Reinações Múltiplas: O feminino em mim
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

O feminino em mim


Estava pensando que não sou feminista.
Na verdade eu vejo o equilíbrio como o ápice da vida.
Igualdade é um princípio que me surpreende. Embora eu veja diferenças singelas entre as partes, no pêndulo da vida, homens e mulheres anulam as diferenças.
Somar-se entre si é uma boa ideia. Como em uma canção ou em um pensamento.
Não consigo ser feminista. Não só porque ache alguns atos deselegantes demais para uma mulher ou frescos demais para um homem, como vejo lugares, espaços, que são melhor distribuídos a cada um e que, de alguma maneira, fazem com que a sequência da vida pareça equilibrada, justa e digna.
Gosto da cozinha com homens e conheço algumas mulheres alucinadas por futebol. Mas há algo nas mãos femininas e nos pés masculinos que encaixam perfeitamente com determinados propósitos.
Livre de anular as exceções, penso que estou bem sem feminismos.
Penso mais. Penso que conheço minha dignidade feminina e que não é necessário prová-la, reafirmá-la ou idolatrá-la unica e exclusivamente, como soberana (ainda que essa noção ainda pese sobre meus princípios religiosos e eu me sinta bem mais ligada ao feminino - embora nem sempre tenha sido assim).


Superioridade anula. E o que seriamos de uns sem os outros?

Não estou disposta a anular o sexo oposto.
Prefiro que eles continuem trocando as cortinas e abrindo as compotas. Não porque não o faça bem, mas única e exclusivamente para vê-los nesses brilhantes trabalhos que fazem de nós, mulheres, ainda mais apaixonadas por eles, homens. Exstem pequenas ações que apaixonam homens e mulheres, anulá-las é perder um pouco da magia do compartilhamento.

Talvez algumas mulheres não gostem de parecer frágeis e alguns homens não queiram sempre parecer invencíveis. A figura do príncipe valente e da princesa desprotegida não agrada a todos... mesmo assim, há possibilidade de inversão de papéis, em circunstâncias diversas e só o dia dia (e os livros da Nora Roberts) são capazes de evidenciá-las.

As mulheres (não todas) ainda preferem ser encontradas. Os homens (não todos) ainda preferem ser escolhidos. Embora, na atual inversão de valores, as mulheres mostrem mais opções de escolha e os homens busquem mais nas opções oferecidas.
Talvez, só pra variar, fosse interessante reviver os bons tempos de portão, corte, sorrisos, bochechas coradas, flores, poemas, danças, passeios e olhares vãos.
Mas para românticas e sonhadoras, como a escritora infame que vos fala, ainda resta sentar-se, quando existir a nostalgia dos romances cavaleirescos, e abrir um delicioso livro.