Acabei de ler sobre o caso Verônica.
Que ampla barbarie social!
Que ampla barbarie social!
Um efeito dominó que parte do tráfico de drogas, passa pelo andar onde vivem uma senhora e dois travestis, se estende até um distrito policial e deságua no boeiro que é o Facebook.
Li textos de transfóbicos, feministas, humanitários, jornalistas credenciados por grandes empresas de comunicação... todos são partidários de uma pessoa ou outra. Todos levantam plaquinhas de "direito descumprido" ou "ela começou primeiro".
A justiça que as pessoas têm pedido é para uma ou para outra.
A justiça que as pessoas têm pedido é para uma ou para outra.
A senhorinha que foi espancada. O transsexual que foi espancado.
Estou a favor da vida, que foi violentada, agredida, espancada, humilhada em AMBOS os casos. A vida que foi ferida de modo tão absolutamente baixo.
Seja quando um ser humano, por fatores psicológicos e sociais, torna-se usuário de drogas ilícitas, possui acesso a essas drogas e comete crimes como espancar por meia hora a senhorinhas em seus flats.
Seja por homens fardados, que passam por testes físicos e psicológicos, que possuem saúde e condições de trabalho, que têm como dever a proteção social e que mesmo assim se sentem como Deus, no direito de julgar e condenar a um ser humano, e estão eles mesmos fora da Lei.
Seja por homens fardados, que passam por testes físicos e psicológicos, que possuem saúde e condições de trabalho, que têm como dever a proteção social e que mesmo assim se sentem como Deus, no direito de julgar e condenar a um ser humano, e estão eles mesmos fora da Lei.
Podemos passar horas e horas discutindo os indícios de minoria social explícitos em Verônica. Podemos passar dias levantando os casos absurdos e desumanos de espancamentos contra idosos.
Podemos dizer "e se fosse sua mãe?" ou podemos dizer "tudo porque ela é trans, negra e pobre!". O que não falta são argumentos para defender opiniões decadentes e que são, hoje, a doença social.
O extremismo é a doença social.
O estar desse lado e não arredar o pé é uma grande doença social.
O estar desse lado e não arredar o pé é uma grande doença social.
"Ah, você diz isso porque não tem opinião formada". É, eu não tenho opinião. E sou muito feliz por ser uma songa monga incapaz de formar uma frase que denigra a imagem de um irmão, semelhante, amigo, desconhecido. Não contem comigo para rebaixar ninguém. O máximo que sai é um palavrão contra algum político.
Quem leva tempo levantando a si mesmo, não perde tempo rebaixando a ninguém.
Primeiro porque sabe a luta que é para estar de pé. Segundo porque aprende a amar, de verdade, sem escolher pobres e pretos, ou brancos e ricos.
As escolhas passam a ser tão naturais e tão sutis que nada é excluído, apenas bem utilizado a depender da situação e da proposta. Equilíbrio, hermanos!
Primeiro porque sabe a luta que é para estar de pé. Segundo porque aprende a amar, de verdade, sem escolher pobres e pretos, ou brancos e ricos.
As escolhas passam a ser tão naturais e tão sutis que nada é excluído, apenas bem utilizado a depender da situação e da proposta. Equilíbrio, hermanos!
Eu aceito o outro. Aceito a vida em sua amplitude e infinita sabedoria.
Busquemos na fonte. Busquemos a origem das coisas e utilizemo-nas para curar a sociedade.
O que leva um ser humano a uma situação de delírio completo?
O que leva um militar a utilizar de atos ilegais para "dar uma lição" à alguém?
O que faz uma ação ser mais ou menos justa?
Quem dita as regras sociais?
O que leva um militar a utilizar de atos ilegais para "dar uma lição" à alguém?
O que faz uma ação ser mais ou menos justa?
Quem dita as regras sociais?
É um círculo vicioso, amigos. Uma bola fétida de desigualdade, falso moralismo, vitimização, desinteresse social, desrespeito, mas acima de TUDO: falta de AMOR.