa pode ser sua boca?
E a entrega, como se dá?
Passo a passo. Passo por passo.
Em que mundo estou que consigo fechar os olhos e recordar estar a seu lado?
Deus, por quanto tempo mais vou esperar para revê-lo.
Para vê-lo.
Senti-lo?

Não há nada que supra esse vazio. Não há problemas que me tirem as forças.
Não há no peito um espaço maior do que o desse amor.
E como o amo.
E como o amo.

Porque hay malos y BUENOS Aires





Buenos Aires à francesa. 

Momento Rose Dawson.
Sono? Aonde?


Em uma palavra?
Cafés.


Em duas palavras?
Música e Dança.



Em três palavras?
Aventura, descobertas, paixão.




Em quatro palavras?
AMO MUITO TUDO ISSO!





La casa de Gerard.










Uma caminhada, uma mirada, uma foto.

















Minha paixão?
Um lugar quente, com vida, onde existe de fato o ritmo latino pulsando. Daquele tipo de lugar que tem cheiro e que deixa o cheiro na pele. 
Com movimento, encontro de pessoas, bem ao estilo Guadalupe (em Curitiba), mas com o charme que só o reggaeton saindo dos auto-falantes de um pequeno boteco cheio de maus elementos pode ter. 
Aquele tipo de charme que une uruguaios, argentinos, peruanos, brasileiros, chilenos, angolanos e o mundo, em um vai e vem de ritmos. Entre a salsa cubana que sai de um pequeno rádio de uma mulher com traços indígenas, os olhares de um vendedor de tênis falsificados e as insinuações dos donos de banca de revista.
Entre o CD original da Aguilera de um lado e os cartões postais com bailarinos de outro. Entre as camisas da seleção argentina e o mendigo que para para ver discos em uma livraria. 

O cheiro não é cheiro, é algo fétido que mistura o suor do dia com a esperança da noite portenha. O cheiro é aquilo que sai das ruas esburacadas, dos carros que se enfiam entre pessoas, trilhos e barracas de ambulantes. O cheiro vem da parrilla, das empanadas, dos sanduíches que o Ministério da Saúde não adverte.
Há algo de mágico naquele lugar. Algo que começa em uma torre e termina no subsolo, em meio ao povo que vem de longe, de perto ou de lugar nenhum.

É o retrato de um povo. Do meu povo. Não o argentino, mas o latinoamericano... aquele, sem dinheiro no bolso e repleto de esperanças.





Objetos. História. Inspiração
















Uma hidra. Uma escola. Um cara com a camisa do avesso. Uma embalagem que resume muita coisa.






Um bar mexicano. Uma tequila. Um drink "Chido". Um colombiano. Uma conversa. Um vinho argentino. Um peruano. Um pouco de flair (malabarismo). Uma vodka com "naranja". Uma noite mágica.










Foto que tirei pra Luiza Setúbal.
Não dá pra ver, mas aquela placa atrás do carro é um cartaz do show do Alejandro Sanz Oficial em Buenos Aires.


Foto que tirei pro Diego Francisco.
Em Bue o casamento gay é permitido e as parejas andam lindamente nas ruas. Eu tive surtos em ver casais lindos no mercado. Não tive coragem do puxar conversa... sou curitibana demais pra certas coisas.


Foto que tirei pra me sentir uma diva.

Com essa cara, de manhã, saindo pra tomar café, um argentino (do interior) me oferece perfumes.
Ele quer vender. Eu quero presentear minha irmã.
Depois de muita insistência, promoções relâmpago e nenhuma reação de minha parte em tirar 50 pesos do bolso por um perfume de rua, ele reitera que "solo porque eres demasiado linda" podia levar o perfume pelas notas de cinco e as moedas do bolso.

O que um sorriso não faz?


"Mas e aí Fran, não comprou nada em Bue?"

Cabeça de professora é sempre cabeça de professora: livros para usar com meus alunos.
Cabeça de pobre é sempre cabeça de pobre: que custaram, em média de cambio, dois reais.





Aquele momento em que o Paraguay está levando vantagem sobre a Argentina e você, como boa brasileira, está rindo por dentro ao ver o cara que faz empanadas (de-li-ci-o-sas) gritar louco e enfurecido que todos os jogadores estão cansados e já não aguentam mais nada.

Paixão é um negócio que nasce no berço e se desenvolve na puberdade, até chegar a loucura que é o amor da vida adulta.
E isso vale pro futebol.


E porque o que é bom dura pouco... nos resta arrumar as malas, dar uma turbinada no visu e pegar o primeiro "bond" pra voltar pra casa.