Quando algumas pessoas me perguntam sobre eu estar vivendo no Brasil e não ter ido viver no México (com tom de deboche, "afinal, pra que México se existe a Espanha?"), além do nível do meu sangue variar razoavelmente, me vem em mente a ideia fixa e certeira de que o México está em mim. Assim como todo amor que eu compartilho (porque, óbvio, México é PURO amor).
Eu levei certo tempo pra ter uma identidade que não maquiasse em mim o rosto de amigos ou pessoas que me influenciavam de alguma forma; tempo pra encontrar a mim e a meu espaço. Quando consegui essa identidade foi, sumariamente, o reflexo de uma mulher de sangue latino.
Eu amo e vivo a América Latina (e isso inclui o Brasil). Também levou algum tempo para que eu percebesse que amo o meu país e para que o defendesse de mim mesma.
Hoje, estou no Brasil e meu coração segue pertencendo a algo maior do que as fronteiras. E sigo crendo em um mundo sem bandeiras, de diversas cores... Cores que eu visto e que me caracterizam.
Nos últimos tempos eu mudei. Mudei comigo mesma e essa foi a principal mudança. O principal de mim.