Reinações Múltiplas: 2015
ATENÇÃO: Este blog é pessoal e não profissional

Tempo final

Lembro de um ano em que fiquei lendo.
Um com roupa de festa e choro.
Um assistindo série.
Um bêbada na praia.
Um na casa de parentes.
Um dentro do carro em alta velocidade.
E nesse eu escolhi a água doce. Eu. Sozinha. Uma meia luz. Pensamentos reduzidos. Todo o mak indo embora. Sem gente falsa. Sem sentimento falso. Eu e minha verdade.
E depois vestir de verde e esperar Oxóssi me visitar em sonhos.

Adeus ano velho.
23:39

Último dia

Resolvi me distanciar do que me faz mal.
Quero pra mim o melhor que posso me dar, sem excessões e sem lenga lenga. Venho ensaiando tempos só pra mim e acabo não vivendo 100% do que acredito. Por esse motivo quero ser franca comigo e assumir meus rumos de um modo mais decidido. Assumir o lado em qual eu me coloco sempre, que é o meu próprio lado. Meus braços e meu afeto.
Quero deixar para traz quem me aborrece e me faz mal. Deixar de maquiar sentimentos de obrigação. Quero agir por vontade e com vontade. Quero apostar em quem confio e em quem acredito, mesmo que seja necessário dizer adeus a minha família.
Vou me viver. Viver minha trilha sonora e o meu gosto. A minha maneira de ser e de crer.
Preciso deixar o script de lado e brincar de teatro de improviso. Rindo ou não rindo, minha história sem roteiros e exatidão. Apenas vida. Vida por vida. Viver por viver.
Gratidão por gratidão. Sem provar nada a ninguém.
Eu por mim mesma.
Com direito a defeitos tolos.
Apenas com quem eu amo e com quem me ama. Desse jeito. Duplamente.
Sem feridas abertas e com um adeus ao desnecessário.
Eu. E só.

Metas 2016

Revendo as de 2015, o que eu fiz

1 - Estudar no Solar do Rosário.
2 - Fazer curso de jardinagem e conhecer mais sobre plantas.
3 - Ir para São Paulo fazer um curso com o Cumino.
4 - Conhecer novos templos de Umbanda.
5 - Ir a vários shows diferentes no ano.
6 - Ler mais livros do que em 2014.
7 - Voltar a dançar salsa e tango.
8 - Caber e ficar confortável na menor calça jeans do meu guarda-roupa.
9 - Trabalhar menos, me divertir mais.
10 - Fazer uma viagem por férias.

Metade cumprido.

Lista para 2016:
1 - Arrumar e mobiliar minha casa.
2 -  Fazer cursos novos.
3 - Caber e ficar confortável na menor calça jeans do meu guarda-roupa.
4 - Trabalhar como professora, 40 horas semanais o ano todo.

Balanço

Minhas habituais mensagens de ano novo e de ano velho.

Costumo fazer um balanço anual sobre sentimentos e realizações, vendo o que passou e o que eu continuo querendo realizar.
Não sei muito bem por onde começar, porque foi um ano turbulento e de muitos altos e baixos. Acho que vivi mais de anos em um só.

Vou começar com a espiritualidade, que me manteve esse ano absolutamente firme e forte e que me fez superar todo o resto.
Um ano de Ogum e um ano em que eu aprendi a amar Ogum como o meu norteador. sinto como se sejamos, meu Pai e eu, absolutamente íntimos e amantes em um sentido de reciprocidade. Ogum age em minha vida, minha vida age por Ogum, com Ogum e paralelamente ou diretamente com tudo o que tem a ver com Ogum. Eu O Amo. Com todo meu ser. E esse ano me mostrou esse amor tão grande.
Um ano que também me mostrou muito das realizações de desejos, com o orixá Exu atuando como coadjuvante em minha vida. Não por acaso eu tive como mestre/mentor o Senhor Veludo. Um exu que teve papel fundamental em minhas realizações e no meu amparo mental. Muita gente surtou em 2015 e eu teria vivido algo inacreditavelmente insano se não fosse apoiada por toda a equipe espiritual que estava ao meu redor, em especial o Senhor Veludo. Um amor incondicional. Amor de uma filha de Oxum para/com/por um espírito que trabalha na ordenança de Oxum. Posso dizer que o maior grau que há na vida é o Amor da Grande Mãe. E que eu pude sentir o que é o amor do espiritual por mim, graças ao trabalho dos guias e da movimentação espiritual, que muitas vezes era transmitida por palavras de ensinamento do Senhor Veludo. E tantas outras, dos meus próprios guias.
senti a aproximação e mais do que isso a provação - bem de perto.
Assimilei o fato de separação/divisão e conflito interno no Guerreiros como mais um ataque espiritual. Fui avisada desde o começo de que seria assim e sempre fui esclarecida sobre como o mal trabalha, atacando por meio de onde não temos defesa. O espiritual trabalhou e realizou um marco maravilhoso, levando os filhos dos Guerreiros de Oxalá cada um para um local em que se sentiria bem e confortável, além de possibilitar reequilíbrio entre os irmãos, união e a limpeza de sentimentos de mágoa, dor, angústia, insatisfação, ambição, inveja e tirania. Acredito que muito foi limpo em todos nós, passamos por uma decantação e evoluímos. Todos. Os que permaneceram e os que seguiram seus caminhos.
Fomos testados na fé em nós mesmos e, a mais difícil, a fé em nossos irmãos. Passamos pela provação de que crer e ter fé não é apenas amar a Deus, até porque o amor ao Divino nunca foi singular. E sempre foi plural.
Gosto muito de pensar que pude ultrapassar barreiras de intolerância. Ainda que eu não seja totalmente livre de julgamentos e nem absolutamente fã de todas as pessoas envolvidas, porque sinto que nesse ano meu nível de tolerância foi bastante testado. Em tudo. Especialmente no que diz respeito aceitar que as pessoas sejam diferentes, ajam de modo que não acho correto e relevar qualquer mágoa.
Ainda tenho muito o que aprender, porque cultivei a indiferença, por ser um modo mais prático de não discutir e de não me envolver com o que eu não concordo. Se colocam muito sal no molho, não como. Não falo, mas não como. Simples assim.
Haverá um momento de encarar que está salgado e me oferecer para arrumar o molho ou fazer melhor, já que me incomoda. Mas não é esse o momento.
Espiritualmente, me aproximei de diversas vibrações e tive grandes ensinamentos. Eu tive fé e lutei por minha fé. Eu consegui nesse ano me aproximar do essencial para mim, quando morei sozinha. E vi, cara a cara, o amor próprio. E fui imensamente feliz. Graças a fé. Graças a acreditar em mim mesma.
Foi mágico.

Acho que um segundo balanço se deu em perceber o quanto a minha família e eu damos certo separados. Estou muito feliz com minha casa - parte das novidades de 2015 - ter saído. E mais ainda por seguir com o trabalho que amo tanto.
Feliz com os direcionamentos.
Existe uma lista de falhas que resultaram em aprendizados nesse ano. Como a doença da minha mãe, a ida para os EUA que não deu certo, a volta para a casa dos meus pais, a inexistência de uma relação, a ilusão momentânea com o Menino, a falta de confiança em amigos próximos, a antipatia com pessoas, o mal julgamento de gente que eu desconhecia.
Lembro que desconfiei muito nesse ano, que fiquei com um pé atrás - dois talvez. E me senti mal por isso. Porém, é o necessário para chegar a um equilíbrio.

Coloquei ensinamentos em prática e me sinto orgulhosa. Primeiro porque eu percebi que eu tenho muitos preconceitos e que posso lidar com isso de modo a reverter e amenizar tudo, aceitar a mim mesma e aos outros. Depois porque eu me reconheci no outro, em vários outros. E ao mesmo tempo me preservei.
Gostei de ter viajado para o Chile e para a Bahia. Gostei até de reviver aquele tormento de um trabalho que detestava. Gostei de largar tudo e me jogar em relações "de rua". Gostei de dar espaços para novas oportunidades e novas gentes na minha vida.
Minhas relações de amizade tiveram destaque. Novos amigos. Mais laços e mais carinho de gente que adoro e que me faz super bem. E, por outro lado, me vi bem segura de distanciar relações que não senti segurança. Foi algo realmente bom e ganhei muito com minhas filosofias de solidão, nesse ano. Quanto mais tempo sozinha, mais me conheci e me amei.

Sigo buscando amor próprio e nesse balanço percebo que foi o fato mais encantador que vivi. A liberdade se apoderou de mim, em mais um ano.

No trabalho, dia a dia testei meus limites e usei minha segurança. Me daria nota 8,5 pelo desempenho. Fui criativa e astuta e pude me sentir bem, absolutamente. Estou feliz com isso e com minha vida profissional. Nela eu percebo muitos dos meus novos amigos. É uma novidade alegre.
(...)

SUS

O bom de ser um ser pensante é que temos a oportunidade de demonstrar isso com ações. Não é puro instinto, existe um porque de toda a ação.
Eu particularmente gosto disso.
Hoje, por exemplo, fiquei completamente revoltada com uma cena evidente de descaso social que presenciei em minha vida - não comigo, mas com alguém que me importa e por isso dá na mesma, a gente sente na pele. Fiquei muito brava e movi o máximo de coisas que pude, sendo uma pessoa de ação, DEUS ME LIVRE FICAR NA VONTADE.
Uma das coisas que eu não fiz e quis muito foi mandar pessoas a merda, falar um monte de palavrão, usar meu repertório de ofensas e destruir moralmente cada uma das pessoas que se atravessaram naquela situação. Mas não fiz isso. Não despejei aquele veneno do ódio pelo descaso e o desamor, porque eu compreendi que não era culpa de uma atendente ou de um secretário, nem de um porteiro, nem de um médico, nem de um indivíduo. Percebi que aquele sistema era uma teia de aranha que prendia a presa e sugava o sangue sem dó.
Não deixei de xingar muuuuito. Fiz isso, sim. Mas pra mim. Para o vento levar. Mandei mais do que a merda, falei mais de mil palavras de indignação, em voz alta, sem nenhum dono aparente. Apenas para deixar sair de mim aquela neura.
Respirei e no mesmo momento me acalmei. segui AGINDO, sem deixar de acreditar, mas com muitos pensamentos que me assolavam, do tipo "como o dinheiro faz diferença. Como ser uma pessoa dependente é vergonhoso nesse país" e ainda assim refleti o que, em mim, pode ser ativado para que o meu futuro seja diferente daquela cena de descaso.
Resolvi o problema. Consegui ativar pessoas que TRABALHAM PELO CUMPRIMENTO DOS DEVERES SOCIAIS e elas me ajudaram, com muita paciência e compadecidas do problema (que não era meu, mas era! Porque todo problema social é NOSSO).

About treta

O foda de ser professor é que tu não subestima, tu espera mais. Aí, neguinho, já era.

Cacos

Desde o começo a solidão se instalou dentro de mim e hoje sou uma mulher sozinha.
Ser só é diferente de estar só.
As diferenças humanas formam grupos, famílias e afins, mas a solidão ultrapassa o social. É íntima.
A solidão está dentro e movimenta as escolhas, as conversas e os planos.
Mesmo quando existe alguém em comum, um gosto, uma companhia, estou só.
São os ideais e as particularidades, o que me divide é o "escolher demais". Sou uma mulher sem par. Sem trio. Sem sangue. Sem história afetiva.
Uma mulher de paixões unilaterais. E ninguém se apaixona sozinho, a menos que por si mesmo.
Minha mente cria, divaga, busca, implora um motivo concreto e um porque. Sonha com uma motivação de filmes, com um "eu feliz a dois ou três, com a casa cheia de amigos".
E por isso acolho. Sem ser acolhida. Desprezo o amor que recebo. Desconheço alguns amores. E muitos me desconhecem.
Não me cuido. Me culpo. Me julgo. Sou minha maior inimiga. Brigo comigo, me sou infiel.
Fujo.
Sempre.

E estou aprendendo a aceitar. Cicatrizando. Chorando menos. Limpando as feridas.
Me despedacei. Me feri.
E não tem conserto. Não tem outro esparadramo que não a minha vergonha na cara. Minha força.

Sou uma mulher forte. Me visto de fraca pra ver se me sinto mais delicada. Não sinto.
Sinto, antes, pena. De ter dado tão errado e tão certo.

Minha solidão me faz bem. Me faz crescer. Me dá créditos e todos os pontos do mundo. Mas ainda assim, estou sozinha pra comemorar.
Não tenho quem abraçar e beijar com amor no mesmo nível, no mesmo grau. Porque sou sozinha.
Estou sozinha.
Vivo sozinha.

Shows e cinema. Viagens e café.
Ruas e livros. E eu sigo só.
Gente que aparece, cumprimenta, sorri e vai embora.
Todos gostam de mim. Mas ninguém fica do meu lado. Ninguém para e resolve viver, de fato, minha história.
Porque ela é minha. Sem amigos ou filhos. Sem maridos ou pais. Ela é minha.

E todo mundo que aparece é alegoria.
Vitrine.
Manequim.
Só tenho enfeite, sem vida.

E sinto pena de mim.

Fora Cunha

Neste momento: não apoio o Cunha. Não apoio o golpe do Cunha e de seus bluecaps. Não apoio  o impeachment.

Isso não quer dizer que eu esteja contente com a administração do país. Nem que eu seja pró-Dilma. Nem que eu abrace o PT.
Ainda que, devo destacar, grande parte dos movimentos sociais que eu reconheço partem de amigos familiarizados ou declaradamente petistas. Porém, não tapo os olhos diante de ações de grupos "menores", "de baixo", porque conheci bem o que movimenta as ações dessas pessoas bem intencionadas e como elas são iludidas e enganadas com os lobos em pele de cordeiro.

Ao contrário, eu reconheço a podridão partidária e ela é de QUALQUER espécie; inclusive de inúmeros sindicatos e ongs desse país, que apoiam e são apoiadas pelo governo PT.

Mas tapar os olhos diante de uma medida inútil, que supostamente derruba um nome e um partido, MOMENTANEAMENTE, para dar mais moral a quem está bebendo diretamente da teta da vaca? Qual o sentido e a intenção desse ato? Sejamos racionais.
Nem o Brasil volta ao auge econômico, nem o PT afunda com essa ação. Ele, sim, cresce! A união será ainda maior e na boca da urna, novamente, ele vence. E ele humilha com os números, na verdade. Gostem os sulistas ou não.

A manipulação televisiva influencia até certo ponto e, em geral, aconteve isso com o grupo seleto de gente que apoia o ato e não levanta a bunda pra mudar nem a própria vida, quanto menos se importar com o outro, de fato.

O povo se deixa manipular, não há movimento saudável e nem união diante desse período econômico tão difícil. O Brasil se dividiu ideologicamente e trava uma guerra fria - que está se convertendo em guerra nas ruas; guerra de governo versus civil.

Eu só acredito em mudança plena com união, e se estamos divididos e com slogam de partido, isso não funciona.

Particularmente, penso que divisão territorial e fronteiras servem para organizar um território. Se não está funcionando, precisa mudar a forma de pensar o país. Isso começa da base e não do todo. Se a cidade não funciona, quem dirá o estado e o país.

Vamos recomeçar. Espero que tudo renove. Tudo se movimente. Que se for pela Lei (esse ano é da Lei), que a Lei tome conta de tudo. Organize, alinhe, seja firme e com mão de ferro. Mas se for pela Geração (que creio estar tomando conta num segundo plano), espero que sejamos abraçados pela Mãe Divina e levados a rever nossas ações contra a Vida.

Money or not money

Houve um momento em que o dinheiro não significava nada para mim. Em que ele era algo mais e que o valor dele não estava muito relacionado com quem eu era.
Ou, houve um momento em que eu não soube valorizar o dinheiro.


Esse momento parece estar muito, mas muito longe.
Porque na atualidade eu não consigo imaginar como deixei tanta grana ir embora, sem me programar e sem ser uma pessoa que administrava com inteligência, com maestria.

Não tem como o raio cair duas vezes, nesse caso.
Não tem porque eu não pretendo deixar.

O período de crise é muito mais pessoal do que coletiva; mas o coletivo é a união do pessoal. E acho que a gente se deixou levar pelo desprezo a algo que é, de fato, um daqueles materiais que regem a vida humana. Não se compra o sol, a chuva, nem a liberdade com o dinheiro... mas nem o sol, nem a chuva, nem a liberdade conseguem ser bem aproveitados quando estamos mal. E estar com alguma necessidade, financeira ou não, abate tanto que faz o período livre não ser suficientemente utilizado.

Não sei bem como me organizar, nesse momento.
Estou, como disse para a Moça, juntando os cacos. recomeçando. Do zero.
Não vou voltar do nada para a posição em que eu estava, porque está no começo outra vez.
E eu não quero, nem vou me fazer e me sentir uma coitada.
Preciso cuidar melhor de mim e de quem eu sou. Mas tudo bem, como for pra acontecer, vai acontecer.

Xingada no twitter

Quase não sou imatura e irracional/emocional, mas não descarto essas ações, até porque sou jovem e não uma mulher com tempo de maturidade.
Não cometi erros. Apenas pensei diferente.
Experiência.

About today

Não estou feliz a ponto de me dividir, nem tão triste pra me anular. Vivo uma inconstância. Vivo um ritual de amor e dasamar.
Meu bem querer que devo ser eu carece do lado de mim que eu não tenho, não carrego, não supro também.
Me sinto desarmada e sem munição. Meu melhor lado está no chão.

Não mexe no que é meu. Deixa meu canto. Meu lado. Meu mundo. Me deixa.

Sobre os restos

A parte boa de estar chegando no final é que não preciso ficar o tempo todo pensando em como vou me virar. Porque vai dar certo.
Na verdade, me livrar de velharias no armário também é agradável... não quero mais muita gente na minha vida. Acho que isso é bom. Demonstra uma nova fase e um novo momento.
Pessoas vem e vão. Não vejo problema nesses ciclos, até porque eu pensei e passei por ele diversas vezes.

E lá estarei eu, num novo ciclo. Cheia de gente nova.
Acho que ainda estou imatura com as coisas que estão rolando ao redor, mas me pergunto quando a maturidade realmente chega e se ela não é um período no meio de outros vários, que vem e que vai, como tudo.

Me reencontro pouco a pouco e me redescubro. Esse momento não é o melhor, nem o pior. É bom.
Me falta algo. Mas é bom.

Talvez me sobre algo, também.

Sobre esse naufrágio

A lo mejor me custa compreender y esperar.
En esos momentos de decisión en mi vida, donde me pongo frente a una situación de locura, otra vez, me gasto el tiempo pensando como hacer las cosas bien.
Y por un momento me viene la idea de hacersela como se me da la regalada gana.

Otra vez frente un sueño y una posibilidad.

Así soy yo y esta es mi vida.



Gostei bastante de como todas as movimentações estão ocorrendo, de modo geral eu estou sem nenhum tipo de controle. Mesmo assim, existe uma regência maior que me permite fechar os olhos e relaxar.
Isto é, mesmo que eu não faça nada, a vida segue.
Ainda que eu não exista, ela segue.
A vida é independente, não precisa de mim pra existir. Sou eu quem precisa viver, entende?
Então tudo bem se fico parada, porque ela segue. Tudo bem se me movimento, porque ela se movimenta comigo.

Tudo é um fluxo, porque ao mesmo tempo que eu sou responsável por mim e pelo meu movimento, a inércia também é decisão minha. Mas o movimento da vida, não. Esse movimento é dela. Eu sou apenas uma a mais dentro dela e da imensidão de viver.

Isso me mostra que não estou mal. Estou apenas vivendo um momento de pausa em realizações e conquistas. Ainda que algumas flores apareçam, é como se nesse momento tudo fosse um circuito de reações. Uma onda gigante na cabeça... e logo ela passa, vem outra e assim até eu chegar numa ilha. Ficar na ilha, ou seguir nadando...

Desafetos

Não sei porque insisto em olhar para as bolas marrons
de brilho inconstante e de massiva tristeza
Eram dois cristais de barro que costumavam brilhar
meio atrocidades, com um sinal de fumaça
E de esperança

Mas agora são pouco menos que poeira
São tristes

Não os gosto assim
tenho birra

Eles me olham e eu os olho
E são parte de mim
Meus olhos.
O meu reflexo.
E la está a inimiga número um, dentro de mim
Me fazendo ir para baixo e me puxar
Subjugar
Afastar
Os outros e a mim, de mim

E quando eu me encontro, eles se perdem
E quando eles me encontram, eu me perco
Um vai e vem de sentimentos
De desafetos
De histórias mal contadas

De gente que não se aproxima
e que eu afasto.

São eles. Os culpados.
Os donos da verdade.
Mas ninguém liga
Ninguém vê

Sobre a chuva que não me molha

Parece que não vou fazer a viagem para Colômbia tão cedo.
Mas tenho muita vontade de conhecer Cartagena, Bogotá, Cali, Medellin, Barranquilla... são lugares que chamam a minha atenção.
Eu confesso que adoraria me casar com um gringo. Um cara que falasse espanhol de berço, com uma família espalhada pela América Latina.
Um homem vivo e cheio de atitude. Um viajante. Um trabalhador.
Alguém que me espelhace, de certa forma. Um igual.
Quero poder viver a tranquilidade.

Sei que em breve estarei em minha casa desfrutando de meus momentos e de minhas realizações.
Hoje a minha meta número 1 é ter uma casa.
Ter a minha própria casa e o meu próprio momento.
E muita grana.

Sobre uma foto em família

Amor de fã é de um lado só
Você morre com o amor
E ali fica a dor de abraçar a um sentimento que não faz sentido

Tudo que parece pra você, na verdade, não é
E escapa pelas mãos.

Um país
uma música
um retrato
Meio verso

Que idiota, Que cretina.
Quando foi que eu esqueci de crescer?
Quando eu deixei de me dar conta de quem sou?
Por quê?
Estou triste.

Sobre a paixão

Hoje vou falar sobre como me sinto quando me deixo influenciar pelas borboletas na barriga , que chegam com meus amados latinos.
O amor latino dentro de mim explota colores. É uma sensação inigualável... parece que eu já vivi. Mas não. Eu vivo agora. 100%
Adoro ver, ouvir, sentir isso!
Aquelas histórias de comunas colombianas, barrios mexicanos... os documentários, os cantores, atores. As produções da comunidade latina são explêndidas! Muito realistas e algumas verídicas. É possível conhecer mesmo a cultura, o vocabulário... e pensar que dia desses acordei em Buenos Aires, num hotel lindo, uma cama gigante e pulei feito louca (em cima dela) pra comemorar... e que liguei a tv e vi sensacionalismo barato com a maior das felicidades: porque aquilo foi minha conquista!
Eu cheguei onde nunca imaginei. O amor pelo espanhol me deu e trouxe tudo o que EU sou. Sem influências terceiras. Ninguém me apresentou essa língua, nem sei quando eu tive iniciativa de aprender o que ela sifnificava. Mas sei o que eu logrei esos años todos respirando el castellano.
Sou maluca por eles. Suas cores, aqualrela latina.
Meu Leon! Mi Dragón! Mi cielo! Mi regalo! Biscocho, postre, mi sueño... e tantos, pero TANTOS nomes mais que chegaram a meus ouvidos e dividiram amor, comigo.

As minhas novelas, as calles chilenas... eu bebendo Corona. Nossa! Como olvidar? Meu Pedro. Meu Theo. Minha Yani!!! Amigas inseparáveis de viagem! As histórias, as heranças visuais... eu fui à Bahia graças ao Chile!!!!
E foi o espanhol que me fez percorrer tantos quilometros, conhecer lindos alunos, ter momentos especiais. Viver sozinha, ter meu mundo.

Essa paixão eu posso agarrar e dizer que é MINHA. MINHA VIDA, si me entiendes? O meu lugar no mundo. O meu lado. O meu espaço. Essa língua que me ama. Que eu amo. Que me salvou. A quem eu devo as cenas de felicidade que protagonizei na vida.
Eu tenho semeado VIDA através dela.
Sou louca por ela.
Apaixonada.

Paixão de amante.
Feliz. Amada por ela.
Minha língua espanhola.

Chamba

Necesito una chamba, pero ya!
Si sigue pasando eso de que no tenga como pagarme las cuentas, qué haré de esa puta vida?
Con qué ganas tendré paciencia?
Yaaa! Me urge una posibilidad de emplearme como profe.
Pero, bueno, no sé que hacer... otra vez.
Me gustaria ser tonta y util.
Soy demasiado lista y con una profesión desvalorizada a nível mundial.

Quiero, necesitoooo plata! :'(

Domingo dos mortos

Que a luz e o amor do Criador siga direcionando o caminho de meus irmãos.

Fim de um ciclo. Início de outro.
Que sejam acompanhados pelas almas santas.
Que encontrem seus lugares de merecimento.

Para a Umbanda todo dia é dia de recordar as almas: a nossa própria, a de nosso planeta, a de nossos irmãos. Almas que estejam ou não encarnadas. Almas que regem a maestria de viver. Aqui ou em outro plano.

Deus seja louvado e glorificado por todas as almas.
Graças ao Criador.
Amém!

Amor futuro

E se...

Hipóteses de carinho. Cenas de casamento. Canções sem dono. Coragem.
Contudo o presente não regressa.
Ou vive agora. Ou vive agora.

Anseio a palavra 'chegou'. A palavra 'agora'. A palavra :vivo' e 'estou'.

Construções ininteligíveis de empatia. Vontades. Intenções.

Letras de belas canções. Não são minhas. Mas são.

Se existem poetas assim... ela diria. Se existem roteiristas assim... por que não homens?
E as imagens reais impedem o uso excessivo de criações.
Escrever o real dói. Fere. Precisa ter couro duro. Precisa ter força pra não afundar.

E se...

Sobre um sonho

Sonhei um sonho delicioso. 
Sabe aqueles caras que ninguém dá muita moral e que é taxado do feinho do grupo? Eu sou louca por um desses que é absolutamente romântico. Um poeta, extraordinário. 
E lá estávamos nós, livres de qualquer julgamento, nos amando de uma maneira que era toque e cuidado.

E foi maravilhoso.

Sobre as letras que vão saindo

A arte de escrever aquilo que me toca, que me comove e que está dentro de mim. Muitas vezes eu releio minhas próprias palavras, para ter certeza do que eu nutri e do que eu conservo em mim. Desde as frustrações até as realizações.
Para os melhores momentos me faltam palavras.
Para os momentos mais ou menos, elas não faltam.
Para o que há de ruim, eu escrevo gritos de horror.
A dor em palavras machuca o leitor. E gosto de ter essa arma guardada, de alguma maneira.
Me dá uma falsa sensação de poder e me nutre algo do tipo "o que você escreve tem valor para outras vidas". É bom se sentir como um semi-deus. Acho que é o ego inflando. Não me sinto mal, na verdade. É algo que ocorre e ponto.
Não faço mal a ninguém com ele, nem a mim mesma. Não nutro, apenas existe e fica lá. Paradinho esperando.
Qual o problema??


Gosto de escrever agradecimentos, mas mais do que isso gosto de enaltecer as pessoas que eu amo.
Me faz bem.
Me cura.
Me adoça, aos poucos.

Opção

Eu posso me vitimar ou ser valente.
Posso acreditar que tudo está uma merda, ou que é uma fase para paciência e controle.
Posso fazer do meu dia uma maravilha, ou uma sucessão de coitadismos.
Sempre que eu paro cinco minutos pensando algo de baixa vibração, isso rende muito mais tempo de desânimo.
Não há porque se abater.
Aquilo que vivemos e que merecemos é o que é. É como é.
Existe, porque sim. E vai ficar ali quanto tempo for necessário.

O resto é opção.

Sobre foco e metas atuais

Hora de escrever minhas metas.
Elas mudam a todo momento e não há ninguém mais inconstante do que eu, porém, preciso começar por algum lado e o ideal é focar. Recomecemos...

1 - Ficar magra: quero e sinto que é o momento de focar nisso.
2 - Ganhar dinheiro: não posso aceitar qualquer coisa, mas como o foco é o dinheiro e não o trabalho, vou fazer o máximo para conseguir unir os dois.
3 - Tempo comigo e para mim: viajar ou mesmo passar tempo em lugares que me acalmem.
4 - Me preparar: sinto que o momento de me renovar com cursos está próximo. Que venha a grana!

Por ora, é isso.
A terapia vai me ajudar mais e terei uma concentração melhor.

Gente com cifrão

Era uma vez a síndrome do "não mexa no meu bolso", uma doença social que transforma pessoas ativistas, que amam cachorrinhos e gatinhos fofos, em seres bestiais capazes de matar (ou contratar um advogado) para "defender seu patrimônio". Um tipo de gente que jura de pé junto que lutou por cada moedinha de 25 centavos no bolso e que não está disposto a perder dinheiro pra "vagabundo nenhum".
Gente que trocou a Bíblia pelo Código Civil, só pra ter certeza que pode processar ou se defender.
O tipo de gente que separa maçãs saudáveis de maçãs podres. Que prefere locais limpos e organizados, sem incidência de meliantes com cara de petista, rebelde ou revolucionário cubano.
Gente que nunca fez nada ilegalmente (i-ma-gi-na) e que tem plano judicial ao invés de plano de saúde. Porque cuidar dos bens é mais importante do que cuidar da vida. Aliás, os bens são a vida.
Um pessoal que, em sua inteligência suprema, não se mistura. Não anda com gentinha. Não come sorvete na casquinha, só milk shake ovomaltine. 
Aquele tipo de gente do bem, que entra em contato com a natureza indo a parques ao estilo cartão postal da cidade e praticando ioga, mas que ignora qualquer ação humana que não envolva benefício próprio.
Gente que se julga inteligente porque tem estudos... sem se dar conta de que são pessoas mais burras por pensarem que só por terem estudos são inteligentes.
Gente que fala bem, escreve bem, se porta bem... e é completamente doente. Julga a vaidade como amor próprio, o egocentrismo como defesa de sua verdade, as esmolas sociais como ajuda comunitária. Gente que mente descaradamente em grupo ou sozinha. Gente que tem mais feridas na alma do que um leproso possua no corpo. 
Gente que precisa de ajuda. De reflexão. De sutileza e palavras doces, porque possui tanta "verdade" impregnada que não sabe elaborar uma questão simples para si mesmo. Não sabe mudar de ideia, ver outro viés, outro ângulo. A não ser que tenham teorias e direcionamentos acadêmicos.
Gente que faz da vida do outro dois ou três salários mínimos, e se acha justo porque oferece o domingo de folga (nem que seja de 15 em 15).
Gente que paga vinte e poucos mil de luz, dez mil de aluguel e pouco mais de mil reais para a vendedora que trabalha de domingo a domingo no shopping.
Gente que fatura, que faz viagens em família, que compra presentes para os filhos, que se presenteia com carro, joias, roupas importadas, sessões de massagem em spa e reclama da economia porque deixou de fazer o número 5 e passou a fazer apanas o número 3 no cardápio capilar do cabeleireiro renomado.
Gente que tem pena de quem não possui a mesma condição financeira, os mesmos estudos e de quem, principalmente, não conhece as mesmas leis.
Gente com sobrenome imposto de renda.
Gente doente. Gente que precisa de ajuda.

Don't help me

Porque eu me irrito muito.
Me dói pensar em mim como vítima e mais ainda como se fosse ocorrer algo de supra extraordinário.
Não sou uma coitada, mas quando me imagino como centro das atenções... aí sim sou digna de pena.

Agora me diz: como é que se olha para dentro, se pensa em algo sólido e coloca em prática no dia a dia?

Se eu usasse drogas imagino que estaria num hospício.

Desamores de sábado

Não dói mais como antes. Agora a dor é seca, não tem vestígio de choros a noite, nem tem aquele monte de ligações ou aquelas declarações idiotas no Orkut.
Pra começar, eu pensei que nem dor tivesse mais. Porque a cicatriz tem algo de perturbador, que te faz esquecer e, quando está desprevenida, percebe que está ali marcada na sua cara.
E comigo não foi diferente. Foram mais de vinte anos de expectativa. Acho que desde o berço essa dor e essa vontade me acompanham, mas eu não estou em paz. E a falta de paz, a falta de sobriedade me faz ser assim, estar assim. E me afundo no meu abismo, no meu sofrimento, com uma dor que dilata e inquieta a minha alma. Sou eu. Ninguém mais. Mesmo porque nunca existiu um ele.
Nunca.
Uma palavra que eu detesto usar. Que detesto ter que empregar em uma frase. Uma palavra que me persegue em diversos aspectos.

As aparências tomam tanta conta de mim que as pessoas custam a perceber como eu sou.

Disse que sou uma mulher feliz. Mitas vezes. E realmente sou. Não vivo momentos de felicidade, ao contrário, eu vivo momentos de tristeza.
Não sou triste. Sou um poço de felicidade que cai na foça e se afoga por não saber boiar, nadar, ou colocar os pés no chão.
Me prendam: eu sonho.


Sonho com homens que existem e com homens que eu nunca vi.
Sonho com fatos e com sentimentos.
Eu sempre estou criando uma história. Sempre sonhando.
Mas viver... bem, de viver eu entendo o que consigo movimentar.
E tudo é movimento.

Geralmente os meus movimentos me levam para algo como viagens dentro de uma esfera qualquer.
Quando estou na estrada, quando estou no campo, no parque, na mata, no mato, quando estou no banho ou quando estou a caminho de qualquer lugar, meus sonhos e meus pensamentos se fundem em realidade... e eu vivo muito mais do que um sonho.


Mas quando estou sozinha e desprotegida no meio da multidão... nesse momento eu fico realmente sentindo as dores da cicatriz.
Quem disse que cicatriz não dói, nunca viveu um desamor.

Ele

Salvador, meu homem. Assim como Santiago me beijou a alma e me presenteou com pessoas inesquecíveis, Salvador enfeitiçou o meu coração e os meus olhos. Se apoderou dos meus sentidos e do meu corpo, e me fez dançar ao embalo de seus batuques de orixás.
Salvador, meu homem. Com sua pele negra, de corpo suado, com o seu dengo e o seu molejo, com as suas favelas, com as suas vielas, com o seu ritmo e som, adentrou minha mente e revelou em mim o espelho de meu ser. Aquela que vive dentro e fora. Salvador, meu homem, me deu um espelho e fez com que eu beijasse a minha própria face. O impossível é possível na terra dos orixás.
Salvador, com seus braços fortes, seu beijo doce e seu sorriso malandro, tirou o chapéu, dançou e rodou a baiana em minha vida.
Salvador, como o seu nome sugere, me salvou. Me trouxe outra vez para o meu lugar e me deu um banho de mar, nos braços da Rainha, para que eu recordasse a quem eu pertenço. E por me lembrar a mim mesma, Salvador é um dos amados de minha vida.

Renovação

Foi uma excelente viagem, a maior parte dos acontecimentos foram para a minha listinha de acontecimentos. Sinto saudades de viajar para o Chile, mas acredito que é uma página em meio a muitas. Supostamente viajarei proximamente, quero muito curtir mais momentos como esses e vou atrás, para que eu possa conhecer e desfrutar.
Amo essa vibe de viagens e quero muito continuar com ela. Não sei nem o que escrever, porque o sentimento é maior do que eu imaginava.
Salvador me renovou.

Salvador

Resolvi não me planejar;
Ou fazer o mínimo de planejamento, na verdade.
Algo sobre como me locomover e algo sobre como chegar ao point, ou aos points.
Quero ver no que vai dar esse erro básico sobre o mês que eu paguei de hospedagem, mas acho que se resolve. Com alguma ou muita sorte.
Estou despreocupada, de qualquer forma, vai ser o que tiver que ser e espero fielmente que venha o melhor!

Vou passear pela cidade e ir em alguns lugares. Quero, em especial, ter algum momento de paz e de realização. Ficarei bem.

Marc

Teus olhos saltados e a tua boca que grita em uma extensão vocal, chegando a meu peito a tua voz e o teu amor. Teus sonhos, segredos e carícias acompanham o ritmo de sua salsa, a melodia de suas baladas e cada sax, cada tambor, cada acorde e nota das guitarras que não te pertencem, penetram as veias, como uma injeção que reage no sangue.
Você é o sabor da América Latina e tremer seria pouco perto de você. Suspiros e emoção, gritos histéricos... e um homem que com seu jeito apaixonante é capaz de ter em seus braços a qualquer mulher.

Aqueles olhos

Aqueles olhos e aquela voz
que se reproduzem em um ombro não amigo
numa postura desconhecida de traços semelhantes
Ele que parece muito com quem não é
com o que talvez não seja
Ele que não é meu e aquele que jamais o foi
aqui, do lado
sentado
e o espelho não nos mostra porque refletimos distintos caminhos
que nesse momento se cruzam lentamente em uma tentativa de expressar
quem somos
na profissão e no amor
ora semelhante, ora irresponsável e sem tesão


ele que não é meu
eu que não sou dele
e olhares que não se cruzam em uma verdade
mórbida
verdade incompreensível e devastadora.


E eu, e eu?
Oh, como sou nesse mundo de espelhos que não me refletem!
Mais dramática que Shakespeare em uma releitura de Antígona.
Não sirvo para clown, não sirvo para mim nesse momento de reencontro com a voz dos olhos castanhos que não eram meus.

E temo a saudade de alguém que nem conheci.

Bendita seja a vida que me regalou poesia.

Realidade em doses

Fala sério, cadê o bom e velho romantismo? Ou ele é ficção, também?
Poxa. Eu perdi mesmo a adolescência.
O cara percebe que você é inteligente e tenta te fazer de trouxa. Ninguém merece. Mesmo.

Mas sabe como são as coisas, sempre tem algo interessante no meio do "eu não confio em homem nenhum". Ficar com os dois pés atrás e perceber que os passos precisam ser bem calculadinhos.

Gente que te usa e depois te humilha? Tô fora. Já vi esse filme.


Desafinado

"Diz que eu desafino, que eu não sie cantar...".

Hoje vim para Mandi pensando em como se dão os relacionamentos e cheguei a teoria dos polos.
Ela já deve existir, mas não me importo.

Quando a gente sente algo por alguém, não é necessário que a outra pessoa retribua. É perfeitamente normal e saudável sustentar um sentimento "porque sim", algo que está relacionado com si mesmo e com o seu íntimo.
Porém, sempre e quando o sentimento é retribuído, é bem fácil perceber que ele se multiplica em si mesmo.
Quando amamos de um lado só, o amor "para ali", não há um retorno, não há um espelho e não há um balanço. Apenas um dos lados está energizando a relação (quando e se existe relação, inclusive de amizade. Afinal, amor de fã é algo que existe de um lado só. Porque aquele que é amado não sabe efetivamente que você, quanto pessoa única, existe. Ele tem noção de que existem pessoas que lhe enviam boas vibrações, mas não sabe de onde. Não só amor de fã, mas amores espirituais ou vínculos passados. Você pode ter esquecido ou estar vivendo um tempo de esquecimento daquele amor ou sentimento maravilhoso que viveu, nessa ou outras vidas, mas não vive especificamente a reciprocidade daquele amor.).
Espíritos assim, que amam sem precedentes e independente de serem correspondidos em seu amor tendem a ser muito felizes ou sofrerem muito. Não tem meio termo.
Ou você acaba se sentindo deixado de lado, ou acaba se sentindo uma pessoa afortunada, que pode dividir e expandir seus sentimentos positivos.

Mas quando existe o espelho, quando aquele amor reflete e volta, quando a pessoa também te sente e também te quer bem, aí existe a teoria dos polos.
Do equilíbrio. Do doar e receber. Do não se esgotar em amor, por estar sempre renovando aquilo que oferece.

É maravilhoso. Ou deve ser.
Em âmbito de amizade, confirmo que não há algo mais belo do que sentir o amor de um amigo.


Não sou a mais fiel experiente com relacionamentos conjugais para ter certeza, mas tenho uma breve noção de vida que me diz que essa reciprocidade é equilibradora e maravilhosa.


Acho que passei mais tempo de vida no platônico e hoje em dia, quando me sinto confiante para demonstrar se gosto ou não de um homem, adoro o fato de não guardar o que sinto.
Se gosto, a pessoa saberá. Por mim. Com minhas palavras.
E acho maravilhoso poder me expandir, me dividir, me multiplicar em carinho. Porque a reciprocidade é abundante, mas a não reciprocidade exige que você mesmo explore, cultive e respeite o seu sentimento. Ainda que o outro não o faça.




E não há uma pessoa certa. Nem uma pessoa errada.
Há escolhas, de ambas. Há oportunizar-se ou deixar passar a oportunidade.



Decidi

Que amo o que amo e ninguém tem nada a ver com isso. Não vou me precipitar e vou fazer as coisas no meu ritmo, porque eu gosto assim.
Estou com minha playlist em espanhol bombando e com as tendências latinas a toda. É o que eu gosto e como eu curto viver.
Tem a ver com a minha identidade e abortar isso não é o que vou fazer, vou ser latina aqui ou na China. O Brasil é mais latino do que admite.

Estou feliz com a nova oportunidade e muito contente em poder viver um momento tão maravilhoso de novos conhecimentos e até de reflexão sobre mim mesma, mas não vou ignorar o meu eu maior.
Se o que realmente importa é o "myself", vou vivê-lo sem precedentes e me preparar para errar. Errar feio. E depois concertar.
Preciso perder o medo de arriscar e de fazer merda.
Não sou perfeita, e me vem isso de que preciso me esforçar para ser melhor, mas não preciso. Preciso viver. Só. Viver e apenas isso.
Como quando eu vivia aqui nessa mesma casa vendo meus vídeos de bandas teen e passava o dia todo presa em um escritório com gente que me detestava.
Não sou frágil, não como eu pinto a fragilidade.

Vou me dividir quando der e quando não der, não vou me interessar e pronto.
Preciso me repetir essas verdades pra ter certeza. Me sinto bem assim.



Estive conversando comigo mesma sobre relacionamentos e em como eu sou uma pessoa infiel com as noções de vida que tenho. Mudo como se não tivesse palavra. E por vezes não tenho. Preciso mudar e ser fiel? O que é a fidelidade? E porque eu preciso pertencer a um lado? Qual é a motivação que me fará estar apenas numa posição, eternamente defendendo o mesmo ângulo? Não posso mudar a minha visão sobre o mesmo objeto?


Gosto disso. De me questionar e viver comigo e com meus pensamentos.
Eles são muitos e as vezes nenhum. Por vezes dormir é melhor, para não pensar tanto.
Gosto mais de agir, mas me sinto presa estando aqui. Espero, em breve conseguir mudar isso.


Pelo momento, uma playlist.

Sobre uma tarde depois do almoço

Não vou sentir falta das poesias
nem dos sorrisos
nem da alegria
Porque esses levo comigo...
Não sentirei falta da presença física ou de ver transbordar o espírito
De comer sobremesa
Ou de me aventurar pelos bosques beirando lagos

Levarei comigo a vontade e a determinação
A intenção risonha de me jogar no meio da multidão, dançando e festejando o
Estar viva

E enviarei fluídos graciosos de boas festas
de boa energia
de sabedoria

Comigo ela vai.
Me acompanha.
Me protege.
Ela, que estará ao meu lado e que me fará companhia,
mesmo que por outras vozes.
E eu mesma. Aquela que compra lindas flores e aquela que faz pudim de leite.
Aquela que tem um peixe e aquela que anda descalço
de pijama curto
dançando alguma canção latina
ou cantarolando Bossa Nova.

Eu vou comigo.
E isso me basta.

Sobre não me decepcionar

Vou guardar as palavras no peito e levar comigo
porque são presente meu
meu presente, estado de tempo
de espírito
e porque eu plantei e colherei em meu ser a energia suprema
do viver agora, com a emoção do momento

e pode ser que a gente não comente
não troque abraços
nem farpas
mas com certeza em meu ser há a troca
o ir e vir de emoções que me compõe
e me baseia

eu, aqui, a base de meu próprio eu
que vigora como uma flor
uma flor
uma flor

e meu vaso está exposto em seu jardim
para que me regue e cuide de minhas pétalas
como lhe ofereci em outro poema


Sobre plenitude

Passei a viver mais momentos meus. Me divido, sim, mas antes me multiplico. E gosto muito de como isso ocorre, do modo como eu vou e volto dentro de mim. Adoro as canções que me recordam quem eu sou e como eu gosto de viver.

Eu e minha paixão temos nos dado bem. Ela fica ali, observando, enquanto eu costumo agir com cautela.
Tenho um "q" de preocupada com os rumos, e outro "q" de conforto. Sou uma mulher feliz e realizada.
Gosto do meu pouco e do meu muito.
De ser e estar.

Por fim vivo.
Plena.

HERE WE GO

I was thinking about my new moment.
Now english going to be my official language, and I will learning more about american people.
Maybe I living a lot moments with them...
Everything will change in myself. My body. My mind. My situation and conection with world, because now is the time of changes. My personal changes...
I am very happy about this moment. Everything is good and crazy.
Now, the moment hope by myself a special actuation.

I don't know about future, but this time is realy enchanted for me. Real. But, magic.


MINNEAPOLIS, HERE WE GO!


Mudando de ares

Era uma vez uma garota sonhadora com vinte e tantos anos que adorava ser dramática.
Ela não reconhecia a força que possuía, a menos que fosse necessário.
Tinha muitas certezas, muitas dúvidas e um monte de enganos. Fazia boas escolhas, também.
Mas raramente optava por si mesma.

Se dividia demais e se multiplicava bastante. Mas tudo que é demais, tudo que está em excesso, faz mal.
Então ela tirou um tempo para viver longe e sozinha. E descobriu que amava muito estar com ela, apenas consigo mesma.

Aproveitou cada manhã, como se vivesse um sonho.
E cada vez que abria a janela e via o sol, ouvia os pássaros e sentia a vida que a movimentava e que era movimentada por ela, perdia a fala.

Um dia a menina voltou para a gaiola, como um passarinho que aprende a voar e logo é preso.
E seu coração saiu desesperado em busca de porquês.
Ela pensou: é preciso esperar.
E um amigo espiritual lhe perguntou: esperar, o quê?
Foi quando ela respondeu a si mesma: o tempo de usar aquilo que aprendi.

E o tempo chegou.
Outros ares chegaram para a moça.
Terras distantes, onde a vida parece um filme. Um local que ela ouviu falar, sabe que existe, mas que nunca viveu. Não nessa vida.
A moça tem algum receio. Um pouco de medo do desconhecido, mas em breve isso passa.

A moça também está absolutamente decidida a ir. Porque não sente que deixa nada. Leva consigo a sua casa, o seu corpo, a sua mente.
Quem fica são os outros... e esses outros no fundo também vão: no coração e na memória.

Vai com ela a melhor amiga.
A família, com mãe chorona e pai empolgado.
Com irmã feliz e irmã emburrada.
Com sobrinho encantado e cunhado surpreso.
Vai com ela o moço que ela chama de menino.
 Não porque estivesse junto, mas porque estava por perto.
Vai com ela a sala de aula lotada de sonhos dos outros.
Vai com ela a valsa que não dançou.
O vinho que não bebeu.
A festa em que não foi convidada.
Vai com ela sua história. Com o que ela fez e com o que ela quis fazer.
Vai com ela a lembrança dos bons momentos.
O aprendizado.
Vai com ela uma caixa de recordações chamada coração.


E, como sempre faz, a moça fecha os olhos em prece e pede a Deus que aqueles que a guardam sigam acompanhando-a. E que aqueles que chegarem em seu caminho, em seu destino, em seu ponto de desembarque, sejam tão bons e amáveis quanto os ciganos de pés leves e sorriso no rosto, dançando com a alegria da vida, despertando com lindos amanheceres.

Ela vai para brincar de Cinderela. Sem conto de fadas. Sem bruxa má. Somente com o que há de real. Com a energia de um documentário: simples, objetivo, real.

Ela vai. E leva tudo com ela. Pra não deixar nada incompleto, nada para trás.
Nem os sonhos, nem a esperança.




_______

Que a energia cigana e feliz que me envolve possa chegar até aqueles que me leem.
Optchá!

Estar armado de Paz para enfrentar a Guerra.


Muitas vezes nos sentimos enfraquecidos e desestabilizados diante de situações do dia a dia, de nossa existência e que se relacionam direta ou indiretamente com nossas vidas.
O pensamento, nesse momento, é tomado por uma armadura e um escudo que repelem qualquer aproximação e não nos deixamos ser tocados por nada, pelo medo de sermos feridos.
Funciona como se tivessemos na memória uma imagem de dor e sofrimento que é ativada e que, no mesmo momento, nos fecha; para que evitemos sentir novamente qualquer vestígio de negatividades. Exatamente como uma criança que, ao colocar o dedo na tomada, sente a dor e não volta a se aproximar, temendo que ocorra novamente o mesmo choque.
Porém, ainda que os mecanismos de defesa sejam ativados em nosso mental, haverá o momento de trocar a nossa estratégia perante a Vida. Haverá o momento em que seremos cobrados por ela para que sejamos muito mais ativos e muito menos passivos. Assim como ela nos cobrará que lutemos com a cautela dos monjes e não com a brutalidade dos guerreiros. Haverá um tempo em que nossos pensamentos e gestos valerão mais do que as palavras proferidas ou qualquer sinal de espinhos.

Sobre o dia do amigo

Aproveitarei o dia do amigo para me dar presentes que são a minha cara e que ninguém saberia escolher tão bem quanto eu.
#Amorpróprio imperando hoje!
Estou vestida de hippie chic, como eu ADORO e com muitos pensamentos pra organizar.

Porque você me dá medo

Sinto medo de me aprofundar nos seus olhos
De te olhar de frente
De te abraçar forte
De reparar no seu sorriso
De falar mais de cinco segundos com você.


E o tempo que passamos juntos, somados, não dão um dia.
Te vejo em flashes, em momentos rápidos.
E o mais divertido de ser sua fã,
De ser sua moça de sorriso largo,
É que você sempre está, mas nunca me nota.
É que você, com todas as suas alegrias e chatices,
Pouco imagina o quanto é difícil te pensar.

Mesmo quando ando nas ruas e te lembro,
Ao comprar uma rosa.
Mesmo quando dirijo com rumo,
Procurando algo que te faça gravar o "meu cheiro".
Mesmo quando encontro algo que te recorda,
E levo para entregar em suas mãos.
Mesmo quando ouço meu coração,
E penso que estou louca.
Ainda assim, sinto medo.

Medo de um dia ser vista por você.
Ser notada e não saber o que fazer.
Medo de que um dia você me descubra
E veja em mim o que eu quero aparentar.
Tenho medo de mergulhar em você,
Nos seus versos, nas suas estrofes,
Nas suas falas, presença, cabelo, barba por fazer,
No seu olhar, na cor da pele, no fio entre castanho e loiro,
No jeito doce que se doa, no modo focado em que atua...
Sinto medo de ser um engano, um erro, uma tolice.

Como sinto medo e como me escondo de você.

Fico trêmula e insegura.
Minha cor muda.
Minha energia trava e minhas mãos ficam sem calor.
Eu sinto tanto medo, tanto receio, tanta insegurança, que te reconheço.
Reconheço como alguém que me tira as palavras.
Um daqueles homens que me fazem perder o sono.

Mas meu medo é tanto, que só posso te ver de longe.
Enviar meia dúzia de tentativas de puxar assunto.
Lembrar de você todos os dias.
Reler suas declarações para outras moças.
Rever rapidamente alguma imagem.
Pensar em como te encontrar em um ambiente onde possamos conversar sobre bobagens, rir juntos e tomar um café, regado pela fumaça do seu cigarro.
E escrever alguns poemas inspirados no seu nome.

Sinto medo de estar errada. De deixar o meu pensamento me enganar.
De sofrer outra vez por apostar em alguém que me rechace.
Sinto medo de me mostrar como sou. De perder o juízo. Do que eu tenho não ser suficiente.

Sinto medo de não estar apaixonada. De estar enganada. De ser apenas sua fã.
Fã de quem você é.
Te admiro. Gosto de você. De te olhar.
E me angustia me sentir menina e imatura, medrosa e insegura, quando o "Menino" da história é você...


Redescobrindo

Descobri que sou do time das pessoas complexas que gostam de simplicidade.
Me olhei no espelho e vi cores. Vi Oxumaré me enchendo de renasceres, de novas vidas em uma só... vi ele de mãos dadas com Iansã, mudando tudo em mim, o tempo todo. Me tirando do casulo pouco a pouco.
E descobri que eu amo ser quem eu sou e como eu sou.

Eu te amo vida.
E você sabe.

Amo bailar em passos ritmados, guiada por cavalheiros que eu não conheço, de quem não sei o nome, com quem nunca antes havia dançado.
Amo me preparar para ser eu mesma, amo ser quem eu sou e ter o que eu tenho. Eu me amo e amo a quem eu conheço, com quem eu estou, para onde eu sigo... Amar é meu codinome, nesse momento.

Estou, pouco a pouco, retomando laços, revendo gente, reencontrando pessoas, estou aos poucos amando mais e mais, porque é assim que eu sou. Um monte de gente em um monte de lugares.

Me sinto feliz e é uma constante. Eu tento demonstrar o mágico que é estar em um algum lugar para alguém, mas não há como dizer, pois são sentimentos. É da alma. Vem de dentro.
E mesmo assim eu amo. Amo e amo. Estar viva.

Me perco em palavras e me redescubro a cada dia.

Baila conmigo

Estou tão cansada que só consigo escrever que vive mais uma vez a beleza suprema de dançar. A magia da dança supera qualquer coisa... o sentimento de dançar é mais do que incrível. Me sinto uma deusa, uma mulher imbatível.
Eu danço.
Amo dançar.
Obrigada Deus, pela magia da dança.
Pelo axé todo do MOVIMENTO.

Obrigada por eu seu uma Oxum com pitadinha ardida de Iansã.


Obrigada DEMAIS

Visualizado...

Uma saga chamada: visualizado e não respondido.
Por isso eu AMO e-mails. Vê quando quer, quando pode, quando dá.

Sobre escrever

Quando ouvi uma entidade dizendo "escreva um livro" eu quase a abracei virtualmente. Com certeza minha cabeça pode pensar em algo. Acho até que voltarei a publicar no FFOBS.

Vamos ver...

Sobre meu corpo e os dias que estão chegando

Uma semana e dois dias de regime.
Estou me tornando uma pessoa em quem não se deve confiar. hahaha


Essa semana volto para a dança de salão.
Aloha, papacito!

E tem aniversário de gente especial chegando.
Eu, com certeza, estou pensando em como surpreender e ser gentil.
Espero que a gente se veja. Não estou tão segura se acontecerá ou não, mas sabe como é... esperança não morre jamais.

;)


Sem mais.

A primeira magia é como a primeira entrega na encruzilhada.

Felicidade batendo na porta

Maravilhosa noite e maravilhosos aprendizados. Sou muito feliz, mesmo e estou voltando ao normal, pouco a pouco ^^ Ficar meio feliz NÃO SOU EU!  Estou tomando doses diárias de latinidade pra me recuperar. Funciona que é uma beleza!
E, claro, a fé. A fé é um alimento para a alma. E quando vem acompanhada da benção dos amados mais amados de Aruanda, é supra energético.
Sou uma mulher muito amada. Cada pedacinho de carinho eu multiplico. E mesmo quando não há um sorriso aberto, quero estar preparada para usar o meu.
Sem vergonha nenhuma de falar de amor. Amor a mim, ao mundo. E, novamente, fé. Porque nem só de pão viverá o homem.
Esses dias ouvi um ensinamento que dizia: se soubéssemos nos ligar ao sagrado, de fato, nem de corpo precisaríamos. Nada disso aqui é necessário, apenas a essência do supremo.
A frase foi melhor elaborada do que a minha... e a compreendi. Somos muito mais do que imaginamos, necessitamos de muito menos do que possuímos.

Noite maravilhosa de gira

Uma noite maravilhosa.
Estou muito feliz e abençoada.
Provavelmente apaixonada e com muito carinho no coração.
Mensagens de pretos e pretas velhos pra mim foram excelentes.

Um caminho bem bonito e abençoado pela frente. Eu vou precisar de muita fé, porque o tempo ele é um teste para a fé. A fé e o tempo estão ligados, porque você pensa em desistir por causa do tempo e é aí que você precisa ter fé, encontrar a fé. Não deixar-se abater pelo tempo...

Maravilhoso axé. Guias abençoadas, meu rosário e a guia de preto velho.
Crianças apareceram e eu estou muito feliz com isso.
Estou feliz com a felicidade de meus irmãos e com a minha felicidade.

Estou bem. Estou sã. Estou me curando com o amor de Oxum que habita em mim.
Deus me proporcionou muito amor.
Acreditar, ter fé.
Esse é o ponto!


Maravilha de reencontro. E com certeza o ditado está certo: se você não recebe um sorriso, doe o seu próprio sorriso. E será assim, até quando Deus acreditar que mereço.
A vozinha disse que quando a gente trabalha mais e se esforça mais, compensa muuuuito mais aquilo que vai receber. E que vem algo que realmente vale a pena.

Sobre hoje

Ficar em casa muito tempo = AMAR MAIS E MAIS O MÉXICO E PORTO RICO.
Combustível pros meus devaneios.

LVM 4 lol

Eu choro com programa de calouros.
Eu choro com cantores que choram em programas de calouros.
Eu grito com pessoas que gritam em programas de calouros.
Eu danço e canto com pessoas que dançam e cantam em programas de calouros.
E eu não sou mais uma adolescente!!!
Mas, CARA a Laura Pausini​ é uma LINDA, não tem como não chorar com ela. E o La Voz México​ é puro drama mexicano. Quem me conhece sabe que sou puro drama mexicano!
Adoro minhas futilidades adolescentes.

Reticências

Acho que estou no lugar certo.
Quero dizer, eu sempre estou onde deveria estar, mas nesse momento eu me sinto mesmo no lugar certo.
Cheguei aqui. Aqui é o cantinho que eu estava buscando. Entende?
Estou feliz por estar aqui e por conhecer essas pessoas. Por elas me conhecerem.
O tema é: sou tratada pelo nome. Me respeitam, me conhecem, tenho identidade... Sou extamente quem eu gosto de ser.
Visto uma roupa, uso um perfume, uma maquilagem e lá estou eu com a imagem que gostaria de ter.
Sou eu mesma. Vivo a minha vida. A minha mensagem. Aquilo que está em meu ser.
Mais do que no coração.

Quando me afasto daqui é como se um pedaço meu fosse tirado. Não entendo bem o motivo de não me adequar a Curitiba. Não sei o que me falta ou o que me sobra lá. Mas sei que sinto falta de ser parte de uma família. Uma curitibana deslocada, sem grupo. Estranho... geralmente é quem está chegando que não entra, mas comigo é diferente. Eu sou a pessoa que não entra.

Tudo coisa da minha cabeça. Percepções minhas.
Tudo besteira.
Mas sou eu.

Facebook

Era uma vez uma rede social que promovia discórdia, debates, mobilizações, ignorância, informação parcial, verdades absolutas, mentiras deslavadas, encontros, desencontros, choros, risos, mortes, uniões e um montão de sentimentos que os adeptos nem sempre cultivavam fora do mundo virtual.
Não colori a foto de perfil porque não achei necessário. Meus amigos gays sempre tiveram meu apoio e meu carinho, naturalmente, sem que o tema preconceito sequer entrasse em pauta. Aliás, a complexada costumava ser eu e não eles.
Optei, há alguns anos, a defender as minhas verdades e não usar slogans, nem seguir verdades absolutas. Descobri a relatividade e me apaixonei por ela. É o equilíbrio das coisas que me fascina, sem pensar para direita ou esquerda, sou do time que algumas antigas colegas de faculdade chamam de "sem opinião formada". Exatamente assim, sempre em construção, sem paredes sólidas e concretas, na corda bamba... com emoção.

Porém, preciso dizer o quanto é ridículo ver um ser humano desmoralizando outro ser humano em postagens da internet. Isso me deixa realmente indignada. Um sujo falando do mal lavado. Cadê a lógica? Cadê o limpinho da turma?
Postar que a campanha contra a fome, a favor da vida de criancinhas, a favor de cachorrinhos desnutridos ou a favor de qualquer outra causa é mais nobre e importante do que a causa LGBT é muita hipocrisia, sempre e quando a pessoa não guarda nem o restinho de feijão da panela pra não desperdiçar comida. E, além disso, diz que é o Estado quem deve se ocupar dos necessitados.

Quem ajuda animais, SEMPRE ajuda animais e pensa neles. Assim como quem se preocupa com a fome e se presta a ações sociais, ou gente que de fato visita lugares com grande índice de pobreza e realiza trabalho social, sempre faz isso. Esse tipo de ação não é realizada com postagem burra e mal escrita no Facebook.
Eu levo em consideração que antes de ajudar aos demais preciso me ajudar. E que não posso dar algo que eu não tenho. Acredito nisso fortemente.

Sobre colorir o perfil

Eu sempre comento que acredito nas minhas próprias causas e que não somo com ideiologias que não sejam as minhas. Já fiz isso, não deu certo.
Eu mudo tanto de opinião que, ano passado, em uma conversa de café comentei alguns elogios sobre o governo Richa. E, neste ano, fui ao protesto que reuniu diversos profissionais com - naquele ato - salários atrasados. Aliás, o nome desse homem se tornou quase uma praga entre os professores paranaenses.
Não sou de dar meu nome pra assinar causa nenhuma, porque me parece hipócrita sempre e quando eu não visto, de fato, uma camisa. É como torcer para "o time do coração" no sábado a tarde e usar o emblema dos todos os adversários durante a semana. Não faz sentido.
Sempre e quando algo faça sentido para mim, eu manifestarei o meu amor ou a minha dor por aquilo. Assim como escrevi, há alguns meses, sobre a Verônica, uma trans que apanhou até ficar deformada. Para mim, naquele momento, fez sentido escrever sobre aquele ser humano e sobre a senhorinha que foi agredida por ela. Causas sociais.
Causas sociais me comovem, mas não serei hipócrita em dizer que ofereço uma cesta básica por mês para alguma família carente, ou que contribua com um pequeno valor mensal para a Unesco.
Ao contrário, eu sou do tipo que entra em sistema de cotas, ganha bolsa de estudos e já fez parte do Luz Fraterna.
Meus altos e baixos são tantos que um ano eu ganho dinheiro suficiente pra ir pra Florida e no outro eu não tenho dinheiro nem pra ir até Colômbo e voltar.
E nessas idas e vindas, essa semana fiquei realmente irritada com um americano. Um palhaço que destratou e falou barbaridades sobre a América Latina. Fiquei pensando que conheci americanos maravilhosos e que muitos deles me trataram super bem. Lembrei de relatos de amigas que viveram nos Estados Unidos e foram tratadas com arrogância, e lembrei de pessoas que se sentiram donas do mundo por pisar na Grande Maçã. São muitas pessoas e histórias diferentes...
Na minha história, gays sempre foram bem vindos, tanto quanto a cultura pop, clichê e tosca americana - que é o que mais me liga ao contato com eles. Não tenho repulsa contra gays, e também não amo a todos da mesma maneira, porque não sou Deus para amar a todos de igual maneira.
Gays ou héteros são pessoas. Eu amo os seres humanos. Não me importo se são gays ou não. Me importo com muito pouco, aliás. Me importo com o respeito das pessoas e em estar de bem com o meu próprio mundo.
Por isso não me senti a vontade para colorir minha foto. Porque eu não estaria sendo sincera comigo mesma.
Contudo, repudio completamente as manifestações de pessoas que se dizem mobilizadas por causas mais importantes como a fome ou a mortalidade infantil. Isso me dá asco. Me dá nojo. Porque é mentira. É um falso moralismo de merda que quer inferiorizar a causa LGBT e colocar o foco em outro ponto.
Achei patético.

Sobre evitar

Aí você tenta fugir de qualquer vestígio de palavras, fotos ou tonterias. E se vê acessando a página da criatura. Pra quê? Pra dar mil voltas no estômago.

Sobre USP e machismo

"Alunos da USP fazem ranking preconceituoso expondo a vida sexual dos estudantes. "
Quando a gente fala de MAIS AMOR se trata de lutar contra isso!
Imagina o que passa pelas cabeças de pessoas que tratam a outras pessoas como objetos? E, tem mais, se você como MULHER não se importa: um desses caras pode ser seu marido, seu namorado, estar de mãos dadas com VOCÊ! Essas canalhices são MUITO comuns.
Eu conheci VÁRIOS. Inúmeros! E muitos eram um cara normal na frente da namorada e um crápula por trás!
Lista pejorativa é o fim do mundo.
No último mês conversei com um cara que pensa que está acima do bem e do mal e que é capaz de "escolher a mulher que quiser" e, claro, faz isso pensando no quão "amável e linda" a mulher pode ser. "Ah, porque aquela tem um corpo divino", "Ah, porque aquela é inteligente e independente", "Ah, porque aquela é linda e cheirosa", "Ah, aquela outra é gorda", "Ah, essa não, braba demais", "Ah, esquece, essa é muito magra"...
Querido, PARA, que não é assim que funciona! MULHER NÃO É OBJETO!
Ficar pra cima e pra baixo procurando um corpinho (que pra você é) bonito, não traz felicidade NENHUMA, além do prazer momentâneo que alguma mulher se disponha a lhe oferecer (comigo NÃO conte).
E é pior quando o ser humano cataloga mulheres em listas de "mais gostosas, menos gostosas", como se fosse um rei! Isso é muito NOJENTO, principalmente quando se é mulher e tem que ouvir algo do gênero. Cansei de ouvir comentários supra machistas no ambiente de trabalho e até de familiares. Vergonha alheia.
Homens assim são as verdadeiras carniças sociais. E o que fede é a mente deles!
É nesse momento e nesse sentido que eu apoio as manifestações feministas. Ainda que eu não levante bandeiras ideológicas com exclusividade e tenha minha própria opinião sobre diversos temas, é necessário que existam bandeiras para cada causa social, sim! Porque se não houver alguém buscando justiça, esses crápulas vão seguir impunes.
E, pasme, se você é solteira e sai por aí pra se divertir, eventualmente fica com um cara em uma rodinha de faculdade: pode ser uma das comentadas desse tipo de lista. Uma das vítimas sociais. Uma das pessoas difamadas e ridicularizadas.
E se sai pra dançar, pra malhar, pra tomar uma cervejinha na lanchonete da esquina, TAMBÉM! E estou sendo absolutamente realista. Só de usar uma calcinha de cor diferente ou de não usar calcinha nenhuma, a mulher vira assunto pejorativo na boca de MUITOS "machos". Em sua maioria, falsos e hipócritas (e que não querem ser pais de meninas. Juro! Conheci vários!!!).
Eu tenho nojo e vergonha alheia de homens assim. Detesto a ideia de ficar escolhendo pessoas como se fossem objetos.
E PIORES são os que RIEM desse tipo de "brincadeira". Gente doente.

Sobre estereótipos

Nos últimos tempos percebi que o problema que eu pensei que existia comigo, não é meu.
Ainda que eu precise de muita terapia pra superar a maneira brutal como fui tratada pelos homens em princípios e meados da adolescência e pós-adolescência, o que aconteceu comigo não foi exclusivamente meu. Foi social.

Hoje, se bate insegurança pela falta de experiências positivas em relacionamentos, também bate a certeza de que um homem não é melhor nem pior do que eu para que me diminua e me faça sentir mal.
Assim como eu trato aos homens que conheço, com as brincadeiras sadias, carinho ou opiniões discordantes, é como eu exijo ser tratada. Não posso esperar menos do que uma pessoa real que busque a companhia de outra pessoa REAL.
Não sou de nenhum conto de fadas. Não sou uma princesa, nem uma versão delicada do tipo Sandy, nem uma versão poderosa do tipo Beyoncé. Meu corpo não lhe diz respeito, porque é MEU e quem vai morrer e apodrecer com ele sou EU e ningupem mais.
Compartilhar algo com alguém é para ser leve e não brusco. Pode ser que para alguns casais a guerra faça sentido, pra mim não. Pra quem estiver ao meu lado, possivelmente, não. Porque eu anseio paz. Não só no final da história...

Nos últimos tempos eu me vi sendo comentada por meu tamanho, por meu cabelo, por minhas roupas. E minhas contas continuam sendo pagas por mim e pelo meu trabalho.
Homens que eu agradeci mentalmente por me apoiarem quando precisei de carinho e que estavam ali porque me viram fragilizada. Isso é indigno. Um cara que se aproveita de situações de fragilidade é ridículo.

Resolvi que não vou mais relevar esse tipo de situação e que vou armar o barraco, SIM!

E eu aqui...

Quando você se sente perdida com o que vai fazer com seu tempo ocioso, ainda aparecem os dados da Datafolha.
Me preparando psicologicamente para mais 3 anos e meio de Dilma, seguidos de outros 4 (ou 8?) de Lula.
Ou, pior, Aécio.
Oremos!

Ser ou não ser?

Acho que minha formação é inútil, no mercado de trabalho.
Eu me formei em uma graduação que é cômoda. Simplesmente para ter um empreguinho de professora. Não pensei no mercado e nas oportunidades no exterior, porque na época o exterior não era parte da minha intenção de vida.
De repente eu me vejo sem oportunidades de fazer NADA fora do Brasil, porque o que sei é muito pouco.
Não sei se eu tenho outras qualidades e habilidades, mas meu currículo deixa claro que o que sei fazer é ficar em pé na frente de uma classe de quarenta alunos com poucas ou razoáveis oportunidades.
E ainda assim, perto dos meus colegas profissionais, estou em desvantagem.

Fico pensando o que eu poderia fazer para mudar essa sorte. E não consigo ter muitas ideias.
Teria que mudar demais, para algo que eu não gosto... ou me especializar em algo que eu "não concordo". Defender teses que não são reais.

Aí eu penso: por que não a simplicidade?
E não sei lidar com isso, porque me parece que a simplicidade exige um desprendimento material que eu não tenho.


Estou em um belo impasse.

Travesuras

Que pasa con ese corazón que late en otra franquecia?
Como puedo estar aqui y con mi cabeza tan lejos?
Me duele estar lejos de esas felicidades clandestinas


Me duele no estar contigo... con ese sabor colombiano nene
Me encantas. De verdad que cuando recuerdo mi cuerpo bailando con el tuyo
Además, papacito, recuerdo su manera y "seu swing", no hay nadie como tú
De verdad que me haces sentir volando

Las bendiciones que me deseas, pués, llevate tres veces más cada una de ellas. Miles de besos biscocho.
Te recuerdo y te quiero muchísimo


Son mis sueños de estar con un callerrero y marijuanero
De verdad que me haces pensar miles de travesuras
Dulce
Eres una dulzura total, papi

Miles, pero, miles de besos

Te quiero a murir!



Sobre trabalhos vendidos

Eu sou da corrente de pensamento que detesta correntes de pensamento. Coisa chata e cansativa, AHHHHHHHHHHHHHHHHH

Pensando baixinho

Um momento da vida onde o "nossa como você mudou" simboliza um "você me olha de outra maneira e eu posso mostrar quem sempre fui".

Meu verde

Quando se ama tanto como eu amo ao mistério de Pai Oxóssi, é como se vivesse em um estado constante de aprendizado e de cura.
Me sinto como se as cicatrizes viessem para que pudessem explicar os sentidos da vida.
Sentidos esses que o próprio Oxóssi, com sua flecha certeira, me traz.
Amo-o, com todo o meu ser.
E nenhum orixá se molestará em saber desse amor, porque é um amor grato, um amor de essência e de vida.
Não diminuo os atributos que me ligam e me fazem ser apaixonada pelos demais orixás masculinos, tão pouco diminuo a atuação feminina divina em minha vida. Apenas retrato em verso e prosa meu amor pelo meu orixá verde.


O mal que eu anseio

Quando me deparo com o pensamento voando alto e indo até você, é como se nada fizesse sentido.
Eu sinto um medo tão grande de errar, de me deixar levar pelas emoções e acabar estragando o convívio.
E aí me pergunto "que convívio?" e continuo buscando sentido...
Importante é dizer que você me inspira.
Que as flores agora levam seu nome, assim como os pássaros.
E que isso pode não significar nada. E pode significar tudo.
É interessante saber que você existe e que existam pessoas como você: e eu nem te conheço.
Eu te vejo, te ouço e até te sinto (de um modo distante, seco, frio e absolutamente cirúrgico, como se um profissional em ação), mas no fim do dia eu sigo sem te conhecer.
Me irrito por estar sendo levada a conhecer homens muito geniosos e cheios de si. Com respostas prontas e com a cabeça dura. Logo eu, que sou a mais maleável das mulheres, que mudo de opinião conforme a lua muda de iluminação solar... logo eu!
Mas é assim.
Me aparece gente batendo o pé, teimando e dizendo um monte de palavras, de modo nada delicado, me ensinando da maneira mais fria e penso em gritar "espera, homem, para! Coloca um pouco de mel na sua voz e me fala essas mesmas coisas com amor. Não com o amor duro de pai ensinando o filho, mas com amor de avós ensinando o netinho presumido". Quero homens doces e me aparecem essas rapaduras...

Mas quem disse que a vida não teria dificuldades?
E você é uma delas.

Um menino difícil. Daqueles que pensam, pensam, pensam... e agem quando e como querem, teimosos, repletos de incertezas que julgam ser segurança. Até suas verdades absolutas possuem alguma explicação que fazem delas verdades parciais. Argumento você tem o tempo todo, pra tudo.
E não se cansa de guerrear.

Para!

Respira e começa de novo. Mostra a covinha pra mim, senta do lado, me dá um abraço e me deixa sentir você de verdade. Por inteiro. Não a máscara de segurança. Não só ela... Eu sei que com ela eu preciso aprender a lidar. Não só a sua, mas as máscaras de segurança da vida.
Então me deixa, pelo menos, poder desfrutar alguns minutos do seu eu mais suave. Terno. Não diz nada. Só me abraça, pra eu poder descansar minha alma e meu pensamento... que se envolve em você. Na tua imagem, que faz cada vez mais sentido... no seu sorriso, que nunca é pra mim... na sua barba por fazer, colorida e linda, como seus olhos... que eu não consigo encarar sem mostrar uma parte minha que não tem forma, nem conteúdo.

Eu não anseio nada. Nem sei quem eu sou ou qual é o meu nome quando te vejo. Esqueço dos dias do calendário e me apavoro com a fragilidade que consigo demonstrar. Eu que sou forte, de aço. Eu que não combino com nada que seja pequeno e delicado, me converto em um ser desprovido de cascas, de escudo, de sentido. Sem saber o motivo. Sem saber se estou louca, burra, confusa ou perdida de vez.


Me chama pra um café. Me diz que também tem pensado em quem eu sou. Em como eu sou.
Ou continua me deixando de lado, assim como se eu fosse menos que nada. Vai ver eu me acostumo ou choro um pouco, pensando que o problema sou eu, que minha imagem está ruim, que sou incapaz de conversar com um homem interessante.
Vai, segue com seu charme e com seu silêncio, pra minha cabeça ficar aqui desacreditando de mim mesma, já que sou incapaz de te fazer reagir ou de reagir diante de você.

Renascer


Estava pensando no que posso fazer agora.
Me vem em mente continuar os cursos e estudar mais.
Recalcular tudo e conseguir fazer a aula de dança.
Voltar para o regime forçado e definitivamente entrar na menor calça do meu guarda-roupa.
Quero tudo de volta. Meu corpo dos 18, meus alunos do Vicentino, minhas aulas de dança, meu alunos do Sesi, minhas viagens para o exterior. E quero um brinde. Um namorado pra compartilhar os bons momentos.
Quero amigos novos e quero me sentir bem estando com alguém.

Quero não esperar tanto. Quero poder acelerar alguns processos, ganhar alguns bônus por comportamento adequado...

Vou focar. E conseguir.



Hoy me atrevo a comenzar de cero
Saltar
Con el viento en contra decidí volar
Quiero descubrirme busco mi lugar
Inventar caminos
Empezar de nuevo

Processo difícil

Mas tem como voltar a ser como era! E até melhorar...








D.R

Porque não sei dizer seu nome, me calo. E fico ouvindo canções em uma língua que você não domina.
Brasileiro demais para meu coração mexicano.
Meu sonho, meus planos e vontades refletidos em um espelho de admiração, carinho e cuidado. 
Sou eu.
Eu quem beija o espelho e chora, enxugando devagar a lágrima e com o peito a mil por hora.
Pensando, outra vez, no que poderia ser e não foi. Nas escolhas que virão e em como fazer das próximas opções bons momentos...
Aprendo tanto contigo. 

E entre mil e um encontros e desencontros, lá está aquele sonho de um gringo por perto indo embora.
Ele bate a minha porta, me chama de Oxum, troca uma lâmpada queimada, divide um bom café, um bom papo, mostra-se intenso e fiel... e nada acontece. Nada. Meu peito nem acelera, nem fica fora do ritmo. Meu eu continua igual e as palavras parecem ser fáceis, porque não há muito o que pensar. 
Se sinto falta o procuro. No desespero corporal, ele me chama. Eu rio, faço votos de que seja feliz com alguma vizinha estrangeira e, de repente, lá está ele comendo pão de queijo e levando uma bronca por ser idiota com a vida.

Enquanto que contigo as palavras não saem, a vergonha, o desespero, a timidez me desconcentra. Enquanto que contigo foi um "nunca te ver" e segue com um "nunca ser vista".
Você que pensa: não me argumenta, não me lê. Você que analisa: não me detecta na frase. Passo desapercebida, sou como uma cedilha, que não sabe se é símbolo, não sabe se é letra, não sabe se é acento, não sabe ser "cê", nem fazer som de "ésse".
Sou uma daquelas palavras sem tradução que gringo nenhum sabe usar. E que você, por ser nativo demais, não se dá conta...


E fico sem saber se significa algo mais que uma ou duas noites na semana. Fico sem saber se é menino demais ou de menos. Fico sem saber se me precipito porque sou louca ou porque sou burra. Fico sem saber tanta coisa, que não sei somar, não sei que tempo é no calendário, não sei que horas são, não sei nem o meu nome. Me pergunte qualquer coisa e ouvirá um som insignificante, que não diz nada com nada. Porque você me tira as palavras.

E é engraçado, porque não gosto de você. Não gosto de estar contigo. Não faço questão de nada seu. Pra ter noção, nunca te vi. E se somos tão "ninguém" um para o outro, porque me causa esse pequeno desespero? Qual parte sua toca meu íntimo? O que em você fez esse estrago?
Não tenho nenhuma expectativa. Não sonho contigo. Não te coloco nas conversas - a menos que esteja me provocando algo positivo e eu queira compartilhar - e mesmo assim meu pensamento ruma pra tua imagem. Pro teu nome. Que não pronuncio, com um pouco de medo de estar te invocando... e quem sabe você aparece, de cara fechada, de rosto lavado, com respostas prontas e opiniões imbatíveis.
Não sou metade de mim do seu lado. E você nem é tão grande assim.

Fico pequena e frágil, mas isso não combina comigo, com meu corpo, com quem eu sou.
Você não combina comigo. Não combinamos um com o outro. Não temos nada em comum. Nada a ver. Nem somos opostos, porque não somos nada.
E, do mesmo modo, continuo com você na cabeça.


Não se sinta especial. Você não é.
Nem foi o primeiro que me causou o desconforto. Nem o primeiro a me inspirar meia dúzia de poesias. Você não é primeiro em nada.

Gosto, no entanto, de tudo em você. Desde a chatice até a impaciência.
Queria te responder. Te mandar a merda e dizer que eu estou certa.
Me dá vontade de te colocar no chão, com palavras, e te ensinar a ouvir as pessoas.
Mas me converteria em uma você. Cheia de razão e cheia de si.
Sua arrogância é tão humilde e bela que me aproximo de ti com essa imagem... um reflexo meu.


Droga.
Me enxergo tanto em você que confundo o carinho que sinto por mim com o carinho que penso nutrir por seu eu.


E te nego. Me nego. Nego o tempo todo que possa ser real qualquer impulso do meu pensamento.
Porque tenho medo.
E só você me ouve dizer essa palavra.
Só teus ouvidos são capazes de escutar minhas súplicas.
Porque você é um meio. Um elo.
E te confundo por não saber nada de ti.
Por haver perguntado de você, pra você... e não ter obtido resposta.

Então eu penso o que quero. E chego a minhas conclusões.
Porque você não abre a boca.
E eu não te culpo, porque sou igual.

Mas um pouco mais macho, quando me deixo a seu alcance... em uma conversa de quatro paredes virtuais.