Gentem, deixa eu comentar aqui um assunto que acho interessante pra ser refletido.
Tipo, algumas vezes a gente fica de cara com o mundo, né?
Geralmente o que fazíamos na vida anterior às redes sociais era: sair, conversar com um amigo, viajar, comer, assistir tv, jogar bola, correr...
Hoje em dia, qualquer manifestação de tristeza, solidão e raiva é digna de um post na timeline do Face (e afins).
Eu não gosto nada de manifestar coisas negativas, ainda menos para outras pessoas - muitas vezes, que não tem uma relação estreita comigo.
Isso muda de pessoa pra pessoa, não sei o que vocês pensam, mas minha opinião é de que qualquer manifestação é melhor do que encher a página do Face (e outros) com indiretas/diretas.
Isso é coisa de "poco hombre", tipo, uma pessoa que não honra as calças ou saias que veste.
Primeiro porque: quando você escreve algo direcionado (com amor, ódio, etc), quer dizer que você se identifica com a escrita e com aquilo que está escrevendo. O problema é que isso, na maior parte das vezes, não é verdade!
As pessoas não se identificam com a escrita, elas simplesmente querem ofender a outras ou caçar problemas (pela internet) escrevendo recadinhos (curtos, feios, mal escritos e matando a língua portuguesa), só pra fingir a si mesmo que é forte.
Isso é um atestado de carência. Cuidado com o que você afirma de si mesmo.
Ser deselegante não é sinônimo de força.
Brigas - incluindo as de marido e mulher - devem ficar entre as partes. A superexposição do seu perfil pessoal acaba atrapalhando até na sua vida profissional. Acredite.
Pois bem. Eu aprendi isso com o tempo, com os anos. Claro que quando eu tinha 15, 16, até 18 anos, eu fazia esse tipo de coisa sem pensar duas vezes. Mas quando você começa a enxergar a vida pela essência que ela tem, tudo muda.
Hoje a minha superexposição é positiva, jamais negativa, é a exposição de quem eu sou e quero ser: uma guria feliz, totally Hakuna Matata, com um percentual forte de busca pela igualdade social e com um traço de diversão artística (que inclui a palavra 'homens', uma das maiores artes da Terra). PORÉM, nunca de uma maneira que afirme quem eu sou, como frases de autoajuda ou do tipo "Estou precisando de abraços"...
VÉI, NA BOA, se você precisa de abraços uma dica é sair da frente do PC, buscar aqueles contatos parceiros ou os que não vê há anos e fazer uma visitinha.
Fica a dica "pras novinha" cuidarem melhor de sua imagem.
Não a imagem do corpo, mas a imagem social, mesmo.
Não seja uma guria podre, isso é desnecessário e patético. Você não precisa gritar ao mundo que pode, se você pode você sabe e as pessoas falam por você. Autoestima não se afirma o tempo todo, isso se chama "mantra para tentar provar a si mesmo que, quem sabe um dia, possa".
Lembre-se de que você atrai para si o que há dentro de você. E que você expõe com as palavras àquilo que há dentro de você.
Eu, como analista discursiva, consigo analisar perfis pessoais apenas pela escrita. Uma pessoa com um grau de leitura maior, também. Ou seja, se você é pessimista, agressiva e patética, vai atrair o mesmo tipo de gente pro seu lado.
Pense bem em quem você quer do seu lado: os parceiros de uma temporada ou os amigos de uma vida?
Pra cultivar amizade não basta conhecer uma pessoa, você precisa conhecer e atraí-la para si, por quem você é. E é nesses momentos que as pessoas que mais gostaríamos que nos vissem podem não nos ver: pelo desinteresse nas pequenas coisas.
Não se pode agradar a todo mundo, então, vamos agradar a nós mesmos e a uma parcela considerável de pessoas fodas ;)