Zé Pilintra chegou pra mudar o que ainda não tinha sido alterado em mim. Me senti, finalmente, em casa. Protegida, de alguma maneira e com a fidelidade que eu estava procurando. Desde sua postura até suas palavras, eu pude observar algo de absolutamente especial nessa linha de trabalho, algo que me tocou.
Mais um nome entra para minha lista de agradecimentos e mais uma linha entra para minha lista de dedicação. Sempre estou descobrindo momentos e motivos lindos na Umbanda. Não imaginei que seria tão familiar e tão explícito em mim esse amor pela família na Umbanda. Eu sinto que me dedicaria em qualquer momento e a qualquer preço, assim como sinto que existe a necessidade de meu corpo estar lá e daqueles que estão lá sentirem que estou presente, como parte da família.
A Umbanda me curou. Cicatrizou as feridas de minha alma e agora tem trabalhado para arrancar as marcas expostas na cara, o melhor é que eu estou nesse processo como líder de mim mesma e todo esse carinho, todo esse amor divino expresso em atos e palavras, torna-se parte de um processo que seria inevitável.
Ontem, conversando com uma pomba-gira, foram ativadas algumas palavras básicas em mim:
Deus não nos criou para vivermos um conto de fadas. Nossa missão e o proposito de nossa existência não seriam tão pequenos, como se para viver um amor e morrer.
O que ocorre em um relacionamento é que os dois estão juntos para naquele período aprenderem um com o outro. São ensinamentos e aprendizagens de ambas as partes.
Minha obsessão em viver um grande amor acaba quando a motivação de minha vida se torna outra, muito superior e mais aparente: a missão que possuo nessa vida e o que, de fato, devo aprender nessa vida.
Já sei amar ao próximo, já sei os caminhos para demonstrar e para fazer feliz a outra pessoa, mas ainda não descobri a maneira de amar a mim mesma. Não descobri o caminho para conhecer a mim ou trabalhar comigo.
Estar comigo é não estar só. Essa solidão aparente é mentira, é loucura, é um desafeto que trago por mim. Olhar a mim e não reconhecer o que há de melhor é ir contra meus próprios princípios de amor.
"Amai o próximo como a ti mesmo". Nunca um comparativo faria mais sentido.
Ao ouvir a Pombagira falando de Deus, com todas as palavras e motivando meu espiritual a relembrar o que Ele espera de mim, tive certeza de tantas coisas. Tive certeza do amor que Deus sente por mim, da confiança que Ele deposita em mim, da possibilidade que Ele me deu, do profundo amor que eu sou capaz de dedicar a Ele.
No final, não é a Umbanda, a bruxaria, o catolicismo, o evangelho, É DEUS.
Deus em toda Sua graça e sabedoria, refletida em sua criação e na motivação de cada um dos momentos que podemos viver uns com os outros, em prol Dele e de Sua palavra. Palavra, esta, manifesta em e por Seus filhos.
Deus é fiel e eu quero ser, de fato, centelha divina, imagem e semelhança, digna de tal fidelidade e espelho de fidelidade.
Aprendi muito na última semana e sigo pensando que a cada semana poderei aprender infinitamente mais.
Só tenho palavras para agradecer o quanto a Umbanda Sagrada é capaz de motivar o que já existe em nós, ressaltar o que já é nosso. Ganhei muito, no entanto, e como é de minha natureza, farei o melhor que puder para retribuir o amor de minha família espiritual.
Abençoados sejam.