O que tem me irritado nos últimos dias é o desrespeito e, de certa forma, eu tenho reagido como mais DETESTO: sendo igualmente desrespeitosa.
O tópico número zero é: Franciele de mudança para o interior para roubar as vagas dos professores de Areia Branca.
Esse tema me irrita tanto. Sobretudo quando o julgamento das pessoas anula o fato de eu ter me formado, estudado mais a pós, aprendido espanhol sozinha, dado a cara pra bater em situações difíceis, esperado cinco anos na fila de espera e, finalmente, ter conseguido um lugar para mim.
Eu amo a vida campesina, eu amo o meio do mato, o chão, a terra, eu amo o meu momento e o que eu sempre ter sonhado estar se concretizando. Qual é o problema em eu estar realizando os meus sonhos?
Não faço a custo da desgraça alheia, afinal, eu tenho mérito. E tenho a formação, o conhecimento e a VONTADE de estar lá.
Não consigo me expressar de melhor maneira do que dizendo: estou fudida da cara com a possibilidade de ser taxada de algo que eu não sou, sem que tenham a dignidade de me acolher, saber quem eu sou e então decidirem o que pensam ou não de mim.
Um momento difícil e cruel comigo, porque eu DETESTO ser antipática, mal educada, mal humorada e me sentir infeliz e atingida. Também DETESTO que não exista reciprocidade no diálogo e uma tentativa de entendimento.
A ignorância e a burocracia são um desperdício de tempo, de vida, de tesão em viver.